Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 06 Julho 2021 23:13

06/07/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 05 Julho 2021 13:34

MOSAICO

MOSAICO

Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Este o primeiro recenseamento, foi feito quando Quirino era governador da Síria” (Lc 2.1-2).

 

Lucas não foi discípulo de Jesus e nem era judeu. Segundo os historiadores, ele era grego e teria morado na Síria e em data incerta, fixou residência na Palestina. Informações históricas dão conta que Lucas tinha bons conhecimentos na medicina e chegou a acompanhar o apóstolo Paulo nas viagens missionárias, vindo daí a escrever as principais ocorrências que envolveram a expansão do cristianismo no mundo de então por meio do livro de Atos dos Apóstolos.

O nascimento de Jesus foi registrado por Mateus e por Marcos, mas foi justamente Lucas quem trouxe informações mais detalhadas, inclusive citando o decreto do imperador Romano César Augusto, convocando o povo a fazer o recenseamento.

Veja bem que todo homem tem uma história de vida. Alguns eventos são marcados por situações que aconteceram e trouxeram um encaixe perfeito na vida de cada um. É dessa maneira que o casamento, a formatura na faculdade, a construção da casa própria, o nascimento dos filhos e tantos outros eventos não só fazem parte da história pessoal como se mostram perfeitamente concatenados um com o outro. É como se um evento não existisse sem a participação do outro. Pense!

Perceba que Lucas, além dos conhecimentos médicos, fazia seus registros com fundamentações de quem presenciou os fatos visando dar credibilidade de sua narrativa (Lc 1.1-4). Neste contexto, perceba que o texto de Lucas diz que César era imperador de Roma e ordenou que todos os habitantes fossem contados. Essa contagem tinha por finalidade o planejamento de arrecadação de tributos ao império, todavia, sem que  muitos percebam, esse decreto imperial fazia parte do plano de Deus na redenção do homem.

Veja que Maria já estava grávida e vivia os últimos dias para dar a luz ao salvador da humanidade, mas o casal José e Maria moravam em Nazaré, região da Galileia e a contagem ordenada pelo imperador César determinava que as pessoas fossem contadas na cidade onde nasceu (Lc 2.3). Isso implicava que o casal José e Maria deveriam viajar da cidade de Nazaré para Belém.

“E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Mq 5.2). Cerca de setecentos anos antes do nascimento de Cristo, o profeta Miqueias previu que o Messias nasceria em Belém, ou seja, a esperança de um libertador do povo de Israel que inauguraria um reino de paz e aplicaria a justiça viria daquela cidade e de nenhuma outra.

Entenda que um dos atributos de Deus é a onisciência e embora essa palavra não conste no contexto bíblico, ela se refere à infinita sabedoria de Deus. Deus conhece tudo, passado, presente e futuro. E realiza seus propósitos usando dos meios e circunstâncias que lhe aprouver. Neste sentido, saiba que o decreto imperial assinado por César Augusto, um homem pagão, foi o deflagrador da viagem que levou José e Maria da cidade de Nazaré para Belém, propiciando que Jesus nascesse em Belém e não em Nazaré, cumprindo integralmente a profecia de Miqueias (Mq 5.2; Lc 2.1-2).

Neste sentido, considere que as pessoas olham para eventos de sua vida pessoal que ficaram para trás e chegam a dizer que tal acontecimento foi sorte, outros dizem que determinados eventos não passaram de mera coincidência, entretanto, poucas pessoas conseguem enxergar e compreender o agir de Deus na sua história. Incrível, mas grande parte dos acontecimentos do passado não são bem assimilados ou entendidos de pronto, entretanto, com o passar dos anos eles acabam sendo vistos como peças de um grande tabuleiro, que após completados, geram com extrema perfeição a trajetória de uma história que estava dentro dos planos de Deus. Noutras palavras, no tabuleiro da vida os eventos do passado se encaixam com perfeição em eventos futuros e aquilo que era estranho aos olhos, acaba se explicando pela composição das peças que vão se desenhando. Reflita!

