Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sexta, 17 Novembro 2023 23:18

17/11/2023 - CULTO DAS MULHERES

Sábado, 11 Novembro 2023 19:54

INQUIETAÇÕES

INQUIETAÇÕES

 “o que é isto que vos preocupa?”  (Lc 24.17)

 

Lucas é o autor do terceiro evangelho e também do livro de Atos dos Apóstolos. Sabe-se que ele não era judeu, era morador da Antioquia/Síria e tinha a medicina como atividade principal. Foi amigo do apóstolo Paulo a quem acompanhou nas viagens missionárias, inclusive foram essas viagens que subsidiaram a narrativa do livro de Atos, relatando a expansão do evangelho no mundo de então. Em seu evangelho, Lucas apresenta Jesus como o Deus de toda bondade e compaixão.

Ambientando a passagem  acima, tem-se que após a crucificação de Jesus, dois de seus discípulos se alvoroçaram e retornaram para suas cidades, nas proximidades de Jerusalém. Tristes com os acontecimentos, enquanto caminhavam ambos foram abordados por Jesus, já ressurreto (Lc 24.13-33).

Perceba que tanto homens como mulheres, tanto adultos como jovens, todos possuem um pouco de ansiedade com as coisas da vida. Uns mais e outros menos. Tem gente que se preocupa com a faxina da casa, com afazeres do trabalho, com o cônjuge e com os filhos, outros se o dinheiro vai dar para pagar as contas e por aí vai uma infinidade de situações. Enfim, as inquietudes é um negócio que sempre acompanhou a humanidade e quando as crises chegam, elas impactam as pessoas de forma significativa.

Depois da morte de Jesus, muitos de seus discípulos resolveram voltar ás atividades antigas. A narrativa de Lucas mostra que dois deles voltavam para a cidade  de Emaús com muitas preocupações. Considere que toda preocupação traz medo, gera receios e deixa a mente insegura quanto ás próximas ações. Mas pior que isso, as inquietações possuem a característica de levar as pessoas a fazerem leituras erradas das realidades em que estão vivendo. Pense nisso!

“Seus olhos, porém, estavam como que impedidos de o reconhecer Jesus” (Lc 24.16). Veja que os dois homens tinham estado com Cristo, tinham ouvido os discursos de Jesus e logicamente ambos tinham escutado a doutrina de Jesus. Isso sem contar que eles tinham presenciado curas e milagres, viram as libertações dos endemoniados e as todas as operações de maravilhas, mas diante das inquietações dos últimos acontecimentos, eles estavam meio que fora de si, pois não conseguiram reconhecer o Mestre que eles mesmo tinham seguido por um tempo.

Entenda que gente preocupada enxerga a vida de forma atrapalhada, não consegue enxergar as realidades que se apresentam. Perceba que as inquietudes da vida podem funcionar como barreiras, impedindo os inquietos e preocupados de encontrarem soluções diante dos problemas mais simples, todavia, pior que isso, as mesmas inquietações têm a capacidade de roubar a esperança de dias melhores, derrubando sonhos e sepultando projetos.

O incrível é que as preocupações nunca são causadas por circunstâncias externas. Para certas pessoas uma situação pode trazer aborrecimento, mas a outro a mesma situação não causa nenhum efeito. Entenda ainda que as preocupações e as inquietações da alma brotam do coração, possuem o poder de impactar relacionamentos e promover a desordem interior. E diante desse quadro muita gente se assusta, uns perdem o sono, outros ficam irritadiços e perdem o controle das coisas. Porém, compreenda que todo cristão foi construído a ter esperança, foi moldado a confiar em um Deus que cuida de todos. Nesse sentido, considere que a esperança em Deus é e continua sendo a bússola que redireciona e orienta a caminhada diante das adversidades. Reflita nisso!

Observe ainda que toda inquietação gera incredulidade. Antes de decidirem voltar para Emaús, aqueles dois discípulos de Jesus foram informados pelas mulheres que foram no sepulcro que ele tinha  ressuscitado, mas mesmo assim, a incredulidade deles foi maior e os convenceu a voltarem para suas casas (Lc 24.9). Lembre-se que Jesus combateu a cobiça, combateu as disputas e as tentações sexuais. Jesus censurou também a relação perniciosa com o dinheiro e combateu a ganância e a infidelidade, mas foi a incredulidade o pecado mais censurado e criticado por Jesus. Aliás, a incredulidade foi o pecado número um dos seus discípulos. Eles enxergavam os milagres, mas tinha imensas dificuldades em crer!

