Milton Marques de Oliveira
LUTAS
LUTAS
“esforça-te e tem bom ânimo..” (Js 1.6)
Josué foi o autor deste livro que leva o seu próprio nome. Sabe-se que Josué nasceu no Egito, filho dos Hebreus que naquela nação viveram por décadas. Na peregrinação em direção às terras de Canaã, ele atuou como assessor de Moisés e esse tempo de assessoramento serviu como experiência e aprendizado nas diversas questões que surgiram em sua liderança após a morte de Moisés (Js 1.3). Existem outras, mas a frase marcante do livro está nas palavras do próprio Josué, quando diz ao povo de Israel sobre suas escolhas “..eu e minha casa ( família) serviremos ao Senhor.”(Js 24.15).
O contexto da passagem acima está agrupado em apenas nove versículos. Indicado por Deus para substituir Moisés, Josué recebeu palavras motivadoras do próprio Deus, que o encorajou a se esforçar fisicamente e simultaneamente, a ter ânimo, ou seja, a ter ousadia nas suas ações como líder daquele povo, afinal, esstava chegando um novo tempo de muitas lutas e provações (Js 1.1-9).
Considere que força é capacidade física e ânimo tem a ver com atitudes e posturas. Gente animada é gente ousada na execução de tarefas. Existem pessoas fortes, mas altamente desanimadas e tem gente animada, mas não possuem força. No contexto da vida em si, o ideal é ter as duas coisas, afinal, para o crente prosseguir na jornada cristã diante das lutas, das adversidades e enfrentar as aflições do cotidiano, tem-se que a força, a ousadia e a coragem são itens fundamentais para o alcance dos resultados.
Numa leitura despretensiosa, pode-se não vislumbrar que nas três vezes que Deus exorta Josué a se esforçar e ter ânimo, perceba que Deus mostrou um motivo, ou seja, Deus não encorajou Josué por simplesmente encorajar, mas substanciou sua motivação a finalidades distintas e específicas. “Esforça-te e tem bom ânimo”, para fazer o povo herdar a terra. Debaixo de um sol causticante, calor extremo e na falta de recursos, era necessário mesmo ter muita força física e ousadia, afinal, Moisés era morto e a Josué cabia dar a direção no restante da peregrinação (Js 1.6). “Tão somente esforça-te e tem bom ânimo”, para cumprir a lei que Moisés havia deixado. Diante de um povo instável, que ora acreditava nas palavras de Deus e ora desejava voltar ao Egito, era mais que necessário grandes doses de coragem para obedecer as regras e normas e ser ainda exemplo, liderando o povo e fazendo-os cumprir a mesma lei (Js 1.7). Finalmente a derradeira vez que Deus se manifesta a Josué, Deus o motiva novamente a se esforça-te e ter bom ânimo, mas acrescenta um detalhe: a não ter medo, pois Deus se faria presente em todas as situações, e em todos os lugares. Ou seja, bastava a Josué tão somente confiar no mesmo Deus que os tirara do Egito, no mesmo Deus que dera vitória contra os gigantes da terra e, evidentemente, no mesmo Deus que prometera dar as terras de Canaã como possessão. Resumidamente, Josué estava assumindo uma nova função não poderia perder a esperança diante das lutas e batalhas que viriam. Ele tinha que alimentar suas expectativas e confiar em Deus. Assim fazendo, Deus o recompensaria com a vitória. Pense nisso!
Compreenda que estamos vivemos nos dias atuais uma grande onda de pessimismo. Pessimismo na economia, na politica, nas ideologias de direita e de esquerda e diante dessas situações é mais que necessário discernir o caráter de Deus em nossas vidas, pois é isso que faz a diferença para uma vida sem atropelos. Saiba que um dos atributos de Deus é a onisciência, portanto, Deus é sabedor das lutas que as pessoas enfrentarão mais a diante. A vida cristã é cheia de conflitos que necessitam ser vencidos todos os dias e nada mais lógico e coerente que frente às muitas incertezas da vida, cabe ao homem se esforçar, ter coragem para enfrentar as lutas e colocar sua confiança em Deus. Reflita!
