Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 28 Março 2022 14:45

OSCILAÇÃO

OSCILAÇÃO

“Tu, porém, és o que és, e teus anos não têm fim;”  (Sl 102.27)

Em um só livro são cerca de 150 poemas, conhecidos por Salmos e que possuem diversos autores. Segundo os historiadores, mais de setenta deles são atribuídos ao rei Davi e a totalidade dos salmos expressam as situações de momento vivenciadas por seus autores, assim, tem-se salmos que demonstram gratidão, confiança, outros que buscam pelo arrependimento, tem aqueles que exaltam e glorificam Deus, outros já são conhecidos como messiânicos por anteverem a pessoa de Cristo como salvador e remidor da humanidade.

O salmo 102 deixa transparecer em todo seu contexto uma forte súplica do salmista que está em grande aflição e procura por socorro, para ao final reconhecer o caráter santo e justo de um Deus que não só fundou a terra, como detém o controle de todas as coisas. Tudo está em suas mãos.

A psicologia diz que o caráter de uma pessoa reside na sua forma habitual e constante de agir, ou seja, a forma de ser do indivíduo. É desta maneira que as pessoas conhecem um ao outro, pela habitualidade e pelas reações que são constantes, assim, percebe-se que essas pessoas não mudam sua maneira de ser diante das situações que surgem em sua vida. Pode-se dizer que existe um equilíbrio e a constância nas atitudes é perfeitamente visível.

Mas compreenda que nem sempre os homens e mulheres tem sua forma de agir baseado nessa constância. Muito embora as situações possam ser as mesmas, veja que ora agem de um jeito e ora mudam completamente sua forma de atuar, e isso apenas mostra que o homem apresenta grande alternância em seu caráter. Infelizmente, essas mudanças tem sido a causa de muitos desencontros nas relações pessoais, justamente pela imprevisibilidade das ações. Nesse sentido fica evidente que no decorrer de sua existência muitas pessoas, mudam de posição conforme as suas conveniências e/ou circunstâncias. Num dia elas podem gostar de roupas com estampas e amanhã odiar, hoje podem apresentar um temperamento dócil e gentil e amanhã, se tornarem rancorosas e iradas a ponto de causar brigas e confusões.

Trazendo isso os atributos de  Deus, perceba que quando Deus comissionou Moisés para libertar e  liderar o povo de Israel do Egito para as terras de Canaã, Moisés quis saber o nome de quem estava lhe enviando para dizer a Faraó, e Deus respondeu: “Eu sou o que sou.” (Ex 3.14). Embora essa frase não definisse o nome de Deus, naquele momento o próprio Deus estava afirmando não só a sua existência como estava detalhando um de seus atributos: a imutabilidade.

Veja que homens e mulheres mudam seus discursos e por inúmeras vezes eles pronunciam coisas que não queriam dizer, mas falaram porque se viram enredadas em suas próprias instabilidades e o resultado disso é conflito, aliás, o conflito chega quando o próprio homem descobre sua incapacidade de sustentar, ante fatos apresentados, o que manifestou no passado. Por vezes impressiona as oscilações humanas que vão do bem ao mal, do sagrado ao profano, do sim ao não com extrema rapidez. Resumindo, considere que o discurso do homem é falho e instável e isso apenas reflete sua natureza má e pecaminosa (Rm 8.18-21). Reflita!

Entretanto, quando se olha para Deus, é visível o seu caráter santo e justo. Atente que Deus não muda seu discurso, Deus não muda suas palavras e nem muda os seus caminhos. Aquilo que Deus disse ou o que ELE prometeu, certamente se concretizará, pois caso mudasse de opinião ou mesmo alternasse seu posicionamento, com certeza não seria Deus (Nm 23.19). Simples assim.  É neste sentido que em todos os cenários o pecado  contra Deus continua sendo pecado, a promessa de Deus continua sendo promessa de Deus e os mandamentos de Deus continuam retos e justos (Hb 13.8). Resumindo, Deus jamais agiria em desconformidade com o seu caráter para atender o homem, porquanto falho, desobediente e imperfeito.  Guarde isso!

