Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 07 Fevereiro 2022 14:19

HERANÇA

HERANÇA

“…Vede a réplica do altar do Senhor que os nossos antepassados edificaram, não para holocaustos ou sacrifícios, mas como testemunho concreto entre nós e vós!’( Js. 22.28)

O livro de Josué é o sexto livro na ordem bíblica e foi escrito pelo autor de mesmo nome. Josué foi assessor imediato de Moisés durante toda a peregrinação do povo de Israel em direção às terras de Canaã. Desde cedo se tornou discípulo do grande líder judaico, participando das batalhas e se preparando para assumir a liderança daquele povo. Dentre os escritos de Josué, ficou marcada a célebre frase pronunciada já no final de sua vida: “.. Eu e a minha casa serviremos ao Senhor!” (Js 24.15).

Contextualizando a passagem acima, verifica-se que o povo de Israel já estava estabelecido em Canaã e Josué foi efetivando as possessões da terra prometida em herança às tribos. Nessa divisão, duas tribos, Rúbem e Gade e a metade da tribo de Manassés foram contempladas com terras depois dos limites do Rio Jordão e lá elas se estabeleceram (Js 22).

Considere nos dias atuais a existência de uma grande ansiedade dos pais em prover algo material aos seus filhos. Isso é salutar e inclusive possui base bíblica (2 Co 12.14). Veja que as preocupações dos genitores para com seus herdeiros estão no campo da saúde,  da  educação, da atividade profissional, passa pelas preocupações naturais de quem eles vão se enamorar e isso não termina no casamento e nem mesmo quando chegam os netos. As preocupações duram a vida toda. Aliás, uma frase popular diz que mesmo adulto, os filhos continuam sendo ‘nossas crianças’.

A narrativa diz que as duas tribos e meia que se posicionaram em Gileade, depois do rio Jordão se viram muito distantes de onde estava o tabernáculo em Siló, e geograficamente era mesmo muito longe (Js 22.10). Assim, aqueles líderes tiveram a ideia de construir um altar em suas terras, de maneira que este altar fosse visto com um memorial. E quando os filhos da próxima geração indagassem o que representava aquele memorial, a resposta seria que mesmo distantes de onde estava o tabernáculo, eles também tinham parte com o Senhor Deus e com a nação de Israel. Também eram herdeiros do mesmo tesouro. Reflita!

Atente que vivemos dias de grandes desafios familiares quanto ao futuro dos filhos e justamente aí, surge a pergunta: qual o legado que os pais de hoje vão deixar à próxima geração? Qual o tamanho dessa dedicação? Perceba que o mundo moderno tem acelerado o crescimento da terceirização da educação dos filhos, ou seja, tem sido comuns que babás, creches, tias e avós são acionados para participarem nos cuidados das crianças e, embora nada de errado exista nisso, saiba que se outrora os referenciais das crianças eram os pais, hoje elas crescem e possuem como referenciais gente totalmente desconhecida. São os blogueiros, os artistas, as celebridades e os influencier, menos os pais. Pasmem!

Uma leitura atenta mostra que aquelas tribos que ficaram distantes de Siló  demonstraram a preocupação de fazerem um investimento espiritual na vida dos filhos que nem ainda haviam nascido e, tudo isso para manter aceso na memória das novas gerações de que eles também eram parte do povo de Israel. Ou seja, se nos dias atuais existem grandes barreiras para direcionar os filhos para os caminhos de Deus, veja que isso não existia há três mil anos atrás. Era notável a preocupação daqueles líderes de que seus filhos e netos não perdessem a identidade israelita e a forma encontrada foi criar um altar, um memorial. Assim, quando perguntassem o que significava aquilo, seriam informados que seus antepassados foram resgatados da escravidão no Egito, passaram a seco o Mar Vermelho, foram alimentados em pleno deserto e beberam até se fartar de uma fonte d’agua que surgiu nas pedras e que Deus de Israel os guardou zelosamente. Ou seja, o mesmo Deus que tinha feito tudo isso continuava a fazer e faria ainda muito mais. Noutras palavras, eles investiam espiritualmente no tempo presente para terem ganhos eternos. Reflita nisso!

Infelizmente, essa é uma história que em nada se assemelha aos pais de hoje. Poucos, senão raros são os pais que se esforçam no sentido de investirem tempo e recursos em conhecimentos espirituais aos seus filhos. Poucos aqueles que adquirem uma literatura cristã para suas crianças, raros aqueles que instruem seus filhos nas práticas espirituais como oração, adoração a Deus e meditação bíblica. É visível um certo desleixo na gestão espiritual dos filhos e isso trará consequências no futuro. Guarde isso: a semente da boa palavra lançada em terra fértil vai germinar no tempo certo!

