Segunda, 24 Janeiro 2022 11:58

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“…porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” (1 Sm 2.30)

Samuel era filho de Ana e desde o nascimento foi consagrado a Deus a servir no templo em Siló e se tornou um dos maiores profetas em Israel, além de juiz e sacerdote. Um detalhe marcante na vida de Samuel foi que ele ungiu os primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Conforme os historiadores, os dois livros de Samuel eram um grande volume com informações das ações dos governos de Israel e Judá, e quando os rabinos fizeram a tradução do Antigo Testamento do hebraico para a língua grega, houveram por bem em separar o todo o conteúdo em duas partes, ficando como se vê nos dias atuais: 1 Samuel e 2 Samuel.

Contextualizando a passagem acima, tem-se que Deus advertiu o profeta Eli e os seus dois filhos de nomes Hofni e a Fineias quanto às suas atitudes e comportamentos, e nessa esteira de advertência, Deus, usando um de seus profetas falou sobre alinhamento, sobre aliança e compromisso, sobre  honra e também sobre desprezo na relação do homem para com Deus (1 Sm 2.27-36).

Muito comum nos dias de hoje nas celebrações de compra e venda ou de negócios entre duas ou mais pessoas, são as assinaturas em contratos escritos e o reconhecimento dessas assinaturas em cartório. São maneiras de evitar que aquilo que foi acordado e que foi celebrado perca o devido valor e ninguém fale depois que não sabia ou que se faça de desentendido. Houve épocas em que a famosa “palavra” tinha muito valor nas transações, mas nos dias atuais ela se perdeu nas negociações e pode-se dizer que ninguém mais usa da “palavra”para firmar um contrato. Pense!

Perceba que o sacerdote Eli foi escolhido e servia a Deus oficiando no templo e pode-se acreditar que mesmo naquela época como nos dias atuais, era um grande privilégio não só oficiar como sacerdote, mas o fato de ter sido escolhido por Deus. Tinha ele dois filhos, que na visão do autor, era filhos de belial, tais eram as posturas e comportamentos de abusos e corrupção para com seus compatriotas que vinham sacrificar ao Senhor no templo (1 Sm 2.27-28). A narrativa mostra que consciente ou não, o sacerdote Eli acabou deixando que seus dois filhos abusassem da autoridade e se locupletassem das ofertas que chegavam ao templo, além de promoverem orgias sexuais com as mulheres que para lá se dirigiam. Pasmem!

Mais a frente, diante das desonras que os dois filhos praticavam, a advertência verbal do profeta que Deus usou se tornou em realidade, e tanto Eli como seus filhos morreram em momentos distintos (1  Sm 4.11-18). Sem fazer julgamentos, restou claro que a consequência do  pecado, em todo o tempo, continua sendo a morte (Rm 6.23). Entenda bem que muito embora o sacerdote Eli, pai dos dois rapazes, apesar de não praticar o mal, consentia que seus filhos o praticassem, ou seja, era complacente e não tomava nenhuma atitude no sentido de impedir as ações de seus filhos, proporcionando que Deus se manifestasse  e agisse (1 Sm 2.30).

Considere que a fé cristã exige comprometimento e alinhamento. Não se pode negar que em todos os ambientes e cenários, o que mais se percebe nos dias atuais é a relativização de valores, até então tido como absolutos na doutrina cristã. É nesse sentido que muita gente até se diz cristão, todavia, suas posturas não condizem com as posturas da doutrina cristã. Assim, se dizem cristãos, mas ainda gostam do patrimônio alheio, são afetos à prostituição, ao roubo, aos vícios e a toda sorte de pensamentos de iniquidades. Veja bem que os dois filhos do sacerdote Eli eram da casa, conheciam a lei de Deus, se faziam presentes e viam seu pai Eli oficiar no templo e mesmo assim, seus corações pendiam para as práticas do mal. Ao mesmo tempo que estavam “servindo” a Deus, viviam no pecado, nas imoralidades, na fraude e na mentira. Ou seja, o corpo estava na tenda da congregação,  mas o coração estava navegando na corrupção. Reflita!

Lembre-se que no mundo dos negócios o que as pessoas mais buscam é a certeza de que os contratos firmados serão efetivamente cumpridos, isso gera a previsibilidade. É a garantia de que o que foi ajustado vai mesmo se realizar. De maneira semelhante, Deus espera que o homem tenha com ELE compromisso e comprometimento, ou seja, uma vida alinhada com os céus, afinal, nas palavras de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro.” (Mt 6.24). Ou seja, Deus requer exclusividade! Grande abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

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