Quarta, 10 Junho 2015 22:01

SINCERIDADE

Escrito por
Avalie este item
(6 votos)

SINCERIDADE

“O amor seja não fingido.. Rm 12.9”

A carta aos Romanos tinha como objetivo mostrar a intenção de Paulo em fazer uma visita à igreja situada em Roma e comunicar àqueles irmãos as doutrinas da graça reveladas à Paulo. Essa carta, destinada aos cristãos que moravam na cidade de Roma foi ditada por Paulo e quem escreveu foi Tércio (Rm 16.22), um dos colaboradores do Apóstolo. Era comum naquela época a existência dos copistas, pessoas que se dedicavam a árdua tarefa de escrever os ditados de outrem.

No capítulo 12, do versículo 9 ao 16, temos um bloco de versículos que aborda a vida do cristão e seu relacionamento com os demais integrantes da congregação, mas abarca também  o relacionamento com os não crentes, até mesmo para servir de porta de entrada para aqueles que ainda não professavam sua fé em Cristo Jesus (Rm 12.14).

Tem-se que a sinceridade deve ser vista como uma característica implícita a todo cristão. É difícil compreender que o crente, pessoa transformada, fiel a Deus, esperançoso das promessas e cujo corpo é santuário do Espírito Santo (1 Co 6.19), não seja sincero em seu viver. Sinceridade significa que a pessoa é sempre a mesma, ou seja, ante todas as situações, ela permanece com o pensamento de ser verdadeira, refletindo a integridade que brota de seu coração.

O Apóstolo Paulo quando abordou esse assunto em sua carta aos Romanos, já sabia que os relacionamentos entre as pessoas deviam ser recheados pela honestidade, não fingido, mas permeado pelo amor, uma vez que sem amor de nada valem as boas intenções, as boas vontades e até mesmo a prática da caridade. Sem amor sincero, extraído do fundo do coração, as obras são vazias.

O fingimento é descoberto quando as ações não se alinham com os discursos, e isso vira um problema, pois a credibilidade da pessoa se perde e a mentira se impõe. A sinceridade deve ser uma característica invariável na vida, até mesmo para servir como modelo de cristãos verdadeiros, cumpridores dos ensinamentos deixados por Jesus Cristo.

A carta do apóstolo João adverte o crente e o tacha de mentiroso, quando este diz amar a Deus, mas odiar seu irmão (1 Jo 4.20). Jesus falando aos judeus ensinou que o Diabo é o pai da mentira (Jo 8.44) e é evidente que nenhum cristão quer ter o Diabo como pai. A mentira não faz parte do vocabulário do cristão que guarda a Palavra (Jo 14.23) e só diz a verdade (Ef 4.25).

Há diversos registros da sinceridade na Bíblia. Jesus, nos momentos que antecederam sua morte, foi sincero quando manifestou publicamente que o Pai o desemparara (Mc 15.34). Pedro, mesmo advertido foi sincero quando negou a Jesus (Mt 26.69-75). Jeremias quando chamado por Deus, disse não saber falar (Jr 1.6). Moisés, embora comissionado por Deus para conduzir a saída do povo do Egito, foi sincero quando disse não ter eloquência ( Ex 4.10) e há diversos outros exemplos de personagens bíblicos que foram sinceros, tanto nas palavras como no agir.

Deus nos conhece pelo nome, conhece nosso coração (1 Sm 16.7d) e conhece o nosso pensamento  (Sl 139.23-24), portanto, não existe nenhuma razão para hipocrisia, fingimentos e mentiras. Pode-se até enganar as pessoas aqui na terra, mas a Deus ninguém engana (Gl 6.7). Amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Ler 1583 vezes Última modificação em Quarta, 10 Junho 2015 22:10
Mais nesta categoria: « NEGLIGÊNCIA! CULPA DE QUEM? »

PUBLICIDADE