Percebe-se nos dias atuais uma onda de inferioridades nas pessoas, uma onda de vitimismo, afetando homens e mulheres que se acham incapazes para tudo. Hoje ninguém quer assumir responsabilidades nem no mundo secular muito menos no meio eclesiástico. Veja que as pessoas começam um projeto e simplesmente param no meio da execução. Voltando ao texto, atente que o medo do novo, o medo do desconhecido não poderia ser obstáculo para Josué, daí Deus o motivou a ter força e coragem no enfrentamento das diversas situações que viriam, pois ele, Deus estaria sempre por perto. Deus não o abandonaria. Pense nisso!
Compreenda que no decorrer da existência humana sempre haverá desafios, privações, separações, lutas e abandono, mas a coragem para vencer essas turbulências não provém da força humana. A força e a ousadia que opera em cada homem e em cada mulher para o enfrentamento dessas adversidades, tem origem celestial, ela se origina nos céus, portanto, nenhuma crise é capaz de suplantar o poder de Deus que opera nos corações daqueles que n’ELE confia. Com Cristo e em Cristo somos mais fortes, amém? Abraço forte.
Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
27/05/2023 - 6° ANIVERSÁRIO DA OCN
26/05/2023 - 6° ANIVERSÁRIO DA OCN
23/05/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
SOCORRO
SOCORRO
“Puxaram a Jeremias com as cordas, e o alçaram da cisterna; e ficou Jeremias no átrio da guarda.” (Jr 38.13)
O Profeta Jeremias é o autor do livro que leva o seu nome. Homem correto, integro e devotado ás coisas de Deus, ele recebeu o chamado ainda muito jovem, todavia, diante de sua juventude e provavelmente com receio da grandeza do chamado de Deus, quis desistir, mas Deus não só o motivou como o instruiu da forma que ele deveria se comportar como mensageiro de Deus (Jr 1.7). Jeremias também escreveu o livro de Lamentações, quando o povo de Israel passava pelas aflições do cativeiro na Babilônia.
O profeta Jeremias profetizou que a cidade de Jerusalém seria atacada e o povo sofreria muito, e isso como consequência física da idolatria e da desobediência diante de Deus. O contexto da narrativa diz que a mensagem de Jeremias foi vista como palavras que tiravam o ânimo dos homens de guerra de Jerusalém e diante disso, o jogaram numa cisterna (Jr 38.1-13).
“Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (1 Pe 2.9). Nas palavras do apóstolo Pedro, esses são os indicadores de quem são os crentes em Jesus nos dias atuais (geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo exclusivo de Deus), e tudo isso traz uma finalidade muito bem definida ao povo de Deus: ‘para anunciar as grandezas de Deus’.
Nesse sentido, considere que na vida secular existem muitas profissões, desde o empresário, o engenheiro, o pedreiro, o auxiliar de produção, o pintor e em todas as áreas da vida, considere que existem cristãos exercendo sua atividade laborativa, quer seja na saúde, na construção civil, na segurança pública/privada, e em tantos outros setores. Evidente que nas rodas de conversas, os problemas pessoais de cada um afloram, surgindo a oportunidade de não só ouvir a pessoa, mas ter a atividade secular para servir como fonte de socorro, aconselhando e/ou orientando.
Por meio do profeta Jeremias, Deus advertiu o povo da cidade de Jerusalém que o ataque dos caldeus seria questão de dias, mas outras vozes se fazia escutar no meio da cidade, dizendo que nada disso aconteceria. Eram mensagens falsas, hoje conhecidas popularmente como ‘fake news’, mas assim como nos dias atuais, o povo de Jerusalém optou por acreditar na mentira e o profeta Jeremias, por falar a verdade acabou sendo atirado numa cisterna, que embora não tivesse água, estava cheia de lama (Jr 38.6). Naquele lugar úmido e escuro, a morte dele era questão de horas, entretanto, Deus providenciou o socorro e tocou no coração de um homem estrangeiro de nome Ebede Meleque, e este arriscou sua vida em prol da vida de Jeremias. A narrativa conta que ele fez uma corda e arrancou o profeta do buraco. Noutras palavras, um escravo com centenas de razões para ter uma vida frustrada, longe de sua terra natal, se tornou a fonte de vida para um homem que ele não conhecia. Ou seja, O socorro veio de onde o profeta não esperava. Reflita!
