Quarta, 03 Fevereiro 2016 20:54

VIVER EM PAZ

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VIVER EM PAZ

“e ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente;” (2 Tm 2.24)

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas a Timóteo, um de seus colaboradores mais próximo, e segundo os estudiosos, ambas as cartas foram escritas quando já se aproximava o martírio desse grande doutrinador do cristianismo (2 Tm 4.6). Consta que a primeira carta foi escrita nos idos de 64 d.C., e a segunda por volta de 67 d.C., e são conhecidas por cartas pastorais pelo conteúdo instrutivo que o apóstolo dedicou a Timóteo.

Praticamente todo o capítulo dois dessa segunda carta é uma aula sobre como deve o cristão se comportar para ser aprovado por Cristo. Escrita no século I de nossa era, essa epístola foi ao encontro de pessoas que enfrentavam grandes dilemas para sustentar a fé cristã. A igreja ainda estava em formação, haviam muitas perseguições tanto do império romano como dos judeus que tinham o cristianismo como inimigo. Este era o cenário daquela época.

Veja que a sociedade atual passa por momentos conturbados, a descrença cresce a olhos vistos, a prática de atos violentos nem é mais surpresa para ninguém, a perda de autoridade de maneira geral é gritante e nesse ambiente, conflitos de toda ordem reinam soberanamente. Todos conhecem alguma história onde alguém discutiu, desentendeu, brigou e num ato mais extremado, tirou a vida do próximo. Até mesmo nos ambientes familiares onde a paz deveria reinar, ela tem perdido espaço para as brigas.

Paulo ensina que o cristão deve fazer todo o possível para viver em paz com os demais, inclusive com os irmãos da igreja (Rm 12.18). Essa possibilidade de uma relação pessoal de paz decorre em conhecer, compreender e aprender que as pessoas são diferentes uma das outras e veja bem, sempre partindo de nós para os outros. Perceba que o apóstolo Paulo não se dirige ao outro da relação, mas a nós, que somos o destinatário de seu escrito. Ou seja, atente que a paz entre as pessoas não depende do outro, mas de nós.

A bíblia em si é cheia de ensinamentos mostrando que o cristão deve levar sua vida pautada em um comportamento tal que o torne referência para os demais (Ti 3.2). Perceba que os dias atuais são maus e a todo instante o diabo aparece com ofertas sutis, visando desviar o cristão dos caminhos retos (Ef 4.27). E uma das estratégias do inimigo é atrapalhar as relações pessoais, tanto as de âmbito familiar como os demais relacionamentos que mantemos com os vizinhos, com os colegas de trabalho e amigos.

Nos evangelhos há o registro de um momento de ira do Mestre no templo em Jerusalém. Observe que essa ira de Jesus foi decorrente da exploração daquele espaço por judeus inescrupulosos como ponto de exploração das pessoas (Jo 2.13-15), ou seja, o zelo pelo santuário do templo havia sido abandonado. Veja que esse momento de ira do Mestre era a perfeita e justa indignação de Deus e não pode ser comparada com a raiva do homem, notadamente essa raiva que a gente lê nas páginas policiais, sustentada pela vontade da carne.

Entenda que não devemos entristecer o Espírito Santo com comportamentos inapropriados (Ef 4.30). O coração do cristão deve ser um local de amor e de sentimentos bons, sem sinais de contendas, de maneira que o Espírito Santo encontre prazer em nele, fazer morada (1 Co 6.19).

Compreenda que Deus transforma e ensina seus filhos a terem uma vida de longanimidade, ou seja, uma vida que mesmo transitando nos limites da tolerância humana, seja repleta de paciência e amor ao próximo. Entenda que devemos imitar a Deus, que não falha e está sempre pronto a perdoar seus filhos (Ef 5.1). Saiba que Deus coloca as pessoas em nossa vida, tanto para uma oportunidade de crescimento espiritual como, evidentemente, para fazermos um bom teste de convivência cristã, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

 

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