Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 06 Dezembro 2021 10:38

HISTÓRIA

HISTÓRIA

“Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, a todos exilados que eu deportei de Jerusalém para a Babilônia” (Jr 29.4)

 

O profeta Jeremias viveu e profetizou em Judá, no século VII AC e é o autor  deste livro que leva o seu próprio nome. Sua vida é por demais conhecida dos estudiosos e suas profecias advertindo o povo  judeu de seu mau comportamento o levou a ser perseguido por aqueles que cabiam conduzir a nação judaica dentro dos parâmetros que Deus estabeleceu. Jeremias é também conhecido como o profeta chorão, era um patriota totalmente devotado e convicto ao seu chamado. É ainda de sua autoria o livro de Lamentações e uma profecia que ficou marcada em sua trajetória, foi o cativeiro e a libertação do povo judeu, citando inclusive o tempo exato da deportação (Jr 25.1-11).

O contexto dessa passagem está na chamada do profeta, que estando em Jerusalém alertava  seus compatriotas que estavam na Babilônia, longe de suas terras. Se para aquelas pessoas, Deus estava indiferente ao que eles estava vivenciando, Jeremias era aquele que enviava uma mensagem de esperança e de alento de que dias melhores viriam (Jr 29.1-14). Ou seja, Jeremias mostrava a eles que Deus não estava indiferente e apático, mas sabia da situação que eles estavam enfrentando. Entender no coração que Deus conhece todas as coisas é aumentar a esperança de uma providência divina, creia nisso!

Se existe algo nas relações humanas que causa dor e angústia é a indiferença e o descaso entre as pessoas. Além de ser comum nos dias atuais, são várias as causas deste comportamento, desde a correria do dia a dia até mesmo à pressa em resolver um milhão de coisas ao mesmo tempo. Perceba que nesse turbilhão de atividades quase não sobra tempo para dar atenção ás pessoas e isso complica um pouco mais quando nem todos os dias são favoráveis. Mas independente de dias bons ou não, a indiferença, o descaso, a falta de atenção e o descompromisso nas relações pessoais são mesmo sentidos por quem os sofre. Pense nisso!

A história mostra que o povo de Israel trilhou pelos caminhos da idolatria e da desobediência e mesmo advertidos por diversos profetas, não se voltou a Deus e disso resultou a justa retribuição pelos comportamentos errados. E foi assim que o inimigo, o povo caldeu, fez três incursões contra Jerusalém. Em cada ataque, os vasos e utensílios de ouro do templo eram carregados como despojos e diversas pessoas foram levadas como escravos. A sequencia de ataques aconteceu em três oportunidades distintas, a primeira em 609 A.C, a segunda em 598 A.C. e a derradeira em 587 A.C, quando houve a completa destruição da cidade de Jerusalém e do templo (Dn 1.1-2).

Entenda que a vida dos judeus na Babilônia, um ambiente fora de suas casas e fora de  seus domínios estava péssima. Tinham extremas dificuldades em adorar a Deus, viviam tristes e seus corações eram somente angústias (Sl 137). E foi justamente nesse sentido que Jeremias os chamou a compreenderem que Deus não só sabia daquela situação, como fora o mesmo Deus quem os enviou para lá, numa relação de causa e efeito. Se no pensamento dos judeus que estavam na Babilônia, Deus estava apático, distante e indiferente, Jeremias mostrou que nada estava fora do controle dele. Resumindo: Deus era dono da história. Reflita!

Não é segredo para ninguém que lutas, crises de todo tipo, sofrimentos sem fim e sentimentos de tristezas que nunca terminam, parecem surgir do nada e tomam conta do coração de muita gente. É neste ponto que as pessoas olham para o alto e não compreendem como um Deus de amor, de bondade, transbordante em misericórdia não atua para minimizar ou erradicar o mal.

“Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel” (Jr 29.4). Foi assim que Deus se apresentou àquele povo e continua sendo assim que Deus se apresenta a  seus filhos nos dias atuais. Um Deus forte, que tem a força e o domínio sobre tudo e que é mandatário da história. E certamente que dessa revelação surge a indagação: “Se é forte, se governa, se tem poder  porque não age em prol de seu povo?”.  Traga isso para os dias atuais e veja que existem momentos em que a gente pensa assim também. Existem dias que a dúvida bate no coração (Deus mão faz nada para nos salvar da luta) e cria-se a falsa impressão que os vitoriosos são aqueles que não temem a Deus. Todavia, guarde isso: a tragédia pode estar trasbordando sobre a cabeça e Deus pode estar em absoluto silêncio, mas ELE continua sendo Senhor dos Exércitos, o Deus de sua vida! Portanto, mesmo no caos, na tempestade ou nas crises, lembre-se que Deus continua escrevendo a história da humanidade. Deus  não perdeu o controle de sua história.

O povo judeu até poderia discordar da metodologia de Deus na aplicação da justa disciplina, poderia até discordar do processo e da forma pedagógica que Deus estava usando, mas tudo aquilo se realizava dentro do governo de Deus. Ou seja,  Deus não apenas age na história, como ELE é Senhor da história (Sl 99.1). Nada foge daquilo que ele mesmo idealizou!

Nesse contexto, compreenda que nada escapa dos olhos de Deus. Hoje na sua vida muita coisa pode não fazer o menor sentido, muitas situações difíceis e de alta complexidade podem até demonstrar que Deus se esqueceu, todavia, ELE nunca perde o controle da história. Guarde isso e confie em Deus! Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 05 Dezembro 2021 23:57

05/12/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 30 Novembro 2021 23:20

30/11/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 28 Novembro 2021 15:09

MENTIRA

MENTIRA


“Então alguns que tinham descido da Judéia ensinavam aos irmãos: Se não vos circuncidardes, segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos.”. (At 15.1)

Escrito por Lucas, o livro de Atos dos Apóstolos mostra de maneira reduzida toda a trajetória da expansão da fé cristã no primeiro século. Reduzida porque a narrativa tem o seu foco nas ações de uns poucos discípulos, não abarcando as atividades dos demais que saíram pelo mundo de então anunciando a salvação por meio da fé em Jesus Cristo. Os registros de Lucas mostram muita clareza que em todo o tempo o Espírito Santo se fez presente junto aos discípulos, não só dirigindo as ações mas também apontando a direção para onde deveria ser anunciado o evangelho, capacitando mais pessoas para que as comunidades estabelecidas fossem edificadas na fé em Cristo (At 6.10; 16.1-8).

Embora a bíblia não tenha explicitamente a palavra missionário, não restam dúvidas que missionário é aquela pessoa que, no sentido religioso, se dedica a anunciar para outrem a sua fé e/ou aquele que recebe uma tarefa e se incumbe de realizá-la, como é o caso dos militares que cumprem missões. Veja que o apóstolo Paulo, logo após ser convertido do judaísmo para o cristianismo, recebeu de Jesus, como vaso escolhido, a tarefa de levar o seu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel (At 9.15).

Atente que obediente à missão que recebera, Paulo plantou muitas comunidades por onde o Espírito Santo o direcionava e para essas pessoas que recebiam de bom grado a palavra de salvação, ele mostrava que a salvação se fundamentava por meio da fé em Cristo (Ef 2.8). Um detalhe naquela época era que não haviam os evangelhos de Mateus, nem Marcos, nem Lucas e muito menos de João e nem as cartas que ele Paulo, tinha escrito. A pregação se baseava fundamentalmente nos escritos do Antigo Testamento que anunciavam o Messias que viria para libertar os cativos e nos testemunhos de quem vivera com Jesus e presenciara os milagres. Ou seja, o evangelho era anunciado por quem tinha sido discípulo de Jesus.

