Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 11 Outubro 2022 22:54

11/10/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Sábado, 08 Outubro 2022 18:03

PAZ

PAZ

E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada…” (Ex 16.35).

 

Não existem dúvidas que Moisés foi mesmo o autor do livro de Êxodo, aliás, Moisés escreveu cinco livros, Gêneses, Êxodo, Levíticos, Números e Deuteronômio, que juntos formam o que os estudiosos denominam de Pentateuco. A narrativa em Êxodo está centrada na libertação do povo de Israel da escravidão no Egito e sua caminhada para as terras de Canaã. Ambientando a passagem acima, tem-se que o povo caminhava pelo deserto e a fome chegou. Sem comida, o povo reclamou e Deus os atendeu mandando um alimento que descia do céu. Esse alimento ficou conhecido por maná e durante quarenta anos, todos eles foram saciados fisicamente, até que entraram nas terras da promessa (Ex 16).

Considere que tanto homens como mulheres podem enfrentar inúmeras situações desagradáveis. Atritos verbais, agressões físicas, privações, escassez, enfermidades e tantos outros eventos são comuns à existência humana. Ou seja, nem sempre a vida é uma completude de paz e harmonia, já que frequentemente as crises chegam sem aviso prévio.

Cronologicamente o povo de Israel estava caminhando no deserto há trinta dias (Ex 16.1; Nm 33.3) e neste curto espaço de tempo eles já haviam experimentado o sobrenatural de Deus em duas situações marcantes. A primeira obra foi o livramento quando passaram o mar Vermelho a seco e o exército Egípcio não teve a mesma sorte. A segunda vez que Deus marcou a vida daqueles peregrinos foi a transformação das águas amargas de Mara em águas potáveis. Portanto, num curto espaço de tempo eles não só conheceram o maravilhoso amor de Deus como já tinham presenciado estes dois eventos, mas um outro desafio se fez presente: a fome, a falta do alimento físico!

Compreenda que nos dias atuais, muitas pessoas podem se enxergar dentro de alguma situação caótica. E certamente que em todo o tempo o desafio é como se comportar quando essas crises chegam, quando as aflições se aproximam. Saiba que o homem, muito embora seja inteligente, ele possui a limitação de não saber os eventos do dia seguinte. Quando muito por meio de análises estatísticas, ele pode prever que algo acontecerá, todavia, nem sempre as previsões são acertadas. E sem saber os acontecimentos futuros, alguns se desesperam, outros perdem a esperança e tem aqueles que abrem a boca para reclamar, tal o nível de ansiedade e inquietação que inunda o seu coração (Ex 16.3).

Atente que saíram do Egito cerca de seiscentos mil homens, isso sem contar as mulheres e crianças e mesmo com a presença de Deus por meio da nuvem que os guiava durante o dia e iluminava o caminho a noite, assim que a fome deu as caras, eles entraram em ebulição, murmurando e criando um ambiente de desarmonia e insegurança. Era um caso típico de memória curta, já que dias antes Deus já tinha demonstrado seu poder de forma magnífica. Disso surge uma grande verdade para nossos dias: uma memória falha e imperfeita tem o poder de tornar homens e mulheres incapazes de vivenciarem o sobrenatural de Deus. Reflita!

Perceba que toda a congregação de Israel estava desesperada, inquieta e insegura, afinal de contas, eles estavam em pleno deserto e a necessidade mais básica do homem era uma triste realidade. Pode-se imaginar que um grito de fome de uma pessoa no meio daquela multidão, levou todos a gritarem pelo mesmo objetivo (Ex 16.2). Noutras palavras, a paz acabou quando a murmuração contaminou o povo e todos eles passaram a reclamar sobre a falta de comida com Moisés. O texto prossegue e Deus entrou com a providência, ofertando alimentação por quarenta anos, até o dia em que entraram nas terras de Canaã (Ex 16.35).

