Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 07 Novembro 2017 23:07

07/11/2017 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 07 Novembro 2017 17:04

GRAÇA

GRAÇA

 

"E o Deus de toda a graça, que em Cristo Jesus vos chamou à sua eterna glória, depois de haverdes padecido um pouco, ele mesmo vos aperfeiçoará, confirmará, fortificará e fortalecerá" (1 Pe 5.10)

 

O versículo acima está situado no final da primeira carta de Pedro, inserido justamente na saudação e benção final. Perceba que a palavra graça, ocupa importância fundamental na frase, justamente por apontar para o Deus de toda bondade e misericórdia.

Pedro foi discípulo de Jesus e autor de duas cartas, conforme os estudiosos, ambas foram escritas nos idos de 65 DC.  Esta primeira carta teve por destinatários os novos convertidos que haviam sido dispersos da Judéia. Naquela época, começo do século I, o cristianismo começava a criar corpo e isso gerou as perseguições do Império Romano. Assim sendo o discípulo escreveu àqueles novos cristãos, mostrando que mesmo nas adversidades, ou seja, mesmo com as muitas perseguições, existia a bendita esperança em Cristo que por meio de sua misericórdia não os deixaria abandonados (1 Pe 1.3). Ainda neste contexto, Pedro aproveitou também para chamar a atenção deles no sentido que deveriam pautar suas vidas dentro da doutrina que era ensinada pelos apóstolos (1 Pe 1.5).

No século I, os judeus que haviam se convertido ao cristianismo foram perseguidos, mortos e muitos fugiram da Judeia indo morar em terras distantes. Para estes, a vida cristã em si era uma verdadeira guerra de vida ou morte, era uma crise sem fim e olhando nisso, o discípulo Pedro escreveu palavras de conforto, de esperança e de fortalecimento da fé com a finalidade de consolá-los. Era necessário trazer à memória que eles tinham um Deus forte, poderoso e acima de tudo, um Deus que os exaltaria e os qualificaria para o reino celestial (1 Pe 5.6-11).

Com raras exceções, perceba nos dias atuais uma corrente de pessoas conduzindo suas vidas visando o mérito, ou seja, seus próprios esforços. Desde os primórdios, o fazer algo para ganhar outra coisa em troca sempre foi evidenciado pelas pessoas, todavia, veja nem sempre essa troca é considerada justa, mas a sociedade secular funciona mesmo no famoso “toma-lá-dá-cá” (que digam os políticos). Atente que desde pequena as crianças são ensinadas a dar valor ás coisas e desta forma elas crescem valorizando seus próprios esforços, e isso faz parte de seu crescimento.

Longe do mérito e das trocas, o discípulo Pedro fala sobre o “Deus de toda graça”, ou seja, o Deus abençoador que concede um favor que o homem não merece. Saiba que a graça de Deus é aquilo que o homem recebe de Deus de maneira graciosa sem o concurso de seu esforço pessoal. Falho, imperfeito, por vezes orgulhoso e quase sempre com olhos voltados para seu próprio umbigo, o homem recebe de Deus uma gentileza espontânea e amorosa. De maneira geral, essa dádiva concedida por Deus é tudo aquilo que o homem necessita para viver, e especificamente Deus concede por meio de sua graça, a salvação e vida eterna em Cristo, sem intermediários (1 Tm 2.5). Reflita isso!

Nos dias de hoje muitos usam seus esforços pessoais para serem abençoados, adotando diversas estratégias, mas Deus não se deixa enganar. Ele sonda os corações e conhece o profundo. Deus é soberano para abençoar a qualquer tempo e não analisa se o cristão faz isso ou aquilo outro para obter a benção, há o tempo determinado (Ec 3.1-10). Compreenda que é nas turbulências, nas aflições e nos momentos em que a angústia parece ter aberto uma filial dentro do coração do crente, que ele pode compreender a perfeita graça de Deus que sustenta sua caminhada. Triste, abatido e sem ânimo, mas vivo para lutar por meio da graça de Deus, e tudo isso de maneira gratuita sem exigências em troca. Pense!  