Se tem algo nos dias atuais que traz muitas desavenças, são as pressões externas para mudanças das verdades absolutas. Como exemplo, veja que com tantas provas, com tantas imagens evidenciando a Terra como redonda, não há mesmo como aceitar que o planeta seja plano, todavia,  ainda existem muitas pessoas que acreditam piamente que o planeta Terra seja mesmo plano. Outra verdade absoluta é que a morte chegará para todos, indistintamente, e ninguém escapará dela, mas desta grande verdade não há contestações.

A história diz que o evangelho começou a ser anunciado na Judeia e dali ele foi ganhando espaços na geografia do Oriente Médio, de modo que em pouco tempo as boas novas de salvação atingiram um grande público por um território que ia se estendendo mundo afora. Se outrora a busca pelo perdão dos pecados eram fincadas no mérito pelo efetivo cumprimento das ordenanças sacrificiais, essa busca passou a ser desconsiderada por meio do sacrifício único de Jesus, todavia, isso se tornou uma pedra na vida de muita gente.

O apóstolo Paulo deixou claro em suas pregações por onde andava que somente por meio da fé em Jesus Cristo, por meio da graça de Deus é que as pessoas seriam salvas e isso implicava necessariamente que ninguém, ninguém mesmo tinha mérito algum na salvação. E contrariando este entendimento, alguns indivíduos que desceram da Judéia ensinavam nas comunidades uma salvação por outro método: se eles não adotassem a circuncisão segundo o costume de Moisés, não poderiam ser salvos (At 15.1). Obviamente, era uma grande mentira que ia de encontro a uma grande verdade e nesse contexto, mais á frente, o mesmo apóstolo Paulo escreveu à comunidade cristã na região da Galácia que eles não deveriam  nem dar ouvidos a nenhuma outra mensagem, pois “…se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebestes, seja anátema” (Gl 1.9).

Traga isso para os dias atuais e considere que muitas pessoas ainda não mentalizaram que somente por meio da fé e da graça de Deus é que se pode trazer a salvação ao homem e sem esse entendimento, infelizmente, existe por ai muita gente afirmando conscientemente que o sacrifício de Jesus não tem validade, pois acreditam que a graça e o amor de Deus carecem de um reforço e assim, vivem impondo suas próprias doutrinas de salvação. Ou seja, para estes o sacrifício de Jesus não foi suficiente, uma vez que se impõe a milhares de incautos pesadas cargas que nem seus idealizadores conseguem carregar (Mt 23.4). Pasmem!

Entenda bem que por rituais e/ou mérito humano, ninguém será justificado e nem salvo, mas gente mentirosa já vivia tentando enganar os novos convertidos naquela época e hoje, com tantas possibilidades de acesso a muitas informações, a tática continua a mesma: tem muita gente anunciando por aí que a graça de Deus precisa de uma ajudazinha para salvar o homem pecador. Fuja dessa gente e coloque tão somente seus olhos na força do evangelho e na plena eficácia da graça e do amor de Deus e não se submeta  a caminhos criados por homens (Gl 2.5; Gl 2.16). Estamos combinados? Grande abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quarta, 24 Novembro 2021 16:17

23/11/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 22 Novembro 2021 18:57

CONTENTE

CONTENTE

“Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hb 13.5) 

Não se sabe com ampla certeza quem foi o autor da carta aos Hebreus. Há fundadas suspeitas que pelo estilo da escrita e pelo amplo conhecimento da lei de Moisés inserido na narrativa, o seu autor seja o apóstolo Paulo, todavia, isso é assunto que os estudiosos e teólogos ainda não encontraram respostas. Veja que o autor da carta teve a preocupação de deixar claro, evidente e sem sombras de dúvidas que aqueles que tinham confessado a fé cristã, que o sacerdócio de Jesus era superior, que Cristo era o Messias e que o judaísmo do Antigo Testamento havia encerrado em virtude do próprio Jesus Cristo ter cumprido toda a lei.

Escrevendo sobre a vida cristã, o autor da carta aborda diversos assuntos, mas em relação ao comportamento e postura diante da vida em sociedade, ele ensina que não deveria o cristão conduzir a sua vida pessoal fazendo comparações com a vida de outras pessoas, pois Cristo é o seu ajudador (Hb 13.1-9). Pense!