Transporte essa narrativa para os dias atuais e perceba que ainda existem pessoas com o mesmo comportamento dos personagens dessa história. A paz some quando surge algum incidente na vida e abrem a boca para reclamar e, o incrível é que não reclamam de si mesmos, mas elevam suas vozes contra Deus (Ex 16.9). Perceba que o ato de reclamar indica que homens e mulheres estão na verdade suspeitando de Deus, afinal, o pensamento dominante nas mentes humanas é que Deus, sendo todo poderoso, pode e deve resolver qualquer situação. Nesse sentido, o costume de reclamar acaba por roubar o entendimento das pessoas, cegando-as espiritualmente, pois, murmurando contra Deus, elas simplesmente deixam de ensinar sobre a provisão de Deus aos filhos, ou seja, a próxima geração já cresce num ambiente de alta insegurança espiritual, alimentada pela ansiedade dos pais. Reflita nisso!

Resumindo, em toda e qualquer situação, exalte o nome do Senhor, glorifique e adore. Assim fazendo, saiba que além de Deus vir a seu socorro, estará contribuindo para que as próximas gerações sejam conhecedoras de um Deus que não falha, não abandona e que promove a paz. Faça isso! Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 04 Outubro 2022 23:36

04/10/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 02 Outubro 2022 10:32

PAIXÕES

PAIXÕES

“Como filhos da obediência não vos amoldeis às paixões que tínheis anteriormente na vossa ignorância” (1 Pe 1.14)

Pedro é o autor declarado de duas cartas, ambas escritas tendo como destinatários os novos convertidos ao cristianismo que passavam por situações de intensa perseguição religiosa em virtude de declararem sua fé em Cristo. Pedro foi discípulo e esteve muito próximo a Jesus, aprendendo todos os ensinamentos e mais tarde, aplicou estes ensinos na vida prática. Percebe-se nos dias atuais que a vida de Pedro é intensamente explorada nas reuniões mostrando seu lado temperamental, contudo, sua vida espiritual é mesmo modelo de transformação para muita gente.

Naquela época, muitas pessoas foram tocadas pelo Espírito Santo por meio das palavras dos discípulos de Jesus que cumpriam rigorosamente a ordem de irem pelo mundo de então, anunciando a salvação por meio da graça e do amor de Deus. Considere que os novos cristãos vinham de outras culturas, tinham hábitos e costumes que não coadunavam com os mandamentos de Deus, portanto, deveriam mesmo abandonar suas velhas práticas e suas paixões. Era essa a abordagem de Pedro (1 Pe 1.1-15).

Compreenda que toda mudança gera receio, medo e traz uma certa insegurança. Centenas de pessoas enfrentam essa sensação quando trocam de escola, outras quando trocam de local de trabalho, quando mudam de cidade ou quando deixam a vida de solteiro para a vida de casado, enfim, existem milhares de situações onde o novo deve ser enfrentado e o velho, simplesmente deixado para trás. É uma troca radical e muitas das vezes revolucionária, pense nisso!

Perceba nas entrelinhas que o apóstolo Pedro alimentava uma grande preocupação com os novos cristãos e essa preocupação tinha fundamento. Recém convertidos ao cristianismo, muitos deles eram perseguidos por sua fé em Cristo e somado á essa situação,  os familiares, amigos e a sociedade em geral, exerciam uma enorme pressão para que eles retornassem à vida de outrora, abandonando a fé em Cristo. Se nos dias atuais a decadência moral da sociedade assusta pelas suas práticas, creia que naquela época a situação não era diferente. Em todos os contextos narrados pela história secular da civilização a sociedade sempre teve um viés decadente, seja no campo moral, seja no campo educacional, na política, etc. Basta dar uma olhada na historia sobre as nações do mundo.

Atente bem os historiadores  mostram com muita evidência que os reis e rainhas, as autoridades e os governantes de outrora não eram pessoas tão éticas e nem tão corretas. As narrativas históricas das atividades governamentais mostram complôs, conchavos políticos, mortes e o amplo uso do poder para satisfações de suas paixões carnais. Pouco ou quase nada se progrediu em termos de evolução ética e moral quando se compara com os dias atuais. Ou seja,  a maldade humana continua  perdida em seus devaneios e impondo forte pressão naqueles que pensam diferente. Portanto, Pedro tinha muitas razões para se preocupar quanto às dificuldades dos novos cristãos em se manterem longe da cultura predominante e resistirem á pressão para largarem o cristianismo.

