Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 28 Março 2023 22:35

28/03/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 26 Março 2023 22:58

26/03/2023 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Domingo, 26 Março 2023 11:29

SUCESSO

SUCESSO

“Então, disse Moisés a Deus: Quem sou eu para ir a Faraó e tire do Egito os filhos de Israel?" (Ex 3.11)

Moisés foi o autor do livro de Êxodo. Nesse livro tem-se a convocação de Deus a Moisés para liderar os hebreus rumo à Canaã, tem-se as negociações com Faraó, há os registros das pragas e também os milagres de Deus na peregrinação do povo de Israel pelo deserto. O livro narra com propriedade a forte presença de Deus na vida de seu povo, notadamente quando os conduz de dia e de noite por meio de uma nuvem, ditando o ritmo da caminhada.

Ambientando a passagem, tem-se que Moisés foi surpreendido pela presença de Deus quando um arbusto começou a pegar fogo. Naquele momento Deus o convocou para uma missão: liderar o povo de Israel para a liberdade noutras terras (Ex 3.1-12).

Considere que dentro da psicologia humana, algo bastante comum nos consultórios é a baixa autoestima. Se enxergar como vítima em todos os cenários e ambientes parece mesmo fazer parte da vida de muita gente, inclusive  pessoas jovens com amplas capacidades de progredir na vida. Infelizmente pessoas de todas as classes sociais com frequência se veem nessa situação e isso tem dificultado seus projetos e seus sonhos, porque se acham incapazes de enfrentar e vencer os desafios que a vida apresenta.

Moisés foi criado dentro do palácio de Faraó e mais tarde, devido as circunstâncias da vida acabou saindo e indo  morar no deserto, onde casou e constituiu uma família (Ex 2.11-22). Certo dia, Deus se manifestou a Moisés e o chamou para uma missão extraordinária: libertar o povo de Israel das mãos de Faraó e levá-los para uma terra de boa qualidade onde seriam livres. Diante da convocação divina, Moisés falou abertamente: "Quem sou eu para ir a Faraó e tirar do Egito os filhos de Israel?" (Ex 3.11). Ou seja, com grande sinceridade, ele deixou transparecer que não se via capaz, se enxergava como inferior e, certamente que diante de sua fala, era uma resposta para Deus procurar por outra pessoa, menos ele.

Atente que Deus não respondeu a Moisés, dizendo conhecer sua incapacidade e nem o elogiou elevando sua moral ou o lembrou de sua história de criança quando foi resgatado no Rio Nilo, mas respondeu de forma direta que estaria com ele naquela empreitada  (Ex 3.12).

A história diz que realmente Deus esteve com Moisés em todo o tempo, desde as negociações com o líder Egípcio, passando pela saída dos Hebreus, na caminhada pelo deserto, diante das lutas e das dificuldades com o povo, enfim, Deus não faltou com a palavra que foi dita antes mesmo de Moisés aceitar a missão. Deus não falhou, não abandonou e nem desamparou. Se fez presente e estendeu a mão mesmo quando a incredulidade do povo influenciava negativamente e os fazia ter desejo de voltar ao Egito. Deus era e foi um Deus presente. Pense nisso!

Enfrentar a vida com resiliência, com ânimo e coragem é sinal de que a vitória pode até nem acontecer, mas o simples fato da pessoa ter lutado já é um sinal de que as próximas etapas serão enfrentadas com mais vigor. Isso faz parte da vida de todos. Estudantes passam por aflições nas disciplinas de graduação, profissionais passam por lutas para dominar determinadas técnicas e ninguém está isento de um dia passar por alguma adversidade, aliás, as adversidades estão implícitas na vida de todos. O que não pode acontecer é permitir que essa dificuldade seja o gatilho que vai deflagrar uma onda de eterna vítima. Guarde isso!

Logicamente, que poderiam existir outras pessoas na época de Moisés, mas lembre-se que o chamado foi individual. A missão era para Moisés realizar. E hoje, acontece de muitas pessoas também se verem como incapazes para executar milhares de atribuições, desde a constituição de um  casamento, fazer um curso profissional, abrir um empreendimento ou até mesmo fazer exames para tirar a tão necessária CNH. Noutras palavras, muitas pessoas simplesmente olham para si mesmas e concluem erroneamente que a tarefa não poderá ter executada e/ou não lhes compete.

