Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 16 Fevereiro 2021 23:56

16/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 15 Fevereiro 2021 08:51

INDIFERENÇA

INDIFERENÇA

 “Eis que não tosquenejará nem dormirá o guarda de Israel” (Sl 121-4)

 

O livro dos Salmos é composto por diversos poemas e segundo os historiadores, ele contempla um período de mais de mil anos. Da totalidade de seus poemas, o rei Davi contribui com mais de setenta, os demais foram divididos entre outros autores, e dentre eles, tem-se Salomão, Moisés, os filhos de Coré, Asafe e outros. Percebe-se nos poemas as expressões de alegrias, felicidades, tristezas, exaltação e glorificação a Deus, confiança e socorro em Deus.

O salmo 121 faz parte do grupo de quinze poemas (121 a 134) chamados de cânticos dos degraus, numa referência aos peregrinos que caminhavam de volta da Babilônia para Jerusalém. O salmo em questão é um poema que retrata a segurança e a confiança em Deus. Consta que este salmo foi composto após o rei Davi ter a noticia da morte do profeta Samuel (1 Sm 25.1).

A indiferença ou a apatia é algo que traz incômodo e desgaste nas relações pessoais. Ela se mostra em diferentes momentos, seja nas ligações telefônicas não atendidas, nas mensagens por meio de aplicativos não respondidas ou quando o silêncio se mostra como resposta em diversas outras situações. Vendedores se mostram indiferentes a consumidores, cônjuges são vistos como indiferentes dentro de casa, filhos, colegas e amigos por vezes também se mostram indiferentes às pessoas de suas relações. Enfim, a falta de interesse e de atenção está presente em todo lugar, inclusive no meio eclesiástico. Reflita!

Perceba nos dias atuais a ocorrência de muitos desastres. Veja que a pandemia do coronavírus trouxe junto o isolamento social, os jornais noticiam ocorrências de racismo, brigas, assassinatos e tragédias da natureza com enchentes. Ainda são comuns as informações de pais e filhos se matando uns aos outros, famílias em conflito, separações e abandono, fome, autoridades sendo presas por atos de corrupção e tantas coisas mais podem ser citadas como verdadeiros desastres. Grosso modo, pode-se acreditar que a humanidade caminha para sua autodestruição. 

Neste contexto, muitos cristãos têm grandes dificuldades em conciliar a fé e discernir Deus na história com tantas situações catastróficas que acontecem mundo afora. Assim restaria a consulta para saber por quais motivos Deus não se move para dar um basta nessas tragédias. Na visão de muitos, o pensamento dominante é de que “Deus não se importa, ou está dormindo ou é indiferente a tudo isso”, porque se importasse nada disso aconteceria.

A narrativa do evangelista Lucas mostra duas situações onde Deus parece estar indiferente. Certa feita Jesus ordenou que seus discípulos passassem para o outro do mar de Tiberíades. Obedientes ao que Jesus havia falado o barco em que eles estavam foi surpreendido por uma tempestade. Por algum momento, pode-se entender que os discípulos usaram de todos os seus conhecimentos para escaparem, e enquanto isso, Jesus dormia tranquilamente. Jesus foi acordado com o grito de socorro e, certamente que na visão dos discípulos, pelo tempo que lutaram contra a tempestade, o Mestre se mostrou indiferente, aliás, ele dormia. Ou seja, na aflição e no desespero que eles vivenciaram, inclusive com risco de morte, Deus estava dormindo. Até que Jesus levantou e acalmou o vento e o caso foi encerrado (Lc 8.22-25).

Ainda em Lucas, tem-se que o casal Zacarias e Isabel não tinham filhos e já estavam idosos. Não se sabe com que idade eles casaram, mas supõe que casaram muito cedo e até aquela data nada de filhos, embora tenha ficado claro que Zacarias orou por uma criança. É provável que Zacarias viu muitas crianças serem apresentadas ao Senhor no templo e bem certo que as amigas de Isabel fossem mães, mas eles continuavam sem filhos. Talvez durante anos também perguntassem sobre os motivos do silêncio e da indiferença de Deus, até que Deus quebrou o silêncio e noticiou a gravidez de Isabel, e o caso também foi encerrado (Lc 1.5-25).

