Domingo, 30 Janeiro 2022 10:58

ENCONTRO

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ENCONTRO

“Eu sou Jesus” (At 9.5)

 

O livro de Atos dos apóstolos é o resumo das atividades do começo da igreja. Escrito pelo médico Lucas, amigo e companheiro de Paulo, a narrativa de Atos mostra desde a descida do Espírito Santo, as perseguições contra os cristãos, os primeiros milagres realizados em nome de Jesus e os sucessos nas implantações das comunidades cristãs no mundo de então. É bem provável que muita coisa deixou de ser registrada, pois Lucas focou nas atividades de Pedro e Paulo e com certeza, os demais discípulos de Jesus fizeram muita coisa em nome daquele que os enviou e essas realizações não foram compiladas por Lucas e nem por nenhum outro historiador (At 1.8).

Paulo foi encontrado por Jesus numa estrada na cidade de Damasco/Síria. Levado para uma casa naquela cidade, Paulo recebeu Ananias, um cristão que orou por ele com imposição de mãos e depois de ser batizado, ele saiu anunciando Jesus. Este é o contexto (At 9.1-19).

Perceba que a sociedade passa por grandes mudanças. Mudanças sociais, mudanças na saúde com a pandemia, mudanças sanitárias com ênfase no combate ao coronavírus, mudanças tecnológicas com a criação de novos medicamentos, mudanças educacionais e mudanças na forma de trabalho com a introdução do trabalho em casa (home officer). Ainda nessa seara, tem-se que as pessoas também passam por mudanças físicas, morais e logicamente, mudanças espirituais.

Um detalhe interessante na conversão de Paulo é que ele não foi ao encontro de Jesus, não se vê ele orando e pedindo perdão pelos pecados que ele cometeu e, diga-se de passagem foram muitos. Textos anteriores registrados pelo próprio Lucas mostram que ele estava perseguindo cristãos, se fez presente e consentiu na morte de Estevão, o primeiro mártir da igreja. Saulo perseguia a igreja, prendendo e espancando todo cristão que encontrasse na sua frente. Literalmente era o “missionário da perseguição”, pois era nítido que ele queria destruir o cristianismo e se opunha fortemente a Deus (At 7.59; 8.1-3; 9.1-2)

Fica claro de enxergar que pelo currículo de Paulo, pelas circunstâncias que antecederam sua conversão, sem sombras de dúvidas, tem-se aqui a grande vitória da graça de Deus sobre um homem em sua mais profunda miséria espiritual. Ou seja, independente da miserável situação que o homem esteja vivendo, a graça de Deus quebra todas as barreiras espirituais e triunfa soberanamente. Reflita!

“não é este o que perseguia?”(At 9.21). Essa era  a indagação cheia de dúvida de todos os que não só o conheciam no passado, mas também de quem o ouvia anunciar Jesus. Paulo era a carta viva, sua presença era a prova da própria transformação. Por onde passava, ele carregava a  mensagem da graça, do amor  e da misericórdia de Deus. Sua mensagem de salvação era pontual e eficaz justamente por estar sustentada pelo testemunho de quem viveu o milagre da conversão. Noutras palavras, Paulo atraía as pessoas pela mudança que era visível a todos. De quem era agressivo, brotavam palavras de amor e de bondade (1 Co 13.1-8). A conversão de Paulo gerou nele um novo governo de vida, estabeleceu comunhão com igreja e fechava com o seu testemunho pessoal. Ou seja, tanto naquela época como nos dias atuais, conversão é uma mudança radical, a gestão pessoal sai de cena e entra o governo espiritual. Guarde isso!

Entenda bem que não existia nada bom em Paulo que pudesse atrair a presença de Jesus. Ele prendia, zombava de Deus, era um perseguidor implacável e mesmo assim Jesus foi ao encontro dele. De forma idêntica, também não existe nada bom em milhares e milhares de pessoas mundo afora, afastados de Deus, escravos do diabo, agressivos, imperfeitos, rebeldes, desobedientes e levando a chamada vida loka. Para essas pessoas, em suas agendas não há espaço para Deus, todavia, assim como Jesus estendeu a mão e sua voz ecoou no coração dele, compreenda que essa mesma graça que foi ao encontro de  Paulo, pode também alcançar centenas de milhares de pessoas.

Considere que Paulo estava longe, mas Cristo o alcançou. Portanto, creia que independente da distância que homens e mulheres estejam de Deus, independente do passado e da biografia, existe um caminho para a salvação e este caminho passa necessariamente pela cruz. Ou seja, a cruz não é uma opção como muitos dizem por aí, nem uma alternativa na visão de muita gente. A cruz de Jesus é uma necessidade porque somente ela tem poder para triunfar sobre as distorções da vontade humana. Resumindo: a cruz representa o êxito do amor de Deus sobre o orgulho e o fracasso do homem. Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 368 vezes Última modificação em Segunda, 31 Janeiro 2022 14:57
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