Entenda bem que Deus não somente se apresentou a Moisés num arbusto que queimava e não se consumia, mas afirmou categoricamente que estaria com ele, que a sua presença não o abandonaria dali em diante. Considere que Deus deseja apenas que  homens, mulheres e jovens confiem nele. Fugir e tentar escapar das responsabilidades nunca foi a solução, mas enfrentar a vida com a fé em um Deus que nunca falha é o caminho para a vitória. Pense nisso!

E lembre-se de que com Deus Moisés viveu o sucesso, literalmente. Para quem se sentia incapaz, ergueu o cajado e atravessou o Mar vermelho a seco, para quem se sentia incapaz, viu Deus alimentar milhões de gente em pleno deserto, viu ainda Deus dar vitórias nas guerras, bebeu água potável quando a mesma água era inservível e foi testemunha de inúmeras outras vitórias. Enfim, sucesso absoluto quando confiou em Deus, sucesso quando Moisés saiu de vítima e pulou para vencedor. Então, não veja suas limitações e/ou suas incapacidades, mas fixe o olhar para um Deus que é presente e não abandona. Combinado? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, hoje e sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quinta, 23 Março 2023 22:39

21/03/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Quinta, 23 Março 2023 22:36

19/03/2023 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Domingo, 19 Março 2023 10:17

AUTORIDADE

AUTORIDADE

 

“...tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu, e foi sepultado junto de seus pais...”. (At 13.36)

 

O livro de Atos dos Apóstolos foi escrito pelo evangelista Lucas e retrata com bastante detalhes o início da expansão do cristianismo no mundo de então. Certamente que Lucas não conseguiu registrar todos os eventos que contribuíram para que o amor e a graça de Deus chegasse ao coração das pessoas, todavia, os fatos registrados são suficientes para  mostrar o quanto os apóstolos Paulo e Pedro fizeram para anunciar a reconciliação e a salvação por meio do sacrifício de Jesus.

Paulo estava reunido com algumas pessoas e fez um breve resumo do povo hebreu, desde a saída do Egito, passando pela caminhada no deserto, a posse nas terras de Canaã, o tempo dos juízes e chega na pessoa de Davi, abordando o seu chamado (At 13.16-36). Esse é o contexto.

Algo bastante comum em muitos lugares é a falta de compromisso das pessoas. Evidencia-se o descompromisso quando aos olhos das pessoas o próximo não tem valor, quando a vida do próximo é irrelevante e/ou quando este próximo não tem nada que possa ofertar e assim, sua existência à vista dos demais é praticamente nula. E de maneira muito clara, o descompromisso pessoal atinge ambientes familiares, empresariais, comerciais e tantos outros por aí. Basta ter uma visão crítica para essa verificação.

A história de Davi é por demais comentada. Seja nos  ensinos infantis ou nas reuniões de gente adulta, seus feitos, suas virtudes e seus erros são discutidos e servem como aprendizado. Quando o profeta Samuel chegou para ungir o rei de Israel, que substituiria Saul, ele por pouco não ungiu Eliabe, o irmão de Davi, entretanto advertido por Deus, aguardou a presença de Davi e o ungiu como rei de Israel. Perceba que Davi não estava na reunião que escolheu o rei de Israel (foi chamado posteriormente), também não estava nos planos do profeta Samuel (quase ungiu o homem errado) e nem estava nos planos do rei Saul, que o perseguiu e até quis matá-lo. Mas, guarde isso: Davi estava nos planos que Deus havia estabelecido. Noutras palavras, Deus sabe nome, endereço e aquilo que Deus idealizou na vida de muitos, vai se cumprir. Reflita!