Um evento semelhante de socorro providencial, foi registrado no livro de Êxodos, duas mulheres que assistiam aos partos das mulheres hebreias, receberam ordens de Faraó para matar os meninos. Entretanto, diante do decreto de morte, as duas parteiras sem nunca conhecer as mães, se posicionaram pela vida dos meninos e foi neste contexto que Moisés foi salvo (Ex 1.15-17).
Atente bem e veja que tanto o escravo Ebede Meleque como as duas parteiras no Egito se levantaram em prol da vida, se tornaram fontes de vida para quem a morte era a única certeza. E hoje, você leitor, pode ser o socorro para muitas pessoas que caminham para a morte, quer seja física ou quer seja morte espiritual. Veja que todos os dias Deus lhe concede a oportunidade de abençoar alguém, seja por meio de um abraço, seja por meio de palavras ou seja por outros meios, mas inobstante a forma que Deus vai te usar, é importante que cada homem e cada mulher assuma a posição de servir. Ebede Meleque e as parteiras serviram a seu tempo e a seu modo pessoas que não eram de seus relacionamentos, mas foram ativadas e despertadas e se levantarem como fontes de vida quando a morte era próxima.
De forma muito igual, Jesus se tornou humano e veio como o maior exemplo de servir as pessoas. Por onde passava Jesus servia, e servia dando destino as pessoas, ele servia curando, ele servia ressuscitando, servia alimentando, servia libertando e servia ensinando a doutrina do reino de Deus. Pense nisso!
“Sabendo que cada um receberá do Senhor todo o bem que fizer, seja servo, seja livre” (Ef 6.8). O apóstolo Paulo fala de uma promessa divina para quem faz o bem, ou seja, Deus observa e condecora a cada um, Deus recompensará o homem pelo bem que ele pratica, portanto, a condecoração é a colheita do bem que você plantou. Entenda que nem o escravo Ebede Meleque e nem as parteiras exigiram algo pelo bem que realizaram, mas Deus recompensou o escravo com a vida quando o ataque dos Babilônicos aconteceu contra Jerusalém e recompensou as parteiras dando-lhes famílias (Ex 1.20-21; Jr 39.15-18). Ou seja, não espere nenhum agrado do homem pelo bem que tens feito, porque você vai se frustrar, mas continue servindo e fazendo o bem que Deus vê e te recompensará. O galardão virá do céu, amém? Abraço grande.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!
Milton Marques de Oliveira - Pr
21/05/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
16/05/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"
14/05/2023 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
DÚVIDAS
DÚVIDAS
“Eu vos tenho amado, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos tens amado? (Ml 1.2).
Pouco se sabe sobre o profeta Malaquias. Apenas que foi profeta do povo de Israel no período do pós-exílio, entretanto, sua voz ecoou sobre a nação judaica quando o povo estava fraco espiritualmente e apresentava, tanto os líderes como os demais, um grande desleixo espiritual e pouca devoção com as coisas de Deus. Uma marca interessante de Malaquias foi sua profecia apontar para o ministério de João, filho de Zacarias, mais de quatrocentos antes de sua realização (Ml 4.5-6 e Mt 11.1-14).
Contextualizando a narrativa, Malaquias advertiu seus compatriotas logo após a chegada deles de volta às terras judaicas, procedentes do longo cativeiro na Babilônia. Mas bastou chegar de voltar as terras de onde foram escorraçados que eles passaram a duvidar de Deus (Ml 1.1-2).
Veja que as dúvidas sempre ocuparam a mente de homens e mulheres. Desde o nascimento, as incertezas sobre todas as coisas tem acompanhado o coração das pessoas. Pode-se considerar que a dúvida é um sentimento maligno, uma vez que faz as pessoas pensarem tudo o que não presta. A dúvida é tão perversa e atuante na mente humana, que ela faz questão de criar incertezas absurdas. É assim que nas conversas familiares podem surgir dúvidas sobre o amor dos pais em relação aos filhos, da mesma forma que surgem dúvidas sobre a capacidade pedagógica do professor ou aparecem dúvidas sobre o preço correto dos produtos no mercado e assim, vai uma infinidade de situações onde a dúvida e/ou a incerteza parece ganhar forma.