Compreenda bem que esta realidade de um Deus que dorme (para os discípulos) e de um Deus indiferente para o casal Zacarias e Isabel foi assustadora para eles e é também para muita gente que nos dias atuais, aguarda por uma providência divina. Lembre-se que as pessoas vivem com pressa, as soluções para tantos problemas precisam ser rápidas e melhor ainda se tudo se resolvesse num estalar de dedos, todavia, nem sempre essa é a visão de Deus. Reflita!

Perceba que para muita gente que hoje enfrenta dificuldades no casamento, problemas com os filhos, dificuldades na empresa, enfermidades crônicas ou até mesmo o desemprego, podem olhar para o céu e ver um Deus que não age. Um Deus indiferente, silencioso e apático a tantos clamores e orações que são feitas requerendo providências de situações que o homem não pode dar, entretanto, entenda bem que no silêncio ou não, na indiferença ou não, aqueles discípulos não pararam de remar, eles continuaram firmes. De maneira idêntica, Zacarias também não parou de oficiar no templo porque não tinha filhos e nem Isabel se afastou dos caminhos de Deus. Comum a essas histórias foi que a providência de Deus chegou no tempo certo, na época certa. Para os discípulos foi questão de horas e para Isabel a gravidez demorou anos. Noutras palavras, saiba que Deus não estava indiferente e muito menos apático. Veja que Deus atendeu ambos casos quando assim lhe aprouve. Resumindo: Em Deus não existe erro, Deus tem um tempo certo para agir.  Compreenda que o tempo de Deus é diferente do nosso, a agenda d’ELE não é a nossa, ou seja, o que parece perdido para você, para Deus está tudo no devido lugar. Portanto, acalma o seu coração e continue crendo!

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 15 Fevereiro 2021 00:41

14/02/2021 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Quarta, 10 Fevereiro 2021 00:17

09/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 09 Fevereiro 2021 09:10

07/02/2021 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Terça, 09 Fevereiro 2021 09:08

REVIRAVOLTA

REVIRAVOLTA

“e fez o que era mau aos olhos do Senhor”. (2 Cr 33.2).

Outrora havia somente um grande volume do livro de Crônicas, todavia, na tradução das Sagradas Escrituras da língua hebraica para o idioma grego (Septuaginta), os rabinos judeus entenderem de comum acordo em dividir todo o conteúdo em dois volumes, surgindo assim os dois livros de Crônicas. A tradição aponta que Esdras foi o autor da narrativa de Crônicas, registrando novamente as ações dos governos de Judá e Israel que foram feitas nos livros de Samuel e de Reis, todavia, sob outro ponto de vista.

O contexto dessa passagem está na vida do rei Manassés. Ele foi alçado ao Palácio de Judá depois da morte de seu pai Ezequias. Em seu reinado, ele foi um rei perverso, mau, autoritário e prepotente. Segundo os historiadores,  dos reis de Judá ele foi o pior em malvadeza e idolatria (2 Cr 33.1-16).

O homem foi dotado por Deus de muitos sentimentos. É assim que ele  chora nos momentos de tristeza e angústia e fica feliz nos bons momentos. Neste sentido o homem aprecia criticar e julgar de tudo. Por vezes nem é qualificado para isso, mas tecer julgamentos sobre o outro parece mesmo fazer parte da existência humana, tal a quantidade de julgadores de plantão opinando sobre todos assuntos.