Saiba que as ansiedades e os alvoroços da alma sempre existiram. Os discípulos tiveram e as pessoas do tempo presente também as possuem (Mt 6.25-26). Todavia, elas não são o problema, já que o problema está na visão que cada homem e cada mulher tem de Deus. Ter os olhos e a mente voltados á cruz de Jesus faz com que todos os alvoroçados de coração reconheçam que Cristo, ao se sacrificar na cruz pela humanidade, rompeu com o fracasso humano e virou a página da história de cada um que em Jesus, deposita sua confiança. Esse entendimento é libertador. Ou seja, por meio da cruz, a paz que vem de Deus é quem estabiliza as emoções e faz o homem triunfar sobre todas as perturbações e inquietações da alma (Fp 4.7). Guarde isso e viva! Um forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida e sua família

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 04 Novembro 2023 13:46

TRANSIÇÃO

TRANSIÇÃO

“Exortamos-vos, também, irmãos, a que admoesteis os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais longânimos para com todos;”  (1 Ts 5.14).

 

Paulo foi o autor das duas cartas endereçadas à comunidade cristã que estava na cidade de Tessalônica, região da Grécia. Nitidamente o apóstolo Paulo deixa transparecer na narrativa sua preocupação com aqueles novos convertidos á fé cristã, instruindo-os sobre o perigo deles voltarem às práticas do pecado. Naquela época, como nos dias atuais, era comum a presença de homens, pregadores itinerantes, que anunciavam a salvação por meio de ensinos mesclando os rituais judaicos com a graça do Evangelho. A carta era a demonstração do amor de Paulo aos irmãos recém-convertidos.

Bem antes de escrever a carta aos Tessalonicenses, tem-se que Paulo, Silas e Timóteo estiveram em Tessalônica durante a segunda viagem missionária anunciando Jesus, sua morte e ressurreição. Naquele tempo parte do povo aceitou de bom a grado a pregação, dentre estes alguns judeus, uns de origem grega e algumas mulheres que foram convencidos pelo poder do Espírito Santo, todavia, essas conversões trouxeram uma agitação na cidade e Paulo e seus amigos quase foram presos (At 17.1-5).

Perceba que uma igreja ou congregação dos fiéis em Cristo é composta pelos mais diversos segmentos da sociedade. Isso denota a abrangência da salvação, pois implica que Jesus salva a todos os que creem em seu nome e não faz acepção de pessoas quanto a profissão e/ou status social (At 10.34; Rm 2.11). Noutras palavras,  Jesus Cristo está disposto a usar de sua misericórdia para todo aquele que o invocar e clamar pelo seu nome (Sl 55.16).

Contextualizando a narrativa da carta, veja que Paulo enxergava a necessidade de preparar espiritualmente aqueles irmãos quanto a volta de Jesus. Era importante adverti-los para estarem atentos e vigiarem, porque Jesus voltaria sem avisar a data e nem a hora. E a preocupação de Paulo era que muitos daqueles não estivessem adequadamente preparados e isso seria temeroso. Paulo usou a expressão luz e noite para exemplificar aqueles que dormem (noite) e o que ficam acordados (dia), para vivenciarem a volta de Jesus e não serem surpreendidos (1 Ts 5.1-8).

Ainda instruindo a igreja, Paulo mostrou que a volta de Cristo não era um evento qualquer, mas era a base da obediência de todo cristão. Como haviam pessoas que já estavam amadurecidas espiritualmente e outras nem tanto, Paulo sabiamente orientou que os mais fracos fossem apoiados com amor e corrigidos para não se perderem diante das distrações mundanas. Ou seja, que os mais experientes tivessem calma e fossem amáveis, suportando com amor aqueles que ainda não estavam fortes o bastante para vencer as lutas contra suas vontades e desejos pecaminosos (1Ts 5.8-14).

Naquela época como nos dias atuais, considere que dentro das igrejas, alguns são mais fortes na fé e outros ainda não atingiram o mesmo nível, mas dentro do conceito de irmãos em Cristo, os mais fortes podem e devem ajudar os demais fracos a crescerem na caminhada cristã. O corpo de Cristo implica numa unidade, um ajuntamento de membros para juntos formarem o corpo (1 Co 12.27). Ou seja, são pequenas partes que agrupadas foram o conjunto. Reflita!

