Ministério Ouvindo o Clamor das Nações

HISTÓRIA

“No primeiro ano de Ciro, rei da Pérsia, para que se cumprisse a palavra do Senhor, por boca de Jeremias, despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia, o qual fez passar pregão por todo o seu reino..” (Ed 1.1)

O livro de Esdras, escrito pelo autor de mesmo nome, traz a narrativa dos acontecimentos sobre a reedificação do templo que fora construído por Salomão e mostra a atuação do autor na reformulação espiritual do povo que havia sido disperso por ocasião da invasão dos caldeus. A história mostra que nos idos de 586 AC, o rei caldeu Nabucodonosor liderou um ataque contra a cidade de Jerusalém e o templo de Deus foi destruído e totalmente queimado. Assim ele ficou por quase setenta anos. Somente por volta do ano 520 AC, que Zorobabel tratou de fazer a restauração do templo, enquanto Neemias fez a restauração dos muros da cidade.

O versículo acima está ambientado na ação de Deus. O registro fala de um período temporal (primeiro ano), de uma região (Pérsia), de um título (rei), aponta o nome (Ciro) e ainda fala sobre o cumprimento da palavra de Deus (para que se cumprisse). Tudo isso para deixar marcado nos registros seculares o agir de Deus na história da humanidade.

Considere que diariamente as pessoas se envolvem em acontecimentos. Uns previstos e outros que chegam num repente. Veja que a gravidez da esposa, a formatura dos filhos, a compra da casa própria ou do carro e o inicio de um negócio são eventos previstos e aguardados, mas noutro lado, existem aqueles acontecimentos imprevistos, como uma cirurgia urgente, uma viagem de última hora, a enfermidade e o luto. Para quem não acredita num Deus que controla a história, estes eventos imprevistos são tratados como coincidência ou sorte, todavia, para o cristão, são sinais de um Deus que trabalha e está executando  a história.

Veja que a narrativa bíblica mostra um Deus que trabalha em meio de seu povo e trabalha de maneira multiforme. O profeta Naum afirmou que Deus caminha em meio a tempestade e da tormenta, todavia, o profeta Elias já enxergava Deus em meio a voz suave (1 Rs 19.12; Na 1.3). Essas duas manifestações evidenciam que Deus age tanto na sutileza como nas turbulências e não possui uma maneira padronizada, ou seja, Deus não segue um padrão. E  nessa diversidade de aparições o desafio é saber quando a ação é “natural” ou quando é divina, o desafio é saber onde é coisa humana e onde é coisa de Deus. Reflita!

Independente das circunstâncias, entenda que Deus continua sendo o autor da história e do roteiro do que ele mesmo idealizou para que cumprir a sua palavra. Nesse sentido, setenta anos antes dos judeus serem levados como escravos à Babilônia, o profeta  Jeremias já havia falado e escrito que tudo isso iria acontecer (Ed 1.1 e Jr 25.4-12). Ou seja, Deus zela pela sua palavra.

Muito comum no meio cristão são as promessas de Deus para a vida de muita gente e nesse sentido, uns creem e outros não acreditam, mas indiferente da crença, Deus sempre zela por tudo aquilo que ele fala. “Deus não é um homem pra mentir, nem filho do homem para se arrepender” (Nm 23.19). Ou seja, para os judeus se passaram setenta anos na condição de escravos dos caldeus e neste espaço temporal, muitos morreram, outro tanto nasceu, uns casaram e tiveram filhos, mas quando chegou o tempo de cumprimento da palavra de Deus dita pelo profeta Jeremias, ela simplesmente se realizou. Entenda, portanto, que pode passar o tempo que for, se Deus falou algo a seu respeito, o que ele disse vai  se cumprir, porque, Deus sempre cumpre a sua palavra, ele não falha. A palavra de Deus sempre foi sim, sim, não, não! Pense nisso!

Compreenda que em todo tempo Deus trabalha na vida das pessoas, crendo elas em Deus ou não crendo. O rei Ciro não conhecia o Deus de Israel, mas mesmo assim, ele foi instrumento na mãos do Criador para trazer a liberdade aos judeus. Quando a profecia de Jeremias foi escrita Ciro nem era nascido e não era rei, mas mesmo assim, Deus já tinha sinalizado que iria usá-lo em seus planos (Is 45.1-5).

Isso se aplica a todas as pessoas, evidenciando que Deus é senhor da história, ELE dirige, governa o mundo e a vida do homem está em suas mãos. Portanto, descanse e deixe Deus ser Deus na sua vida, entendendo que a vontade de Deus é sempre boa e agradável. Jogue fora a ansiedade, acredite que tudo está debaixo do que ELE mesmo idealizou. Resumindo: nenhum descontrole emocional  tem poder de alterar o que Deus já projetou.  Um forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando a sua vida.

