Terça, 09 Fevereiro 2016 12:41

DEUS SABE

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DEUS SABE

“...o homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1 Sm 16.7b) 

 

Este versículo se encontra no contexto da escolha de Davi como rei de Israel, e esta escolha não teria como critério a aparência física. Esta é uma das mais claras demonstrações que o homem enxerga o exterior, porém o Senhor vê o coração. Veja que muitos frequentam uma igreja, são atuantes na obra, possuem ministérios, são cantores (o conceito de Levita é outra coisa), mas como identificar uma pessoa tida pelos seus amigos e colegas como “espiritual”? Quais seriam esses indicadores? Seria o número de vezes que faz orações? Seria a fidelidade no dízimo ou a frequência aos cultos? Seria o corte de cabelo ou seriam as roupas que usa ou as que deixa de usar?

Infelizmente, a definição de espiritualidade muita das vezes reflete somente a perspectiva humana, o exterior da pessoa, sempre visto e analisado pelo outro, mas nunca o coração, justamente por onde fluem todas as palavras que saem da boca (Pv 4.3). Evidente que não se trata aqui do coração, órgão do corpo humano, mas de onde brotam os sentimentos e as emoções humanas. Alguns medem a espiritualidade pelos atos religiosos, pelas obras praticadas ou pelo conhecimento das escrituras que alguém possui. Tem-se diversos exemplos de pessoas tidas como altamente sábias nas sagradas escrituras que vez por outra é apanhada falando heresias. Outros, mais tarde chegam mesmo a se afastar da fé. Todavia, tudo isso não são parâmetros suficientes para conhecer o coração de ninguém.

Nas redes sociais com muita frequência temos “curtidas e comentários” com as frases “homem e mulher de Deus”. Tem-se questionáveis os critérios utilizados para proferir estes comentários, se é que eles existiram mesmo para essa afirmação. Se não existiram, foram escritos para agradar, a título de gentileza.

Compreenda que o parâmetro utilizado por Deus é diferente. Deus não analisa as roupas, a religiosidade e nem os rituais. Deus emprega métodos mais profundos e mais precisos, auscultando o coração mais contrito e quebrantado (Sl 51.17).  Veja que Deus é profundo conhecedor do nosso coração! E parte dos equívocos humanos encontra-se na palavra “religião”, que traz a ideia de “religar-se” a um deus. Esse religar é uma tarefa impossível para o homem através do seu próprio esforço e dada sua natureza má. Por meio do pecado original, já nasceu pecador e afastado de Deus (Rm 3.23).

Nosso Senhor é o único Deus verdadeiro e capaz de estender os braços o suficiente para atrair o homem para si por meio do sacrifício vicário de Jesus na cruz do Calvário. Perceba que embora o homem tenha o livre arbítrio, quem atua na conversão é o Espírito Santo, mostrando o quanto somos falhos e necessitamos de perdão e libertação (Jo 16.7-8). Somente o Espírito Santo é capaz de transformar um coração duro e desobediente, em um coração sincero e quebrantado. Somente ELE pode mudar e transformar o homem! A conversão a Jesus Cristo é o começo, mas ainda é preciso algo mais.

É preciso a prática da vigilância para não se conformar com o relativismo e os conceitos modernos deste mundo e ter um novo entendimento pelo poder do Espírito Santo (Rm 12.2). Importante amar a verdade (Jo 14.6), zelando para que as “meias verdades” não causem influências negativas. Entenda que os sentimentos e as emoções do cristão não podem ser corrompidos por conceitos subjetivos do mundo em si.

De nada adiantam os rótulos de “homem e mulher de Deus” se não houver em contrapartida uma vida cristã verdadeira. Dentre as advertências aos fariseus e aos escribas, Jesus os chamou de sepulcros caiados, ou seja, diante de seus semelhantes o exterior estava limpo e sumamente belo, mas interiormente não era a mesma coisa, havia sujeira e imundícies (Mt 23.27-28).

Compreenda que a maturidade cristã é um processo contínuo de eterna vigilância no sentido de cuidado, de zelo, proteção e resguardo da doutrina cristã. Implica necessariamente num comportamento diferenciado, numa postura tal que reflita aos outros, um coração puro e transformado por Cristo.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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