Convertidos, homens  e mulheres passam pelo processo da transição, saem dos velhos e perversos costumes mundanos e entram nas práticas dos novos hábitos e essa reorganização espiritual é progressiva. De certa maneira considere que os fortes espirituais de hoje, foram os fracos de ontem e é necessário lembrar que a longanimidade é fruto do Espírito Santo, característica daqueles que pela fé e pela mesma longanimidade herdam as promessas de Deus (Gl 5.22; Hb 6.12). E a promessa de Cristo não está restrita somente a sua volta como inclui a todos a vida eterna  (Fp 3.20; Tt 2.13).

Atente no seu coração sobre a importância de envidar esforços no sentido de não ser obstáculos ao crescimento espiritual de outras pessoas. E isso é entender que a vida cristã não deve ser vista como uma competição, como se o céu tivesse poucas vagas, mas a vida cristã parte da compreensão que somos partes do corpo de Cristo. Portanto, é dever do crente em Jesus estender as mãos e fortalecer uns aos outros, de maneira a edificar o corpo da igreja ainda em formação (Rm 14.13). Guarde isso: o objetivo está em acrescentar e nunca em dividir. Ademais, na vida crista o fraco de hoje será um forte amanhã. Pense nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira -Pr

 

 

 

 

 

 

 

Sábado, 28 Outubro 2023 13:49

VITÓRIA

VITÓRIA

“..graças a Deus, que sempre nos conduz vitoriosamente em Cristo..” (2 Co 2.14)

 

Paulo escreveu duas cartas à igreja que estava localizada na cidade de Corinto. Na primeira epístola ele orientava e dava instruções sobre casamento, relacionamentos e alimentos.Na segunda carta, ele usa seus argumentos para defender seu chamado das diversas acusações que a própria igreja de Corinto lhe fazia e ainda encontra tempo para instruir a mesma igreja quanto aos caminhos que deveriam seguir.

O versículo acima está ambientado sobre a vida vitoriosa do cristão em Cristo. Naquela época, diante de tantas adversidades e perseguições, Paulo instruiu os irmãos de Corinto a enxergarem uma vida vitoriosa em Cristo Jesus, por meio de uma existência cristã genuína e verdadeira (2 Co 2.14-17).

Veja que roupas, aparelhos elétricos e/ou eletrônicos, peças e mercadorias são alguns itens que podem ser falsificados. E considere que nem sempre é fácil diferenciar o falso do verdadeiro e isso em todos os lugares, evidenciando que a vida secular em meio aos falsos e verdadeiros é mesmo complexa e extremamente difícil.

E na vida cristã acontece a mesma coisa. Há crentes falsos e há crentes verdadeiros. Veja que outrora, o cristão evangélico era identificado pelas roupas e pelos comportamentos, mas nos dias atuais isso ficou para trás considerando que esses indicadores não mais apontam quem é ou não é evangélico. Saiba que evangélicos autênticos são identificados pela essência, pela maturidade espiritual e pela vida comportamental dentro das regras e dos padrões requeridos por Deus.

A narrativa do apóstolo Paulo diz que por meio de Jesus, aquele que professa a fé cristã sempre é conduzido em triunfo (2 Co 2.14). Ou seja, mesmo diante de adversidades, enfrentando doenças, provações e desencontros, o crente será vitorioso em Jesus. Para muita gente ser bem sucedido é ter o nome citado nos jornais e revistas, é dar entrevista, é ser reconhecido no meio profissional que atua, é ser famoso, ganhar dinheiro e possuir bens materiais. Mas pelas escrituras tem-se que vitorioso implica em ter uma vida abençoada, vivendo em plenitude com ou sem escassez. A explicação é que o sucesso terreno é esporádico, precário e temporário, hoje tem e amanhã pode não ter, basta observar a vida dos famosos e das celebridades que vez por outra se descobrem ser pessoas normais, longe do sucesso, dos holofotes e da fama. Perceba que na alegria, no choro, na saúde, na doença, na aprovação e/ou na rejeição, ou seja, independente do que estiver passando, a vida do crente em Cristo será sempre um sucesso. Porque Deus não está olhando e nem está interessado no sucesso físico das pessoas, mas de forma contrária, Deus está interessado é na santidade do crente, pois quem vive em santidade vive para glória de Deus e por isso é considerado um vitorioso. Reflita nisso!

