Milton Marques de Oliveira
23/07/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
IMITADORES
IMITADORES
“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1)
A carta à comunidade cristã que estava na cidade de Éfeso foi escrita pelo apóstolo Paulo em meados do ano 60 DC. Paulo estava encarcerado em Roma e, conforme os historiadores e teólogos, a carta aos Efésios pode ser vista como a rainha das epístolas paulinas, por nela estar sustentada a mais alta expressão dos pensamentos da graça e do amor de Deus ao homem (Ef 2.1-6).
A passagem acima está ambientada na vida do cristão que se enxerga como filho amado de Deus e contextualizada no seu modo de viver em relação tanto aos irmãos que professam a mesma fé como aos de fora da igreja (Ef 5.1-17).
Um detalhe muito interessante entre as crianças é o fato delas imitarem os pais. Imitam os gestos, as roupas, imitam as reações e nessa toada, vai uma gama de situações onde os filhos acabam por imitar os pais. Mas essas imitações não ocorrem somente na relação filhos/pais, pois tem sido comum pessoas adultas copiarem comportamentos de outros adultos. Basta ver os seguidores das celebridades!
O apóstolo Paulo tinha uma preocupação muito válida em relação aos novos cristãos da cidade de Éfeso: que eles se tornassem exemplos de pessoas para a sociedade daquela cidade. Considere que aqueles irmãos, recém chegados ao cristianismo, ainda carregavam dentro de si, muito da cultura e dos hábitos de outrora. Era natural e procedente a visão de Paulo que eles mudassem os comportamentos, a fim de dar bom testemunho de Jesus. E essa mudança seria observada nas atividades rotineiras e principalmente nas relações pessoais onde esse exemplo ficaria mais evidenciado.
De nada adiantaria aos novos cristãos de Éfeso dizerem que estavam vivendo uma nova vida em Cristo, se as atitudes deles ainda permanecessem as mesmas. Foi nesse sentido que Paulo os instruiu a ter uma vida digna do poder transformador de Jesus, ou seja, uma vida dentro dos princípios e valores espirituais determinados por Deus (Ef 5.15-17). Reflita!
Considere nos dias atuais que com o advento de tantas tecnologias (umas boas e outras nem tanto), a mídia tem sido uma parceira de todos não só nas diversões, com seus desenhos e atividades para passar o tempo, mas também com o marketing de produtos e a divulgação de empresas. Perceba que hoje se anuncia uma mercadoria e junto a essa mercadoria vem atrelado a figura de alguma pessoa, um famoso ou famosa. O golpe é fazer as pessoas acreditarem que o famoso ou a famosa também consome aquele tipo de produto, assim, ao efetuar a compra, o consumidor acredita que está imitando a celebridade que ele admira. O resultado disso é que as pessoas acabam por perder sua identidade e ficam mais parecidas com as celebridades. Basta ver os cortes de cabelos, estilo de roupas, etc. Mas para aqueles irmãos de Éfeso, era necessário que eles demonstrassem uma nova identidade espiritual, que não fossem mais imitadores de pessoas da sociedade, mas depois de conhecerem Cristo, eles o imitassem. Noutras palavras, eles deveriam dar prioridade em uma ética que efetivamente mostrasse a transformação que houve em cada indivíduo e era assim que Paulo os instruía.
Saiba que todos os dias surge um grande dilema na vida do crente. Ser luz num mundo que vive e se alimenta das trevas, portanto, ser o diferente se traduz no grande desafio que é estar inserido numa sociedade corrupta, mas não compactuar com os erros dessa mesma sociedade. No sermão do Monte, Jesus alertou seus discípulos para serem luz, pois somente assim poderiam ser vistos como diferentes (Mt 5.14).
Entenda que Deus é amor (1 Jo 4.8), portanto, as pessoas podem imitar a Deus exercendo este nobre sentimento, inclusive amando seus inimigos (Mt 5.43-48). Aliás, no Antigo Testamento, o profeta Eliseu conseguiu levar o exército Sírio, tradicional inimigo do povo de Israel, para dentro da cidade de Samaria e o rei de Israel desejou matar todos eles naquele momento, mas o profeta Eliseu orientou que os soldados inimigos fossem alimentados e depois liberados a voltarem para seu país (2 Rs 6.17-23). Resumindo: Eliseu imitou o amor de Deus, demonstrando que mesmo ao inimigo, o amor era mais importante e mais forte que a morte. Reflita nisso!
“Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). em muitas oportunidades pode o homem imitar a Deus, todavia, caso imite o exercício do amor incondicional de Deus já terá feito o bastante para ser considerando um bom imitador, principalmente, quando as ofertas de imitações mundanas se resumem a brigas, competições e desavenças. Quer imitar? Imite Jesus e serás feliz. Forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!
