Milton Marques de Oliveira
EMBAIXADOR
EMBAIXADOR
“Portanto, somos embaixadores de Cristo..” (2 Co 5.20)
Paulo escreveu duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Na primeira carta ele respondeu algumas questões sobre casamento e sobre comer ou não alimentos que tinham suas origens em sacrifícios a ídolos. Essa primeira carta ainda evidenciou que Paulo tinha grande preocupação com a postura coletiva da igreja que não se entristecia diante da atitude de um de seus membros que estava na prática de um incesto (1 Co 5.1-2). Nesse sentido, a primeira epístola possui o cunho de advertir a igreja e dar direcionamento doutrinário. Já na segunda carta, Paulo se defende de várias acusações que lhe foram dirigidas e dentre essas acusações, duas foram cruciais. A primeira, ele foi acusado de ser carnal e leviano (2 Co 10.2). Outra acusação dizia que Paulo era um pregador muito ruim, embora suas cartas fossem ótimas (2 Co 10.10).
Abordando o assunto de serviço ministerial e suas motivações, Paulo instruiu a comunidade de Corinto sobre o chamado de cada um, apontando as dificuldades inerentes à vida cristã e encerrando o tópico, ele afirmou que os salvos são dignos representantes de Jesus (2 Co 5.11-20).
As mais diversas nações possui representantes seus noutros países. Essas pessoas vivem no país e são a ‘voz’ de sua pátria. Noutras palavras, o embaixador é aquele que mora num lugar onde a cultura é diferente, os hábitos e os costumes são diferentes, a língua falada é diferente e ali ele está para falar o que o seu governo mandar. De forma comparativa, a vida do crente em Jesus nesse mundo é semelhante a vida de alguém que é embaixador, vive numa terra que não é sua e deve falar o que Deus ordenar. Pense nisso!
Considere que apóstolo Paulo foi chamado ao serviço cristão e desde aquele momento de sua conversão, ele recebeu a missão de levar e anunciar a salvação por meio da graça de Deus. Foi convocado por Jesus para uma missão, para bem representá-lo e ser a voz de Deus aos homens (At 9.16). Ao se apresentar à igreja de Corinto que ele mesmo plantou, Paulo era um embaixador do reino de Deus a serviço do próprio Deus e, logicamente, ele só podia anunciar a mensagem de Deus. Não poderia nunca falar de sua inteligência ou de seu intelecto, já que ele era o embaixador de Jesus e isso ficou evidenciado por toda a sua vida. Mesmo diante da morte, encarcerado na capital italiana, ele só falava do reino de Deus (Fp 1.12-23).
“Portanto, somos embaixadores de Cristo..” (2 Co 5.20). Paulo já era um embaixador do reino e como porta voz deste reino, ele esteve anunciando a morte e ressuscitação de Jesus aos coríntios e agora os convidava a fazer a mesma coisa à sociedade daquela cidade. Paulo considerava e com razão, que não só ele, mas toda a igreja de Corinto eram embaixadores de Cristo, todos eram dignos representantes do reino de Deus e como tal, a missão era a de levar a mensagem do amor de Deus.
Entenda bem que essa situação falada pelo apóstolo Paulo implicava necessariamente que como embaixadores, os integrantes da igreja tinham uma responsabilidade muito grande. Eles não poderiam falar nada que fosse contrário ao reino de Deus. Ou seja, as atitudes, as posturas e os discursos deveriam estar condizentes de alguém que não era daquela sociedade, afinal, o embaixador do reino de Deus não é deste mundo. Resumindo, tanto Paulo como a igreja de Corinto representava Cristo para toda sociedade de Corinto. Quem os ouvisse, estaria ouvindo a mensagem de Jesus. Deus falaria ao povo, por meio da igreja de Corinto, por meio de seus embaixadores.
Certamente que hoje existem mundo afora muitos embaixadores do reino de Deus espalhados por aí, cumprindo com devoção a ordenança de Jesus (Mc 16.15). Em diversas cidades há pessoas falando do reino, anunciando o amor de Deus, proclamando a graça e salvação por meio da fé em Jesus, e isso é ótimo. O grande gargalo está justamente nos maus embaixadores, aqueles que se acham como tais e, infelizmente, não o são. Se dizem do reino, mas não estão falando a mensagem do céu, na verdade não são embaixadores e nem portadores das boas novas do evangelho. Importante entender que estes maus embaixadores um dia serão convocados a prestar conta de suas atuações e arcarão com as consequências de suas atitudes (Mt 7.22-23). Reflita!
