Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Sábado, 03 Agosto 2024 14:15

HONESTIDADE

HONESTIDADE

“Em tudo te dá por exemplo de boas obras.” (Tt 2.7)

O apóstolo Paulo foi o autor da carta endereçada ao amigo e Pastor de nome Tito. Tito foi um digno auxiliar de Paulo, homem de confiança, a ponto do próprio  Paulo o enviar para dirigir a igreja  cristã  na cidade de Creta (Tt 1.5). Interessante que Lucas, sem nenhum momento fez qualquer menção a Tito no livro de Atos dos Apóstolos, mas aqui, o apóstolo Paulo orientou na direção da igreja na cidade que estava estabelecida em Creta (Tt 1.5).

Ambientando a passagem acima, percebe-se que o apóstolo Paulo abordou a obra pastoral e o caráter cristão, instruindo Tito sobre seus comportamentos e suas atitudes à frente da igreja. Interessante que a igreja em Creta apresentava problemas de ordem moral e, olhando racionalmente, parece que os dizeres de Paulo descrevendo sobre a igreja de Creta possuem enorme semelhanças com muitas instituições de hoje (Tt 1.12). Pense!

Se existe algo que traz incômodo e problemas nos relacionamentos, esse algo é a honestidade. Gente de vida dupla que fica alternando entre bons e más posturas, entre falar bem e falar mal, além de ganhar a pecha de mentiroso, ainda cansa as pessoas ao redor, criando situações embaraçosas e difíceis de resolver.

Observe que Tito havia sido destacado pelo apóstolo Paulo para dirigir a igreja de Creta, aliás, aquela comunidade apresentava sérios problemas comportamentais (Tt 1.10). Tanto Paulo como outros historiadores, identificavam os habitantes cretenses como mentirosos e enganadores, glutões e de moral baixa. E foi nessa visão que Paulo enviou Tito para demonstrar o poder transformador de Jesus, que podia mudar a postura daquelas pessoas por meio de exemplos de pessoas que demonstrassem caráter e honestidade. Sem nenhum dúvida, era visível o otimismo de Paulo que enxergava na igreja de Creta a firme possibilidade deles serem evangelizados e transformados quanto à maneira de pensar e agir. Noutras palavras, o desafio era grande, mas não impossível.

Já naquela época, eram comuns que homens judeus visitassem as igrejas anunciando um evangelho mesclado. Eram os pregadores itinerantes que desvirtuavam a salvação por meio da graça e do amor de Deus, acrescentando algo a mais e assim, eles bagunçavam a cabeça das pessoas. Eles afirmavam que a simples história de Jesus e a Cruz não eram suficientes para salvação e por meio do engano, acrescentavam rituais judaicos, ensinando que a salvação somente seria alcançada se eles realizassem esses ritos. Em todas as igrejas plantadas pelo apóstolo Paulo, ele se viu perseguido por esses pregadores itinerantes que não tinham nenhuma responsabilidade espiritual com as igrejas visitadas (Fp 3.2).

Considere que Tito, embora jovem, carregava uma responsabilidade enorme sobre seus ombros. Ele deveria ser o exemplo aos anciãos, às mulheres e aos jovens, ou seja, sua conduta de vida deveria ser o modelo a ser copiado. Ele carregava a mensagem de Cristo pelo testemunho de sua própria vida. Ou seja, não bastava somente ensinar por meio de discursos, mas demonstrar na prática do dia a dia, que aquilo que ele ensinava, ele também praticava. Não poderia ser hipócrita, a honestidade de seu coração deveria ser às claras, a transparência de seus atos era a forma de convencer a igreja a mudar os rumos de sua caminhada.

Perceba que a integridade na pessoas, quer sejam pessoas em posição de liderança ou não, deve ser algo intencional. Essa postura deve partir de dentro para fora, ela deve sair do coração para mudar comportamentos. Noutro lado, a honestidade anda de mãos dadas com a lisura das ações, com a transparência e sem manobras para acobertar atos que por ventura venham trazer embaraços. Atente que o erro faz parte da natureza humana, mas reconhecê-los e enxergar a necessidade de mudar de rota faz muita diferença e era isso que a igreja em Creta deveria ter em mente. Tito não precisava manipular ações para dar impressão de estar agindo com honestidade, bastava tão somente ser correto nas ações. Reflita nisso!

