Milton Marques de Oliveira
02/12/2017 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
EXPECTADOR
EXPECTADOR
“porque sei que isto me resultará em salvação, pela vossa oração e pelo socorro do Espírito de Jesus Cristo” (Fp 1.19)
A carta aos Filipenses foi escrita pelo apóstolo Paulo quando ele estava preso em Roma e a igreja na cidade de Filipos já estava constituída (Fp 1.7). Consta que Paulo visitou a cidade de Filipos durante sua segunda viagem missionária (At 16.12). Foi também em Filipos que por meio da mensagem de Paulo, houve a conversão da vendedora de púrpura de nome Lídia, e também do carcereiro junto com seus familiares (At 16.14-34). O conteúdo da carta aos Filipenses mescla ensino, advertência e ações de graça àquela comunidade cristã que não mediu esforços no sentido de auxiliar o apóstolo com a doação de recursos para o seu sustento, ou seja, era uma comunidade que se preocupou com o bem estar de Paulo e por analogia, se preocupava com os demais (Fp 1.5; 4.14-18). Pense nisso!
O versículo acima está contextualizado especificamente na esperança de livramento nas adversidades, nas lutas e nas batalhas espirituais, e num contexto mais abrangente, aborda a vida cristã em unidade no corpo de Cristo (Fp 1.8-19).
Com muita frequência se percebe no meio cristão a presença de pessoas que vivem alheias ao que se passa com as demais. Não que se exija que todos sejam sabedores sobre tudo na vida de outras pessoas, mas grosso modo, que se possa conhecer algo para auxiliar o próximo pelo menos em oração.
Atente que o apóstolo Paulo, na carta que escreveu para a igreja em Corinto, fazia um comparativo da igreja de Cristo à semelhança do corpo humano, ou seja, assim como o corpo é formado de muitos membros e entre estes, há vínculos que sustentam o corpo como todo (2 Co 12.12-26). Saiba que na composição da igreja, há pessoas de diferentes profissões, diferentes níveis intelectuais, diferentes culturas e logicamente diferentes progressos de maturidade cristã (1 Co 10.17). Compreenda que uns ainda são crianças na fé e outros estão bem mais crescidos, já são mestres (Hb 11.12; 1 Pe 2.2) . No conjunto de pessoas que integram uma igreja, pode-se até citar outras diferenças, todavia, elas são desprezíveis quando se analisa a capacidade que todos devem possuir de amar o próximo a ponto de ajudá-lo na caminhada cristã. Reflita sobre isso!
Aqueles irmãos da cidade de Filipos estavam preocupados com a situação do apóstolo Paulo e como parceiros no evangelho, entenderam que deviam lutar juntos pela mesma fé, pela salvação e vida eterna. Eram pessoas diferentes uns dos outros, mas quando se posicionavam dentro da graça de Deus, se tornavam parceiros dentro do corpo da comunidade e não como meros expectadores da vida alheia.
Perceba nos dias atuais a ausência desta parceria entre os crentes em Cristo. Passados mais de dois mil anos, saiba que as mesmas características em termos de diversidade de pessoas das comunidades cristãs do século I, são encontradas nas igrejas atuais. Hoje há uma gama considerável de pessoas totalmente diferentes umas das outras, em diversos níveis e infelizmente uma grande parte pode ser identificada pela postura extremamente competitiva. É como se o céu tivesse capacidade limitada e um irmão disputasse a vaga com outro! Reflita seriamente sobre isso!
Hoje muitos ficam vigiando para descobrir quem será o próximo a cair em pecado, quando deveriam deixar de ser guarda da vida alheia para atuar como parceiro, para abraçar em oração, para interceder de maneira que o outro seja revestido e cheio do conhecimento, de forma a resistir às investidas do diabo e desta maneira, não ficar para trás nesta corrida (Hb 4.1). Paulo tinha os filipenses como parceiros na caminhada cristã e combatia em oração por todos. Faça um comparativo sobre nisso nos dias atuais e deixe-se surpreender pela acirrada competição que parece não ter fim (Cl 1.9).
