Quarta, 19 Outubro 2016 12:28

JUSTIÇA

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JUSTIÇA

 

“Ele mesmo julga o mundo com justiça; governa os povos com retidão”.  (Sl 9.8)

 

Os salmos são escritos em forma poética e apontam para o louvor, adoração e exaltação a Deus, sempre reconhecendo o poder, a soberania e acima de tudo a justiça divina. Davi foi o autor deste salmo e de tantos outros. Segundo estudiosos, dentre os 150 salmos registrados na Bíblia, Davi teria escrito mais de 70, sempre mostrando determinadas circunstâncias que vivenciou.

“Ele mesmo julga o mundo com justiça”, ou seja, é Deus quem governa e não delega o ato de julgar a homem nenhum. Deus governa o mundo sem pender politicamente para um lado ou para outro. Saiba que muitos, inclusive cristãos, ainda não compreenderam exatamente sobre essa aplicação da justiça divina, e não entendendo-a, acabam por levarem uma vida comportamental e espiritual, que em vez de aproximá-los de Deus, infelizmente os afasta. E distanciando-se de Jesus, apartam-se simultaneamente também da promessa de vida eterna (Hb 2.1-3). Reflita!

Muito provavelmente você já deparou com conhecidos e até mesmo familiares que dizem estar tudo indo maravilhosamente bem em suas vidas. E cremos que esteja mesmo, todavia, de maneira contrária há aqueles que não se cansam de dizer que tudo vai mal ou que nada dá certo. Essas pessoas parecem viver continuadamente insatisfeitas e não perdem ocasião para demonstrar seu descontentamento. Saiba que dentre essas pessoas insatisfeitas, algumas delas culpam Deus pelos seus fracassos e seus insucessos, esquecendo que muitas das vezes elas contribuíram para o resultado de seus atos. Preferem encontrar um culpado a assumir responsabilidades, ou seja, plantaram espinhos e estão colhendo espinhos e não poderia mesmo ser diferente (Gl 6.8). Pense nisso!

Compreenda que Deus é absolutamente justo, toda sua essência moral é perfeita e por ser um Deus zeloso e imparcial, evidencia toda perfeição no seu agir (Mt 5.48). Lembre-se que Moisés, embora conduzisse um povo rebelde, declarava a fidelidade de Deus e testificava que as obras divinas eram perfeitas, que os caminhos de Deus eram justos e que o Senhor não cometia erros (Dt 32.4). Lembre-se ainda de todas as dificuldades e aborrecimentos que os hebreus causaram na longa viagem do Egito para Canaã e não esqueça também que Deus sempre dava a justa retribuição pelo comportamento daquele povo. Como você sabe, nem mesmo Moisés, o grande líder escapou da justiça divina (Nm 20.8-11; Dt 34.1-4)

Saiba que todas as pessoas vivem debaixo de uma autoridade. Ou sob a autoridade de Deus ou sob a autoridade de Satanás, e saiba também que não existe uma autoridade intermediária. Caso a escolha tenha sido a de ficar sob o domínio de Satanás, não há o que falar, mas se a escolha foi sob a autoridade de Deus, então entenda que o governo de Deus tem sua primazia na obediência, na submissão e na fidelidade. Atente nisso!

“Deus retribuirá a cada um segundo o seu procedimento” (Rm 2.6). Palavras do apóstolo Paulo quando escreveu aos Romanos, ensinando-os sobre a justiça de Deus na sua forma de distribuir bênçãos ou indignação e ira divina, conforme o merecer de cada um. De maneira igual, o profeta Isaías profetizou a indignação divina contra Jerusalém por causa do pecado, conclamando o povo a não pecar (Is 3.1-15). Séculos mais tarde, o discípulo Pedro manifestou-se sobre a imparcialidade da justiça de Deus, ou seja, ela é aplicada a todos, indistintamente (1 Pe 1.17). Perceba, portanto, que para Deus que é moralmente santo e justo, é inconcebível abençoar uma pessoa que paute sua vida na desobediência aos seus mandamentos ou que seja cúmplice com o pecado. Reflita nisso!

Entenda que Deus aplica sua justiça condicionando àqueles que lhe são fiéis. Deus manifesta isso de forma muito clara, como bem evidenciou Jesus sobre o julgamento das nações em sua segunda vinda, quando os fiéis - a condição - receberão como herança o reino de Deus “ o qual vos foi preparado desde a fundação do mundo” (Mt 25.34). Sobre esta condicionante, Paulo ensina que a condição para fazer jus a esta herança é perseverar em fazer o bem, procurando glória, honra e incorrupção (Rm 2.7). Resumindo, fuja do pecado e sujeite-se a Deus (Tg 4. 7).

Lembre-se, Deus não mente e nem volta atrás. Tanto nas promessas como na aplicação da justiça divina predomina a retidão, ou seja, a palavra de Deus é sim, sim e não, não (2 Co 1.20). Assim sendo, compreenda hoje a importância de saber que Deus aplica sua justiça a toda a humanidade sem política, sem esquemas e sem conchavos. Aproveite e veja a retidão da justiça divina como oportunidade para se conduzir numa vida terrena pautada nos princípios cristãos vivendo dignamente, obedecendo, honrando e louvando ao Senhor de todo o seu coração, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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