Veja bem que a honestidade, a integridade e o caráter possuem o poder de impactar o mundo. Quisera que pessoas em posições de liderança, quer no governo, quer nas empresas, no comércio, nas igrejas e nas famílias, abraçassem mesmo essa causa. Ser honesto! O mundo seria incrivelmente melhor, pois isso incendiaria os corações e abriria espaços para a derrocada de toda ação maligna. Compreenda que onde a honestidade se estabelece, o mal não prospera. Guarde isso!

Tito chegou à cidade de Creta com a missão de dirigir uma igreja que moralmente descia ladeira abaixo, tipo caminhão desgovernado e recebeu a orientação de exercer a liderança sendo o exemplo por meio da correção em seus atos. E certamente que ele fez e agiu assim porque, se o pensamento é mudar as coisas para melhor, se o pensamento é encorajar outras pessoas à uma mudança de vida e se a linha de ação é propor uma renovação comportamental, nada mais certo que as mudanças comecem pela honestidade nas ações. Concordas? Abraço grande!

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida e seus projetos.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 30 Julho 2024 23:02

30/07/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"

Sábado, 27 Julho 2024 14:00

PROTETOR

PROTETOR

“Mas o Senhor é a minha defesa; e o meu Deus é a rocha do meu refúgio”. (Sl 94.22)

 

Dos 150 poemas ou salmos que compõe o livro de mesmo nome, cerca de 70 deles tem sua autoria atribuídos a Davi. Os Salmos retratam diversas situações, desde momentos de alegrias, pedidos de socorro, confiança e exaltação do nome de Deus, outros já retratam a fidelidade divina e por aí vai uma infinidade de expressões sentimentais que  mostram o exato momento que o salmista estava vivenciando. Interessante que na maioria dos textos bíblicos Deus fala com as pessoas, mas no Livro de Salmos, é visível que são as pessoas que falam com Deus. Isso devido a conjugação verbal estar quase sempre na primeira pessoa. Reflita!

Os teólogos não definiram a autoria do salmo 94, mas contextualizando a narrativa, esse salmo mostra com perfeição que seu autor clamava pela aplicação da justiça divina. Certamente que algo o afligia e nesse sentido, ele declara que Deus era o seu defensor, ou numa linguagem mais atual, Deus era o seu advogado, o seu protetor (Sl 94).

Vivemos em sociedade e de vez em quando acontecem de vir acusações, calúnias, difamações e até mesmo julgamentos. Incrível que tudo isso pode vir de familiares, dos amigos e colegas de trabalho e até do meio religioso é possível vir as acuações e as afrontas. Afinal de contas, mesmo crentes em Jesus, muita gente ainda é dominada pela carne. E é assim, diante das difamações que muitas das vezes a vontade humana é retribuir, seja por meio verbal ou físico. Ou seja, a carne deseja se defender e para a defesa, a melhor opção, dizem por aí, é o ataque. Todavia, revidar o mal com o mal não é sinal de inteligência, pois seria a mesma coisa que colocar fogo na gasolina. Pense!

“Por que senhor, te conservas longe e te escondes nos tempos de angústia?” (Sl 10.1). Nada se sabe a respeito das aflições que o salmista enfrentava, mas uma coisa era certa. Ele enxergava Deus como indiferente e distante. Certamente que ele, o salmista, passava por uma tribulação e considerava em seu coração que Deus tinha lhe virado as costas. Para ele, Deus estava ausente ou escondido. Era como se Deus não quisesse aparecer.

Dificuldades e crise, esse texto retrata a vida de muita gente nos dias atuais. Veja que nas horas de extremas aflições muitas pessoas podem considerar também que Deus está ausente e distante, principalmente quando vem os levantes, os julgamentos, as injustiças e as afrontas. Todavia, é bom compreender que o crente serve a um Deus que nunca desampara e nem abandona os seus. Deus foi, é e sempre será o protetor dos seus. Guarde isso!

Interessante que existem momentos na vida que o cristão pode mesmo imaginar que está lutando sozinho, tantas são as batalhas e tantas as adversidades. Uma crise nem bem termina e outra já começa quase que imediatamente. Por vezes a guerra é tão grande que o crente acha que não vai suportar, e é justamente nesse momento que o crente de hoje se enxerga como salmista: “Deus está longe” (Sl 10.1).

A narrativa de Mateus mostra que num sábado, os discípulos de Jesus passaram por uma lavoura de milho, colheram umas espigas e ali mesmo eles as comeram. Fariseus e sacerdotes viram e repreenderam os discípulos de Jesus. Humanamente, talvez fosse o momento de Pedro sacar da espada e dar uns golpes, resolvendo a situação. Ou, João orar para que fogo descesse do céu e consumisse os acusadores. Interessante que nada disso aconteceu e Jesus, passou a falar pelos seus discípulos. A priori, Jesus relembrou aos religiosos uma passagem semelhante envolvendo o rei Davi (1 Sm 21.6). Atente bem que nenhum discípulo abriu sua boca para debater com os fariseus e sacerdotes e talvez isso fosse a intenção deles, de promover uma discussão. Mas naquele momento, Jesus atravessou a situação e defendeu os seu discípulos, Era o general protegendo os seus soldados (Mt 12.3-5).

Noutra feita, Jesus visitou a casa de duas irmãs, Marta e Maria e foi muito bem recepcionado por Maria que se assentou perto dele. Veja que enquanto Maria ouvia de Jesus palavras doces e agradáveis, Marta se indispôs e pediu a Jesus providências contra sua irmã. Marta queria que ela viesse ajudar nas lidas domésticas. Entenda bem que Marta em alta voz acusou Maria de preguiçosa e de não querer ajudá-la e isso perante muitas pessoas, portanto, era uma acusação diante de muita gente. O texto diz que Maria fez silêncio, não discutiu e nem brigou com sua irmã. Mas Jesus interviu por ela. Maria tinha um amigo fiel que abraçou sua causa e lhe deu proteção (Lc 10.38-41).

“Se o Senhor não tivera ido em meu auxilio.” (Sl 94.17). Considere essa passagem e perceba que o salmista reconhece que foi Deus quem deu o livramento. Avalie seu caso e se aproprie desse versículo para sua vida e saiba que existe um Deus que não só protege como intervém pelos seus. Há um Deus que luta e peleja por aqueles a quem ama frente às injustiças e aos ataques sofridos. São nessas situações que Jesus se torna o nosso protetor. Noutras palavras, diante das insinuações, das afrontas e maldades, faça silencio. Lembre-se que há um Deus que vai responder por você! Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 23 Julho 2024 22:55

23/07/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"

Domingo, 21 Julho 2024 14:49

ESQUEMA

ESQUEMA

“..e curou muitos que se achavam enfermos de diversas enfermidades.”  (Mc 1.34)

O evangelho de Marcos é  o mais resumido dos evangelhos. Ele trás mais ações práticas de Jesus em curas e milagres que seus discursos, quando se compara com os registros dos demais evangelistas. O nome correto de Marcos era João Marcos, não foi discípulo de Jesus, era amigo de Pedro de quem recebeu informações para registrar sua narrativa. Era filho de Maria, cuja casa foi palco de intensa oração em favor do mesmo apóstolo Pedro (At 12.1-11). Seu evangelho mostra Jesus como o Deus que veio para servir.

O contexto da passagem acima está na abordagem sobre as curas e pregações de Jesus.  Os detalhes estão nas informações: ‘trouxeram-lhe todos’, ‘curou muitos’, ‘curou diversas enfermidades’. Era a nítida demonstração da multiforme graça de Deus operando em favor das pessoas (Mc 1.32-34).

Considere que cada pessoa achou em Jesus a mudança ou transformação que lhe proporcionou uma guinada na vida. Com Jesus, houve achegada do novo em detrimento dos velhos costumes e hábitos. A uns, Jesus curou das enfermidades, outros da depressão, uns libertou dos vícios, a outros ele restaurou relacionamentos e todas essas mudanças impactaram sobremaneira as suas vidas. Ou seja, com Jesus houve melhorias físicas, emocionais e espirituais que não podem ser negadas por ninguém.

Considere que nos quatro evangelhos, com Jesus no ambiente, o milagre era garantido. Jesus mudava cenários e por onde ele andava, tudo se transformava mediante à sua palavra  e/ou ao toque das suas mãos. Veja ainda que Jesus operava de maneira multiforme, suas operações de milagres não seguiam um padrão ou um esquema. A sogra de Pedro, Jesus deu ordem para a febre abaixar. Aos cegos, Jesus usou saliva e fez um barro e lhe abriu as vistas. Aos leprosos e coxos, Jesus os curou mediante ordem de sua palavra. Aos possessos, Jesus deu a libertação. Aos desprezados, Jesus deu honra. Resumindo, Jesus atendeu  a todos indistintamente e sem uma forma esquematizada de ação. Reflita!

