Quarta, 11 Novembro 2015 19:09

SEPARADO

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SEPARADO

“... purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus.” 2 Co 7.1

 

Escrita por Paulo, a segunda carta aos Coríntios mostrava àqueles irmãos da cidade de Corinto, diversas evidências de sua sinceridade no serviço a Deus (2 Co 2.17). São comuns na carta as palavras que expressam algum tipo de sofrimento, como aflições, angústia, açoites, perseguições e choro. Noutro giro, percebe-se também palavras de consolação como alegria, triunfo e regozijo.

O contexto desta passagem está no forte apelo de Paulo aos irmãos daquela cidade, para se separarem do mal que seus habitantes praticavam. Corinto era uma cidade portuária, movimentada, com grande fluxo de pessoas. O apelo era para que se mantivessem separados daquela sociedade, que, diga-se de passagem, era uma sociedade onde reinava a corrupção, orgias sexuais à deusa Afrodite e uma imoralidade sem precedentes.

Atente que com poucas diferenças, a sociedade de hoje em dia é muito parecida com aquela de Corinto do século I. Vemos relatos e mais relatos de imoralidade pública, gestores públicos investigados por corrupção e alguns estão até presos. Famílias desestruturadas pela violência doméstica e pelas drogas. Crimes passionais envolvendo pais e filhos não mais nos surpreendem tal a sua frequência, e diariamente a mídia noticia casos estarrecedores de pessoas que cometem atos violentos sem nenhum motivo. Há casos de famílias onde todos foram assassinados.

Compreenda que embora nosso mundo não seja esse, é neste sistema mundial que vive o crente em Jesus, enfrentando todas as adversidades da carne (1 João 2.15-17). O cristão, efetivamente crente em Jesus Cristo, tem seu corpo como o templo do Espírito Santo que nele faz morada (1 Co 6.19). Não se trata aqui do templo como edifício físico, construído por mãos humanas, entretanto, como Deus é Espírito (Jo 4.24) esta moradia em nosso corpo se vincula a constante presença divina em nossa vida. Constante presença, creia nisso!

Em termos de má conduta, entenda que a necessidade de ser diferente e separado do mundo encontra justificação porque tudo que o mundo pratica, é contrário à mente de Deus. Assim não cabe ao crente em Cristo, nem pela carne e muito menos pelo espírito, se contaminar com as coisas negativas da sociedade, pois assim agindo, está a praticar tudo o que contraria a natureza divina e o caráter santo de Deus (Ef 4.10). Num universo moral, é praticamente impossível que Deus abençoe seus filhos que estão em cumplicidade com o mal.

Compreenda que a casa ou morada é sempre a expressão de quem lá habita. De maneira comparativa, veja que ao olhar para as ocas dos índios, percebe-se facilmente que lá habita os índios. Da mesma forma aos crentes, pois sendo o templo de morada do Espírito Santo, deve ser obviamente, a expressão de Deus (1 Co 6.19).

A santidade do cristão  é progressiva, isto é, a cada dia ela tende a melhorar um pouco mais e isso está vinculado na dinâmica do processo de maturidade cristã. O cristão, crente em Jesus Cristo, é filho de Deus (Jo 1.12), participante da natureza divina e, atente que esta mesma natureza divina é incompatível com as paixões mundanas. Luz e trevas não se misturam (2 Co 6.14).

Sejamos, a cada dia mais zelosos com a nossa vida, nas ações, nas palavras e nas atitudes. Disse Jesus: “se alguém ama a minha palavra, meu pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo.14.23), amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

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