Quarta, 22 Fevereiro 2017 12:49

ANDRÉ

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ANDRÉ

"...Achamos o Messias, isto é, o Cristo." (Jo 1.41)

 

            O quarto evangelho foi escrito pelo discípulo João e diferentemente dos evangelhos sinóticos, ele relata diversos eventos que não estão inseridos em Mateus, Marcos e Lucas. João é também conhecido como o discípulo que esteve sempre próximo a Jesus e em todo seu evangelho, ele fala muito sobre a divindade e o lado espiritual de Cristo. Ou seja, o evangelho de João diz bastante sobre o filho de Deus que se fez homem, morreu pelos pecados de todos, ressuscitou e breve voltará para buscar sua igreja (Jo 14.2-3).

O versículo acima está dentro do contexto da chamada dos primeiros discípulos de Jesus. André era discípulo de João Batista, todavia, quando o mesmo João se referiu a Jesus como o cordeiro de Deus, despertou em André o forte desejo de seguir o Mestre (Jo 1.29). Perceba que ele seguia João Batista, mas foi atrás de Cristo. E ele não só seguiu Cristo como convidou Simão, a quem Jesus deu o nome de Cefas, isto é, Pedro (Jo 1.42).

Veja que muitas pessoas passam por adversidades e só querem um pouco de atenção, de uma conversa ou mesmo de um abraço. Outros gostam de falar de seus problemas, gostam de expor suas incertezas, suas dúvidas e precisam que outras pessoas lhe deem atenção. Toda essa vontade de conversar sobre seus problemas faz parte da natureza humana.

Neste contexto, observe que vivemos num mundo onde predomina o egoísmo, a arrogância e a indiferença entre as pessoas, inclusive entre familiares. Por mais que sejam veiculados programas sociais de ajuda ao próximo, de melhorias nos relacionamentos sociais e de auxílio aos menos favorecidos, atente que estes programas não conseguem dar uma solução definitiva na vida cotidiana das pessoas, tal a indiferença que teima em não sair do coração das pessoas.

Compreenda, pois a urgência em deixar de lado as boas intenções, os aplausos, as congratulações, os tapinhas nas costas, a hipocrisia e efetivamente colocar a mão na massa e fazer algo de bom para as pessoas. Foi com este pensamento que se percebe o comportamento e as atitudes do discípulo André, que saiu do campo das boas intenções para efetivamente realizar algo em prol dos demais. Pense nisso!

André chamou seu irmão Pedro e disse ter encontrado o Messias. Era mesmo um grande achado e ainda mais com o aval de João Batista que vinculou Jesus como o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo (Jo 1.36). Tudo isso levou André a dar esta notícia a Pedro e convidá-lo, sem perda de tempo para seguir o mesmo caminho.  Isso mostra a diferença para os dias de hoje, quando muitos encontram Jesus, mas são incapazes de apresentá-lo a seus familiares e amigos.

Veja que André em nenhum momento, em nenhum instante demonstrou o egoísmo em ter Jesus só para si. Aliás, nos dias atuais é visível que muitos ainda pregam a exclusividade de Jesus, principalmente quando alardeiam que Cristo somente pode ser adorado em determinados lugares ou que curas, milagres e transformações só acontecem em certos ambientes. Mesmo sendo irmão carnal de Pedro, André poderia se deixar levar pelo orgulho, pela indiferença e não falar a Pedro sobre Jesus, mas ele não fez isso. André, mesmo sem dar conta, já demonstrava a visão de reino, de compartilhamento e de amor. Reflita isso!

Reconheça nos dias atuais, uma crescente onda competitiva que conduz as pessoas a não compartilharem nada com o próximo. Desde cedo as crianças são ensinadas a serem competitivas, disputando brinquedos, disputando posição em quase todos os eventos que participam e quando adultas se tornam indiferentes com o próximo. Desde pequenas foram ensinadas a terem o espírito competitivo de não compartilharem nada!

É visível que André gostava de solucionar e levar as pessoas até Cristo. Como o nome de Jesus foi sendo conhecido no mundo de então, uns gregos que estavam em Jerusalém, desejaram ver o Mestre e mais uma vez, André agiu de maneira objetiva para concretizar este encontro (Jo 12.20-22). Quando Jesus alimentou cinco mil pessoas, foi novamente André quem apresentou o rapaz que tinha os cinco pães e os dois peixinhos (Jo 6.8-9). André era um facilitador, era o discípulo que levava as pessoas a Jesus e isso demonstra sua generosidade em compartilhar o “bem” que Jesus fazia e transmitia às pessoas. Entenda que como bom evangelista, seu irmão carnal, o discípulo Pedro foi seu primeiro fruto.

Sutilmente, André ensina que para conduzir as pessoas até Cristo não é necessário muita coisa, basta apenas saber compartilhar. Veja nos dias atuais, a existência de muitos cristãos sem ânimo e sem coragem para trazerem seus familiares, amigos e colegas à presença de Cristo. Você já sabe, mas não custa lembrar que somente Jesus é quem liberta (Jo 8.32), cura (Mt 4.23-24), transforma (Rm 12.2), perdoa os pecados (1 Jo 1.9), salva (Lc 19.10) e somente Jesus pode dar a vida eterna (Jo 3.16). Discípulo André, um bom referencial missionário, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira – Pr

Ler 1258 vezes Última modificação em Quarta, 22 Fevereiro 2017 13:11
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