Sábado, 29 Julho 2023 18:56

FANTÁSTICO

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FANTÁSTICO

“se fosse profeta, sabia que essa mulher é uma pecadora(Lc 7.39)

O evangelista Lucas não esteve entre os doze discípulos de Jesus, mas segundo estudiosos e historiadores, é bem provável que ele estivesse entre os setenta discípulos de Jesus que saíram anunciando as boas novas do Evangelho na região da Palestina (Lc 9.1). Sabe-se que Lucas era amigo de Paulo com quem esteve nas viagens missionárias e dessas viagens, ele escreveu o livro de Atos dos Apóstolos, narrando como se deu o início da expansão da fé cristã no mundo de então e que se propagou por toda a Terra.

O contexto da narrativa diz que Jesus estava na casa de um fariseu e lá apareceu uma mulher que lavou os pés de Jesus com um perfume muito caro. Apontada pelo fariseu com uma mulher pecadora, ela saiu dali não só perdoada por Jesus como seguiu sua vida em paz (Lc 7.36-50).

Para muita gente é normal a doença da depressão e tantas outras doenças da alma. Para muita gente é normal ter noites e noites de insônia, como também é normal carregar as culpas do passado. Nesse sentido o que mais se enxerga são pessoas angustiadas e tristes, carregando grandes pesos e para essas pessoas essa situação tem sido o normal em suas vidas. É como se por fora  tudo estivesse perfeito, mas por dentro do peito existe muita confusão. São pessoas assim que precisam se livrar das culpas de eventos do passado e na vida cristã, não pode o cristão se acostumar com essas ditas normalidades.

Entenda que o judeu Simão fazia parte de um grupo religioso dentro do judaísmo, grupo esse conhecido por Fariseu. O normal deste grupo era fazer a rigorosa observação da lei mosaica, aplicando e lutando pelo seu formalismo. Pode-se afirmar que os fariseus se julgavam os guardiões do judaísmo e eram o grupo religioso que mais entendia  e estudava sobre a lei de Moisés. Rigorosos ao extremo, os fariseus lutavam para manter os costumes, as tradições e a religiosidade do judaísmo. Todavia, por aplicarem a lei e não enxergarem o espírito da lei, eram constantemente confrontados por Jesus e daí, quando encontravam com Cristo, eles vinham com perguntas tentando embaraçar o Mestre.

Nesse sentido, não era normal que um fariseu convidasse Jesus para comer  em sua casa. A presença de Cristo na casa de Simão era algo inusitado, assim, como foi inusitado também a presença de uma mulher que, intrusa no ambiente masculino, fez algo anormal: derramou ao pés de Jesus um perfume caro e seu ato fez com que Simão, fariseu extremado, adotasse a normalidade de desconfiar de Jesus, alegando que se fosse profeta, saberia que aquela mulher era uma pecadora, portanto, deveria ser desprezada aos olhos frios da lei mosaica.

Compreenda que a afirmativa de Simão, duvidando de Jesus era a sua normalidade, que por sinal encontra grande semelhança com a posição de muitos crentes nos dias atuais (Lc 7.39). Saiba que a crítica ácida de Simão em relação a Jesus se traduz na mesma desconfiança de muitos homens e mulheres cristãos, que mesmo conhecendo Jesus ainda carregam dúvidas em seus corações. Hoje tem sido normal as críticas em relação ao ambiente das igrejas, normal as críticas aos ministérios de louvor, normal as  críticas contra a liturgia e assim, pode-se rasgar uma infinidade de julgamentos ditos ‘normais’. Simão e sua postura ácida, representa o que existe de pior nas pessoas: a crítica dos que ainda não se converteram e se acham no direito de fazerem julgamentos dos  demais. São os perfeitos religiosos que advogam em causa própria. Reflita!

“Deus enviou a sua palavra e os sarou” (Sl 107.20). Noutras palavras, há um Deus que cura, há um Deus que tem sua normalidade em surpreender o homem e por meio de sua palavra traz a cura e a restauração. Portanto, creia que existe um Deus cheio de amor que tem prazer em redirecionar histórias e transformar vidas. Mas diante da normalidade das palavras azedas de Simão, Jesus respondeu declarando àquela mulher, que os pecados dela estavam perdoados e que ela devia seguir a vida em paz (Lc 7.48). Ou seja, diante do posicionamento normal do religioso Simão, a melhor resposta foi uma anormalidade aos olhos do próprio Simão. Enquanto um acusou (uma pecadora), o outo acolheu (teus pecado estão perdoados). Atente nisso!

Resumindo, Cristo demonstrou amor e graça apresentando o perdão que era e continua sendo o normal a todos. Portanto, caso um dia você decida fazer alguma crítica, considere a força da sua crítica convertida em misericórdia e amor ao criticado! Seria algo fenomenal, fantástico e digno de um verdadeiro cristão. Abraço grande.    

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 770 vezes Última modificação em Sexta, 04 Agosto 2023 18:38
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