Considere que no reino de Deus existe muita coisa a ser feita e nesse sentido, ninguém pode alegar estar inoperante. “Tendo Davi servido à sua própria geração, conforme o desígnio de Deus, adormeceu.” (At 13.36). Veja que Davi foi chamado para servir uma geração, num tempo cronológico específico e numa área geográfica determinada. Em todo tempo de sua existência, Davi se viu envolvido nas coisas de Deus com autoridade celestial, jovem ele começou a servir no reino ajudando sua família nos cuidados com as ovelhas. Em tempo de guerra, serviu derrubando Golias, mais tarde serviu como músico ao rei Saul e finalmente, serviu ao reino como rei de Israel governando e defendendo a nação israelita de seus inimigos. Quando a ociosidade achou espaço em seu coração, ele pecou (2 Sm 11). A conclusão é que dentro do reino não há espaços para uma vida ociosa, sempre haverá demandas. Pense um pouco sobre isso!

Cada indivíduo tem um chamado divino e este chamado obedece a critérios muito bem delineados de tempo, lugar e gente. Assim como diversos profetas foram convocados para atender um período cronológico, uma geração específica que por sua vez estava num lugar geográfico. Ou seja, dentro dos planos de Deus Jeremias, Elias, Daniel, Isaías e outros foram chamados para uma época. Cada um desses profetas vivenciaram uma realidade diferente, as mensagens de alerta, consolo e esperança até podiam ser semelhantes, mas as pessoas (geração) eram diferentes. Hoje muitos quebram a cara quando atravessam a autoridade soberana de Deus, servindo a uma geração que Deus não apontou, fora do tempo e do lugar estabelecido, gerando péssimos resultados. Reflita!

Portanto, naquela época e naquele tempo a resposta de Deus para àquela geração não era Saul, nem era os irmãos de Davi. A resposta de Deus àquela geração era Davi. Trazendo isso para os dias atuais, você é a resposta de Deus para este tempo, para esse lugar e para essa geração. Assim fica claro que ninguém está onde está por acaso, por uma coincidência ou mesmo por uma sorte do destino e nem caiu de  paraquedas  na sua família, na empresa onde trabalha ou na igreja que congrega. Cada um carrega uma mensagem da parte de Deus à essa geração onde está inserido. Entenda que no reino de Deus nada acontece por acaso. Existe toda uma fundamentação celestial sobre a  vida de cada um. Um grande abraço!

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 14 Março 2023 22:38

14/03/2023 - CULTO "FÉ E VIDA"

Sábado, 11 Março 2023 22:49

TÍTULOS

TÍTULOS

 

“Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu;” (Fp 3.5)

A carta aos integrantes da comunidade cristã que estava na cidade de Filipos tem como autor o apóstolo Paulo e foi escrita quando ele estava preso em Roma, capital da Itália. Trata-se de uma epístola cheia de amor, notadamente quando Paulo demonstra sentir saudades daqueles irmãos, que mesmo distante, sentiram na obrigação de ofertar alguns recursos para sustentá-lo por um tempo. A igreja em Filipos foi estabelecida por Paulo na segunda viagem missionaria e alguns detalhes marcantes na cidade de Filipos, foram as conversões de uma mulher de nome Lídia, do carcereiro e de uma moça dominada por forças malignas (At 16).

O contexto dessa passagem relata o conflito existente no entendimento da justificação dos pecados entre o mérito e a graça de Deus, entre as virtudes humanas e a vontade soberana de Deus (Fp 3.2-11).

Considere que é da vontade de muita gente, não todas, a manutenção de um bom nome na sociedade onde vive, e ter um nome livre de situações ruins é mesmo uma ótima coisa. Até porque as pessoas procuram construir seu nome, que seja digno da família sem causar vergonha aos parentes. A construção do nome e/ou do currículo moral é algo que se faz diariamente e isso leva tempo, demora anos e infelizmente, um vacilo, uma queda, um escândalo, um acidente ou algo similar pode jogar na lama tudo aquilo que foi duramente construído. Pense!

Abordando a justificação dos pecados, Paulo chama a atenção da comunidade Filipense sobre alguns homens que anunciavam a salvação por meio do mérito e das obras ritualísticas. Paulo inclusive os trata como cães, tal a irresponsabilidade desses homens em desvirtuar a obra redentora do sacrifício de Jesus. Para estes homens que faziam oposição a Paulo,  a salvação dependia de determinadas realizações ou de rituais  como a  “circuncisão”, que na verdade era apenas um sinal ou uma marca no corpo e assim, eles anunciavam uma falsa esperança e colocavam o mérito da salvação no homem e na maior cara de pau, retiravam o poder da graça e do amor de Deus. Olhando ao redor, vê-se muita semelhança com os dias atuais, onde muitos espertos continuam iludindo pessoas criando ‘caminhos estranhos’ para a salvação. Pasmem!