Milton Marques de Oliveira - Pr
18/07/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
16/07/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
INFLUENCERS
INFLUENCERS
“E Jonadabe lhe disse: Deite-se na tua cama e finge-te doente…” (2 Sm 13.4)
Durante a tradução do Antigo Testamento da língua hebraica para o grego, os rabinhos judeus que faziam a tradução, acharam por bem que o único volume do livro de Samuel fosse dividido em duas partes, e isso foi feito, como se vê nas Bíblias atuais os livros de 1 e 2 Samuel. O Segundo livro de Samuel retrata as ações dos governos de Israel e Judá, com seus acertos e desacertos, traz também os nomes dos reis, tempo de seu reinado e algumas ações que mereceram destaque.
Contextualizando a passagem acima, tem-se o caso de um crime de cunho sexual, mediante fraude, praticado por uma pessoa próxima da vítima (2 Sm 13.1-18)
Ninguém escapa de receber ou de dar conselhos. Em todos os ambientes, que seja nas empresas, nas escolas e universidades, nas famílias e nos relacionamentos pessoais, muita gente pede ou dá um conselho e ás vezes aconselha sem que o outro peça. Aliás, essa prática do aconselhamento parece fazer parte da cultura de um povo. Os conselhos e as opiniões estão em todos os campos, seja eles amorosos, seja com as finanças, seja como tratar desavenças e seja para resolver determinada questão familiar, dentre outros.
A narrativa diz que Amnom, filho de Davi nutria um forte desejo em relação a sua irmã de nome Tamar. Qualquer pessoa em sã consciência o aconselharia a não praticar nenhum ato contra sua irmã, todavia, Amnom procurou por um primo de nome Jonadabe e este o aconselhou a praticar o ato sexual mediante fraude, inclusive orientando-o como fazer um teatro de modo a enganar Davi seu pai. Certamente que foi uma péssima sugestão, foi um péssimo conselho que não deveria ser buscado e muito menos recebido (2 Sm 1.4).
Veja que a sugestão de Jonadabe levou Amnom à morte dois anos mais tarde, causando uma grave crise familiar e política em Israel (2 Sm 13.23-33). Noutras palavras, por meio um desejo carnal que somando a um péssimo conselho, Amnon arruinou a vida de sua irmã quando a violentou e de quebra, acabou perdendo também o trono de Israel e a vida. Um mau conselho encaminhou a vida de um jovem promissor à ruina em um curto espaço de tempo. Literalmente, ele plantou ventania e colheu tempestade com granizo (Gl 6.7). Pense!
Importante considerar que existem pessoas que aconselham corretamente, mostrando os prós e os contra nas escolhas e decisões, mas entenda que nem sempre o aconselhador é pessoa que enxerga o aconselhado com bons olhos. Isso ficou evidente na pessoa do primo Jonadabe que jogou Amnom numa arapuca, pois a violência sexual não ficaria escondida, como realmente ela não ficou e trouxe severas consequências (2 Sm 13.32).
Entenda bem que uma vida de paz e tranquilidade passa necessariamente por uma vida cujo comportamento e atitude sejam também corretos. Ninguém é dono de todo conhecimento e por vezes, os conselhos são mesmo necessários, todavia, mais que nunca é preciso cuidado nas buscas por orientações e instruções. Saber com quem pedir ensinamentos é tão importante quando aplicá-los posteriormente. Se ótimas instruções podem proporcionar uma vida serena e sossegada, a recíproca é verdadeira quando maus conselhos podem levar indivíduos à ruína, destruição e até mesmo a morte física, como aconteceu com Amnom. Reflita!
Uma narrativa semelhante aconteceu quando o rei Roboão, filho e sucessor do rei Salomão optou pelos conselhos de seus jovens amigos em detrimento dos bons e sábios conselhos dos anciãos que tinham mais experiências e sabedoria. O resultado trouxe indignação, foi catastrófico para a nação de Israel que acabou dividida em dois reinos (1 Rs 12.1-19). Outro exemplo foram os conselhos da serpente à Eva, o que redundou na queda e afastamento do homem de seu Criador (Gn 3.1-5).
Hoje, infelizmente, muitas pessoas tem procurado pautar suas vidas por meio das influências de celebridades, colegas, influencers e/ou com uma infinidade de outras pessoas que muitas das vezes não estão nem aí para os eventuais impactos desta sugestao. Na verdade essas pessoas podem estar dando opinião e opinião, cada um tem a sua. Nas palavras do salmista: “o conselho do Senhor permanece para sempre...” (Sl 33.11). Aprenda que fazer filtros e buscar orientações na palavra de Deus é certamente o melhor caminho. Amém? Forte abraço
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
12/07/2023 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO
11/07/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
09/07/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE
“Buscai ao Senhor, vós todos os mansos da terra .” (Sf 2.3)
O livro de Sofonias foi escrito pelo profeta de mesmo nome. Sua narrativa faz parte do conjunto denominado Profetas Menores, em razão do seu pouco conteúdo, quando comparados com os livros de Isaías, Ezequiel e Jeremias. Sofonias viveu e profetizou cerca de 700 anos antes de Cristo. Homem íntegro e temente a Deus, ele enxergou nitidamente que seus compatriotas estavam se distanciado de Deus e se aproximando dos deuses nativos da terra.