É assim que decorridos muitos anos, as pessoas conseguem entender porque tais fatos aconteceram e porque outros não se realizaram. Anos mais adiante fica nítido que a faculdade que não terminou, o namoro que não deu certo, a troca de emprego, o livramento de um acidente, o empreendimento que fez sucesso ou a mudança de casa para outro bairro, não foram sorte ou mera coincidência da vida, mas que estes eventos fizeram parte do grande plano de Deus para a vida do homem. Resumindo: Deus tem um plano e ELE mesmo atua na gestão deste plano, de forma que este plano seja fielmente cumprido, aliás, o patriarca Jó já dizia que nenhum dos planos de Deus podem ser frustrados (Jó 42.2).

Lembre-se que sem se dar contar da importância do decreto e de suas implicações, César Augusto baixou uma norma setecentos anos depois da profecia de Miqueias, de forma que José e Maria viajaram de Nazaré da Galileia para Belém e assim foi cumprido o que falou Miqueias. Ou seja, independente da variável tempo, no grande mosaico da vida do homem, Deus continua sendo Senhor da história e atua na administração de todas as coisas. A história humana não caminha por coincidências, mas caminha dentro da direção divina. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 29 Junho 2021 23:06

29/06/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 28 Junho 2021 11:41

GUERRAS

GUERRAS

“Quem é, pois, esse incircunciso filisteu para afrontar os exércitos do Deus vivo” (1  Sm 17.26).

 

Outrora, o livro do profeta Samuel era um grande volume, todavia, por meio dos rabinos judeus que traduziram as Sagradas escrituras do hebraico para a língua grega, houve por bem dividir o conteúdo em duas partes. Essa divisão trouxe mais facilidade na compreensão e entendimento dos textos históricos. Samuel foi o autor de trechos do livro que leva o seu nome, ele era filho de Ana e cumprindo um voto a Deus feito pela sua mãe, desde criança ele foi morar na casa do Senhor em Siló ficando aos cuidados do profeta Eli (1 Sm 1). Já adulto, Samuel foi profeta, juiz e sacerdote em Israel, exercendo seu ministério com dedicação e honestidade diante de Deus.

O primeiro volume de Samuel tem sua narrativa sobre a vida do próprio Samuel, as unções dos reis Saul e de Davi, registrando ainda as ações de seus respectivos governos até a morte de Saul.

Veja que o povo Israelita sempre teve conflitos com outras nações e um dos povos que mais guerreavam com os israelitas eram os filisteus. A passagem acima está dentro do contexto de mais uma batalha entre essas duas nações, desta vez com o detalhe da  presença de Golias, um homem muito grande em estatura, daí ser chamado de gigante. Nessa batalha, o judeu Davi venceu Golias, até então tido como imbatível pelas tropas do rei Saul.

Considere que desde o seu nascimento o homem enfrenta verdadeiras guerras. De forma muito interessante essas guerras vão surgindo na mesma medida que o tempo vai avançando. Esses embaraços da vida chegam nas primeiras sílabas a serem pronunciadas, nos primeiros passos, nos primeiros tombos e vão ganhando robustez na mesma proporção que os anos vão se aproximando. Enfim, acredite que essas batalhas, grandes ou não, fazem mesmo parte da existência humana.

A narrativa de Samuel diz que o filisteu Golias era um homem muito grande, certamente tinha quase três metros de altura e na visão de Saul e de seus guerreiros, era impossível derrubá-lo. Veja que essa visão de um homem imbatível era feita na perspectiva humana, tanto que o mesmo Samuel afirmou que por mais de quarenta dias, pela manhã e à tarde, Golias chamou os israelitas para o combate e ninguém se voluntariou a enfrentá-lo (1 Sm 17.16;24)

Para o rei Saul e seus homens já acostumados com as lutas campais que eram frequentes naquela época, essa situação de guerrear contra um gigante era uma prova com elevado grau de dificuldade. Entretanto, a história mudou de rumo quando chegou Davi e em pouco espaço de tempo enfrentou e derrotou Golias. Israel saiu vencedor e Davi foi aclamado como herói (1 Sm 17.49-53).