“Não vivais de acordo com as concupiscências  dos homens.” (1 Pe 4.2). O peso de pecar, de transgredir contra Deus era real e instruir aqueles irmãos como deveriam reagir diante da pressão cultural era o objetivo do apóstolo Pedro. Vindos do paganismo, vivendo uma vida maluca sem dar atenção a Deus e dentro de uma cultura que enfatizava a busca desenfreada pelos prazeres, era natural que eles pudessem vacilar e foi justamente aí que Pedro os adverte, a não darem créditos às suas paixões, paixões essas que outrora os dominava. Noutras palavras, eles deveriam demonstrar publicamente a mudança moral e espiritual aos familiares, aos amigos e principalmente a eles mesmos. Reflita!

Viver nos dias atuais é ser praticante da contracultura que reina absoluta em muitos ambientes. Basta olhar e sentir a confusão no cenário político que ainda teima em ter líderes e pessoas influentes envoltos em práticas imorais, seja de corrupção, de enriquecimento ilícito e desvios de recursos públicos. Isso sem falar nos ambientes familiares, nas rodas de amizades, na indústria e no comércio e nas relações pessoais, onde o engano, a fraude e a infidelidade são temas que, lamentavelmente, ocupam grandes espaços nos jornais e revistas.

“…aquilo que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7). Nas palavras do apóstolo Paulo, importante saber que Deus fará julgamento de tudo e aquele que plantar paixões infames e perversas, logicamente, que a colheita será de tempestade e tormentas. Em dias onde reina uma moralidade pequena e rasa, compreenda que temer a Deus e correr para longe do pecado é o desafio a ser vencido todos os dias. Portanto, fugir das paixões mundanas é viver blindado pela fé em Cristo das práticas perversas que assolam muitos corações, deturpam a mente e consequentemente trazem a perdição, tanto física como espiritual. Estamos entendidos? Um forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 27 Setembro 2022 22:49

27/09/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Sábado, 24 Setembro 2022 18:32

HOMICIDA

HOMICIDA

“Olhou para um lado e para o outro, para se certificar que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o corpo na areia para o esconder.” (Ex 2.12)

O livro de Êxodo narra a libertação e a caminhada do povo de Israel, do Egito para as terras de Canaã. Escrito por Moisés, o livro apresenta as dificuldades inerentes à  peregrinação em pleno deserto, mostra como Deus agiu de maneira sobrenatural em diversas ocasiões e sintetiza que mesmo diante da promessa de uma terra que seria dada, muitos israelitas tiveram em algum momento, o forte desejo de voltar ao Egito. Noutras palavras, por vezes a liberdade tem menor valor quando comparada com a  escravidão e a opressão. Pense nisso!

Contextualizando a passagem acima, tem-se que Moisés, então morador no palácio de Faraó, vislumbrou um egípcio espancando um de seus irmãos de sangue e isso o enfureceu a ponto de matar o agressor e esconder o corpo (Ex 2.11-12).

Considere que no mundo moderno, dentro do rígido sistema competitivo que estamos inserido, selecionar pessoas para atividades na indústria, no comércio ou na prestação de serviço é uma rotina complexa. Todos os candidatos são submetidos a uma filtragem, sempre dentro dos parâmetros que as empresas idealizam. Assim, os melhores são escolhidos e aos demais é ofertada a oportunidade de melhorar suas capacidades e concorrer noutra ocasião.