Na visão de Paulo isso era o perigo naquela época, mas passados mais de dois mil anos, essa afirmativa da justificação pelo mérito continua sendo a grande ameaça nos dias atuais. Diga-se ameaça, justamente pelo falso ensino que o homem deve colocar a confiança em si mesmo, em seus feitos, na sua força, no seu intelecto e daí ele passa a não mais depender do sacrifício de Cristo. Ou seja, nessa errônea visão,  a cruz perdeu importância e valor. Guarde isso:  a autoconfiança foi, tem sido e será o grande inimigo do evangelho, ela deve ser vista como uma ideologia diabólica que tem encontrado morada em muitos corações. Considere que a autossuficiência humana confronta o evangelho quando homens e mulheres afirmam que seus atos de justiça são superiores à justiça de Deus e quando os mesmos homens e mulheres se acham capazes de se salvarem por suas virtudes e/ou credenciais. Reflita nisso!

O próprio Paulo mostrou que suas credenciais, seus títulos e seu currículo eram impecáveis, moralmente ele era ótimo. Nas palavras do próprio Paulo: “Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível.(Fp 3.5-6). Mas suas virtudes não eram suficientes o bastante para justificá-lo diante de Deus. Humanamente suas qualidades, sus aptidões e capacidades lhe davam privilégios sociais, lhe davam reconhecimento por onde passava, talvez os melhores lugares nas reuniões, provavelmente até um tapete e uns tapinhas nas costas, mas sabiamente, Paulo afirmou que tudo isso era escória, refugo, pois não servia para salvá-lo (Fp 3.7-8).

Perceba que nos dias atuais, existe muita gente com ótimo nome na sociedade, com excelente currículo, com moral ilibada, alguns até são reconhecidos e titulados como mestres, doutores, sábios, etc, todavia, lembre-se que nenhum título e nenhum currículo por melhor que seja tem poder para justificar o homem diante de Deus. Até porque ninguém, repita-se ninguém, será salvo pelo nome, nem pelo DNA, nem ainda por ser filho de alguém importante.

Nas palavras de Jesus: “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou” (Jo 6.29). Entenda, portanto, que a salvação não está fundamentada naquilo que o homem faz ou no que ele deixa de fazer, nunca foi isso! A salvação está centralizada no que Jesus fez na cruz, não se trata de mérito humano, a salvação é por meio da graça e do amor de Deus. Portanto, a luta para muitos homens e muitas mulheres nos dias de hoje é aceitar que a graça de Deus é espontânea, é unilateral (de Deus ao homem) e nunca foi moeda de troca para ninguém se vangloriar (Ef 2.8-9). Estamos entendidos? Um grande abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Segunda, 06 Março 2023 12:54

GENEROSIDADE

GENEROSIDADE

“Tendo eu ouvido estas palavras, sentei-me e chorei, e lamentei por alguns dias; e continuei a jejuar e orar perante o Deus do céu.” (Ne 1.4)

O livro de Neemias foi escrito pelo autor de mesmo nome e faz parte dos livros históricos sobre o povo Israelita. Sabe-se que Neemias estava servindo como copeiro do rei da Pérsia, e de lá, ele saiu com destino a Judá, mais precisamente à cidade de Jerusalém, com o objetivo de reconstruir os muros que protegiam a cidade, destruídos por ocasião do ataque Babilônico (2 Rs 25.1-7).

O contexto da passagem acima mostra que um grupo de judeus noticiou a Neemias sobre as deploráveis condições de seus compatriotas que ficaram em Jerusalém estavam vivenciando. Condoído com a noticia, Neemias adotou medidas para socorrê-los e dar suporte físico, emocional e espiritual (Ne 2).