Compreenda que Deus não exige nenhum esforço humano para em troca lhe conceder da graça divina. O homem não faz nada por merecer este favor de Deus. Paulo deixou isso claro para a comunidade cristã em Éfeso, quando assim os escreveu: “mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor que nos amou, estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo” (Ef 2.4-5). Ou seja, Deus abençoa e vivifica o homem pela sua maravilhosa graça, mesmo tendo este mesmo homem nascido em pecado e nada feito, senão pecar e se distanciar de Deus (Sl 51.5).

Na visão de Pedro, aqueles irmãos precisavam ser encorajados a não desistir e a continuarem firmes em Cristo, pois cristãos de outros lugares também passavam por lutas, ou seja, eles não eram os únicos a enfrentarem as aflições que são implícitas aos cristãos (1 Pe 5.9). E para hoje em dia, entenda que ânimo, coragem e perseverança caminham juntos com aqueles que depositam sua confiança em Cristo, mesmo quando as circunstâncias estão desfavoráveis. Não esqueça que é justamente o Deus de toda graça quem sustenta o crente, portanto, mesmo nas adversidades glorifique e exalte a Deus. Medite nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 05 Novembro 2017 23:44

05/11/2017 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Sábado, 04 Novembro 2017 23:29

04/11/2017 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Quarta, 01 Novembro 2017 12:17

MATURIDADE

MATURIDADE

“Porque esta mesma noite, um anjo de Deus de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo” (At 27.23)

 

Atos dos Apóstolos escrito pelo evangelista Lucas, narra importantes partes da trajetória inicial da igreja. Após sua conversão, Paulo fez um retiro de aproximados três anos e depois disso ele realizou as conhecidas viagens missionárias, estabelecendo comunidades cristãs, pregando Cristo e anunciando a salvação por meio da graça de Deus (1 Co 1.23). Lucas se tornou companheiro nessas viagens e o livro de Atos retrata detalhes cruciais do início da formação da igreja.

O versículo acima está dentro do contexto que contempla todo o episódio da viagem de Paulo para Roma. Ele estava embarcado no navio junto com outras pessoas, navegando pelo mar Mediterrâneo e enfrentaram uma forte tempestade (At 28.14). Esta intercorrência fez com que o navio atracasse na ilha de nome Malta e tanto a tripulação como os passageiros foram bem recebidos pelos nativos. Posteriormente chegaram ao destino final por meio de outra embarcação (At 28.15-16).

Lembre-se que Jesus disse que os cristãos passariam por aflições e isso é tanto verdade que nenhum cristão pode negar as adversidades, as turbulências e os problemas do dia a dia. Veja que as pessoas passam mesmo por tantas situações que às vezes nem acreditam que elas estejam ocorrendo. Angústias pela perda de familiares, demissão do emprego, doenças, calúnias e tantos outros aborrecimentos corriqueiros são eventos que atingem tanto as famílias como as pessoas. Atente que as lutas não dão trégua, basicamente uma termina e logo começa outra.

Naquela época, os navios não possuíam nenhuma das tecnologias empregadas pelos atuais sistemas de navegação. Não havia sonar, radar e nenhum outro tipo de serviço meteorológico que pudesse prever tempestades. Os marinheiros se orientavam apenas pela experiência. Eles enfrentavam uma tempestade com ventos e o barco estava à deriva, jogado de um lado para outro, e pode-se imaginar a aflição daquelas 276 pessoas que estavam embarcadas (At 27.37).

Junto com os passageiros e tripulação daquele navio estavam Paulo e Lucas e Deus não mediu esforços para que seu nome fosse glorificado. O navio atracou na ilha de Malta e Paulo foi o instrumento nas mãos de Deus para curar e sarar muitas pessoas naquela localidade. Era Deus sendo apresentado a pessoas pagãs por meio de quem estava na condição de preso, ou seja, se para muitos as lutas do cotidiano são motivos de reclamações e murmúrios e até mesmo picos de incredulidade, para Paulo era mais que motivo para anunciar e testemunhar Cristo, para curar, transformar e para falar de vida eterna  (At 28.8-9). Reflita isso nos dias de hoje!

Saiba que Deus trabalha com propósitos na vida de cada um. Há um plano do Criador que é o de levar a graça salvadora a toda criatura, mesmo debaixo de condições e circunstâncias desfavoráveis como a que aconteceu com o apóstolo Paulo. Atente que se Paulo estivesse mais preocupado com a tempestade, com o naufrágio do navio ou com o que lhe aconteceria em Roma, certamente que sua vontade pessoal era a de fugir daquela situação. Mas ele não pensou assim, ele acreditava no Deus que servia!