“Porque nós não somos falsificadores da palavra de Deus, como tantos outros; mas é com sinceridade, é da parte de Deus e na presença do próprio Deus que, em Cristo, falamos.” (2 Co 2.17). Eram comuns que naquelas igrejas do século I chegassem alguns homens que pregavam a doutrina judaizante e anunciavam a salvação por meio de uma mescla de ensinos evangélicos e judaicos (rituais). Esses pregadores itinerantes prometiam bênçãos que jamais iram se realizar e na visão de Paulo, eles eram os falsificadores da palavra de Deus, coisa que ele, Paulo não era. Afinal, a vida de Paulo era por demais conhecida, era uma vida honesta e íntegra, sem máscaras, totalmente contrária se comparada aos dos pregadores judaizantes que por lá passavam.

Traga isso para os dias de hoje e veja que mudou só a geografia, pois a falsidade continua, tanto dentro como fora das igrejas. Muitos estão enganando por aí, levando uma vida de máscaras, camuflado em suas teorias, cavando abismos e sepultando a vida de incautos que teimam em lhes dar créditos. Pense!

Compreenda que o mínimo que se espera de um cristão autêntico é que este dê bom testemunho tanto aos que professam a mesma fé, como á sociedade aonde ele está inserido. Cristão autêntico não engana, não defrauda, não dá calote e paga suas contas corretamente e por onde passa deixa um rastro do bom perfume de Cristo, afinal, sua fé não é uma fé fingida. Noutras palavras, em todos os ambientes, quer seja familiar, comercial e ou empresarial, a vida do crente em Jesus precisa ser autêntica, verdadeira e sem máscaras, ou seja, uma vida sem mácula. Compreenda que nenhum cristão pode viver de aparências, usando máscaras e escondendo a sua realidade. Ou é cristão ou não é cristão, não existe meio termo. Concordas? Um forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe hoje e sempre,

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 21 Outubro 2023 09:11

CONVOCAÇÃO

CONVOCAÇÃO

 "A Igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus e convocados para serem santos” (1 Co 1.2)

 

Paulo escreveu duas cartas à igreja que estava localizada na cidade de Corinto. Teólogos afirmam que uma terceira carta também foi escrita, mas se perdeu. Nessa primeira carta, Paulo responde as perguntas sobre casamento, sobre relacionamentos, orienta sobre os alimentos, adverte quanto ás divisões que pareciam aflorar na igreja e faz pesada advertência sobre um incesto que chegou ao conhecimento dele. Enfim, essa primeira carta é uma carta doutrinária.

A cidade de Corinto era uma cidade portuária, ali atracavam navios com pessoas de todos os lugares e nesse sentido, aquela comunidade cristã sofria influência de muitos deuses e de seus admiradores. E Paulo observava que aquela igreja devia se firmar na doutrina cristã, nas práticas da santidade, evitando as más influências que caso, entrassem no seio da igreja, traria contaminação e logicamente, o afastamento de Deus.

“…aos santificados em Cristo Jesus e convocados para serem santos” (1 Co 1.2). Compreenda que a santificação nas pessoas que creem na obra redentora do sacrifício de Jesus é a obra que o Espírito Santo realizou em cada coração. Com raras exceções daqueles que nasceram em uma família evangélica, os demais sempre possuem uma história de mudança comportamental para contar. A santificação é a obra convincente do Espírito Santo na vida de cada um.

O texto do evangelho de João declara que homens e mulheres foram convencidos do pecado, convencidos  da justiça e convencidos também do juízo vindouro. Do pecado ou da incredulidade o convencimento se deu em um Deus soberano, da justiça de Deus enfatizando que nenhum mérito humano pode trazer a salvação e do juízo que virá a todos, indistintamente (Jo 16.8-11). Por meio da santificação Jesus mudou os pensamentos do homem, abriu seus olhos espirituais e o revestiu com roupas novas. Se hoje, os crentes podem se sentir novas criaturas espirituais, saiba que a obra dessa santificação não pode ser creditada a homem nenhum, mas a Jesus Cristo.

A temática da santificação nem sempre é título de sermões nos dias atuais. Aliás, perceba que a santidade é a doutrina mais esquecida e menos praticada nas igrejas. Pouco se fala dela para não criar embaraços com os ouvintes que acham que Deus exige muito. Lado outro, a severidade do mal é também outra doutrina pouco observada, uns acham que o mal nem existe. Enfim, em todos os ambientes, a percepção é  que os cristãos atuais possuem uma visão muito diferente do Deus apresentado na bíblia, Deus esse que se apresenta como santo e justo (Lv 19.2).

