Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 23 Dezembro 2023 23:24

CHANTAGEM

CHANTAGEM

“E não tentemos o Senhor, como alguns deles o tentaram, e pereceram pelas serpentes.” (1 Co 10.9)

Paulo escreveu duas cartas à comunidade cristã que estava localizada na cidade de Corinto. Nessa cidade, o apóstolo permaneceu anunciando a salvação por meio do amor e da graça de Deus por um ano e meio e dentre os convertidos nesse tempo em que lá permaneceu, estava Crispo que era líder da sinagoga e inclusive foi batizado por Paulo (At 18.11; 1 Co 1.14).

Ambientando a passagem acima, nesse grupo de poucos versículos o apóstolo Paulo ensinou os membros da igreja em Corinto a se lembrarem de eventos que ocorreram no  passado com o povo de Israel, de forma a aplicarem essas experiências no tempo presente e assim, evitarem  problemas na caminhada cristã (1 Co 10.1-11).

Considere que existem diversos meios para o aprendizado atingir o seu objetivo. Hoje as técnicas da pedagogia usam e abusam das tecnologias educacionais e nisso quem ganha é o aluno. Evidente que diante de tantas tecnologias, alguns sentem mesmo muitas dificuldades para lidar com smartfones, tablet, iphone e outros aplicativos (inclusive este escriba). Mas nada se compara na excelência do aprendizado como os modelos de sucesso das experiências próprias e/ou alheias do passado.

Atente que fazer os irmãos lembrarem das experiências alheias na relação do povo israelita com Deus foi a técnica empregada pelo apóstolo Paulo para instrui-los a como se portar diante das inúmeras possibilidades para saírem fora dos caminhos de Deus. Paulo fez referência ao povo hebreu que durante a peregrinação pelo deserto que embora enxergando e vivenciando diversas intervenções de Deus na história, ainda se comportavam com insatisfações e murmurações, pedindo a Deus provas de seu zelo e cuidado (Ex 17.2; Nm 20.1-5; Nm 21.4-5).

Considere que o povo israelita foi amplamente abençoado por Deus. Desde a saída do Egito eles contemplaram e vivenciaram o agir sobrenatural de Deus, veja que eles passaram a seco pelo Mar Vermelho, foram saciados com água potável quando somente havia águas insalubres, sem o que comer, eles foram alimentados em pleno deserto por longos anos, portanto, se existe um povo que viveu milagres, este povo foi os israelitas. Entretanto, ficou evidenciado que tudo isso e muito mais do que Deus fez não foi o bastante para convencê-los da grandeza do mesmo Deus que os resgatou da escravidão no Egito. Quando eles viraram as costas a Deus, o resultado foi a morte e foi justamente esse ponto que o apóstolo Paulo utilizou para ensiná-los.

Os estudiosos e historiadores afirmam que a igreja em Corinto era uma comunidade cristã muito complexa. Diversas vezes aqueles irmãos se voltaram contra o apóstolo Paulo, chamando-o de carnal e que ele não demonstrava interesse ela igreja (1 Co 10.2; 1 Co 10.10). Além disso, havia naquela igreja diversos problemas como separações, divisões e até um grave pecado de ordem moral. Era, pois, mais que necessário que eles fossem ensinados a desenvolver o temor a Deus e para isso, a estratégia usada foi empregar fatos negativos do passado para orientar a vida presente. Reflita!

Certamente que o fato das pessoas tentarem a Deus seja também o perigo nos dias atuais. Com raras exceções, muitos dos cristãos atuais ainda entendem que Deus precisa ser colocado à prova para ver se ele é mesmo Deus como se anuncia. Isso fica mais claro quando as pessoas estão em dificuldades, quando algo sai do controle ou quando alguma coisa não dá certo e aponta-se o responsável: Deus. E diante dessas adversidades, muitos crentes ameaçam sair da igreja, abandonar a fé, chutar o balde, se e somente se, Deus não dar uma arrumada na situação como eles esperam. Ou seja, assim como o povo de Israel que diante das dificuldades na peregrinação ameaçava voltar ao Egito (At 7.39), hoje as pessoas ameaçam voltar à escravidão do pecado e perdição, como se essa chantagem funcionasse e Deus cedesse aos seus desejos. Pense!

