Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 17 Maio 2022 23:07

17/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 15 Maio 2022 15:18

REINTEGRAÇÃO

REINTEGRAÇÃO

“..vai para a tua casa, para os teus” (Mc 5.19)

Marcos não foi discípulo de Jesus, todavia, teve na pessoa do apóstolo Pedro um amigo leal que o alimentou com inúmeras informações de curas, de milagres e de tantos outros eventos onde Jesus se fez presente e realizou maravilhas. O nome era João Marcos, filho de Maria, proprietária da casa onde muitas pessoas se reuniram em oração a favor de Pedro que estava preso na iminência de ser martirizado (At 12.1-12). Uma particularidade interessante sobre Marcos é que ele foi o pivô de uma discussão que ocorreu entre Paulo e Barnabé (At 15.36-38).

Dentre os diversos milagres operados por Jesus, a cura de um homem endemoniado se caracteriza não somente pela libertação espiritual em si, mas pela motivação maior de fazer com que o mesmo homem, que outrora vivia afastado de sua família e agora livre de toda opressão, fosse reintegrado à sua família (Mc 5.1-20).

Infelizmente, algo bastante comum em inúmeros lares são os desajustes entre seus integrantes. Com muita frequência se ouve falar de brigas, discussões, abusos e até mortes envolvendo pessoas de uma mesma família. Em grande parte essas fatalidades possuem raízes em ambientes desestruturados que necessitam de mudanças radicais, profundas e específicas.

O texto sobre a libertação demoníaca deste homem é mesmo sobrenatural. Maluco, verdadeiro vida loka, ele tocava o terror por onde passava e tinha força física bastante para destruir os sepulcros e as algemas que o prendia. Governado por poderosas forças malignas, com razão ele vivia longe de seus familiares, andava sem roupas e pode-se acreditar que naquela sociedade ninguém o queria por perto. Quando mais longe, melhor. Certamente que sua vida era terrível, mas ao ser libertado por Jesus das forças que o dominava, ele pediu a Cristo que permitisse acompanhá-lo, afinal, livre das garras do diabo, ele demonstrou que ficar junto de Jesus era a coisa mais sensata. Todavia, além de Jesus não deixar, deu-lhe uma missão: “vai para a tua casa, para os teus” (Mc 5.19).

Caso Jesus permitisse que ele o seguisse, a cura e a transformação dele seria uma excelente prova do poder de Jesus para todo o povo, a presença daquele rapaz seria proveitosa para fazer marketing dos feitos de Jesus. A simples presença daquele que tinha sido libertado das mãos de Satanás seria uma ótima propaganda. Mas por que Jesus não quis deixá-lo ir junto?

Hoje muito se fala sobre missões, sobre campos missionários e isso tem mexido com a cabeça de muitos homens e mulheres e jovens. Certamente que a primeira coisa que vem a mente de quem deseja fazer missões, é viajar para lugares inóspitos, onde a falta de recursos é visível aos olhos, e isso é válido. Afinal, o amor e a graça de Deus tem mesmo poder para alcançar pessoas no lugar onde elas estiverem. Mas a narrativa de Marcos deixa claro que na visão de Jesus, o campo missionário mais importante e desafiador não são os lugares mais distantes, não é a África, nem a região do planeta conhecida por janela 10 por 40 e nem mesmo aqueles lugares onde falta de tudo, mas o campo missionário que mais necessita de atenção é justamente a família. Reflita!

Antes de Jesus encontrar este rapaz, o profeta Malaquias já alardeava sobre a urgente necessidade de conversão do coração dos pais aos filhos e dos filhos aos seus pais, para que a terra não sofresse com a maldição (Ml 4.5-6). Ou seja, enquanto muitos se preocupam em levar a mensagem de Deus aos rincões do planeta, saiba que antes disso, milhares de famílias precisam ser reconciliadas, precisam conhecer o valor do perdão e produzir relacionamentos saudáveis. A conversão horizontal gera famílias fortes e por consequência, se traduz em sociedades curadas. Creia nisso!

Atente nos dias atuais para inúmeras famílias que lutam para que os pais se livrem dos vícios do álcool, para verem seus filhos longe das drogas, da prostituição e dos crimes. Noutras palavras, famílias doentes contaminam outras famílias e a ausência de afetos resulta em uma sociedade decadente e corrupta. O evangelho quando age no indivíduo provoca grandes mudanças no seio familiar e é dessa maneira que lares desestruturados passam a se firmar no amor. Portanto, por meio de uma transformação  individual exstem outras mudanças que impactam o coletivo, ou seja, familiares podem ser abençoados e caminharem juntos através da mensagem do evangelho que atingiu um de seus integrantes. Jesus restaurou aquele rapaz para reintegrá-lo à sua família e o transformou num ativo missonáio, um agente de mudança (Mc 5.19).

Entenda bem que fazer missões é algo sensacional, ir para lugares distantes e ser anunciador do amor e da graça de Deus é coisa maravilhosa, mas nenhum esforço nesse sentido valerá a pena se a família não conhecer e/ou não receber do mesmo amor e da graça de Deus. Voltar para casa, aos seus entes queridos e impactar a vida dos mais próximos continua sendo um evento com o carimbo de ‘urgente’. Entenda: as famílias não somente se constituem no campo missionário mais próximo, como também precisam conhecer mais do amor e da graça salvadora de Deus. Pense nisso! Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 11 Maio 2022 13:00

10/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 09 Maio 2022 14:24

INÚTIL

INÚTIL

“Vós tendes dito: lnútil é servir a Deus.”(Ml 3.14)

 

Para os teólogos, historiadores e estudiosos o livro de Malaquias faz parte do conjunto de livros chamados de ‘profetas menores’ e menores no sentido do pouco conteúdo escrito, quando comparados com as narrativas de Isaías, Jeremias e Ezequiel que escreveram bem mais. O livro é quase um diálogo do profeta com Deus em relação ao povo de Israel, que vivia um período conturbado de sua história. O Antigo Testamento termina com o livro de Malaquias e depois disso se passaram mais de quatrocentos anos sem registro algum de Deus ao seu povo.