Compreenda que ser parceiro no evangelho é levar a vida dentro do contexto cristão, amando e cuidando do próximo, cumprindo fielmente o que o próprio Cristo ensinou: “amar o próximo como a ti mesmo” (Mc 12.31). Noutras palavras, implica permanecer unidos como os mochileiros em terras estranhas, certos de que como cidadãos do céu, os cristãos devem caminhar por aqui ombreando uns com os outros. Orando, suplicando e compartilhando os bons e maus momentos. Pense nisso, seja sócio, seja parceiro e não mero expectador, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
28/11/2017 - CULTO "FÉ E VIDA"
26/11/2017 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
21/11/2017 - CULTO "FÉ E VIDA"
ALEGRIA
ALEGRIA
“Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito disposto a obedecer”. (Sl 51.12)
Tradicionalmente a crença popular atribui ao rei Davi toda a obra do livro de Salmos, todavia, consta que ele teria contribuído na coletânea dos salmos com pouco mais de setenta poemas. Os demais são de autoria variada, desde Moisés até outros personagens como Natã e Asafe. Os estudiosos informam que os poemas que compõem os salmos foram compostos num espaço de mil e poucos anos e retratam as mais profundas experiências e necessidades do coração humano, exercendo desta forma um atrativo constante sobre todas as pessoas.
Os estudiosos também dizem que o salmo 51 foi escrito após o profeta Natã confrontar o rei Davi sobre o seu pecado de adultério com a mulher de Urias. Há mesmo certo sentido nesta interpretação, pois ele inicia pedindo a misericórdia de Deus, logo após reconhece o cometimento da transgressão e clama que a iniquidade seja apagada para somente depois desejar a volta da alegria que fora perdida. Nesta visão, o versículo acima fala da satisfação do homem que reencontra a alegria na salvação de sua alma (Sl 51.1-12).
Percebe-se no homem moderno, uma crescente onda de autossuficiência, com prevalência da ideia que pode resolver tudo e não depender de ninguém, isto é, todas as coisas são resolvidas somente pela sua capacidade pessoal. Nesta visão, homens e mulheres se apresentam uns aos outros como pessoas que possuem plena competência para dar soluções a qualquer problema que aparecer pela frente. Desde aquelas pequenas atividades do dia a dia, até situações mais complexas, inclusive as de cunho sentimental e as que envolvem as grandes decisões da alma.
Veja que o cristão, enquanto parte da sociedade enfrenta situações adversas, algumas são menores e outras nem tanto, ou seja, ele não está imune às aflições dessa vida, aliás, o próprio Cristo alertou sobre isso (Jo 16.33). A diferença entre o crente e o incrédulo está justamente nas orientações para o enfrentamento dos problemas. Enquanto o incrédulo confia em suas habilidades pessoais para desatar os nós que aparecem, o cristão confia e busca em Deus a solução (Sl 40.1). Reflita!
Compreenda que após o cometimento do pecado de adultério, certamente que um turbilhão de problemas assolou o rei Davi. Aquele mau procedimento gerou uma tristeza em seu coração, um sentimento de culpa não só pela prática do adultério em si, mas também pelo desenrolar dos acontecimentos que surgiram depois, ou seja, as mortes de Urias e da criança, essa fruto da relação extraconjugal. Em decorrência dessa situação, é que o rei Davi manifesta claramente que perdeu sua alegria por ter praticado um ato gravíssimo.
Nos dias atuais muitas pessoas cristãs caminham tristes e sem ânimo, sem aquele vigor que as caracterizava no passado. Elas se decepcionaram consigo mesmas, ou pelos tropeços dos pecados ou por outros motivos, mas é certo que perderam a alegria de servir ao Senhor com o ânimo de outrora, e já não produzem mais os frutos que eram abundantes. E sem essa alegria de outrora, o fracasso espiritual ganhou oportunidade e a tristeza em fazer a obra do Senhor achou morada em seu coração. Atente nisso!
“Restitui-me a alegria da tua salvação”, perceba que Davi buscou a Deus pelo retorno daquela alegria que habitava em seu coração, ele clamou a Deus para retornar ao status anterior, quando a alegria de servir ao Senhor era uma marca considerável e vista por todos (Sl 51.12). Ele clamou pela restituição de algo que se perdeu e Deus o atendeu!
Hoje todos conhecem a história do rei Davi. Os atos de seu governo posteriores a este triste episódio demonstram que mesmo marcado pelas consequências naturais de seu erro, ele caminhou alegremente com Deus e se manteve firme até o fim de seus dias. Compreenda que isso somente foi possível porque ele não se acomodou com o pecado, ele reconciliou com Deus e buscou a sua alegria de volta. Muito diferente daqueles que tropeçam ou se decepcionam com alguma coisa e, ou se conformam com a situação ou recebem imposições de não mais servirem na obra do Senhor. Assim, permanecem tristes, cabisbaixos e frustrados sem produzirem no serviço a Deus. Saiba que existe solução para erradicar essa tristeza, Deus não somente perdoa, mas como um Pai amoroso deseja de volta o filho que estava distante (Rm 8.13). Creia nisso!