Enfim, o modelo de investimento espiritual perpetrado pelos Rubenitas, Gaditas e pela meia tribo de Manassés é algo que deve não somente deve ser copiado, como deve jamais ser esquecido. Afinal de contas, de bons modelos de investimentos espirituais o mundo está carente. Invista hoje para não chorar amanhã. Creia nisso! Forte abraço

Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando a sua vida!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Domingo, 06 Fevereiro 2022 22:08

06/02/2022 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Terça, 01 Fevereiro 2022 23:38

01/02/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Domingo, 30 Janeiro 2022 10:58

ENCONTRO

ENCONTRO

“Eu sou Jesus” (At 9.5)

 

O livro de Atos dos apóstolos é o resumo das atividades do começo da igreja. Escrito pelo médico Lucas, amigo e companheiro de Paulo, a narrativa de Atos mostra desde a descida do Espírito Santo, as perseguições contra os cristãos, os primeiros milagres realizados em nome de Jesus e os sucessos nas implantações das comunidades cristãs no mundo de então. É bem provável que muita coisa deixou de ser registrada, pois Lucas focou nas atividades de Pedro e Paulo e com certeza, os demais discípulos de Jesus fizeram muita coisa em nome daquele que os enviou e essas realizações não foram compiladas por Lucas e nem por nenhum outro historiador (At 1.8).

Paulo foi encontrado por Jesus numa estrada na cidade de Damasco/Síria. Levado para uma casa naquela cidade, Paulo recebeu Ananias, um cristão que orou por ele com imposição de mãos e depois de ser batizado, ele saiu anunciando Jesus. Este é o contexto (At 9.1-19).

Perceba que a sociedade passa por grandes mudanças. Mudanças sociais, mudanças na saúde com a pandemia, mudanças sanitárias com ênfase no combate ao coronavírus, mudanças tecnológicas com a criação de novos medicamentos, mudanças educacionais e mudanças na forma de trabalho com a introdução do trabalho em casa (home officer). Ainda nessa seara, tem-se que as pessoas também passam por mudanças físicas, morais e logicamente, mudanças espirituais.

Um detalhe interessante na conversão de Paulo é que ele não foi ao encontro de Jesus, não se vê ele orando e pedindo perdão pelos pecados que ele cometeu e, diga-se de passagem foram muitos. Textos anteriores registrados pelo próprio Lucas mostram que ele estava perseguindo cristãos, se fez presente e consentiu na morte de Estevão, o primeiro mártir da igreja. Saulo perseguia a igreja, prendendo e espancando todo cristão que encontrasse na sua frente. Literalmente era o “missionário da perseguição”, pois era nítido que ele queria destruir o cristianismo e se opunha fortemente a Deus (At 7.59; 8.1-3; 9.1-2)

Fica claro de enxergar que pelo currículo de Paulo, pelas circunstâncias que antecederam sua conversão, sem sombras de dúvidas, tem-se aqui a grande vitória da graça de Deus sobre um homem em sua mais profunda miséria espiritual. Ou seja, independente da miserável situação que o homem esteja vivendo, a graça de Deus quebra todas as barreiras espirituais e triunfa soberanamente. Reflita!

“não é este o que perseguia?”(At 9.21). Essa era  a indagação cheia de dúvida de todos os que não só o conheciam no passado, mas também de quem o ouvia anunciar Jesus. Paulo era a carta viva, sua presença era a prova da própria transformação. Por onde passava, ele carregava a  mensagem da graça, do amor  e da misericórdia de Deus. Sua mensagem de salvação era pontual e eficaz justamente por estar sustentada pelo testemunho de quem viveu o milagre da conversão. Noutras palavras, Paulo atraía as pessoas pela mudança que era visível a todos. De quem era agressivo, brotavam palavras de amor e de bondade (1 Co 13.1-8). A conversão de Paulo gerou nele um novo governo de vida, estabeleceu comunhão com igreja e fechava com o seu testemunho pessoal. Ou seja, tanto naquela época como nos dias atuais, conversão é uma mudança radical, a gestão pessoal sai de cena e entra o governo espiritual. Guarde isso!

Entenda bem que não existia nada bom em Paulo que pudesse atrair a presença de Jesus. Ele prendia, zombava de Deus, era um perseguidor implacável e mesmo assim Jesus foi ao encontro dele. De forma idêntica, também não existe nada bom em milhares e milhares de pessoas mundo afora, afastados de Deus, escravos do diabo, agressivos, imperfeitos, rebeldes, desobedientes e levando a chamada vida loka. Para essas pessoas, em suas agendas não há espaço para Deus, todavia, assim como Jesus estendeu a mão e sua voz ecoou no coração dele, compreenda que essa mesma graça que foi ao encontro de  Paulo, pode também alcançar centenas de milhares de pessoas.