Considere que é da natureza humana fazer comparações, aliás, há um dito popular afirmando que “a grama do vizinho é sempre mais verde”. Mas tanto os homens como as mulheres gostam mesmo de fazer medições de suas atividades com as atividades de outrem. Raras as pessoas que estão livres desse sentimento, pois o que mais se vê em todos os ambientes é alguém se comparando com outro alguém. Empresários ficam de olho nos colegas, mulheres vivem se comparando com as outras, homens se comparam com os colegas e por aí afora vai uma infinidade de situações, inclusive no meio eclesiástico as comparações não param e creia que elas tendem a aumentar. Pasmem!

Para o autor de Hebreus era importante assinalar aos novos cristãos que a vida em si já era uma grande benção de Deus e viver contente com aquilo que Deus concedeu era o objetivo que deveria ser perseguido. E casos eles se deixassem  dominar pela ganância, certamente que este perverso sentimento os levaria a se corromperem e isso não era o desejo de Paulo. Ou seja, se a insatisfação encontrar morada nos corações é bem certo que a ambição virá junto e o resultado será catastrófico, infelizmente.

Atente que a existência do homem pode ser mais simples do que se imagina. Estar feliz com o ritmo e com o estilo de vida não implica necessariamente que a pessoa é preguiçosa ou não deseja desenvolver alguma atividade que lhe dê algum retorno, mas que essa pessoa está alegre com tudo aquilo que possui e/ou tem recebido de Deus. Tem sido muito comum que as pessoas fiquem analisando sua existência com a vida de vizinhos, de amigos e de parentes, entretanto, saber reconhecer os limites colocados por Deus para cada um é primordial para estabelecer parâmetros que devem ser respeitados. Em todo o tempo, considere que Deus já planejou a vida de cada pessoa e nesse entendimento não há necessidade de ninguém desejar algo que não é para si. Estar confortável no espaço e no cenário que se vive atualmente é evidenciar a crença em um Deus que cuida e zela, afinal, Jesus Cristo disse que não deixaria e nem desampararia ninguém (Hb 13.5). Reflita!

Compreenda que num regime capitalista onde a questão é produzir e consumir, existem inúmeras técnicas de inteligência artificial para levar ás pessoas ao desejo de consumo. Desde um novo produto de higiene até carros e joias, tudo é pensado para ser desejado e consumido, e sabe-se lá como, mas as pressões para aguçar a vontade de possuir ganha corpo para que as pessoas comprem de tudo e muitas das vezes, sem necessidade. Essas técnicas de marketing e propaganda são como flechas, direcionadas e certeiras! Portanto, não é segredo para ninguém que dentro do contexto de uma sociedade altamente consumista, ela tem gerado pessoas ambiciosas pela forte pressão imposta no sentido de que elas devem conquistar algo a mais daquilo que possuem. É assim que a vontade de ter, a cobiça por poder e por status, atuam na contramão do contentamento, da felicidade e da harmonia em uma vida simples e honesta. Afinal de contas, sem saber o que acontece por trás das propagandas, o homem é facilmente induzido a ter e possuir. Ou seja, ele crê que num contentamento que não existe, ou seja, numa alegria fake!

Mas para o cristão, viver contente é acreditar em um Deus que supre todas as suas necessidades (Fp 4.19; Mt 6.32; 2 Co 9.8). Para o cristão viver contente é colocar fixamente os olhos em Deus, até porque somente com os cuidados e proteção D’ELE é que se pode alcançar uma vida plena e feliz (Sl 23.1). Resumindo: o grande segredo da vida é  viver contente em toda e qualquer circunstância, afinal, Deus conhece e supre suas necessidades. Creia nisso (Fp 4.12). Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

 

Domingo, 21 Novembro 2021 23:41

21/11/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 16 Novembro 2021 23:44

16/11/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

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