Perceba que aquela situação, aos olhos humanos era mesmo complicada, afinal, ali estava um brutamontes, falante e querendo confusão. Diferente de Saul, a narrativa  diz que Davi passou a enxergar o gigante sobre o ponto de vista de Deus…” para afrontar os exércitos do Deus vivo” (1  Sm 17.26). Ou seja, perante Deus ali estava um simples mortal, que mesmo sendo grande na visão humana, foi colocado pequeno debaixo da perspectiva de Deus. Resumindo: Golias estava afrontando o Deus que estava por detrás daquele exército. Pense!

Aqui está o desafio para muitos problemas que afligem gente de todas as idades. Enxergar a crise que se avizinha sob a ótica de Deus. Pode-se imaginar que Golias fosse um homem com músculos saltando dos braços, com armaduras de bronze e ferro, mas diante de Deus, ele nada mais era que um simples mortal e com um detalhe: seria derrubado quando Deus assim quisesse. Compreenda, portanto, que pior que as lutas que chegam aos montes todos os dias, é a incapacidade do crente em se lembrar quem é Deus em sua vida!

Considere que ninguém está imune do enfrentamento de situações adversas, todavia, o que vai mudar o resultado é como essas adversidades são vistas.  Enxergar os obstáculos sob a dura realidade do diagnóstico humano é certamente anunciar o fracasso antes mesmo do resultado, mas enxergar as lutas sob a perspectiva de Deus faz toda a diferença e justamente aqui, pode-se dizer que o triunfo é garantido. Entenda hoje e sempre, que se a vida de quem confia em Deus está nas mãos d’ELE, é necessário que essas lutas sejam vistas com os olhos de Deus. E foi isso que fez Davi quando trouxe á sua memória que Deus lhe tinha dado forças e coragem para ele vencer o urso e o leão em épocas passadas, assim, naquela luta contra Golias, era evidente que Deus estaria presente. Ou seja, nas guerras de hoje a melhor arma contra os ataques do inimigo, é ter memória do que Deus já fez. Isso gera confiança (1 Sm 17.17). Guarde isso!

Portanto, nas aflições, nas crises e nas lutas da vida, entenda bem que é fundamental mudar a maneira de encarar o problema, deixe de ver pela visão humana e passe a enxergar pela perspectiva dos olhos de Deus. Isso não só traz a paz no coração, como garante o resultado, afinal, Deus entra nas guerras para vencer, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 27 Junho 2021 22:43

27/06/2021 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Terça, 22 Junho 2021 22:53

22/06/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 21 Junho 2021 11:15

CULPA

CULPA

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor.” (At 3.19)


Lucas foi o autor do terceiro evangelho e também do livro de Atos dos Apóstolos. Conforme os historiadores, Lucas era médico e esteve nas viagens missionárias com o apóstolo Paulo e outros missionários, que enfrentando toda sorte de desafios e perigos, não mediram esforços para a expansão da fé cristã no mundo de então. O livro de Atos narra o começo da igreja, suas dificuldades, seus acertos e registra ainda os primeiros milagres realizados em nome de Jesus.

Após a descida do Espírito Santo os discípulos se dispersaram pela cidade de Jerusalém, mas João e Pedro foram para o Templo. Lá, eles encontraram um homem aleijado que pedia esmolas, entretanto, em nome de Jesus este mesmo homem teve restaurado seus tendões e músculos. Curado, ele entrou para o templo dando pulos de alegrias para espanto de quem o conhecia. Foi neste contexto que Pedro fez um discurso registrado por Lucas (At 3.11-19).