Compreender a realidade de outrem, entender como se processa vida de uma outra pessoa tem sido o desafio para muita gente. Gestores públicos gastam tempo e recursos elaborando políticas públicas visando minimizar problemas que afetam muita gente. Entidades religiosas, órgãos não governamentais e uma infinidade de instituições lutam para mitigar situações que atingem grupos em condições de vulnerabilidade, e essas ações ora são sucesso e ora são um tremendo fracasso. Com frequência se vê casos de familiares em tratamento oncológico onde os membros da família raspam o cabelo em solidariedade com àquele que está enfermo. Enfim, não basta ter empatia e nem ter boas intenções, é preciso ação, é necessário se movimentar. Pense nisso!

Parte do povo de Israel estava sofrendo na Babilônia as consequências físicas da idolatria e da desobediência contra Deus, e mesmo aqueles que ficaram na cidade de Jerusalém não foram isentos dos efeitos catastróficos do afastamento de Deus (Jr 52.15-16).  Aqueles que ficaram em Jerusalém também padeciam as agruras de viverem numa cidade desprotegida, com as muralhas destruídas e levando uma vida medíocre e miserável (Ne 1.3).

Noutro lado, considere que Neemias estava confortável dentro do palácio na Babilônia, tinha lá suas atribuições, servia a bebida do rei Persa e pode-se imaginar que suas atenções estavam voltadas somente para si e sua família, se é que tinha uma. Todavia, ao receber a notícia que seus irmãos judeus passavam por dificuldades, ele se identificou com eles, teve dentro de si a empatia, ou seja, solidarizou-se com aqueles que estavam vivendo em grande dificuldade, mesmo dentro de suas terras. Não está escrito, mas pode-se imaginar que Neemias tinha em seu coração o bem-estar de seus compatriotas, tinha em mente a prosperidade de seu povo e para isso ele orou, jejuou e Deus tocou o seu coração (Ne 1.4).

Lembre-se que na narrativa sobre a vida de Jó, ele foi consolado por três amigos que acertaram quando foram movidos por atos de extrema empatia: “Sentaram-se com ele na terra, sete dias e sete noites; e nenhum lhe dizia palavra alguma, pois viam que a dor era muito grande” (Jó 2.13). Percebe-se de início que mesmo sem dizer uma só palavra por sete dias, os três amigos se identificaram com a dor alheia e se associaram com o pranto do amigo, muito embora ao final do livro eles tenham se mostrado como acusadores em seus argumentos em desfavor de Jó. Mas inicialmente, eles se condoeram com a situação de Jó e demonstraram empatia.

Veja nos dias atuais que a empatia ou o ato de solidarizar-se com o problema alheio tem se tornado raro e quando acontece, o ato em si tem se transformado em matéria de marketing e propaganda, infelizmente. Talvez pela ausência de sensibilidade que enche tantos corações mundo afora, mas sentir a dor do outro, se colocar no lugar de quem passa por uma crise e propor soluções pode fazer a diferença para quem vive uma realidade momentânea ruim. Vive-se por estes dias que o mal, os atos de violência, a segregação e diversas outras situações são tão corriqueiras, que as pessoas estão se habituando a tudo isso e, familiarizadas com a desgraça alheia, ninguém se propõe a ajudar, pois infelizmente as pessoas estão sendo vistas e tratadas como coisas. Reflita sobre isso!

Mas Neemias não somente se identificou com a mediocridade de vida de quem estava em Jerusalém como se movimentou para atenuar a miséria deles. Falou com o rei e de forma incrível, o mesmo rei que era um pagão e estranho ao povo de Israel, foi tocado pelo Espírito Santo de Deus e adotou providências para que os recursos e a logística fossem doados na reedificação dos muros da cidade (Ne 2.8). Noutras palavras, empatia sincera sem o cunho de se autopromover tem poder para impactar pessoas ao redor, é como se fosse um rastilho de pólvora. Nesse sentido compreenda a importância de sair do campo das intenções e se movimentar, executando medidas para diminuir o sofrimento alheio, isso é generosidade. Hoje pode ser que você tenha generosidade com o outro e amanhã, ele terá com você! Um grande  abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

PUBLICIDADE