A história sobre o povo de Israel mostra que pouco antes do ataque dos caldeus contra Judá e mais precisamente contra a cidade de Jerusalém, os judeus viviam um ciclo espiritual muito bem definido: primeiro eles desobedeciam a Deus e cometiam pecados, após entravam em crise espiritual com as consequências físicas da transgressão e alertados por Deus por meio dos profetas, eles confessavam e se arrependiam, Deus os perdoava e logo vinha a restauração da comunhão. Mas passavam pouco tempo e o ciclo se repetia novamente, pois eles não eram constantes no relacionamento com Deus. Reflita nisso!
No meio da desobediência eles foram alertados pelo profeta Jeremias e o povo judeu amargou setenta anos como escravos na Babilônia, capital da Pérsia, mas cumprindo a palavra do profeta, Deus usou o rei Ciro, um homem pagão para que fosse providenciado o retorno deles ás terras de seus antepassados (Jr 25.11-12; Jr 29.10). Entretanto, mesmo com a retomada dos sacrifícios e a normalização dos cultos, o povo não estava focado nas coisas de Deus e questionava se Deus os amava realmente (Ml 1.2). Era a maldita dúvida atuando nos corações.
Trazendo essa questão sobre o amor de Deus aos cristãos dos dias atuais, veja que diante de tantas dificuldades, de tantas aflições, pode o crente também perguntar: “será que Deus se importa comigo? Me ama mesmo? Se me ama de verdade, porque permitiu que me acontecesse tais infortúnios?”. A resposta é sim, Deus continua amando, apesar da capacidade humana em duvidar desse amor. Noutras palavras, independente das circunstâncias vivenciadas pelas pessoas, o amor de Deus é um amor puro, espontâneo e verdadeiro, aliás, um amor que nunca foi fingido. Basta um olhar crítico para o passado e reconhecer o quanto Deus amou o homem. Pense nisso!
Nos dias atuais, é fácil perceber que muita gente se assemelha com o povo de Israel, quando também duvidam do amor de Deus sobre as suas vidas. Atente que homens e mulheres que passaram por experiências traumáticas, podem desenvolver em seus corações o sentimento da dúvida. Lembre-se que ninguém está isento de passar por traumas na vida, assim, num repente pode vir o luto pelas perdas de entes queridos ou de pessoas próximas, o desemprego pode chegar, isso sem falar das doenças, das separações e das privações. E enfrentando tudo isso, as pessoas podem questionar como tudo isso aflorou em suas vidas e chegar á conclusão equivocada que |Deus não as ama, pois se amasse, tais acontecimentos nem existiriam.
Mas saiba que essa incerteza, essa dúvida se é amado ou não, é apenas uma das estratégias do diabo, colocada na mente humana com a única finalidade de tirá-lo da presença de um Deus que não abandona e nem desampara ninguém (Mt 28.20). Resumindo, entenda hoje e sempre que nenhuma tragédia, nenhuma adversidade e nenhuma tempestade tem capacidade de interferir no relacionamento do homem com Deus, colocando nos corações humanos a incerteza do amor divino.
“O amor de cristo nos constrange”(2 Co 5.14). Palavras do apóstolo Paulo, testemunhando que ele vivenciou na pele toda a carga desse amor e nem era merecedor. Com um passado complicado, Paulo não era digno de receber desse amor, todavia, em sua caminhada ele não só enxergou este amor nas diversas situações de perigo que passou, como fez questão mais tarde em conceituar o amor na carta à igreja de Corinto (1 Co 13.1-8).
Traga isso para sua vida. Quando em lutas e privações é bem provável que talvez não consiga discernir Deus em sua história, mas jamais alimente alguma dúvida desse amor. A coisa mais certa é saber que Deus te ama sim, e esse amor foi e continua sendo refletido na cruz de Jesus (Rm 5.8). Amém? Forte abraço
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando!
Milton Marques de Oliveira - Pr