Milton Marques de Oliveira  - Pr

DESCONFIANÇA

“não andeis inquietos por coisa alguma”  (Fp 4.6)

Não restam dúvidas que foi mesmo o apóstolo Paulo quem escreveu a carta para a comunidade cristã que estava na cidade de Filipos. A bem da verdade, essa epístola foi redigida com a finalidade de agradecer pela ajuda financeira que aquela igreja havia feito ao apóstolo Paulo. Quando escreveu aos Filipenses, Paulo estava preso em Roma e mesmo assim, declarou que sua vida estava nas mãos de Deus, a ponto de instruir a comunidade cristã em Filipos que eles não deveriam viver ansiosos quanto ao dia de amanhã, mas que confiassem em Deus. Este era e continua sendo o segredo de uma vida de paz e serenidade. Reflita nisso!

Um mundo extremamente hostil, cheio de pessoas competitivas, cada um buscando o seu espaço, inclusive em ambientes religiosos, se traduz num lugar onde reina as inquietações, as decepções, as frustrações e logicamente, as desavenças e as desconfianças. Afinal de contas, cada indivíduo alimenta seus interesses em busca de melhores posições e para isso, a ansiedade na busca por resultados ganha cada vez mais espaços.

Em sua narrativa Paulo orienta a igreja em Filipos a se manterem confiantes em Deus, ainda mais quando as perseguições vindas dos Romanos e dos judeus infringiam terror e medo a todos que confessassem Jesus. A instrução era que o clamor e as orações a Deus já fossem antecedidas com ações de graças, pois Deus cuidaria da vida de cada um. Ou seja, Deus deveria ser visto como aquele que entra com a provisão a favor de quem nele coloca sua esperança. Era como se Paulo os lembrasse que Deus é Jeová-Jiré, o Deus da provisão (Gn 22.14).

Durante a peregrinação do povo Hebreu pelo deserto em direção a Canaã, Deus se manifestou em muitas ocasiões entrando com a solução em diversas ocasiões. Deus operou um milagre abrindo o Mar Vermelho, ofertou alimentos por muitos anos, noutra ocasião transformou água ruins em águas potáveis, certa feita abriu o Rio Jordão e todos atravessaram o rio sem molhar os pés, deu vitórias na lutas e fez muitas coisas ao povo que ELE mesmo tinha escolhido (Dt 7.6). Noutras palavras, em todo o tempo da caminhada, o povo de Israel sentiu e enxergou o cuidado e o zelo de um Deus que não os desamparou em nenhum momento da peregrinação: isso é provisão!

Considere que muitas pessoas tem dificuldade para crer no cuidado de Deus, mas a verdade é que ELE sempre se revela cuidando dos seus. Nesse  sentido atente que a ansiedade e as inquietações, são nada mais e nada menos que uma grande desconfiança contra Deus. Alimentar dúvidas sobre realizações futuras nada mais é que desacreditar num Deus que já fez no passado e que fará no amanhã, isso é fé! Entenda ainda que presumir a ausência da provisão divina em eventos futuros não pode fazer parte da vida cristã, afinal, a esperança em Deus é firmada pelo que ELE é: bom, misericordioso, gracioso e generoso. Reflita!

Perceba que gente ansiosa sofre e sofre muito, pois ela imagina e cria situações em sua mente e as torna reais. O ansioso vive antecipamente um resultado que, se ainda não chegou, pode nem chegar. Muita gente ainda conduz sua vida com foco em coisas materiais e nisso as inquietações geram o receio da perda, o medo da escassez, das privações e/ou do que pode faltar no dia seguinte. Veja que não é nenhum pecado que homens e mulheres invistam seus recursos em automóveis, nas compras de sítios, chácaras, invistam em sociedades empresariais ou que tenham ações nos banco. O problema é quando estes bens materiais se tornam ídolos do coração, criando uma relação obsessiva e idolátrica. Lembre-se que muitas pessoas amam as coisas, adoram as pessoas e querem usar a Deus, quando na verdade o correto é adorar a Deus, amar as pessoas e usar as coisas. Pense nisso!

Nas palavras de Jesus: "Está escrito: 'Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus'" (Mt 4.4). Tanto no século I, como nos dias atuais, o pão feito de farinha de trigo como alimento físico era um dos itens fundamentais da alimentação das famílias. Hoje não é deferente, todavia, ao fazer esse comparativo Jesus ensinou que a palavra de Deus era o alimento espiritual, era o ‘pão’ que desceu do céu para dar vida!

Cristo é o ‘pão’ que veio do céu, que gera confiança, que dá esperança, que dá vida ao mundo e sacia toda fome espiritual. Entenda, portanto, que Cristo é imprescindível para que homens e mulheres vençam suas inquietações, abandonem definitivamente a desconfiança contra Deus e tenham uma vida confiante no amanhã, certo que Deus cuidará de prover todas as suas necessidades. Creia nisso e viva! Um forte abraço

Jesus Cristo te abençoe, hoje e sempre!

Milton Marques de Oliveira - Pr