Quarta, 09 Março 2016 11:10

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“... purifiquemo-nos de toda impureza, tanto da carne, como do espírito, aperfeiçoando a nossa santidade no temor de Deus. ” 2 Co 7.1

 

Escrita por Paulo, a segunda carta aos Coríntios mostrava àqueles irmãos da cidade de Corinto, diversas evidências de sua sinceridade no serviço a Deus (2 Co 2.17). São comuns na carta as palavras que expressam algum tipo de sofrimento, como aflições, angústia, açoites, perseguições e choro. Noutro giro, percebe-se também palavras de consolação como alegria, triunfo e regozijo.

O contexto desta passagem está na solicitação de Paulo aos irmãos daquela cidade, para que ficassem longe do mal que seus habitantes praticavam. Corinto era uma cidade portuária, movimentada, com grande fluxo de pessoas procedentes de todo lugar. Lá reinava a corrupção, orgias sexuais à deusa Afrodite, uma imoralidade sem precedentes e o chamamento de Paulo era para os irmãos se manterem separados daquela sociedade.

Perceba que com poucas diferenças, a sociedade de hoje em dia é muito parecida com aquela de Corinto do século I. Vemos relatos e mais relatos de imoralidade pública, gestores públicos investigados por corrupção e alguns estão até presos. Famílias desestruturadas pela violência doméstica, pela prostituição, pelas drogas e pelo álcool. Crimes passionais envolvendo pais e filhos não mais nos surpreendem tal a sua frequência, e diariamente os jornais noticiam casos estarrecedores de pessoas envolvidas em atos violentos sem nada que os justifique.

Compreenda que embora nosso mundo não seja esse (Jo 17.16), é neste ambiente que vive o crente em Jesus, enfrentando todas as adversidades da carne (1 João 2.15-17). O cristão, aquele que efetivamente tem sua fé depositada em Jesus Cristo, tem seu corpo como o templo do Espírito Santo que nele faz morada (1 Co 6.19). Não se trata aqui do templo como edifício físico, construído por mãos humanas, mas como Deus é Espírito (Jo 4.24) esta moradia em nosso corpo se vincula a constante presença divina em nossa vida. Constante presença, perceba isso! (Gl 5.16)

Entenda que a necessidade de ser diferente e separado do mundo encontra justificação porque tudo que o mundo pratica, é contrário à mente de Deus. Assim não é possível e nem cabe ao crente em Cristo, pela carne e muito menos pelo espírito, se contaminar com as coisas negativas da sociedade, pois assim agindo, está a praticar tudo o que contraria a natureza divina e o caráter santo de Deus (Ef 4.10). Num universo moral, é praticamente impossível que Deus abençoe seus filhos que estão em cumplicidade com o mal. Não há conexão do bem com o mal, nem comunhão da luz com as trevas (2 Co 6.14).

Compreenda que a casa ou morada é sempre a expressão de quem lá habita. Olhando as ocas, percebe-se facilmente que lá habitam os índios. Da mesma forma aos crentes em Cristo, pois sendo o templo de morada do Espírito Santo, deve ser refletida a expressão moral de Deus (1 Co 6.19).

Veja que a santidade do cristão é progressiva, isto é, a cada dia ela tende a melhorar um pouco mais e isso está vinculado na dinâmica do processo de maturidade cristã. O crente em Jesus Cristo, é filho de Deus (Jo 1.12), participante da natureza divina e, não esqueça que esta mesma natureza divina é incompatível com as paixões mundanas. Justiça e injustiça não se harmonizam e nem a luz se mistura com as trevas, é neste contexto que Paulo ensinava aos irmãos da igreja em Corinto (2 Co 6.14).

Sejamos, pois, a cada dia mais zelosos com a nossa vida, nas ações, nos pensamentos, nas palavras e nas atitudes. Disse Jesus: “se alguém ama a minha palavra, meu pai o amará e viremos para ele e faremos nele morada” (Jo.14.23), amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

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