“o Deus de quem eu sou e a quem sirvo”, são as palavras de Paulo que exprimem exatamente a certeza que ele tinha do Pai que cuida, zela e que jamais abandona seus filhos. Perceba que Paulo diz taxativamente ser filho de Deus e que a este mesmo Deus, ele servia. E servia mesmo nas piores condições como a tempestade que assolava o navio. Compreenda que se hoje para muitos servir a Deus implica status, dinheiro e poder, para Paulo, servir a Deus significava passar por situações de real perigo de morte, mas anunciando com firmeza o propósito de Deus para sua vida (g.n). Reflita sobre isso!

Tenha a certeza que Paulo somente abençoou outras pessoas na ilha de Malta por ter maturidade espiritual superior, por ser um homem sarado, curado de suas feridas que, aliás não foram poucas. Em nome do evangelho, ele sofreu açoites, foi preso, machucado, ferido, escorraçado e tinha quatrocentos motivos para reclamar de sua situação (2 Co 11.24-27).  Hoje as pessoas se magoam por coisas tão simplórias que nem vale o comparativo com os primeiros cristãos e daí, desanimam, fracassa e abandona a fé em Cristo.  Paulo era daqueles homens que sofreram mágoas e feridas profundas em nome de Deus, mas não se deixou levar pelas circunstâncias. “Deus tem cuidado de vós”, já afirmava o discípulo Pedro (1 Pe 5.7b). Não permita o crescimento de seu fracasso espiritual pelas feridas que te provocaram (g.n). Pense seriamente nisso!

Naquele navio Paulo estava sendo escoltado e vigiado por soldados romanos, e mesmo assim não deixou que as preocupações terrenas lhe tirassem do foco que Deus havia lhe reservado. “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito (Rm 8.28). A parte final deste versículo explica a ocorrência do bem, ou seja, para aquelas pessoas chamadas para um propósito de Deus. Outrora Paulo era um escravo da lei mosaica, mas agora era um construtor que recebeu e atendeu ao chamado de Cristo para propagar sua palavra (At 9.5-6).

Reconheça, portanto, a importância de ter maturidade espiritual para mesmo nas adversidades abençoar outras pessoas, vivendo o real propósito de Deus para sua vida. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 31 Outubro 2017 23:35

31/10/2017 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 29 Outubro 2017 22:47

29/10/2017 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Domingo, 29 Outubro 2017 16:43

29/10/2017 - BATISMO NAS ÁGUAS

Quarta, 25 Outubro 2017 08:50

CAUTERIZAÇÃO

CAUTERIZAÇÃO

“Após o nascimento de Jesus em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, eis que alguns sábios vindos do Oriente chegaram a Jerusalém; 2; E, indagavam: “Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? “Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo”. (Mt 2.1-2)

 

Mateus foi discípulo de Jesus e seu evangelho teve como destinatários os judeus. Ele apresenta Jesus como rei, narra a profecia de sua segunda vinda em grande glória e deixa registrado que Cristo foi rejeitado pelo povo de Israel. Antes de ser discípulo de Cristo, Mateus era um judeu que trabalhava para os romanos, cobrando tributos e impostos e devido essa atividade ele tinha pouca simpatia de seus compatriotas.

O evangelho de Mateus traz a genealogia de Jesus começando por Abraão, justamente por ser ele o detentor da promessa de Deus que abençoaria todas as nações da terra. Nessa genealogia há a particularidade de serem citadas quatro mulheres, quando o normal para a cultura judaica era a citação somente de homens. Dessas, duas mulheres eram estranhas à comunidade de Israel, Raabe, uma cananita, e Rute, uma moabita.

Os dois versículos acima estão dentro do contexto da visita dos magos guiados por uma estrela à criança Jesus. Eles vieram do oriente, certamente um local distante e pelas informações eles caminharam muitos dias até encontrar o local onde estava o menino Jesus (Mt 2.1-12).