Compreenda bem que Deus é soberano e criador de todas as coisas. Ele é Deus sobre todas e quaisquer circunstâncias. Moisés registrou que no princípio, no começo de todas as coisas, criou Deus os céus e a terra (Gn 1.1). Importante lembrar disso, porque não está escrito e nunca foi explicado de onde Deus apareceu, se ele foi criado ou não. Ou seja, Deus simplesmente se manifestou na história humana. Nesse sentido, é incabível ao homem qualquer questionamento contra Deus, incabível pedir provas e/ou mesmo culpar Deus de quaisquer resultados cujas escolhas o homem fez unilateralmente. Deus é Deus e não precisa provar isso a ninguém, amém? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 23 Dezembro 2023 22:42

23/12/2023 - CULTO INFANTIL DE NATAL

Terça, 19 Dezembro 2023 23:04

19/12/2023 - CULTO "FÉ & VIDA"

Domingo, 17 Dezembro 2023 23:01

17/12/2023 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Domingo, 17 Dezembro 2023 09:45

DINHEIRO

DINHEIRO

“Porque, onde estiver o teu tesouro, aí também estará o teu coração.” (Mt 6.21)

Mateus era judeu e escreveu o primeiro evangelho mostrando diversas vezes que Jesus era o filho de Davi e filho de Abraão (Mt 1.1; 9.27; 12.23). Sua narrativa foi escrita aos seus compatriotas apresentando o Messias, o libertador que há tanto tempo era aguardado. Embora judeu, Mateus foi funcionário do Império Romano, atuando com desenvoltura na arrecadação de impostos dos habitantes da Palestina, o que certamente lhe rendeu críticas e inimizades. Ao chamado de Jesus para segui-lo, atendeu prontamente, deixando para trás seus bens materiais, seu emprego na coletoria e logicamente, seu status de cobrador de impostos.

Em um de seus discursos, Jesus abordou com seus ouvintes a relação sobre o modo de viver das pessoas e a maneira de vida de quem se dispusesse a segui-lo (Mt 6.19-24).

Considere que as pessoas são atraídas por muitas coisas. Cheiro, cores, brilhos, carros, relacionamentos e uma infinidade de outras coisas possuem a capacidade de não só atrair as pessoas, mas também de prendê-las. Nesse sentido existem pessoas que estão literalmente presas a determinados perfumes, outras que só utilizam roupas com certas cores e por aí vai uma série de aprisionamentos. Pode-se dizer que é fácil de entrar e dificílimo de sair.

Veja que Jesus chamou a atenção de seus ouvintes para uma perversa relação não só daquela época, mas também dos dias atuais: o dinheiro ou as riquezas. Atente que aquela sociedade judaica era uma sociedade sem tantos recursos, viviam praticamente da lavoura, eram subjugados pelo Império Romano e ainda assim, eles só se preocupavam em adquirir riquezas. Se no século I já existia a preocupação de ajuntar tesouros e acumular bens materiais, hoje a mesma coisa acontece em todas as classes sociais. Jesus mostrava àquelas pessoas que a busca desenfreada por riquezas não deveria ser o foco da existência humana, haja vista que a sua durabilidade era e continua sendo curta e aliado a isso, havia o risco de serem furtadas, já que ladrões já existiam também naquela época.

“Não esgote suas forças tentando ficar rico, tenha bom senso!” ( Pv 23.4). Jesus não citou explicitamente o que Salomão escreveu bem antes, mas é bem provável que ele teve em mente essa citação, pois de que valeriam os esforços humanos para ajuntar riquezas se a vida é muito breve e a existência poderia ser canalizada para as coisas espirituais que além, de não serem subtraídas, são eternas?

Compreenda bem que o homem é atraído e enredado em muitas situações e uma vez atraído, é lá que ele colocará seus esforços mentais, ou seja, o seu coração. Vícios, riquezas, bens de todo tipo, sexo, pornografia e uma centena de outras coisas podem ser o endereço de onde muita gente tem colocado seus esforços. E nas palavras de Jesus, são coisas terrenas, precárias e cuja temporalidade é por demais conhecida, portanto, não vale a pena o investimento.