Se tem algo comum a todo homem, independente de sua idade, local de moradia, capacidade intelectual e status, é a sensação de que ele não pode perder seus direitos pessoais. Desde os primórdios ter direito pessoal faz parte da existência humana e questionamentos nesse sentido sempre estão na ordem do dia. Comparações e análises são muitas das vezes a base dos argumentos que o homem usa para possuir  aquilo que julga como seu, por direito.

Considere que nas relações humanas, nem sempre as opiniões são concordantes e um termo bem atual que define essas relações é que a ‘corda está muito esticada’. E o equilíbrio e a harmonia nas relações acontece quando um lado afrouxa um pouco a corda e as partes entram em harmonia, ajustando a tensão. Nesse sentido perceba que desavenças familiares, problemas na empresa e confusões com os amigos tem sido muito comum. Todos cobram de todos que sua posição é a mais acertada e isso nem sempre é a verdade, pois há que se considerar o outro lado com seus argumentos. Pense sobre isso!

Trazendo essa situação para homens e mulheres que professam a fé em Cristo, atente que por vezes os crentes fazem cobranças e comparações e nessas análises, muitos acabam por responsabilizar Deus por eventos que na visão humana, aconteceu por Deus não se posicionar. Em inúmeras situações analisadas de forma rasa e superficial o silêncio de Deus fez aflorar crises na relação do homem com Deus.

E foi justamente por ver o ímpio prosperar que o povo de Israel sentiu que era inútil servir a Deus, pois na visão do povo Israelita Deus não os valorizava, então não valia a pena ser fiel e obediente. Na percepção do povo Israelita, o ímpio não acreditava em Deus, era errante em seus caminhos e seu comportamento social o afastava de Deus e mesmo diante de tudo isso que eles praticavam, seus negócios iam bem, sua saúde era boa e tudo dava certo em seus projetos. Essa prosperidade do ímpio era uma pedra no sapato do povo judeu e continua sendo pedra no sapato de muita gente nos dias atuais que vive fazendo comparações de sua vida com a vida alheia. Reflita e livre-se deste ciúme!

Homens do Antigo Testamento e considerados como personagens tementes a Deus, que tiveram suas vidas como referencial para aquela época e ainda hoje inspiram muita gente, também tiveram suas relações com Deus estremecidas. Jó, personagem central do livro que leva o seu nome, vivenciou grandes perdas familiares e materiais e que esteve a beira da morte, se manifestou a Deus dizendo que os perversos envelhecem e ainda se tornam mais poderosos (Jó 21.7-15). O profeta Jeremias era um que não entendia completamente a soberania de Deus e chegou a dizer que Deus era como um córrego de águas, ilusório e inconstante (Jr 15.17-18)Na iminência de um ataque dos caldeus contra Jerusalém, o profeta Habacuque questionou a Deus porque ele tolerava que o perverso (caldeu) devorasse o justo (judeu), quando na verdade o justo era justo e o perverso não valia nada (Hc 1.13).  Atente que para Jó, Jeremias e Habacuque a  ‘ausência’, a ‘indiferença’ ou o ‘silêncio’ de Deus era algo questionável, afinal que Deus era esse que deixava o ímpio prosperar e o justo era deixado de lado?

Perceba que hoje, de forma semelhante, muitos crentes ainda possuem a mesma percepção e gritam mundo afora que Deus não se importa com suas vidas, aliás, na visão dessas pessoas, suas vidas estão ao curso da própria sorte e pelo andar da carruagem, não existe nenhuma providência divina. Noutras palavras, para muito cristão que ainda teima em enxergar a vida sob essa ótica, há um Deus que não se revela em sua  história de vida.

Compreenda bem que toda forma de comparação é perversa, sempre traz algum aborrecimento e acaba por gerar consequências futuras. Crente ou não, todas as pessoas passam por percalços na vida, desde uma decepção até mesmo uma oração que ainda não foi atendida. Todavia, esses percalços não podem servir de régua e/ou balizador na relação do crente com Deus. Ou seja, dentro do reino de Deus se for para comparar, compare você hoje com você ontem, compare o quanto houve de melhoria e transformação espiritual desde o dia em que conheceu Jesus.

Encerrando, considere que nada foge aos olhos de Deus. ELE continua tendo o mundo em suas mãos e quanto aos perversos, saiba que o mesmo profeta Malaquias deixou claro que Deus fará o julgamento e no dia certo, ELE mesmo cuidará de separar o joio do trigo, o bode das ovelhas e o que serve do que não serve (Ml 3.18). Portanto, servir  ao Senhor nunca foi inutilidade. Deixe de fazer comparações rasas e superficiais, firme seus olhos no Criador, olhe pra frente e deixe que Deus se encarregue de julgar a história. Estamos combinados assim? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 03 Maio 2022 23:42

03/05/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 02 Maio 2022 19:33

29/04/2022 - "PAPO DE CASAIS"

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