Historicamente tem-se que p povo israelita foi instalado no Egito devido uma grande seca nas terras de Canaã (Gn 46). E tudo começou com uma desavença familiar e José, filho de Jacó, então personagem dessa história passou por diversas situações. Seus irmãos tentaram lhe matar, depois foi vendido como escravo, no palácio de Faraó ele sofreu falsas acusações, esteve preso e na prisão  interpretou dois sonhos de pessoas distintas e acabou sendo alçado ao pomposo cargo de governador do Egito. Era um estrangeiro liderando uma nação que mais tarde viria escravizar seus compatriotas. Veja as voltas que o mundo dá.

No Egito o povo israelita cresceu numericamente a ponto de trazer incômodos e preocupações ao governo Egípcio. A promessa dada por Deus a Jacó passou a se cumprir e Moisés, então refugiado no deserto devido ao crime de homicídio, foi escolhido por Deus para conversar com Faraó e liderar a marcha da liberdade, em direção ás terras de Canaã (Gn 46.4).

Depois das negociações na saída do povo israelita do Egito, haviam cerca de seiscentos mil homens, sem contar mulheres e crianças, totalizando uma multidão que se aproximava de dois milhões de pessoas, com seus animais e carros de transporte (Ex 12.37). Compreenda ainda que nesse universo masculino de seiscentos mil homens, havia pessoas capacitadas, fortes e plenamente habilitadas a conduzir o povo na caminhada pelo deserto, todavia, o escolhido por Deus foi Moisés. Guarde isso!

Considere que no ambiente de contratações ao emprego, a análise do currículo dos candidatos é sempre bem vista e muito considerada. Se possui cursos, especializações, títulos, experiências e outros requisitos próprios na execução da tarefas. Tudo isso são critérios para apontar o vencedor e nesse sistema competitivo não há margem para indicações que fogem aos parâmetros que foram previamente estabelecidos.

Todavia, o currículo de Moisés indicava que ele era um homicida, era fugitivo, tinha deficiência na linguagem e mais, tinha uma idade muito alta para a missão. Resumindo: para os padrões humanos, ninguém iria selecioná-lo, haja vista suas credenciais não serem boas, afinal de contas, como colocar um assassino à frente de uma equipe, e ainda atuando como juiz das causas? Como colocar um fugitivo na liderança de um povo? Como dar voz de autoridade a um homem que se comunicava com dificuldade? Humanamente, ele seria contraindicado, com certeza. Incrível, mas Deus não só selecionou Moisés, como o direcionou em toda a jornada, estando com ele diuturnamente em todos os eventos. Reflita!

“Sou grato para com aquele que me fortaleceu, Cristo Jesus, nosso Senhor, que me considerou fiel, designando-me para o ministério, a mim, que, noutro tempo, era blasfemo, e perseguidor, e insolente. Mas obtive misericórdia, pois o fiz na ignorância, na incredulidade.” (1 Tm 1.12,13).  Traga isso para os dias atuais e perceba quanta semelhança com muita gente que, olhando o seu passado, se acham indignas de realizarem algo no reino de Deus. Saiba que é Deus quem capacita aqueles que ele mesmo convoca. Perceba que o apóstolo Paulo era portador de um péssimo currículo, e mesmo assim vivenciou o amor e misericórdia de Deus quando foi chamado de viva voz (At 9.1-17). Logicamente que Deus também convoca pessoas com um passado correto e limpo, entretanto, dentro da soberania do Criador, ele pode perfeitamente, chamar pessoas que se acham incapazes de exercer a tarefa proposta. Saiba que Deus nunca usou as qualidades humanas como indicadores para fazer cumprir seus ideais. Moisés, Jefté, Jeremias, Isaías, Pedro e tantos outros personagens são exemplos típicos, todos eles tinham suas deficiências e mesmo assim foram capacitados a serem instrumentos nas mãos de Deus.  Aliás, Deus nunca olha o homem ou a mulher pelo seu status, intelecto ou nível social, Deus olha pelo coração, pela obediência, pela ousadia e pela disposição em servir ao reino (Lc 1.38).

Resumindo, Deus não somente concede o perdão dos pecados, como dá a devida capacitação a todos para que a missão divina aqui na terra seja realizada. Entendes isso? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 20 Setembro 2022 23:28

20/09/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

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