Manassés foi mesmo um rei terrível. Em pouco mais de seis versículos, o autor deixa claro que ele fugia de qualquer padrão da maldade e da crueldade. Perceba que ele se curvou diante dos deuses da terra que o próprio Deus havia expulsado de Canaã. Autoritário, ele ressuscitou velhos hábitos religiosos que foram condenados por Deus e reconstruiu altares que o seu pai, Ezequias, havia derrubado, e em sua religiosidade Manassés tinha vários deuses (era eclético, fazia toda forma de culto pagão). Fez altares dentro do templo em Jerusalém, contaminando e profanando o templo de Salomão e mais, ele adorava o sol a lua e as estrelas. Chegou a sacrificar seus filhos ao deus Moloque, jogando as crianças numa fogueira acesa como oferenda.  Era místico, apreciava adivinhações, praticava feitiçarias, consultava com médiuns e necromantes. E para concluir, ele profanou o templo em Jerusalém colocando nos átrios interiores imagens de ídolos (2 Cr 33.2-7). Pasmem!

Perceba que hoje  assim como Manassés, muita gente leva a vida em forte oposição a Deus, praticando toda sorte de ações que contrariam os mandamentos que Deus estabeleceu. E a justiça não demorou a chegar para este rei. Embora o amor de Deus seja mesmo incondicional, creia que o pecado sempre vai trazer consequências físicas e Manassés não passou batido. Noutras palavras, o julgamento veio, a fatura chegou e chegou trazendo forte humilhação pública não só ao rei, mas a todo o povo de Judá que tinha acompanhado suas atitudes e de certa forma era complacente com seu comportamento (2 Cr 33.11; 1 Co 15.33)

Tanto naquela época como nos dias de hoje, para os julgadores de plantão, uma notícia do julgamento de alguém com este nível comportamental seria traduzida em termos atuais como sonoro bem feito, afinal, o passado e o currículo de Manassés bem que merecia tudo isso e mais alguma coisa. Pense!

Preso na Babilônia, terra de pecado e cheia de iniquidades, Manassés se angustiou, clamou com sinceridade de coração e Deus o ouviu (2 Cr 33.12).  Na cadeia, lugar improvável e inesperado e para muitos religiosos, lugar inapropriado para Deus agir, Manassés foi alcançado pela graça e amor de Deus. Ali, ele caiu em si, se esvaziou de toda imundície que carregava, teve um encontro com Deus e restaurou sua vida. Ou seja, aquele que na visão de muitos não prestava e não tinha chances alguma de salvação, mudou sua mentalidade, deu uma reviravolta na vida e se reconciliou com Deus. Resumindo: era a vitória da graça sobre a lei de muitos, lei essa que ainda hoje continua matando, ferindo e julgando. Reflita!

A história de Manassés mostra que não importa o nível de decadência moral, do fracasso espiritual e do quão longe o homem possa estar de Deus, pois nunca é tarde para se arrepender, nunca é tarde para uma mudança de comportamento, nunca é tarde para aceitar o governo de Deus e nunca é tarde para uma verdadeira conversão. Noutras palavras, entenda que Deus tem poder para mudar histórias, aliás, Deus continua mudando histórias. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 06 Fevereiro 2021 23:27

06/02/2021 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Terça, 02 Fevereiro 2021 23:42

02/02/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 01 Fevereiro 2021 10:22

COBIÇA

COBIÇA

“..não cobicemos as coisas más que eles cobiçaram.”  (1 Co 10.6)

O apóstolo Paulo foi declarado e reconhecido pelos historiadores como autor de grande parte dos escritos do Novo Testamento. Se outrora ele era um feroz inimigo dos cristãos, depois de sua conversão, ele se viu na responsabilidade de receber, por meio do Espírito Santo, muitas revelações que hoje fundamentam a doutrina e a fé cristã. Para a comunidade cristã que estava na cidade de Corinto, Paulo escreveu duas cartas, com pouca diferença temporal entre a primeira e a segunda.

Nessa primeira carta o apóstolo Paulo aborda alguns assuntos que estavam entranhados no seio daquela comunidade, trazendo graves prejuízos de ordem espiritual. Assim, ele se esforça para demonstrar a importância de usar a experiência do passado como advertência àquela comunidade e desta forma fazer com que os seus integrantes não cometessem os mesmos erros de seus antepassados (1 Co 10.1-10).