Numa rápida olhada na sociedade onde estamos inseridos, conclui-se que existe muita semelhança entre a sociedade de Corinto, século I e a sociedade atual. Geografia diferente e épocas diferentes, mas ambas possuem similaridades: sociedade relativista, governos corruptos, diversidades de deuses e uma ética rasa e superficial, quase inexistente. E foi num ambiente assim, decadente moral e espiritualmente que os novos cristãos de Corinto foram convocados a uma missão que ia contra a cultura social: serem santos, ou seja, serem puros no caráter, pois o mesmo Deus que o convocara era e continua santo (1 Pe 1.14-16).

Interessante saber que hoje permanece a mesma convocação a todos os que professam a fé em Cristo. Chamados a serem santos, a terem um caráter semelhante ao de Cristo. E isso num ambiente que dispensa adjetivos para qualificá-lo. O gargalo nos dias atuais está no coração de muita gente que ainda teima em ter uma vida de relacionamento com Deus com muito descaso, levando a vida de qualquer jeito. Ainda se percebe que existe muita dificuldade em refletir sobre à convocação de se ter uma vida correta e íntegra. Incrível é que as pessoas gostam de dizer que é ótimo estar nas mãos de Deus, usufruindo e desfrutando de toda sua bondade, mas é necessário lembrar que coisa terrível é cair nas mãos desse mesmo  Deus (Hb 10.31). E infelizmente, é justamente esse esquecimento que tem levado muitos crentes a viverem uma vida desregrada, desatenta e indiferente ao seu chamado, se tornando péssimos exemplos. Saiba que a santidade exigida por Deus está na pureza, no amor ao próximo, na prática da justiça e na exteriorização do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23). A santidade está no caráter de Cristo que os crentes devem refletir onde quer que estejam. Ou seja, a santidade exigida por Deus não é se isolar do mundo,  mas estar no mundo e não ser influenciado por ele.

“..vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne.” (Gl 5.16). Essa é a maneira de uma vida santificada, uma vida de temor e reverência a um Deus santo e justo. Conscientes ou não, somos parte de uma geração que quer benção e milagres, basta ver as inúmeras ‘campanhas’ que se realizam por aí que se repetem indefinidamente baseadas erroneamente no mérito, enquanto a palavra diz que o justo viverá pela fé (Hc 2.4; Rm 1.17; Gl 3.11; Hb 10.38), entretanto, Deus está requerendo santidade, mudança de caráter e vida no altar. Amém? Abraços.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 15 Outubro 2023 23:13

15/10/2023 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Sábado, 14 Outubro 2023 15:14

PRIORIDADE

PRIORIDADE

“Uma coisa pedi ao Senhor e a procuro: que eu possa viver na casa do Senhor todos os dias da minha vida, para contemplar a bondade do Senhor e buscar sua orientação no seu templo.” (Sl 27.4)

São cento e cinquenta poemas ou salmos que foram escritos por diversas pessoas num espaço temporal de quase mil anos. Esses salmos contemplam os momentos vividos de seus autores e nesse sentido, tem-se aqueles que expressam a confiança em Deus diante das adversidades, tem aqueles que manifestam a vitória diante das lutas, outros exaltam a fidelidade de Deus para com os homens e assim, todos os poemas mostram os momentos de seus autores diante de um Deus vivo e soberano.

É visível que o salmo identificado pela sequencia numérica 27 retrata o desejo do rei Davi. Afirmava ele que seu pedido a Deus era o de estar presencialmente na casa do Senhor e ali vivenciar todos os seus efeitos.

A história do rei Davi é muito comentada, muito pregada e logicamente, bastante estudada. Sabe-se que Davi passou por altos e baixos antes de ser ungido rei, todavia, seu nível de confiança e relacionamento com Deus foi algo extraordinário, tanto  que até nos dias atuais ele é citado como referência quando se fala sobre confiar em Deus. Seus erros e acertos servem como experiências de como se comportar diante de um Deus que  zela, cuida e dá direcionamento a todos os que nele confiam. Pense nisso!

Considere que comum a todo homem está a realização de seus sonhos. Sejam sonhos de cunho material como adquirir bens e acumular riquezas, sonhos de fazer viagens e conhecer outros lugares, casar e constituir família e também os sonhos imateriais como os de ter paz, buscar pela felicidade, amar e ser amado. Considere que tudo isso são desejos e sonhos legítimos e eles fazem parte da natureza humana.