Considere que Paulo estava longe, mas Cristo o alcançou. Portanto, creia que independente da distância que homens e mulheres estejam de Deus, independente do passado e da biografia, existe um caminho para a salvação e este caminho passa necessariamente pela cruz. Ou seja, a cruz não é uma opção como muitos dizem por aí, nem uma alternativa na visão de muita gente. A cruz de Jesus é uma necessidade porque somente ela tem poder para triunfar sobre as distorções da vontade humana. Resumindo: a cruz representa o êxito do amor de Deus sobre o orgulho e o fracasso do homem. Forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 26 Janeiro 2022 00:28

25/01/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 24 Janeiro 2022 11:58

EXCLUSIVIDADE

EXCLUSIVIDADE

“…porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão desprezados.” (1 Sm 2.30)

Samuel era filho de Ana e desde o nascimento foi consagrado a Deus a servir no templo em Siló e se tornou um dos maiores profetas em Israel, além de juiz e sacerdote. Um detalhe marcante na vida de Samuel foi que ele ungiu os primeiros reis de Israel, Saul e Davi. Conforme os historiadores, os dois livros de Samuel eram um grande volume com informações das ações dos governos de Israel e Judá, e quando os rabinos fizeram a tradução do Antigo Testamento do hebraico para a língua grega, houveram por bem em separar o todo o conteúdo em duas partes, ficando como se vê nos dias atuais: 1 Samuel e 2 Samuel.

Contextualizando a passagem acima, tem-se que Deus advertiu o profeta Eli e os seus dois filhos de nomes Hofni e a Fineias quanto às suas atitudes e comportamentos, e nessa esteira de advertência, Deus, usando um de seus profetas falou sobre alinhamento, sobre aliança e compromisso, sobre  honra e também sobre desprezo na relação do homem para com Deus (1 Sm 2.27-36).

Muito comum nos dias de hoje nas celebrações de compra e venda ou de negócios entre duas ou mais pessoas, são as assinaturas em contratos escritos e o reconhecimento dessas assinaturas em cartório. São maneiras de evitar que aquilo que foi acordado e que foi celebrado perca o devido valor e ninguém fale depois que não sabia ou que se faça de desentendido. Houve épocas em que a famosa “palavra” tinha muito valor nas transações, mas nos dias atuais ela se perdeu nas negociações e pode-se dizer que ninguém mais usa da “palavra”para firmar um contrato. Pense!

Perceba que o sacerdote Eli foi escolhido e servia a Deus oficiando no templo e pode-se acreditar que mesmo naquela época como nos dias atuais, era um grande privilégio não só oficiar como sacerdote, mas o fato de ter sido escolhido por Deus. Tinha ele dois filhos, que na visão do autor, era filhos de belial, tais eram as posturas e comportamentos de abusos e corrupção para com seus compatriotas que vinham sacrificar ao Senhor no templo (1 Sm 2.27-28). A narrativa mostra que consciente ou não, o sacerdote Eli acabou deixando que seus dois filhos abusassem da autoridade e se locupletassem das ofertas que chegavam ao templo, além de promoverem orgias sexuais com as mulheres que para lá se dirigiam. Pasmem!

Mais a frente, diante das desonras que os dois filhos praticavam, a advertência verbal do profeta que Deus usou se tornou em realidade, e tanto Eli como seus filhos morreram em momentos distintos (1  Sm 4.11-18). Sem fazer julgamentos, restou claro que a consequência do  pecado, em todo o tempo, continua sendo a morte (Rm 6.23). Entenda bem que muito embora o sacerdote Eli, pai dos dois rapazes, apesar de não praticar o mal, consentia que seus filhos o praticassem, ou seja, era complacente e não tomava nenhuma atitude no sentido de impedir as ações de seus filhos, proporcionando que Deus se manifestasse  e agisse (1 Sm 2.30).

Considere que a fé cristã exige comprometimento e alinhamento. Não se pode negar que em todos os ambientes e cenários, o que mais se percebe nos dias atuais é a relativização de valores, até então tido como absolutos na doutrina cristã. É nesse sentido que muita gente até se diz cristão, todavia, suas posturas não condizem com as posturas da doutrina cristã. Assim, se dizem cristãos, mas ainda gostam do patrimônio alheio, são afetos à prostituição, ao roubo, aos vícios e a toda sorte de pensamentos de iniquidades. Veja bem que os dois filhos do sacerdote Eli eram da casa, conheciam a lei de Deus, se faziam presentes e viam seu pai Eli oficiar no templo e mesmo assim, seus corações pendiam para as práticas do mal. Ao mesmo tempo que estavam “servindo” a Deus, viviam no pecado, nas imoralidades, na fraude e na mentira. Ou seja, o corpo estava na tenda da congregação,  mas o coração estava navegando na corrupção. Reflita!

Lembre-se que no mundo dos negócios o que as pessoas mais buscam é a certeza de que os contratos firmados serão efetivamente cumpridos, isso gera a previsibilidade. É a garantia de que o que foi ajustado vai mesmo se realizar. De maneira semelhante, Deus espera que o homem tenha com ELE compromisso e comprometimento, ou seja, uma vida alinhada com os céus, afinal, nas palavras de Jesus: “Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará o outro, ou dedicar-se-á a um e desprezará o outro.” (Mt 6.24). Ou seja, Deus requer exclusividade! Grande abraço

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

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