Comum que pessoas crentes em Cristo, algumas até mesmo com muito tempo ouvindo, lendo, meditando e estudando as Sagradas Escrituras, ainda não compreendem os sinais e as manifestações de Deus para sua vida. Visando adquirir mais conhecimento, algumas fazem cursos teológicos, outras estudam o hebraico e procuram por diversas fontes religiosas e outras tantas se dizem sabedoras de tudo sobre o AT e o NT. Isso é ótimo, mas perceba que não é o bastante.

Todo este saber teológico acaba sendo em vão, notadamente quando não conseguem perceber o mover de Deus por terem suas mentes cauterizadas. Essa cauterização mental pode ser  imposta por outras pessoas ou adquirida por crenças pessoais. Atente que Deus se manifesta aos homens por diversas formas, ora por meio da adoração, pela natureza, pelos momentos da oração, pela leitura e estudos da Bíblia e muitas outras maneiras, mesmo no silêncio creia que há uma manifestação divina (Sl 19.1-4). Saiba ainda que Deus cria situações como o fogo no arbusto perante Moisés e gera inúmeras outras circunstâncias para manifestar sua glória (Ex 3.1-6).

Pois do Oriente vimos a sua estrela e viemos adorá-lo” (Mt 2.2). Foram essas as palavras dos magos. Perceba que muito diferente de todo o povo de Jerusalém e dos príncipes dos sacerdotes que se perturbaram com a presença dos magos, somente estes entenderam a mensagem do céu e se dispuseram a cumpri-la. Noutras palavras, observe que poucos têm a plena capacidade de fazer a leitura do que Deus quer transmitir. Isso ficou suficientemente claro aos magos, que vieram do oriente, de terras distantes e conseguiram entender a mensagem do céu e foram com humildade adorar o recém-nascido Jesus. Lembre-se que os doutores judaicos e os príncipes dos sacerdotes conheciam a lei, mas estavam como cegos espirituais e não compreendiam nada. Tinham muito saber sobre as Sagradas Escrituras, mas se perturbaram com uma informação que já estava prevista pelos profetas. Reflita!

Lembre-se também que os tribulantes do navio que Jonas navegava eram pagãos, mas não foram fechados mentalmente aos sinais daquela tempestade. Eles interpretaram aquele fenômeno como algo sobrenatural, divino e extraordinário, tanto que Jonas acabou confessando ser o pivô de toda aquela situação. Era Deus se manifestando por meio da tempestade (Jn 1.6).

Atente que nos dias de hoje, muitos já deviam ser mestres na intimidade e relacionamento com Deus, todavia não conseguem entender os sinais e nem o agir de Deus em suas vidas (Hb 5.12). Pode-se dizer que estão como os príncipes dos sacerdotes, que tinham o Pentateuco, os salmos, as profecias messiânicas e os livros dos profetas na ponta da língua, mas eram incapazes de fazer a leitura que Jesus Cristo já havia nascido. Tinham todas as informações messiânicas, mas eram incapazes de lerem isso corretamente. Eles estavam com as mentes cauterizadas. Ou seja, o Messias já estava na terra e muitos judeus com toda sua sapiência não sabiam dessa excelente notícia. Tinham seus corações endurecidos, assim como muitos de seus antepassados. Eram incapazes de compreender e decifrar os sinais divinos. A estrela era vista por todos, mas eles não enxergavam o que somente os magos viam.

Foi necessário que aqueles magos, pagãos, vindos do oriente fizessem o anúncio do nascimento de Cristo, indagando onde estaria o rei dos Judeus e desta forma forçassem a lembrança daqueles doutores da lei para a profecia de Miquéias que apontava o nascimento de Jesus na cidade de Belém (Mt 2.2; Mq 4.2). Para os magos, Deus sinalizou por meio de uma estrela que os guiou, entretanto, entenda que o mover e as manifestações de Deus são multiforme e surpreendentes. Pense sobre isso!

Compreenda que Deus jamais deixou de se manifestar aos homens, tanto no individual quanto no coletivo. Àqueles sábios pagãos, Deus usou uma estrela para que eles viessem conhecer e adorar Jesus Cristo e hoje Deus se revela criando eventos, mudando condições e apresentando novas circunstâncias. Perceba que Deus pode estar sinalizando por meio de circunstâncias e situações que lhe sejam muito próximas e seja momento de você agir. Abra seus olhos, enxergue com o espírito e compreenda que mentes cauterizadas não podem mesmo ver o mover de Deus, amém? 

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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