Veja que as pessoas lutam e se esforçam para criar seus deuses, deuses esses que são definidos como substitutos do Deus vivo e verdadeiro. Nessa vertente, elas contrariam o primeiro mandamento de Deus no sentido de só a ELE adorar, deixando evidente as suas  incapacidades de viverem sem deuses que elas mesmo geram em seus corações (Ex 20.3). A palavra de Jesus se encaixa perfeitamente em inúmeras situações que o homem idealiza como o seu tesouro, não necessariamente dinheiro, ouro e joias, mas tudo aquilo que o atrai a ponto de ali ele depositar sua confiança. Esse ‘tesouro’ se torna o seu deus e isso, atinge homens, mulheres, jovens e adolescentes. Ou seja, esse ‘tesouro’ foi transformado como controlador e dominador de sua vida. Reflita!

“Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos” (Pv 23.26). Muitos gastam seu tempo com atividades supérfluas que não trazem nenhum ganho espiritual. Outros simplesmente afirmam que o tempo é curto demais para se ocupar com as coisas espirituais e assim, existem justificativas de todo tipo. O certo é que a vida cristã exige renúncia de muita coisa, todavia, a entrega a Deus no tempo presente refletirá em ganhos eternos. Diante de tantos atrativos, tem sido fácil ao homem colocar seus olhos em muitos tesouros que são ofertados pelo mundo, entretanto, o desafio do cristão é não se deixar enganar por estas facilidades e focar os olhos em Jesus (Hb 12.2). Certamente que fazer das coisas celestiais o seu tesouro é o melhor investimento e isso não há dinheiro que pague. Pense nisso! Forte abraço!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

 

Terça, 12 Dezembro 2023 23:17

12/12/2023 - CULTO "FÉ & VIDA"

Sábado, 09 Dezembro 2023 22:02

MÁSCARAS

MÁSCARAS

 

Não somos como Moisés, que punha um véu sobre a face para que os filhos de Israel não olhassem firmemente para o fim daquilo que era transitório.”  (2 Co 3.13)

 

Segundo os historiadores, a segunda carta de Paulo à comunidade cristã na cidade de Corinto foi enviada pouco tempo depois da primeira, cerca de um ano. Se na primeira carta Paulo respondeu algumas questões sobre o casamento, sobre alimentos e ainda deu instruções doutrinárias, na segunda carta ele praticamente se defendeu das acusações que aqueles irmãos levantaram contra ele. Dentre as diversas acusações, Paulo foi acusado de ser um farsante, pois não tinha nenhuma carta que o apresentasse à igreja (2 Co 3.1). Foi acusado ainda de ser um impostor, pois as suas cartas escritas eram fortes, mas os seus discursos e a sua oratória eram tida por fracas (2 Co 10.10). Também foi acusado que não era apóstolo coisa nenhuma e que não falava por Cristo (2 Co 13.3). Ou seja, a igreja de Corinto era mesmo complicada. Imagine!

Ambientando o texto, tem-se que Paulo abordou um assunto que já naquela época tinha muita importância dentro do cenário religioso: a transparência das ações dos irmãos (2 Co 3).

Veja que as autoridades, principalmente as públicas, escondem muita coisa do povo. Elas possuem técnicas e leis que foram criadas para iludir as pessoas. Diversos atos e ações governamentais recebem o carimbo de sigilo por longos anos. Quando terminar o sigilo, tanto a autoridade como as pessoas daquela época já morreram e nada mais se pode fazer. Essa duplicidade de postura ou de comportamento tem sido comum tanto no setor público como no setor privado.

No livro de Êxodo, pela narrativa do próprio Moisés, consta que ele subiu ao Monte Sinai para receber as tábuas da lei. Naquele lugar, Moisés ficou por quarenta dias e ao descer para mostrar a lei ao povo de Israel, o rosto de Moisés resplandecia. Aquele brilho no rosto do grande patriarca ofuscava as pessoas e para falar ao povo Moisés usou um véu que impedia as pessoas de verem sua fisionomia. Acontece que o brilho foi acabando lentamente, mas Moisés continuou usando o véu para que o povo continuasse pensando que o seu rosto ainda brilhava. Ele persistia em usar o véu para que as pessoas continuassem admirando sua espiritualidade.