Oscilando entre as práticas do bem e do mal e exercitando toda sorte de maldade, a vida de muita gente se assemelha a um gráfico de ações da bolsa de valores. Um verdadeiro sobe e desce sem demonstrar estabilidade espiritual. E certamente que aqui reside a grande dificuldade das pessoas em caminharem dentro dos parâmetros divinos, pois o pensamento equivocado e dominante é que pequenos e bons atos praticados nos ambientes familiares, junto a colegas, na igreja e/ou no trabalho podem vir a compensar a ausência de caráter somadas às grande ações de maldade praticadas mundo afora. Não há essa compensação, creia nisso!

Portanto, entenda que se a natureza humana é mesmo inclinada ao mal, a transformação dessa natureza má e corrupta passa necessariamente pelo arrependimento e mudança de mentalidade. Confiar em Deus, apresentar-se a ELE e crer que por meio do seu amor ELE cuidará de purificar o coração. A imutabilidade de Deus garante que Deus é sempre um Deus perdoador, que não oscila em suas ações e que derrama graça e misericórdia em favor daqueles que o buscam. Em Deus não há nenhuma insegurança, nenhuma dúvida, nenhuma incerteza e logicamente, nenhuma variação.  Guarde isso! Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de  Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 28 Março 2022 00:02

27/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 22 Março 2022 22:40

22/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 21 Março 2022 15:02

MISTURA

MISTURA

“E o populacho que estava no meio deles, veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios, pelo que, os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4)

 

Na ordem bíblica o livro de Números se encontra no conjunto de cinco livros  chamados de Pentateuco (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cuja autoria é atribuída a Moisés. O nome Números vem pelo fato de terem sido realizados dois censos do povo de Israel em duas ocasiões distintas (Nm 1.2 e Nm 26.2). Grandes trechos da narrativa são repetições extraídas dos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio e um detalhe do livro de Números é o registro da nuvem durante o dia e da coluna de fogo durante a noite, como símbolos da presença de Deus guiando o povo que peregrinava em pleno deserto com destino às terras de Canaã.

Ambientando a passagem acima, tem-se que durante a caminhada pelo deserto integrantes do povo passaram a reclamar contra Moises por não terem carne para comer. Eles recebiam o maná e estavam sendo alimentados por Deus de maneira sobrenatural, mas não se sentiam satisfeitos e de maneira comparativa faziam menção dos alimentos que comiam quando eram escravos no Egito (Nm 11.4-19).

Atente que sem exceção, em todo conjunto de pessoas, seja ele pequeno ou grande, sempre existe a possibilidade de no meio deste grupo, existirem pessoas que não comungam com o mesmo objetivo das demais. Isso fica visível nas famílias, nas empresas, no comércio, nas equipes esportivas e, inclusive nos ambientes religiosos. É a chamada mistura. Pasmem!

Considere que devido a um grande período de escassez de alimentos, os descendentes de Jacó foram para o Egito e lá eles se multiplicaram e cresceram em número de pessoas, entretanto, passado algum tempo, com a morte de José e com a ascensão de uma nova dinastia egípcia, os descendentes de Jacó foram escravizados, até que Deus levantou Moisés para libertá-los e reconduzi-los às terras de Canaã (Ex 1.8-14; 2.23-25; 3.13-22).

Entenda bem que todos os israelitas saíram das terras egípcias debaixo de uma promessa, debaixo de uma palavra do próprio Deus, palavra essa que os levaria para um lugar de liberdade e assim, eles caminhavam firmes e convictos de que para onde iriam, teriam melhores condições de vida, poderiam ter suas casas, suas lavouras e obviamente, estariam livres da opressão. Mas é importante saber que junto com o povo de Israel, muita gente que não era descendente de Jacó aproveitou a situação e saíram juntos. Estes eram os estrangeiros que acompanharam o povo de Israel, ou na versão de muitos historiadores, eram denominados de gentalhas ou o populacho (Ex 12.38).

Compreenda que o povo hebreu era conhecedor do Deus que dera livramento e por ELE era direcionado na peregrinação, entretanto, como dito acima, havia no meio deles um grupo que não foi contabilizado como israelita e que não comungava a mesma fé em Deus. Esse grupo  provavelmente não acreditava nas promessas de Deus, estavam ali aproveitando a ocasião e, infelizmente passou a influenciar negativamente o povo, provocando uma grande crise. Noutras palavras, entenda que a reclamação gera um efeito dominó, contagiando, contaminando e o resultado disso foi uma rebeldia coletiva.  O texto mais a frente diz que Moisés foi orientado por Deus e equacionou a situação.

Mas de maneira idêntica, nos dias atuais no meio dos que acreditam em Cristo e em sua obra redentora na cruz do Calvário, saiba que também existe um povo sem essa mesma crença. Ou seja, dentro do povo de Deus, tem também um povo sem Deus que vive influenciando negativamente, ora murmurando, ora agitando e ora provocando rebeliões. Reflita nisso!

Para estas pessoas sem Deus, atente que no coração e na mente deles ainda persistem os mesmos desejos carnais, as mesmas vontades que governam seus corações e que são direcionadas para às práticas mundanas. Essa pessoas se acham convertidas, quando na verdade são apenas simpatizantes e quando muito, apreciam o ambiente eclesiástico, mas não possuem o mesmo objetivo e nem a mesma esperança e logicamente, não alimentam as mesmas expectativas por não estarem convictas. Creia nisso!

De forma resumida, essas pessoas retratam fielmente um grupo sem Deus que está inserido no meio de uma coletividade que professa a fé em Deus. Por motivos circunstanciais elas estão no seio da igreja, todavia, não foram transformadas espiritualmente em novas criaturas e não nasceram de novo e, logicamente, ainda estão com o pensamento no mundo com suas velhas práticas e hábitos. Essas pessoas até entoam louvores, participam das celebrações, recebem as ministrações e realizam outras atividades no ambiente da igreja, mas não se converteram verdadeiramente e, infelizmente, vez por outra, provocam atos de rebeldia, contaminando o povo de Deus. Perceba que isso ficou evidente na peregrinação quando um grupo de pessoas não hebreias, não descendentes de Jacó levantou questões alvoroçando o povo e isso se tornou um grande problema para Moisés (Nm 11.4-10).

“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33). Ou seja, influências perversas quando bem direcionadas são como flechas que acertam o coração do crente. Se cuide, abra os olhos e firme seu compromisso com Cristo, afinal de contas o dito popular diz que as aparências enganam, mas tenha olhos para quem conduz a sua vida: Jesus Cristo, amém? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus continue sustentando sua vida!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Domingo, 20 Março 2022 23:52

20/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 15 Março 2022 23:14

15/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 14 Março 2022 18:55

PACIÊNCIA

PACIÊNCIA

“..mas eu perseverei em seguir ao Senhor meu Deus;” (Js 14.8)

 

O livro de Josué é o sexto livro na ordem bíblica e segundo os historiadores ele foi escrito pelo autor de mesmo nome. O livro traz os últimos momentos da peregrinação do povo israelita que praticamente encerrava a jornada para tomar posse das terras que Deus havia concedido. Josué foi um fiel assessor de Moisés e mais tarde, indicado por Deus para suceder o grande líder do povo judeu (Ex 33.11; Nm 27.18-23).

Já dentro das terras cananeias, Josué passou a fazer a divisão das possessões às tribos e Calebe foi um dos contemplados (Js 14). Sobre Calebe tem-se que ele viveu como escravo no Egito, certamente que presenciou os sinais de Deus operados nas mãos de Moisés, também passou a seco o mar Vermelho, viu Moisés com as tábuas dos dez mandamentos, esteve com Josué investigando as terras de Canaã e caminhou por quarenta anos no deserto sob a liderança de Moisés. Nesse contexto perceba que Calebe fez parte de duas gerações, da primeira que foi liberta no Egito e devido a desobediência morreu no deserto e da segunda geração que entrou definitivamente em Canaã.