Naquela época, o templo em Jerusalém ainda não havia sido edificado, ele seria construído anos mais tarde pelo filho de Davi, o rei Salomão. O texto evidencia que o rei Davi manifestava o desejo de estar na presença de Deus e pode-se afirmar que isso indicava a sua prioridade. Poderia Davi priorizar seus pedidos a Deus noutras coisas, como vitórias nas lutas, saúde, força e coragem, mas sabiamente, ele decidiu que as necessidades físicas e materiais eram secundárias diante da real possibilidade de estar diante de Deus.

Veja que a vida de Davi mostra que sua confiança em Deus não era fruto da sorte ou da simpatia divina, mas sua confiança se fundamentava nas obras de Deus em épocas passadas quando ele, Davi nem mesmo havido sido ungido a rei. As narrativas bíblicas mostram que Deus o protegeu dos animais que atacavam o rebanho de ovelhas, que ele pastoreava. O mesmo Deus lhe deu vitória sobre o gigante Golias e assim, sua trajetória antes de assumir o trono de Israel já indicava o quanto o Deus de Israel o abençoava. Ou seja, essas lembranças dos feitos divinos o levaram a não só confiar no socorro divino, mas serviram como experiências para fazer escolhas certas no tempo presente. Pense nisso!

Considere que Davi como rei sobre Israel poderia desejar inúmeras outras coisas, inclusive após o seu adultério, Deus usou o profeta Natã para dizer a Davi que havia lhe dado tudo e que poderia dar mais, caso ele assim quisesse (2 Sm 12.8). Todavia, Davi não usou dessa bondade divina e pediu tão somente pela presença de Deus, representada pela arca da aliança (Sl 27.8).

Nesse sentido compreenda a grande diferença dos pedidos atuais a Deus, quando se compara ao pedido do rei Davi. Atualmente a lista de pedidos a Deus tem sido dominada pelas coisas materiais, como casa, carro, bens e riquezas, saúde e cura de enfermidades. Logicamente que Deus tem poder para atender todas essas solicitações e muito mais que isso, todavia, raros são os pedidos pela presença de Deus nos corações. A explicação mais plausível é que talvez mudaram as prioridades, mudaram as necessidades e as escolhas atuais não se alinham com as escolhas de homens e mulheres de Deus do passado que optaram em buscar e priorizar pela presença de Deus. Conscientes ou não, tem-se que nos dias de hoje a importância no relacionamento com Deus está na busca por milagres e não na busca pelo Deus que faz os milagres acontecerem. Reflita!

“Mas o meu Deus suprirá todas as vossas necessidade..” (Fp 4.19). Noutras palavras, aquilo que o homem necessitar, certamente que Deus providenciará, entretanto, mais que pedir bens físicos, comece agora a priorizar pela presença d’ELE. Faça isso e serás surpreendido pela bondade de Deus. Abraço grande!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe e os guarde,

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 10 Outubro 2023 22:37

10/10/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Sábado, 07 Outubro 2023 08:57

INCAPAZ

INCAPAZ

“O Senhor é contigo, homem valente” (Jz 6.12)

 

O livro de Juízes abarca um grande espaço temporal na história da nação israelita.  É o sétimo livro da Bíblia e registra um período histórico de Israel com duas particularidades distintas: a primeira é que Moisés e Josué já haviam morrido e isso gerou uma lacuna na liderança, e segundo, o povo já estava estabelecido nas terras de Canaã. Naquela época, sem uma liderança definida a narrativa diz que as pessoas faziam o bem entendiam, pois não havia rei que os governasse e assim, a balbúrdia dentre o povo se tornou uma marca que criou graves problemas, principalmente os espirituais.

Sem uma liderança ativa, o povo israelita tinha desviado e se afastado dos caminhos de Deus. Isso trouxe sérias e profundas consequências. Vindos de localidades vizinhas, midianitas e amalequitas atacavam e roubavam tudo o que encontravam pela frente, trazendo não só prejuízos econômicos, mas também os sociais e morais (Jz 6.1-13)

Veja que uma característica comum á muitas pessoas é a síndrome da inferioridade. Logicamente que existem pessoas mais capazes e mais inteligentes, existem pessoas mais fortes e existem pessoas mais esforçadas, mas em meio a tudo isso, existem também àquelas pessoas que carregam uma boa dose de vitimismo e inferioridade. Se enxergam incapazes para exercer atividades rotineiras e assim, vão levando a vida, Deus sabe até quando.