Quando o brilho acabou, Moisés continuou  na mesma prática, ou seja, sozinho dentro de sua tenda, ele era uma pessoa, mas quando saía para tratar as questões com o povo, ele usava o véu, era portanto, o homem do véu. Resumindo, Moisés continuava sendo Moisés, só que vivendo em duplicidade de vida. O véu era uma fachada, uma máscara que escondia um rosto sem brilho (Ex 34.29-35).

“Não somos como Moisés que punha véu sobre o rosto…”(2 Co 3.13). Paulo chamava a atenção daqueles irmãos no sentido que eles, enquanto novos convertidos ao cristianismo, entendessem que a vida deles deveria estar firmada na verdade e na transparência dos comportamentos. Eles não poderiam viver em duplicidade de vida, dentro da igreja era de uma forma e fora do ambiente religioso, eles seriam outra coisa. Paulo mostrava que a vida cristã estava fundamentada na verdade, sem o uso de cortinas de fumaça para camuflar as realidades de cada um. “Não somos..”, Paulo se insere no texto deixando transparecer que era um homem autêntico, transparente e que não escondia nada de ninguém, aliás, a vida passada de Paulo já era por demais conhecida de todos eles.

Entenda bem que nos dias atuais muita gente ainda faz uso de máscaras e véus para esconder coisas que eles mesmo não gostam que sejam vistas. Hoje, muitos usam véus para esconder suas fraquezas e deficiências. São pessoas que fingem ser o que não são, declaram o que não sentem e orgulhosas, pregam o que elas mesmo nunca praticaram. Utilizando o véu do orgulho, são pessoas que até oram, mas não demonstram nenhuma fé. É gente que afirma sem acreditar no que elas mesmo declaram. Orgulhosas, são pessoas que confessam com a boca, todavia, negam no coração. Usando véus para esconder suas deficiências espirituais, essas pessoas até cantam, mas não demonstram nenhuma espiritualidade de adoração, adoram mecanicamente. Noutras palavras, usando máscaras, essas pessoas estão fisicamente dentro das igrejas, mas espiritualmente estão muito distantes.

Entenda que uma existência em duplicidade não pode ser uma opção e nem mesmo uma proposta de quem quer que seja. Deus não quer homens e mulheres mascarados, de vida dupla e muito menos crentes de fachadas. Deus quer gente quebrantada e contrita e que abram seus corações a pureza do evangelho. Infelizmente, hoje existem muitos cristãos de fachada, vivendo e enganando seus pares, mas compreenda que ninguém cresce em sabedoria e ganha maturidade espiritual levando uma existência em duplicidade. Amém? Um forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 05 Dezembro 2023 22:47

05/12/2023 - CULTO "FÉ & VIDA"

Segunda, 04 Dezembro 2023 13:06

DESÂNIMO

DESÂNIMO

Pelo que, tendo este ministério, segundo a  misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;” (2 Co 4.1)

 

Paulo escreveu duas cartas a uma mesma igreja, igreja essa que estava localizada na cidade grega de Corinto. A primeira carta, ele respondeu algumas questões sobre casamento, comidas e relacionamentos, inclusive advertiu a igreja sobre divisões que estavam em andamento no meio deles. Na segunda carta, Paulo faz a defesa de seu apostolado diante de algumas acusações dos mesmos irmãos  (2 Co 11.5-6). Segundo os estudiosos entre a primeira e a segunda carta, se passaram pouco mais de um ano.

A passagem acima está ambientada no bloco comparativo entre a antiga e a  nova aliança, chamando a atenção dos novos convertidos para não desanimarem da caminhada que eles haviam iniciado quando acreditaram nas boas novas do evangelho (2 Co 4.1-6).

Compreenda que a humanidade não era e nem é merecedora, mas a nova aliança foi dada pela misericórdia de Deus, concedida por meio do sacrifício de Jesus na cruz do calvário. Enquanto a velha aliança estava focada no que o homem era capaz de realizar, a nova coloca o foco e o mérito da justificação na cruz de Jesus. Essa é a grande diferença entre as duas alianças. Uma instituída pela lei de Moisés, outra pelo sublime sacrifício de Jesus. Na antiga o homem era o centro e tudo tinha a ver com sua capacidade e inteligência, todavia a nova deixa claro que nada vem do próprio homem, mas de Deus que se compadece. Resumindo: o homem é justificado pela justiça de Deus.