O contexto de sua mensagem está na advertência ao povo de Judá, que levava uma vida leviana e irresponsável com Deus. Sofonias aponta os graves erros que eles cometiam e afirmava que as consequências do pecado seriam inevitáveis, caso eles não tomassem uma atitude de voltarem a Deus e assumirem um compromisso de não se afastarem mais (Sf 1.14; Sf 2.2).
Se tem algo comum em muitos ambientes é a inconstância. Hoje a inconstância e a falta de compromisso tem sido observada nos casamentos, nas dietas, no trabalho, na economia, nos políticos e principalmente na fé em Cristo. É um tal de ‘começa e pára’ que todos enxergam, mas parece faltar ânimo para prosseguir e assumir a fé em Cristo com responsabilidade e compromisso.
O profeta Sofonias viveu uns 20 anos antes da queda de Jerusalém diante dos caldeus, isso nos idos de 606 AC e, naquela época a situação moral da nação judaica era péssima. Idolatria e adoração a outros deuses era o normal na vida de cada indivíduo, assim, pode-se afirmar que a vida espiritual deles era uma grande confusão. O povo gostava de viver perigosamente adorando a Deus e simultaneamente, eles adoravam as estrelas, prestavam sacrifícios ao sol e faziam culto a lua (Sf 1.5). Naquele cenário de muita bagunça espiritual, Deus tinha sido abandonado, ninguém não ia mais ao templo, não faziam mais os sacrifícios e eles simplesmente pararam de acreditar e de obedecer a Deus. Ou seja, tanto os líderes como seus liderados deixaram de seguir ao Senhor, era como se Deus tivesse sido escanteado, jogado de lado e não fizesse mais parte do estilo de vida deles. Deus não era mais assunto das conversas e ninguém se lembrava das suas obras.
Resumindo: A presença de Deus na vida do povo judaico era simplesmente nula. Havia uma frieza contagiante e isso ia passando de um para outro, todavia, mesmo vivendo naquele ambiente perverso Sofonias era a voz discordante, denunciando e chamando a atenção de seus compatriotas, fazendo duras advertências, mostrando que os efeitos daquela irresponsabilidade espiritual iria trazer sérias e graves implicações a todos, indistintamente (Sf 1.6; Sf 1.14).
Trazendo tudo isso para os dias atuais, veja que mudou a geografia, mas os cristãos de hoje apresentam muita semelhança espiritual com os judeus daquela época. Perceba que ainda existe muito misticismo no meio cristão, muitos que abandonam a Deus e uma enormidade de pessoas que mesmo conhecendo a Deus e as obras que ELE fez, ainda optam em se afastar.
“Os que deixam de seguir ao Senhor” (Sf 1.6a).Observa-se nos dias de hojeque muita gente troca o culto a Deus pelas festas mundanas, pelos finais de semana nas chácaras, pelos shows de artistas seculares, pelas baladas, pelo futebol de seu time e depois alegam que ‘não deu pra chegar a tempo de ir à igreja’. E tudo isso se fundamenta numa justificativa muito comum no meio cristão: o descompromisso e a frieza espiritual. Entenda que a falta de compromisso e a frieza espiritual começam de forma sutil, primeiro as pessoas deixam de meditar nas Sagradas Escrituras, depois não encontram tempo para orações, os louvores de adoração a Deus cedem espaços para as músicas mundanas que possuem letras de cunho sexual, traições e abandonos. Enfim, gradativa e progressivamente, o crente se torna um incrédulo e quando menos se espera, deixa de seguir a Deus. Reflita nisso!
Mesmo diante de tanta insensatez, perceba que o amor de Deus continuou ativo, tanto que o próprio Deus procurou despertar no coração do povo a sede de buscá-lo (Sf 2.3). Deus chamou o povo de Israel a um conserto espiritual, mas infelizmente, aquela geração só conheceu o juízo de Deus, a misericórdia somente foi vista pela geração seguinte quando houve a libertação e o retorno da Babilônia (Is 45.1-5 ).
Compreenda bem que este chamado divino à uma vida compromissada continua valendo para os dias atuais, afinal, a busca humana por Deus pode proporcionar uma mudança de postura e redirecionar a vida de todos os que em Cristo, coloquem sua fé. Saiba que o homem é propenso a aplicar a sua própria justiça para se livrar do juízo vindouro, todavia, quanto mais conscientes de sua miserável situação, mais ele valoriza a graça de Deus. Encerrando, saiba que a vida cristã deve ser uma vida de compromisso e de constante busca pela presença de Deus. Amém? Abraço grande.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr