Sábado, 08 Outubro 2022 18:03

PAZ

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PAZ

E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada…” (Ex 16.35).

 

Não existem dúvidas que Moisés foi mesmo o autor do livro de Êxodo, aliás, Moisés escreveu cinco livros, Gêneses, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio, que juntos formam o que os estudiosos denominam de Pentateuco. A narrativa em Êxodo está centrada na libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e sua caminhada para as terras de Canaã. Ambientando a passagem acima, tem-se que o povo caminhava pelo deserto e a fome chegou. Sem comida, o povo reclamou e Deus os atendeu mandando um alimento que descia do céu. Esse alimento ficou conhecido por maná e durante quarenta anos, todos eles foram saciados fisicamente, até que entraram nas terras da promessa (Ex 16).

Considere que tanto homens como mulheres podem enfrentar inúmeras situações desagradáveis. Atritos verbais, agressões físicas, privações, escassez, enfermidades e tantos outros eventos são comuns à existência humana. Ou seja, nem sempre a vida é uma completude de paz e harmonia, já que frequentemente as crises chegam sem aviso prévio.

Cronologicamente o povo de Israel estava caminhando no deserto há trinta dias (Ex 16.1; Nm 33.3) e neste curto espaço de tempo eles já haviam experimentado o sobrenatural de Deus em duas situações marcantes. A primeira obra foi o livramento quando passaram o mar Vermelho a seco e o exército Egípcio não teve a mesma sorte. A segunda vez que Deus marcou a vida daqueles peregrinos foi a transformação das águas amargas de Mara em águas potáveis. Portanto, num curto espaço de tempo eles não só conheceram o maravilhoso amor de Deus como já tinham presenciado estes dois eventos, mas um outro desafio se fez presente: a fome, a falta do alimento físico!

Compreenda que nos dias atuais, muitas pessoas podem se enxergar dentro de alguma situação caótica. E certamente que em todo o tempo o desafio é como se comportar quando essas crises chegam, quando as aflições se aproximam. Saiba que o homem, muito embora seja inteligente, ele possui a limitação de não saber os eventos do dia seguinte. Quando muito por meio de análises estatísticas, ele pode prever que algo acontecerá, todavia, nem sempre as previsões são acertadas. E sem saber os acontecimentos futuros, alguns se desesperam, outros perdem a esperança e tem aqueles que abrem a boca para reclamar, tal o nível de ansiedade e inquietação que inunda o seu coração (Ex 16.3).

Atente que saíram do Egito cerca de seiscentos mil homens, isso sem contar as mulheres e crianças e mesmo com a presença de Deus por meio da nuvem que os guiava durante o dia e iluminava o caminho a noite, assim que a fome deu as caras, eles entraram em ebulição, murmurando e criando um ambiente de desarmonia e insegurança. Era um caso típico de memória curta, já que dias antes Deus já tinha demonstrado seu poder de forma magnífica. Disso surge uma grande verdade para nossos dias: uma memória falha e imperfeita tem o poder de tornar homens e mulheres incapazes de vivenciarem o sobrenatural de Deus. Reflita!

Perceba que toda a congregação de Israel estava desesperada, inquieta e insegura, afinal de contas, eles estavam em pleno deserto e a necessidade mais básica do homem era uma triste realidade. Pode-se imaginar que um grito de fome de uma pessoa no meio daquela multidão, levou todos a gritarem pelo mesmo objetivo (Ex 16.2). Noutras palavras, a paz acabou quando a murmuração contaminou o povo e todos eles passaram a reclamar sobre a falta de comida com Moisés. O texto prossegue e Deus entrou com a providência, ofertando alimentação por quarenta anos, até o dia em que entraram nas terras de Canaã (Ex 16.35).

Transporte essa narrativa para os dias atuais e perceba que ainda existem pessoas com o mesmo comportamento dos personagens dessa história. A paz some quando surge algum incidente na vida e abrem a boca para reclamar e, o incrível é que não reclamam de si mesmos, mas elevam suas vozes contra Deus (Ex 16.9). Perceba que o ato de reclamar indica que homens e mulheres estão na verdade suspeitando de Deus, afinal, o pensamento dominante nas mentes humanas é que Deus, sendo todo poderoso, pode e deve resolver qualquer situação. Nesse sentido, o costume de reclamar acaba por roubar o entendimento das pessoas, cegando-as espiritualmente, pois, murmurando contra Deus, elas simplesmente deixam de ensinar sobre a provisão de Deus aos filhos, ou seja, a próxima geração já cresce num ambiente de alta insegurança espiritual, alimentada pela ansiedade dos pais. Reflita nisso!

Resumindo, em toda e qualquer situação, exalte o nome do Senhor, glorifique e adore. Assim fazendo, saiba que além de Deus vir a seu socorro, estará contribuindo para que as próximas gerações sejam conhecedoras de um Deus que não falha, não abandona e que promove a paz. Faça isso! Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 4350 vezes Última modificação em Sábado, 08 Outubro 2022 18:10
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