Diferente dos sonhos gerados no inconsciente, saiba que tanto os homens como as mulheres sonham com possuir alguma coisa. Assim o casamento, a conclusão de uma  faculdade, a criação de uma empresa, as viagens e até mesmo a colocação dos filhos em atividades profissionais, são exemplos de sonhos possíveis a muita gente. Noutro lado, muitos acham que sonhos são coisas de jovens, entretanto, quando pessoas mais velhas sonham, culturalmente isso parece ser incoerente. Afinal, o pensamento dominante é que velhos e gente idosa não tem mais ânimo e nem coragem para realizações.

Calebe estava com quarenta anos quando Moisés lhe prometeu dar em herança as terras que ele havia pisado quando foi investigar Canaã e passados quarenta e cinco anos depois, ele ainda alimentava o sonho de possuir as terras que lhe foram prometidas. Estava com oitenta e cinco anos e certamente com cabelos branco, talvez algumas marcas de expressão no rosto, mas de maneira incrível, ele ainda mantinha viva a promessa de Deus falada há quarenta e cinco anos. O sonho de receber a herança o manteve ativo física e espiritualmente, e conforme suas próprias palavras, durante todo este tempo ele se manteve fiel a Deus, perseverando nos caminhos (Js 14.7-8).

De maneira simples, sem alarde e com oitenta e cinco anos Calebe não perdeu a capacidade de sonhar, aguardou pacientemente o tempo de Deus, suportou o silêncio, venceu as provações e não desanimou. Não há nenhum sinal de que tenha procurado por atalhos, não fez política com os anciões do povo e nem forçou os processo de receber a herança. Com muita paciência ele esperou o tempo certo da divisão das terras, permaneceu fiel e foi agraciado. Reflita!

Considere que o grande desafio para os crentes de hoje é justamente vencer a ansiedade, é não se deixar levar pelas emoções e aguardar pacientemente o tempo e os propósitos de Deus. Fala-se bastante que somos parte de uma geração do imediatismo, que ora e clama pela manhã e deseja que a resposta de Deus seja à tarde. Entenda que nem sempre as pessoas estão em condições adequadas (física e espiritual) para receber algo de Deus. O tempo da execução da promessa é uma estratégia divina e cabe ao homem ter em mente que Deus é soberano para decidir quando e como vai agraciar as pessoas (Mt 6.10). Pense nisso!

Frequentemente se percebe que o pensamento dominante em muitas mentes por aí é justamente atravessar a vontade de Deus. Nesse sentido homens e mulheres enamoram precipitadamente e buscam soluções em casamentos errados, outros buscam atalhos em sociedades abusivas e fazem alianças inadequadas e tem aqueles que na pressa de agilizar suas bênçãos, saem por aí buscando revelações aqui e acolá. Tudo isso visando antecipar as promessas de Deus, mas entenda que aquilo que vem fora dos planos de Deus não vai prestar, guarde isso!

Lembre-se que o tempo de espera de Calebe foram quarenta e cinco anos e neste período ele não buscou antecipar o recebimento da herança, não se deixou levar pelo desânimo e tampouco há registros que ele murmurou, reclamou, brigou ou deixou de realizar suas atividades junto ao povo e nem deixou de acreditar no que Deus havia falado (Sl 89.34). Noutras palavras, Calebe viveu com paciência o silêncio de Deus e perseverou, ficou firme. Mesmo sem entender, compreenda a importância de permanecer firme nos caminhos que Deus estabeleceu para sua vida, pois quando os céus decidirem executar o que ELE prometeu, nada e ninguém vai impedir. Portanto, a questão não é o tempo da promessa, mas quem vai executar a promessa, amém? Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 14 Março 2022 00:06

13/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Quarta, 09 Março 2022 23:43

09/03/2022 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO

Terça, 08 Março 2022 23:13

08/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

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