Compreenda hoje a necessidade de não estagnar na obra do Senhor. Saiba que o prazer na vida cristã se caracteriza pela alegria genuína que provém de Deus. Não perca tempo acreditando que você é desqualificado para receber de volta a alegria que foi perdida. Davi perdeu, mas buscou e o Senhor a restituiu. Não dê ouvidos a quem por um motivo ou outro te causou decepção e te frustrou. Avante, busque no Senhor a sua alegria. Faça isso, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
19/11/2017 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
17/11/2017 - "CASAIS SENDO UM"
EXCELÊNCIA
EXCELÊNCIA
“31; Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda a maldade. 32; Pelo contrário, sede bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando uns aos outros, da mesma maneira como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.31-32)
Essa carta destinada à comunidade cristã localizada na cidade de Éfeso foi escrita pelo apóstolo Paulo nos idos de 60DC. De maneira muito clara essa epístola apresenta Cristo como aquele que preenche tudo em todos, ou seja, é uma carta que não deixa nenhuma brecha para dúvidas do poder salvador de Jesus Cristo.
Saiba que a comunidade cristã em Éfeso e outras nas imediações, sofriam ataques de muitos falsários que perambulavam pela região, ensinando que apesar de Jesus ter sido o criador de todas as coisas, ele não pertencia a uma ordem mais elevada. Assim, o foco de Paulo era demonstrar Cristo em uma posição superior aos anjos, além de ser o centro de tudo, desta forma Paulo refutava os ensinos enganosos, mostrando Cristo como o cabeça de toda a unidade.
Eventualmente algumas pessoas cristãs, até mesmo antigas na fé, se envolvem em atos nada condizentes com a doutrina do cristianismo. Por um vacilo ou mesmo por não resistirem as tentações do diabo, elas cometeram atos que são comuns para os padrões do mundo, todavia, não são para os padrões éticos cristãos. Pode-se dizer que não conseguiram naqueles momentos de fraqueza espiritual, manter o referencial cristão e transgrediram.
O apóstolo Paulo se preocupava justamente com a modelagem cristã, ou seja, a manutenção de um padrão cujo alvo era a excelência em Cristo e com Cristo, evitando desta forma que aquela comunidade em Éfeso se nivelasse aos padrões sociais da cidade. Neste contexto de uma vida plena em Cristo era importante que aqueles irmãos eliminassem do meio deles toda raiz de amargura, toda ira e todos os pensamentos maus. Paulo desejava que eles vivessem em comunhão uns com os outros de forma a propiciar um ambiente fraterno e cordial. Era necessário que os sentimentos ruins fossem arrancados de seus corações, pois caso contrário ficaria nítido que não houve conversão, ou seja, a velha natureza corrompida ainda ocupava espaços em seus corações. Reflita!
Compreenda que mesmo entre pessoas cristãs, existem aquelas onde a falta de perdão e rancores ocupa seu coração, e guardando estes sentimentos ruins, elas levam uma vida não condizente com o amor de Cristo. Veja que mesmo no ambiente das igrejas se ouve falar de um não simpatizar com o outro ou de alguém que não suporta a presença de determinada pessoa, mas o pior é quando se escuta falar de crentes que não se dão bem com seus vizinhos. Entenda que infelizmente essas atitudes não fazem parte da qualidade cristã e os crentes devem envidar esforços para arrancar e jogar fora estes rancores que tão mal causa nos relacionamentos e nos corações. Reflita isso!
Atente para os crentes, a necessidade de manter uma vida cristã que seja referencial tanto para os de dentro da igreja como para aqueles de fora, que seja uma vida sem escândalos, correta, honesta, íntegra e voltada para manifestar a glória de Deus. Uma vida para glorificar o evangelho que liberta, que cura, que transforma e que salva do pecado pela graça de Cristo. Atente que no decorrer da caminhada cristã, em nenhum momento as Sagradas Escrituras dão guarida àqueles que desejam receber da misericórdia de Deus e a bênção da salvação, sem praticar os mandamentos de Cristo (Tg 1.22).
Neste contexto, reconheça a importância de viver o amor de Deus em toda a sua plenitude pela prática constante da bondade, da solidariedade e principalmente da liberação do perdão de maneira contínua. O crente deve ser uma fonte a jorrar o amor de Deus continuamente. Pratique e viva isso, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.
Milton Marques de Oliveira - Pr