Saiba que existem muitas formas de aprendizado, desde as técnicas usadas para alfabetizar crianças no ensino fundamental, passando por estudos de casos até o emprego de computadores e outros meios mais modernos. Entretanto, outra estratégia na  aprendizagem está na coleta de experiências do passado e por meio delas fazer uma leitura de situações semelhantes e, assim fazer a aplicação nos dias atuais.

Atente que um dito popular e bastante difundido em toda a sociedade afirma que “errar é humano”. Sem sombras de dúvidas, dada a imperfeição do homem, pode-se dizer que os erros são mesmo comuns a todos. Afinal de contas o homem começa seu ciclo de aprendizagem bem cedo e mesmo velho, ainda aprende alguma coisa. Noutras palavras, enquanto viver, o homem tem plenas capacidades de aprender algo novo, fazer correções e aprimorar suas atitudes.

Perceba que o apóstolo Paulo deixa transparecer uma grande preocupação com a igreja em Corinto. Ele os advertia sobre o perigo das práticas idólatras e de forma inteligente e certeira, Paulo os lembrava que seus antepassados que tinham sido libertados da escravidão no Egito, num momento da história, haviam provocado Deus com suas idolatrias e ficaram pelo deserto. Muito embora todos eles tivessem saído debaixo de uma promessa - a terra de Canaã -, a mesma promessa não se materializou devido as posturas erradas e atitudes comprometedoras. Noutras palavras, confrontando e jogando por terra muitos ensinos por aí, saiba que o homem pode morrer e a promessa de Deus não se cumprir em sua vida (Nm 14.22-23). Reflita nisso!

Considere que os erros podem aparecer em todas as áreas, todavia, um dos grandes problemas da humanidade está na insistência das mesmas práticas. O que deveria ser exceção, tem se tornado regra com a eterna repetição de comportamentos equivocados. É bem provável que foi com este pensamento que Paulo trouxe aos irmãos de Corinto que eles não deveriam repetir o comportamento de seus antepassados que erraram e o resultado do erro deles foi a morte. Era o aprendizado por meio das experiências, aliás, se alguém caiu num buraco, a melhor coisa é desviar-se dele. A orientação de Paulo era que fugissem de tudo o que fosse mal, da imoralidade sexual, da idolatria e da desobediência e para isso bastava lembrar do resultado de quem cometeu essas práticas. Simples assim!

“Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos” (Nm 11.5). Parece incrível, mas atente que os antepassados dos irmãos da igreja em Corinto, tinham em mente o forte desejo de voltarem ao regime de escravidão, quando viviam no Egito e eram oprimidos e subjugados. Caminhando para uma nova vida e um novo tempo, eles tinham em seus corações o desejo de voltar de onde foram libertos. Noutras palavras, atente que por vezes muitos são libertados por fora, mas continuam presos por dentro. Pense!

Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”  (Ex 20.17). Veja que desde os tempos antigos, dominar os desejos e vontades humanas sempre foi uma preocupação do Criador que inseriu a cobiça na tábua dos dez mandamentos, inclusive abrangendo seu leque para toda coisa que pertencer ao próximo. Entenda bem que em todo o tempo o cobiçoso nunca se satisfaz. Sempre está querendo mais e fará qualquer coisa para atingir seus objetivos. Paulo sabiamente viu que a cobiça conduz o homem ao afastamento do amor de  Deus e faz o indivíduo a odiar o seu próximo a ponto de desejar o que ele tem. Ou seja, por meio da cobiça, o homem demonstra um desejo doentio de possuir algo que não lhe foi dado. Livre-se disso!

Encerrando, compreenda que para ter paz, a mesma paz tão comentada e desejada por todos, a primeira coisa é mentalizar que existem limites aos desejos humanos e o segundo é viver contente com que aquilo que Deus lhe concebeu. Nas palavras de Paulo: “aprendi a viver contente em toda e qualquer situação” (Fp 4.11). Entenda que uma existência onde a cobiça não tem poder de influenciá-la, é uma vida feliz. Perceba isso e viva em paz!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

PUBLICIDADE