Naquele período a situação de Israel era péssima. A nação sofria com ataques dos seus inimigos que praticavam uma modalidade muito conhecida nos dias atuais: o arrastão. Os amalequitas e midianitas atacavam em conjunto e simplesmente roubavam tudo o que achavam pela frente como trigo, azeite, gado, ovelhas e camelos (Jz 6.3). Para escapar dos ataques, os israelitas cavavam buracos para esconder a colheita. Isso evidenciava que estavam sem poder de reação, sem esperança, sem expectativas de melhorias e, quando tudo caminhava para a derrocada, Deus entrou com a providência abordando um homem que carregava em seu coração o maligno sentimento de incapacidade: Gideão.

Desconfiado da aparição divina, Gideão pediu provas a Deus e Deus não só deu as provas de sua divindade como mais á frente, definiu o medroso Gideão como um homem valente e ainda lhe deu a missão de liderar seu povo diante dos ataques de seus inimigos (Jz 6.12-17). Pense!

Perceba que as pessoas gostam de marcar datas. Assim elas marcam a data de aniversário, data do casamento, o último dia do ano e, as segundas-feiras são dias dentre outros que são marcados para iniciar a temida dieta. Veja que uma atividade física, uma dieta ou um novo procedimento são alguns exemplos de datas que podem gerar expectativas, boas ou não. Entretanto, a limitação humana é um obstáculo para conhecer o dia de amanhã, todavia, importante saber que dentro da soberania de Deus, ele não vê a vida pelos olhos do homem e nem escuta pelos ouvidos humanos. Ou seja, Deus enxerga muitas possibilidades onde as pessoas acham que não vai dar em nada. Uma frase que resume bem isso pode ser escrita assim: “Deus sempre nos surpreende. quando menos se espera ELE faz coisas inimagináveis.” Noutras palavras, Deus não marca data para nos surpreender. E a narrativa mostra que Deus surpreendeu seu povo dando a liderança da nação a um homem, então tímido e medroso.

O povo israelita atravessava uma profunda crise histórica com os ataques que se repetiam a cada ano, estavam numa crise econômica com a subtração de seus bens e logicamente, enfrentavam uma profunda crise espiritual com afastamento de Deus e ainda sofriam com o empobrecimento, visto como consequência deste distanciamento de Deus (Jz 6.5-6). Mas foi justamente nesse tempo, que Deus levantou Gideão para mostrar a todos que independente da capacidade, independente da inteligência e independente de qualquer outro sinônimo de poder e coragem, é Deus quem comanda as ações e é Deus quem executa os seus próprios planos. Fraco ou forte, capaz ou incapaz, corajoso ou não, todos podem ser ferramentas nas mãos de Deus, e Deus convocou Gideão, homem com claros sinais de medo, incapacidade e de inferioridade.

“O Senhor é contigo, homem valente” (Jz 6.12). Gideão era um homem tímido e  sem nenhuma qualificação para liderança. Ele se enxergava o menor de sua tribo, se enxergava incapaz e despreparado para fazer qualquer coisa, mas Deus o chamou de valente, de valoroso, de guerreiro e de vencedor. Essas palavras qualificadoras de Deus a respeito de Gideão, mostra que o que pensamos de nós mesmos, nunca corresponde ao potencial que Deus vê em nós. A visão de Deus é diferente da visão humana. Reflita nisso!

A narrativa do livro de Juízes prosseguiu mostrando que Deus interviu e mudou a história do povo de Israel dando-lhes vitória e libertando-o das mãos de seus inimigos e simultaneamente, Deus mudou também a história do medroso e tímido Gideão que se julgava incapaz.

Talvez assim seja a sua vida. Talvez você se enxerga como inferior aos demais, com menos capacidade, com pouca habilidade e mais fraco física e emocionalmente, mas entenda que nas mãos de Deus pessoas assim podem fazer muito mais do que comumente as outras mais fortes fazem. Porque Deus olha para essas pessoas e vê habilidades que ninguém enxerga. Deus olha para essas pessoas improváveis e/ou desprezadas e enxerga potencialidades incríveis. Basta tão somente acreditar n’ELE, amém? Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, os guarde e proteja.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

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