Segunda, 17 Janeiro 2022 10:02

CERTEZA

Escrito por
Avalie este item
(5 votos)

CERTEZA

“Um dia a menina sugeriu à sua patroa: “Quem me dera o meu senhor procurasse o profeta que está em Samaria! Com certeza ele o curaria da sua lepra” ( 2 Rs 5.3)

 

Quando houve a tradução do Antigo Testamento da língua hebraica para o grego, a conhecida Septuaginta, os rabinos tradutores acharam por bem dividir o grande volume do livro dos Reis em duas partes, visando facilitar a compreensão dos trechos. Os dois livros narram as ações dos governos de Israel e de Judá com seus acertos e seus erros e o segundo volume de Reis, traz a queda de Jerusalém diante dos caldeus e, consequentemente a destruição do templo e a deportação do povo judeu para a Babilônia.

A narrativa compreendida em apenas dezenove versículos mostra que um homem sírio, de nome Naamã, conhecido pela sua patente militar e valentia nas guerras que enfrentou, possuía uma garota que servia em sua casa na condição de escrava. Essa garota era israelita e sabedora que seu patrão era leproso, acabou por sugerir que ele fosse á sua terra e lá, ele certamente seria curado pelo Deus de Israel (2 Rs 5.1-19).

Preste atenção e veja que nos dias atuais, as pessoas convivem com muitas dúvidas e isso em todos os cenários. É a força da dúvida e da incerteza dominando a mente humana. Grandes verdades apresentadas à centenas de milhares de pessoas ainda transitam no campo da incerteza. É nesse contexto que diante de grandes questões da existência humana como qualidade de vida, casamento, filhos, profissão, morte e espiritualidade, muita gente ainda utiliza as expressões do talvez, quem sabe, não sei bem ao certo. Ou seja, existem mais incertezas que convicções para muitas questões que são apresentadas diante das pessoas.

A narrativa de cura da lepra do sírio Naamã possui diversos personagens e cada um deles tem sua atuação e dentre essas personagens, tem-se uma garota israelita e escrava. O autor do texto não citou o seu nome e nem alguns pormenores que pudessem ao menos identificá-la, como a cor dos cabelos, idade ou mesmo os nomes de seus pais, todavia, pode-se imaginar que ela fora tirada de sua família e conduzida á força por homens estranhos á uma terra também estranha. Pode-se imaginar que ela levava uma vida extremamente difícil numa terra de hábitos e cultura totalmente diferentes à sua. Longe de sua terra, da família e longe das amigas ela não podia mais prestar culto a Deus e estava sentenciada a viver uma existência sem dignidade no meio de um povo pagão.

Considere que em inúmeras situações as pessoas são protagonistas de bons eventos, como a promoção na empresa, a compra da casa própria, a celebração do casamento com a pessoa amada e, logicamente são também agentes de eventos desagradáveis, como acidentes domésticos e/ou automobilísticos, enganos, violência, desemprego, separações, abandono e outros. Entretanto, considere que existem eventos que surgem na  vida de muita gente e que ninguém sabe como ele chegou, e são aqueles que tem a cara de que não querem ir embora. Talvez fosse esse o pensamento dessa garota. Veja que num repente houve uma guerra e ela se viu carregada para uma terra distante e, pior, na condição de escrava!

Atente que a realidade dela era crítica e hoje, quando muitas pessoas passam situações difíceis, não a ponto de se verem como escravos, mas enfrentando enfermidades crônicas, perda repentina de entes queridos e infinitas outras  duras realidades, pode-se questionar como ainda continuar acreditando em Deus diante do que está acontecendo! Como entender o poder de Deus se a vida está atolada no areal em pleno deserto? Ou como continuar crente em Jesus se a vida perdeu todo o sentido?

Compreenda que diante de tantas realidades mais ou menos intensas, muita gente simplesmente desiste, uns fracassam, desanimam da jornada, desviam e outros voltam seus olhos para o mundo dos vícios. Todavia, aquela menina pode ter imaginado tudo isso, mas de forma contrária, ela não perdeu o essencial: ela continuou acreditando em Deus, o Deus de seus pais, o Deus de Israel, tanto que ao sugerir a ida de seu patrão a Israel, ela não disse que talvez ele seria curado, ou quem sabe a lepra iria diminuir em seu corpo. Ela não teve nenhuma dúvida e disse simplesmente que ele seria curado. Ou seja, a fé e a certeza dessa menina não dependia do momento que ela estava vivendo. Ela simplesmente acreditava e isso foi o bastante para sugerir a ida de Naamã à terra de seus pais. Reflita!

A narrativa afirma que Naamã foi curado de sua doença. Uma simples escrava foi a ferramenta de Deus para um homem estrangeiro que ao ser limpo de sua enfermidade, posteriormente reconheceu o Deus de Israel como o Deus vivo e verdadeiro (2 Rs 5.15). Resumindo: a cura aconteceu por meio da certeza da menina escrava, que mesmo vivenciando uma dura e triste realidade não deixou de ter convicção no Deus que acreditava. Portanto, entenda que independente do que estiver vivenciando hoje, não deixe sua confiança e sua crença em Deus ser abalada. Estamos entendidos? Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 386 vezes Última modificação em Quarta, 19 Janeiro 2022 18:55
Mais nesta categoria: « BLINDAGEM EXCLUSIVIDADE »

PUBLICIDADE