A grande característica de um embaixador de Cristo é ser fiel naquilo que ele deve transmitir e ter comportamentos adequados ao governo que representa. Ou seja, ele deve representar bem o reino de Deus que confiou e lhe comissionou na digna tarefa de ser o porta-voz celestial. Portanto, reflita, considere suas ações e seja um embaixador qualificado do reino de Deus. Combinado? Abraço grande.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
16/04/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"
14/04/2024 - CULTO DE LOUVOR AO SENHOR DEUS
13/04/2024 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
PARTIDO
PARTIDO
“Pois quem é Paulo e quem é Apolo?” (1 Co 3.5)
A cidade de Corinto era grande metrópole e era muito populosa para os padrões da época e por ficar às margens do Mar Mediterrâneo, tinha um porto marítimo bastante movimentado. A cidade possuía muitos deuses com destaque para a deusa do amor que recebeu o nome de Afrodite. Corinto era também uma cidade agitada e segundo os estudiosos, seu comércio era atuante e movimentado economicamente. Por lá o apóstolo Paulo permaneceu por muito tempo, ficou quase dois anos, anunciando a salvação por meio da graça e do amor de Deus, apresentando Jesus e o seu sacrifício na cruz do calvário.
A comunidade cristã de Corinto foi plantada por Paulo e pouco tempo depois foram detectados alguns problemas de relacionamentos pessoais com lances de competitividade entre seus membros (1 Co 3.1-8).
Perceba que desde sempre o homem gosta de ser reconhecido e aplaudido. Lógico que não há nenhum problema em ser elogiado pelas boas práticas e pelas boas ações, até porque o reconhecimento tende a multiplicar a potencialidade de cada um. O perigo está na competição que visa antes de mais nada diminuir o concorrente, provocando separações e consequentemente pode levar ao abandono. Pense nisso!
Espiritualmente, a igreja em Corinto caminhava entre altos e baixos. Ela progredia dentro dos padrões da normalidade, até que em determinado momento, Paulo observou que seus integrantes estavam trilhando caminhos perigosos para o bem estar da coletividade. Com algumas ressalvas, Paulo viu que embora cressem no evangelho, havia necessidade deles crescerem em profundidade espiritual. Dentro daquele conjunto de irmãos, alguns estavam tomando partido, fazendo divisões ao apontar suas preferências por determinado líder, o que resultava em menosprezo pelos outros.
“Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo..” (1 Co 3.4). Ao propagandearem suas preferências pessoais, aqueles irmãos estavam criando confusão e preparando o terreno para dividir a igreja. Paulo os chamou de carnais, já que estavam criando divisões dentro da comunidade. Para efeito de comparação, a cidade de Corinto era o centro da filosofia da época e os diversos filósofos tinham lá seus seguidores. Assim, o pensamento dos irmãos em apontar a quem eles apreciavam (Paulo, Cefas e Apolo), era nada mais que uma prática de importação das atitudes mundanas das quais eles não deveriam seguir.
As tentativas de implantar um sistema de competição e divisão dentro da comunidade era simplesmente falta de maturidade espiritual e sobra de carnalidade. A abordagem de Paulo em apontar esse defeito visava tão somente trazer à igreja para a compreensão do que era o corpo de Cristo. Veja que dentro das igrejas atuais existem diversos ministérios que atuam individualmente, todavia eles se complementam, um colaborando com o outro na formação do coletivo. Nenhum ministério é mais importante que o outro, todos são relevantes na formação do corpo da igreja. Reflita!
A visão de Paulo ao questionar quem seria Paulo e quem seria Apolo, era unicamente esvaziar o pensamento do famigerado culto à personalidade que estava prestes a germinar, e que naquela época já queria fazer parte da igreja. Hoje infelizmente, esses tipos de culto tem encontrado um campo fértil para sua prática, basta dar uma olhada por aí.
Conscientes ou não, perceba que nos dias atuais tem sido comum o comportamento de cultuar pessoas em todos os lugares, todavia, no meio cristão ninguém deve compactuar com este perverso culto de ação de graças à personalidade. O culto deve ser cristocêntrico, Jesus Cristo é o único digno de receber honra e glórias e não as pessoas A ou B. Hoje tem sido comuns cultos onde o personagem principal já não é mais Cristo, mas fulano ou beltrano, e isso com ampla divulgação em marketing. Isso é um grave equívoco. Reflita!
Entretanto, importante frisar que Paulo e Apolo foram instrumentos nas mãos de Deus para apresentar a salvação por meio da graça de Deus àquela cidade. Isso é inegável. E em nenhum momento o próprio Paulo tira os méritos dele e das demais pessoas que contribuíram na anunciação do evangelho, mas na visão cristã, todos foram apenas servos, portadores da mensagem do evangelho e nesse sentido, compreenda que jamais o mensageiro pode ser mais importante que a mensagem, assim como a flor é mais importante que o vaso e o conteúdo tem mais valor que o recipiente (2 Co 4.7). Guarde isso!