Veja também que Jesus operou milagres idênticos em cenários diferentes. A filha de Jairo, Jesus atuou ressuscitando a garota dentro de casa. Mesmo diante das intercorrências dos amigos incrédulos e dos escarnecedores que deram risadas, Jesus ordenou a ela reviveu (Mc 5.35-43). Mais adiante o evangelista Lucas registrou outro milagre idêntico ao primeiro, todavia, em cenário diferente. Jesus estava na cidade de Naim e mediante sua palavra, ele ressuscitou o filho de uma mulher viúva. Também ali estava uma multidão de pessoas que, pode-se dizer, eram os carregadores da agonia, mas nem mesmo essa multidão foi páreo ao poder de Jesus (Lc 7.11-14). O terceiro milagre idêntico ao primeiro e o segundo, mas num cenário totalmente diferente, foi a ressuscitação de Lázaro. Lázaro estava há quatro dias no sepulcro, já cheirava mal, mas ainda assim, Jesus deu uma ordem e ele reviveu (Jo 11.38-44).

Perceba que Jesus atuou em três condições idênticas (morte física) e operou o mesmo milagre da ressuscitação, entretanto, cada operação do milagre ocorreu em uma atmosfera diferente. A filha de Jairo foi ressuscitada dentro de sua casa. O filho da viúva de Naim, foi ressuscitado a caminho do cemitério e Lázaro foi ressuscitado dentro do sepulcro. Isso demonstra que Jesus operou milagres de maneira não padronizada. Suas curas e operações de milagres não obedeciam a uma única metodologia. Ou seja, quando a graça de Deus é derramada, não há incredulidade, não há zombaria, nem cheiro de morte, nem escárnio. Nada é obstáculo ao poder de Cristo, porque a multiforme graça de Deus não é e nunca foi padronizada. Ele faz conforme a sua vontade (Mt 6.10). Noutras palavras, Cristo faz como quer, quando quer e aonde quiser. Não cabe a homem nenhum, sem exceção, determinar data, hora e forma do milagre acontecer, conforme se vê por aí em muitas reuniões com promessa de data e dia do agir de Deus. Nunca foi pelo mérito, mas pela graça de Deus. Guarde isso!

Hoje muita gente está passando por separações, por privações, pelo abandono e pela escassez. Na verdade são lutas na família, na empresa, lutas com doenças, problemas com dívidas e relações pessoais desgastadas trazendo desordens. É bem provável que essas pessoas podem pensar que tudo está perdido e Cristo está distante e indiferente ao seu caso. Todavia, saiba que na sua tribulação e na sua dor, há um Deus que conhece a sua história, assim como ele conhecia as histórias de Jairo, da viúva de Naim e das irmãs de Lázaro. Deus está atento a tudo o que acontece. E mais, Deus não mudou sua essência e continua operando milagres ao seu modo. Basta crer para viver o seu milagre, amém? Abraço Grande.

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 16 Julho 2024 22:48

16/07/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"

Sábado, 13 Julho 2024 08:44

DESVIO

DESVIO

“Tende cuidado, irmãos, jamais aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade que vos afaste do Deus vivo”. (Hb 3.12)

 

O livro de Hebreus não tem uma autoria definida. Teólogos falam que em algumas passagens a escrita é do apóstolo Paulo e que ele seria o autor, outros apontam Apolo, Barnabé e tem aqueles que diante das dificuldades em apontar sua autoria, optam por ficar em silêncio. O mais certo é que aquele que escreveu este livro, era uma pessoa que detinha profundo conhecimento do Antigo Testamento e do sistema sacrificial do povo de Israel. Hebreus mostra Jesus Cristo em toda sua majestade e esplendor de sua divindade.

Ambientando o capítulo 3, tem-se que a preocupação do autor era mostrar  que a suprema revelação divina ao homem vem por meio de Jesus Cristo, único pelo qual o homem tem acesso a Deus. O contexto demonstra que  Jesus foi superior aos profetas e aos anjos e finaliza demonstrando que Cristo é também superior sobre  o profeta Moisés.

Veja que nos últimos dias tem sido comum à muitas pessoas o lançamento da dúvida e/ou da incerteza. Isso em todos ambientes e cenários. Na economia, na politica, nas ações do governo, na saúde e na família, ou seja, em todos ambientes a desconfiança caminha a todo vapor. Hoje se desconfia de tudo. Desconfia-se das vacinas, das mercadorias, do vendedor, da fidelidade das amigas, dos amigos e até da avaliação feita pelo professor. O ato de não acreditar, ou seja, a incredulidade  tem se mostrado dominante em quase todos os cenários. Pense!

Perceba que no ministério de Jesus ele censurou a ganância, censurou a avareza e a promiscuidade, todavia, de todos os pecados apontados por Jesus, foi a incredulidade o que ele mais combateu. Esse desvio era tão evidente que em diversos momentos Jesus questionou seus ouvintes sobre a fé que eles tinham em seus corações. Jesus questionou o discípulo Pedro sobre sua fé quando ele afundou nas águas  (Mt 14.21). Questionou Jairo quando este recebeu a noticia da morte de sua filha (Mc 5.36 ). Argumentou sobre a falta de fé de seus discípulos na libertação de um endemoniado (Lc 9.41). Quando Jesus esteve com dois discípulos na estrada para Emaús, os chamou de tardios em acreditar  nas palavras dos profetas (Lc 24.25). Resumindo, em diversas ocasiões, a incredulidade humana foi alvo da crítica ferrenha de Jesus.

Nesse sentido, saiba que  nos dias atuais, também existem crentes incrédulos. São os ‘crentes descrentes’, até porque muitos pegam esse desvio e se tornam incrédulos sem se darem conta dessa anomalia. Nessa toada, as pessoas podem vir às igrejas todos os dias, participar das atividades e ainda assim ter um coração indiferente e distante. Hoje, o que predomina é a falta de expectativa, haja vista que as pessoas  oram, mas sem a expectativa de que algo vai acontecer. Muitos pregam o evangelho, sem expectativa do que apregoam. Outros se derramam em lágrimas, sem expectativas de mudanças e por aí vai uma infinidade de ações que são praticadas sem a correspondente expectativa do sobrenatural de Deus. Sem dúvidas, trata-se de uma grave anomalia no meio cristão!

“Ora, o centurião e os que com ele guardavam Jesus, vendo o terremoto e as coisas que aconteciam, tiveram grande temor, e disseram: Verdadeiramente este era filho de Deus.” (Mt 27.54). Considere que a fama de Jesus corria por toda a Palestina. Em todos os lugares haviam pessoas que testemunhavam curas e milagres feitas por Cristo. Aleijados andavam, cegos enxergavam, as pessoas eram libertas e mortos reviveram. Era impossível que o centurião e seus soldados  não soubessem e/ou não tivessem informações sobre quem era Jesus. Os sinais apontavam que somente Jesus podia fazer tudo aquilo, todavia, somente depois da morte de Jesus é que o centurião e os seus homens reconheceram Jesus como o filho de Deus. Foi necessário sentir o balançar da terra no terremoto para eles acreditarem. Infelizmente, eles creram tardiamente.

Entenda que ainda hoje, diante de tantos milagres, diante de tantas manifestações sobrenaturais, muita gente ainda tem dificuldade em vencer a descrença. Mesmo possuindo amplas oportunidades de acreditar e de viverem o novo de Deus diante de tantas pessoas que foram curadas, de tantas vidas que foram mudadas e de incontáveis casamentos que foram restaurados, ainda estão aprisionadas pelo espírito da incredulidade e isso no meio cristão é um desvio observado.  Compreenda bem que a conversão implica que a pessoa acreditou numa palavra que transformou o seu viver, uma palavra que deu direcionamento, uma palavra que transformou seu coração e sua mente e é por meio de toda essa certeza que a caminhada cristã requer de todo cristão convicções absolutas em um Deus que nunca falhou. Reflita!

Lembre-se que a vida é cheia surpresas e sobressaltos e ninguém sabe o que pode vir no amanhã. Entretanto, sempre há um risco de se fazer parte da turma de “crentes incrédulos”. Mas em quaisquer situação, venha o que vier, aconteça que acontecer, considere em todo o tempo firmar sua fé em Jesus Cristo, porque o grande desafio de todo crente em Jesus é envelhecer acreditando nas promessas de Deus, sem perder a fé. Amém? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus abençoe sua vida e seus projetos.

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

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