Perceba que nos dias atuais é muito fácil a pessoas vivenciarem o esgotamento emocional. Quanto ao físico nem se fala diante de tantas pessoas cansadas, prostradas frente as grandes lutas do dia a dia. Todavia, grande parte dos esgotamentos emocionais possuem origem em amizades possessivas, relacionamentos tóxicos onde o outro faz exigências de sempre querer mais. Profissionais da saúde já deram um nome a essa patologia de extrema exaustão: síndrome de Burnout. Perceba que nos dias atuais existem metas para tudo e as pessoas precisam produzir. Nesse sentido é fácil se frustrar com as injustiças e mais fácil ainda é ficar decepcionado com a empresa onde trabalha, decepcionar com amigos, com a  igreja e até mesmo se decepcionar com Deus. Nesse embaralhado, as pessoas desacreditam em tudo e surge a pergunta de onde está a solução para esses desencontros? A resposta está em Jesus, força capacitadora que mantém homens e mulheres firmes e inabaláveis nos momentos cruciais da existência humana. Reflita!

Saiba que o apóstolo Paulo era fariseu e membro atuante da religião judaica. Era um religioso que tinha zelo e compromisso com os rituais judaicos. Sua firmeza e comprometimento com a fé judaica fez dele um líder respeitado, nas reuniões do Sinédrio ele era ouvido e consultado (At 9.1-2). Entretanto, depois de sua conversão ele sofreu intensa perseguição dos seus amigos ‘judeus’. Ou seja, num instante ele passou de algoz à vítima, de opressor a oprimido e como num passe de mágica, Paulo virou um traidor do judaísmo. Foi perseguido pelos romanos, pelos irmãos judeus e por toda sorte de gente que agora o enxergava como inimigo do povo (2 Co 11.25-28).

É bem provável que situação semelhante com a que aconteceu com Paulo, tenha também acontecido com muitos homens e mulheres depois que se converteram ao Evangelho de Jesus Cristo e que entenderam o valor do sacrifício de Jesus. Veja que para essas pessoas, os amigos sumiram e se tornaram inimigos, a solidão e o desânimo bateu na porta e diante dessa intensa pressão social para voltar ao mundo das antigas práticas pecaminosas, muita gente se angustia com as críticas, afinal “virar crente se tornou um tsunami na sua vida”. Entenda bem que assumir compromisso com a verdade do evangelho, enaltecer e praticar a moralidade, elogiar e levar a vida com honestidade são coisas que vão trazer mesmo a rejeição de muita gente. Afinal de contas, o crente verdadeiro não tem compromisso com os vícios do álcool, do tabaco, não participa mais das festinhas e longe de tudo isso, ele vai conduzir sua vida de maneira íntegra e harmoniosa. Mas essa rejeição não pode e nem deve ser motivo para desanimar da fé cristã. Pense!

Infelizmente o desânimo chega para muitas pessoas quando elas se encontram diante dessa ilusória pressão social, e nesse momento elas perdem a esperança e se afastam do convívio entre os irmãos, porque simplesmente  deixam de olhar pra Jesus e colocam seus olhos nas críticas e nas rejeições. Mas é importante entender que o que mantém o crente firme na vida cristã é a certeza para onde ele que está caminhando: a vida eterna com Cristo. Reflita!

O texto deixa evidenciado que Paulo nutria forte preocupação com os irmãos da cidade de Corinto e escreveu que eles não deveriam desanimar diante das dificuldades e das provações que chegavam a todo instante. Paulo afirmava em bom tom que eles deveriam ser firmes e constantes na caminhada cristã, pois o trabalho deles em perseverar diante de Cristo não seria em vão no Senhor (1 Co 15.58). Resumindo: dificuldades, lutas, privações, desencontros e até mesmo perseguições fora e dentro dos ambientes religiosos podem sim acontecer, mas diante de tudo isso, não desanimar faz parte da vida cristã. Portanto, continue firme, marchando corajosamente para a frente, pois o reino de Deus é eterno e imutável. Aliás, nos desencontros da vida, não é sobre quem te sustenta nos momentos mais difíceis, mas é sobre quem não nunca te abandonou: Jesus!  Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe,

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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