Enfim, considere que somente a Deus seja dado todo o louvor, toda devoção, toda honra, glória e todo reconhecimento. Aos demais, que sejam reconhecidos como ferramentas úteis no compartilhamento do evangelho que proporcionou a restauração, a reconciliação e de quebra, ainda mudou a história de muita gente. Amém? Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
10/04/2024 - CULTO DAS MULHERES
09/04/2024 - CULTO "FÉ & VIDA"
07/04/2024 - CULTO DE ADORAÇÃO AO SENHOR DEUS
CONTROLE
CONTROLE
“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia” (At 16.6).
Lucas, o autor do livro de Atos dos Apóstolos, esteve presente em boa parte da narrativa de seu livro. Ele acompanhou o apóstolo Paulo nas vagens missionárias, fazendo um verdadeiro relato do avanço da fé cristã no mundo de então. Sob os olhos atentos de Lucas, se percebe o quanto o Espírito Santo conduziu e controlou as visitas e as viagens, sendo determinante para o progresso do evangelho.
O capítulo 16 de atos mostra que a vontade e o desejo de Paulo não estavam alinhados com os propósitos de Deus, entretanto, mostra também que o mesmo Paulo entendeu perfeitamente a sinalização divina, sendo obediente para mudar o curso de sua viagem (At 16.6-12).
Nem sempre as vontades pessoais estão alinhadas com o que Deus tem para as pessoas. Isso fica evidente quando as escolhas e decisões de muita gente desembocam em resultados negativos e, por que não dizer, catastróficos. Perceba que o apóstolo Paulo estava viajando e em dado momento, ele deliberou ir para um destino. Deliberou no seu coração, porque embora seu projeto fosse o de pregar o evangelho, anunciando a salvação por meio de Jesus Cristo, esse projeto não foi validado por Deus. Paulo tinha um projeto em mente e quis executá-lo, mas Deus tinha outro (Pv 19.21). Simples assim!
Atente bem que Paulo idealizou dois projetos evangelísticos. Primeiro quis ir para a região da Ásia e depois eles viajariam para a cidade de nome Bitínia, e em ambos os lugares, Deus manifestou-se pela negativa. Veja bem, o projeto era ótimo, eles iam para pregar o amor de Deus e a salvação e mesmo assim, Deus disse não. Foi aí que eles se deslocaram para a cidade de Trôade e foi lá que Deus se manifestou em sonhos ao apóstolo orientando sua viagem para uma direção totalmente contrária àquela que ele havia imaginado (At 16.9). Reflita aqui sobre a soberania de Deus!
O interessante desta orientação é que nem sempre, mesmo as pessoas mais ousadas e instrumentalizadas por Deus podem estar corretas em suas deliberações. Veja que Paulo era um homem temente a Deus, sua obra missionária mudou o mundo daquela época e até hoje influencia o cristianismo com sua doutrina, todavia, ainda assim, sua vontade não passou pelo crivo do Espírito Santo, que não só o impediu de desenvolver a missão como se revelou a ele, dando o direcionamento correto, na visão celestial.
Outra particularidade nessa narrativa está na sensibilidade de Paulo em ouvir o que Deus estava falando. Isso é fantástico, pois após as tentativas, ele poderia muito bem parar e descansar, mas se mostrou sensível ao Espírito Santo para ouvir o que Deus queria. E ouvindo a voz de Deus em sonhos, eles se mostraram prontos a seguir a revelação dada por meio da visão celestial (At 16.9).
Considere que desde a conversão de Paulo o seu ministério de evangelização foi marcado por inúmeros eventos. Ele não parava, tinha uma agenda dinâmica e muito agitada, com muitos compromissos, com viagens para todos os lados. Paulo plantou inúmeras comunidades cristãs, doutrinou diversas igrejas, ora estando presente e ora por meio de cartas. Enfim, sua caminhada cristã foi de uma entrega plena e verdadeira (At 9.15).
A narrativa de Lucas mostra que eles ficaram em Trôade e nessa cidade não existe nenhum registro de curas, de ensinos, de orações ou de pregações nas sinagogas, se é que essa cidade tinha uma. Trôade foi um lugar de espera. Naquela cidade Deus estava dando a eles um tempo para alinhar as diretrizes da missão. E isso só acabou diante da visão direcionando-os para a Macedônia onde houve conversão, curas e milagres (At 16 13-40).
Entenda bem que nem sempre as revelações de Deus aos seus tem sido ouvida e executada. Infelizmente, ainda se faz muitas coisas de Deus e para Deus conforme as vontades pessoais e os resultados mostram por si. Compreenda que não basta ter bom ânimo e nem coragem para levar o amor de Deus às pessoas, pois antes de tudo, é necessário sabedoria e discernimento para reformular estratégias, para repensar planos e humildade para corrigir rotas, conforme a vontade celestial. Deus é o dono da obra, os homens, são meros instrumentos. Portanto, é primordial saber ouvir o que o Espírito Santo tem para dizer, amém? Abraço grande.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr