Domingo, 06 Agosto 2023 10:39

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“Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica.” (Rm 8.33)

Não se sabe com precisão quando foi que começou a comunidade cristã na cidade de Roma, capital italiana. Alguns historiadores afirmam que ela foi estabelecida imediatamente depois do pentecostes, quando alguns judeus mudaram para Roma e lá plantaram a igreja cristã, mas independente da veracidade dessa informação, sabe-se que naquela cidade havia um grupo de pessoas que professavam a fé cristã e foi nesse sentido que o apóstolo Paulo escreveu a carta aos Romanos. Dentre as epístolas paulinas, Romanos é a carta que melhor exterioriza as grandes verdades cristãs sobre a redenção do homem, porquanto, longe e afastado de Deus. A carta aos Romanos ainda aborda grandes doutrinas do cristianismo, como a justificação dos pecados, a graça de Deus, o pecado como ofensa a Deus, a lei, a justiça, a salvação, as obras e a santificação, dentre outras.

Contextualizando o versículo acima, tem-se que ao homem, enquanto pecador e constantemente acusado pelo seu pecado, encontra em Deus a reconciliação, numa clara demonstração do amor de um Deus que não somente aceita o homem, mas também o justifica e o defende diante de seus acusadores (Rm 8.28-34). Ou seja, Deus é o protetor,

Uma cena típica dos tribunais do poder judiciário são os debates. Os atores deste tribunal são o advogado, a acusado, as testemunhas, o acusador e o juiz. Eles  se reúnem para decidir sobre a conduta de alguém que violou alguma regra. Sem ater-se ao tipo da infração, veja que o tribunal se reúne para dar o veredicto e ao final,  o acusado recebe a sua sentença. O resultado pode até não agradar, mas trata-se de um ato soberano do juiz e deve ser acatado.

Considere que desde o Éden, o homem se afastou de Deus e mesmo assim o próprio Deus idealizou a reconciliação por meio do sacrifício de Jesus. Essa separação aconteceu por ato unilateral do casal Adão e Eva e embora muitos afirmem que Deus poderia evitar essa situação com base na sua onisciência (atributo divino), tem-se que a transgressão se realizou dentro da liberdade que o mesmo Deus concedeu ao homem, desde a sua criação. Ou seja, o homem tem plena liberdade de fazer suas escolhas, tanto para o bem como para o mal e dessas  escolhas virão os respectivos resultados, bons ou ruins (Gl 6.7).  Noutro lado, Deus jamais abandonou o homem à sua própria sorte e nem o rejeitou, até porque, caso isso acontecesse, o mal dominaria o mundo e Deus não seria Deus. O mal existe, mas Deus o limita com seu poder, dando provas e testemunhos de suas ações por meio de inúmeras realizações (At 14.17). 

No contexto das ações de divinas, atente que Jesus escolheu soberanamente os seus discípulos. Importante saber que haviam diversas pessoas na mesma época e pode-se dizer que teoricamente até mais capacitadas, todavia, Jesus chamou os que ele mesmo quis, portanto, as escolhas foram realizadas num ato soberano de Cristo (Mc 3.13-15). Sobre os métodos das curas e milagres, perceba que os evangelhos mostram que essas operações de Jesus variavam constantemente, ora ele curava a distância, ora impunha as mãos, ora tocava nas pessoas e outra, Jesus chegou a cuspir no solo e passar o barro da saliva nas pessoas e eles receberam a cura. Fácil perceber que a metodologia utilizada por Jesus nas curas era variada, mas tudo dentro da sua soberania e livre decisão. Pense nisso!

Nesse sentido, considere que diante de uma sociedade complexa e altamente competitiva e a grosso modo, é visível que todos vivem competindo contra todos e uma das maneiras de tirar alguém do páreo é acusá-las, condenando-as antecipadamente. Espiritualmente acontece a mesma coisa, pois a principal estratégia de Satanás é fazer acusações contra as pessoas e assim mantê-las aprisionadas e incapazes de reagir e viver uma vida em paz. Sem uma defesa eficiente, a acusação vai prosperar. Pense nisso!

Certa ocasião, após Jesus ouvir uma acusação de um fariseu contra uma mulher, apontada por este como pecadora, não só a perdoou como ordenou que ela seguisse a vida em paz (Lc 7.50). Certamente que o ato deliberado de Jesus em defender e apresentar o perdão a uma mulher que nem era considerada pela sociedade, desagradou os presentes, entretanto, ela saiu do ambiente e seguiu e vida em paz. Evidente que o peso da declaração de Jesus, justo advogado, teve mais valor do que as declarações dos acusadores (Rm 8.33). Jesus agiu soberanamente, sem dar satisfação aos presentes. Reflita nisso!

Nesse sentido, processar mentalmente e aceitar no coração os atos soberanos de Deus nos dias atuais, tem sido difícil para muita gente que se acha perfeita em sua religiosidade e assim, essas pessoas não aceitam que outras pessoas sejam abençoadas, perdoadas, resgatadas dos vícios, das drogas e da vida maluca. Tem sido também difícil para muita gente aceitar que famílias desestruturadas que caminhavam para separações, sejam restauradas pela intervenção soberana de Cristo, justo advogado (1 Jo 2.1). Compreenda bem que as decisões de Deus, protegendo, resguardando e intercedendo em favor de muitos, podem eventualmente  não ser do agrado de muita gente, todavia, essas intervenções estão dentro de sua soberania. Noutras palavras, Deus decide e não precisa dar satisfação a ninguém. Também é importante saber que as intervenções de Deus não fazem distinção de pessoas pelo status, intelecto e/ou fonte de renda e muito menos faz distinção pela fisionomia, justamente porque as intervenções divinas se fundamentam no seu amor, que é linear a todos. Portanto, para viver em paz procure entender que Deus é justo juiz em seus atos. Combinado? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 729 vezes Última modificação em Quarta, 09 Agosto 2023 19:19
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