Terça, 02 Junho 2015 21:12

NEGLIGÊNCIA!

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NEGLIGÊNCIA!

“como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? A qual, tendo sido anunciada inicialmente pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram; Hb 2.3”.

 

A carta aos Hebreus não possui autoria definida. Estudiosos afirmam ser autoria de Paulo, alguns não concordam e apresentam argumentos que foi escrita por outros autores, todavia, o importante é que seu conteúdo foi divinamente inspirado.  A epístola mostra a importância da fé no processo de salvação do homem e narra de maneira inconteste três superioridades: a superioridade do Filho sobre os profetas, a superioridade do Filho sobre os anjos e a superioridade do Filho sobre o Pacto Mosaico (lei de Moisés).

O autor enfatiza a superioridade do cristianismo sobre o judaísmo, evidenciando a supremacia do sacrifício único e definitivo de Cristo sobre os sacrifícios levíticos, repetitivos e imperfeitos. No AT, o sumo sacerdote (homem pecador) era quem intercedia pelo pecador que buscava a purificação do seu pecado. Assim, cabia ao sumo sacerdote, realizar sacrifícios por dois, para si mesmo e pelo pecador. Cristo, o novo sumo sacerdote, perfeito e sem pecado fez um sacrifício único e verdadeiro.

No AT o homem se tornava escravo da lei mosaica e a salvação se baseava no cumprimento dessa lei (613 preceitos), divididos em mandamentos positivos e negativos.  Isso sem contar que os fariseus ainda inseriam submandamentos aos já citados mandamentos. Tem-se que a salvação era mesmo difícil de ser alcançada.

Com o sacrifício de Jesus Cristo, a salvação é pela graça, um ato que nós não merecíamos, mas Deus, por sua infinita misericórdia nos concedeu. Mas surge a questão: podemos perdê-la? Acredito que sim, diferentemente de outros pensadores.

Pode-se perder a salvação pela negligência, justamente quando a pessoa deixa de seguir os ensinamentos de Cristo e de guardar sua Palavra (Jo 14.23). Em vez de viver e andar em espírito (Gl 5.25), com sabedoria (Cl 4.5), a pessoa passa a caminhar pela carne (Rm 8.6) e ao seu bel prazer, contrariando evidentemente, os ensinamentos de Jesus.

Atitudes e comportamentos podem sim levar a perdição, pois os que se inclinam para a carne cogitam as coisas da carne, daí a afirmação que este é o caminho da morte e, obviamente, da perdição eterna (Mt 7.13). Infelizmente essa possibilidade de perder a salvação encontra-se aberta, e Satanás, inimigo de nossa alma, envida todos os esforços para convencer de quão bom são as coisas mundanas.

Tão grande salvação”! Certamente que o autor da carta aos Hebreus, maravilhado pela salvação somente pela graça de Jesus, não encontrou outro adjetivo para nomeá-la, senão afirmar que se tratava de uma “grande” salvação. Grande no sentido de ser eterna, duradoura, celestial!

Negligenciá-la significa que o pecado está recebendo prioridades em detrimento desta “grande salvação”. Diversos sermões e vários testemunhos confirmam a verdade das escrituras, todavia, as pessoas não dão o devido valor à vida eterna, esquecendo que a morte é certa para todos.

Comparativamente, a pessoa procura um médico, ele faz o diagnóstico e prescreve a receita. Nela diz como deverão ser tomados os medicamentos, o que pode fazer e o que não pode para se curar. Para ficar bom de saúde, a pessoa segue a receita médica sem negligenciar. Da mesma forma é nossa salvação, Cristo prescreve a receita: seus ensinamentos (Mt 28.20), sem negligenciá-los!

Pode-se argumentar que nos derradeiros dias de vida a pessoa clame por Jesus e será salvo. Sim, Jesus por sua misericórdia estenderá sua mão em favor do pecador, mas quem garante que você terá tempo para isso? “Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece” (Tg 4.14). Ninguém possui controle do minuto seguinte de sua vida.

Paulo ensina que:“Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais.”(1 Ts 4.). Amém?

Jesus Cristo, Filho de Deus os abençoe.

 

Milton Marques de Oliveira

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