Atente que nos dias atuais, uma característica comum a muita gente é a irresponsabilidade. Poucos, senão raros, assumem culpa naquilo que fazem em desacordo com as normas e regras, que seja na empresa, no comércio, em casa, nos relacionamentos ou em qualquer outro ambiente. Percebe-se que assumir culpa ou ter a responsabilidade sobre seus atos não é mesmo uma situação que as pessoas fazem com tranquilidade. Reflita!

Em seu curto ministério Jesus operou muitos milagres, lembre-se que ele restaurou a visão de cegos, curou aleijados, libertou pessoas que estavam dominadas pelo diabo, dividiu pães e alimentou milhares de pessoas e a todos que o procuravam, Jesus deu uma direção e mostrou o caminho que leva ao reino de Deus. Enfim, fez tanta coisa, que o discípulo João afirmou que se fossem registrados tudo o que Cristo realizou, não haveriam livros suficientes tal a quantidade de milagres que ele praticou (Jo 21.25).

Esta narrativa mostra o primeiro milagre pelo nome de Jesus depois de sua ressurreição, ou seja, se para os dois discípulos que vivenciaram e testemunharam muitos milagres operados diretamente por Jesus, naquele momento, eles estavam vivendo o poder do nome de Jesus (At 3.6). Conforme Lucas, o povo ficou assustado com o tamanho do milagre, afinal de contas, tanto os doutores da lei, os rabinos e todo o povo que frequentava o templo, conhecia a história daquele aleijado que por muitos anos ficava sempre por ali, pedindo uma moedas para o seu sustento. Ver um homem aleijado saltar e correr foi mesmo algo assustador e sobrenatural (At 3.12).

A narrativa de Lucas aponta que Pedro aproveitou a ocasião para mostrar-lhes que todos eles, sem exceção, tinham culpa e responsabilidade, tanto na morte como na crucificação de Jesus e deveriam não só se arrependerem, mas também se converterem à fé em Cristo para que fossem salvos do castigo eterno (At 3.14-19). Pedro mostrava o problema e dava a solução!

Ele confrontou os pecados e as transgressões daquele povo e hoje, infelizmente, não é diferente em termos de culpa e imposição de responsabilidades. Politicamente muito se fala por aí que as pessoas devem assumir a culpa nas atividades seculares, mas assumir erros, admitir responsabilidades de seus atos tem sido o grande desafio para muita gente, inclusive cristãos que dizem levar uma vida pautada nos princípios da fé cristã. Hoje, o comum em todos os ambientes é a pessoa tentar se eximir de seus erros, não admitir suas falhas e tentar de todas as maneiras escapar das responsabilidades.

Veja que para muita gente, sempre há a possibilidade de uma tese que possa justificar sua falta e para isso até tentam renomear suas posturas, de forma a dar uma nova roupagem às suas ilicitudes. Assim, a tática para explicar os comportamentos avessos é dizer que aquele que rouba, que furta e se apropria do patrimônio alheio é cleptomaníaco; aquele briguento, dado a atos violentos é bipolar e até mesmo o negligente com suas tarefas, se diz portador de déficit de atenção. Ou seja, mudam-se os nomes, mas a essência do erro continua a mesma, a culpa não só permanece como a imposição de responsabilidade não sofre variação. Reflita!

“todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus…”(Rm 3.23). Nas palavras de Paulo, os homens não são merecedores e necessitam mesmo favor de Deus, todos precisam assumir suas culpas e todos carecem da misericórdia de Deus para não sofrerem o castigo eterno. Noutras palavras, entenda que ninguém cresce espiritualmente justificando seus erros, renomeando suas falhas ou lhe dando uma roupagem diferente, mas o crescimento acontece pela admissão da culpa e pela mudança de mentalidade, ou seja, por meio de uma transformação espiritual, amém?

 Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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