Milton Marques de Oliveira
05/04/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
MARCAS
MARCAS
“…Estas pedras serão, para sempre, um memorial para os filhos de Israel” (Js 4.7)
Josué foi o autor deste livro que leva o seu próprio nome e sua narrativa está inserida no encerramento da peregrinação do povo de Israel, que tinha saído do Egito e rumava em possessão definitiva para as terras de Canaã. Josué foi um assessor de Moisés e mais tarde Deus o indicou para sucedê-lo (Nm 27.15-23). Coube a Josué fazer a divisão das terras e sob sua liderança o povo de Israel vivenciou milagres e bênçãos enxergando as mãos de Deus conduzindo e guardando os seus escolhidos.
A passagem acima está ambientada dentro do período da peregrinação. O povo de Israel havia terminado de passar a seco pelo rio Jordão e Deus se manifestou a Josué, determinando que fosse feito um altar, de forma que aquele evento ficasse registrado como uma marca não só na memória do povo, mas quando fixassem os olhos no altar de pedras eles iriam se lembrar das obras que Deus tinha realizado no meio deles (Js 4).
Perceba que ninguém vive sem ter algo de sua vida passada para contar. Uns possuem coisas boas para serem lembradas e é assim que os museus guardam a história de um povo. Móveis, máquinas, fotografias e mais recentemente vídeos, utensílios e tantos outros objetos quando vistos e observados resgatam a memória das pessoas e isso é bom para os mais novos sentirem as transformações na história. São as marcas de um cultura, as marcas de um povo. Álbuns de casamento ou de formatura, documentos, imagens de construções e tantas outras coisas são formas de preservar e manter a tradição, a cultura e a história. Devem mesmo ser cultivados por todos.
A narrativa diz que quando os sacerdotes tocaram com seus pés as águas do Rio Jordão, elas se separaram e todo o povo de Israel passou a seco de uma margem a outra e logo depois Deus instruiu Josué a construir um memorial, para que este milagre ficasse marcado e não desaparecesse da memória do povo (Js 3.12-17; Js 4.21).
Didaticamente o intuito de Deus era que o milagre ficasse registrado, ou seja, Deus não queria que eles apenas contassem a história de como passaram o rio Jordão, eles iriam contar a história para as próximas gerações e mostrar as pedras do memorial. Era uma forma pedagógica para lembrar às gerações futuras tudo aquilo que Deus tinha realizado.
Considere que o homem por vezes é ruim para se lembrar de eventos do passado, aliás, com tantas atividades para fazer diariamente e com a memória cada vez mais curta, muitos eventos quando não são registrados caem no esquecimento e depois disso ninguém mais se lembra. E trazendo isso para os milagres e bênçãos que Deus tem realizado na vida de muita gente, nada mais natural que todos esses milagres sejam registrados, fotografados e que sirvam para demonstrar a grandeza de um Deus que zela pelos seus (Sl 121). Entenda que a saúde espiritual do crente é alimentada pela lembrança dos milagres e bênçãos que Deus realizou. Ou seja, memoriais das obras de Deus ajudam a realinhar a visão do homem para com os céus. Pense nisso!
Aquelas 12 pedras coletadas no Rio Jordão que formaram o altar iriam atiçar as curiosidades das crianças e dos jovens, de maneira que nunca mais eles iriam esquecer o que Deus fez pelos seus antepassados (Js 4.20-21). Infelizmente, conscientes ou não somos parte de uma geração descompromissada e pouco afeta ao sentimento da gratidão, aliás, quando as pessoas são menos agradecidas é bem provável que elas também pouco se lembram das obra de Deus em suas vidas. Observe que hoje muitos pais fazem questão de lembrar a data que seu time foi campeão, mas são incapazes de lembrar o dia que Deus os abençoou ou que os curou de alguma enfermidade ou nem se lembram da data que receberam um livramento e, pior que isso, é não se lembrar de retransmitir essas informações aos filhos, perdendo a chance de mostrar a eles o Deus que os criou. Reflita!
Cuidar de mostrar quem é Deus na vida do cristão e ensinar essa verdade já era abordado por Moisés, que não só demonstrou isso ao povo como fez questão de deixar escrito essa ordenança (Dt 6.7-9). Anos mais tarde, Salomão não deixou por menos e assim se expressou: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6). Ou seja, conhecer a Deus e mostrar isso ás gerações vindouras deve ser vista como uma ordenança e necessidade sempre atual. Pense sobre isso!
Portanto, saiba que as experiências, bênçãos e milagres do passado precisam repercutir nas próximas gerações, daí a relevância de falar e transmitir para as gerações futuras o que Deus tem feito, transformando tudo isso em marcas ou memorial, afinal de contas ter viva recordação das obras de Deus é fundamental para o fortalecimento da fé dos mais novos. Viva e pratique isso, invista na saúde espiritual dos mais novos! Forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
03/04/2022 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
03/04/2022 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
02/04/2022 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
29/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
OSCILAÇÃO
OSCILAÇÃO
“Tu, porém, és o que és, e teus anos não têm fim;” (Sl 102.27)
Em um só livro são cerca de 150 poemas, conhecidos por Salmos e que possuem diversos autores. Segundo os historiadores, mais de setenta deles são atribuídos ao rei Davi e a totalidade dos salmos expressam as situações de momento vivenciadas por seus autores, assim, tem-se salmos que demonstram gratidão, confiança, outros que buscam pelo arrependimento, tem aqueles que exaltam e glorificam Deus, outros já são conhecidos como messiânicos por anteverem a pessoa de Cristo como salvador e remidor da humanidade.
O salmo 102 deixa transparecer em todo seu contexto uma forte súplica do salmista que está em grande aflição e procura por socorro, para ao final reconhecer o caráter santo e justo de um Deus que não só fundou a terra, como detém o controle de todas as coisas. Tudo está em suas mãos.
A psicologia diz que o caráter de uma pessoa reside na sua forma habitual e constante de agir, ou seja, a forma de ser do indivíduo. É desta maneira que as pessoas conhecem um ao outro, pela habitualidade e pelas reações que são constantes, assim, percebe-se que essas pessoas não mudam sua maneira de ser diante das situações que surgem em sua vida. Pode-se dizer que existe um equilíbrio e a constância nas atitudes é perfeitamente visível.
Mas compreenda que nem sempre os homens e mulheres tem sua forma de agir baseado nessa constância. Muito embora as situações possam ser as mesmas, veja que ora agem de um jeito e ora mudam completamente sua forma de atuar, e isso apenas mostra que o homem apresenta grande alternância em seu caráter. Infelizmente, essas mudanças tem sido a causa de muitos desencontros nas relações pessoais, justamente pela imprevisibilidade das ações. Nesse sentido fica evidente que no decorrer de sua existência muitas pessoas, mudam de posição conforme as suas conveniências e/ou circunstâncias. Num dia elas podem gostar de roupas com estampas e amanhã odiar, hoje podem apresentar um temperamento dócil e gentil e amanhã, se tornarem rancorosas e iradas a ponto de causar brigas e confusões.
Trazendo isso os atributos de Deus, perceba que quando Deus comissionou Moisés para libertar e liderar o povo de Israel do Egito para as terras de Canaã, Moisés quis saber o nome de quem estava lhe enviando para dizer a Faraó, e Deus respondeu: “Eu sou o que sou.” (Ex 3.14). Embora essa frase não definisse o nome de Deus, naquele momento o próprio Deus estava afirmando não só a sua existência como estava detalhando um de seus atributos: a imutabilidade.
Veja que homens e mulheres mudam seus discursos e por inúmeras vezes eles pronunciam coisas que não queriam dizer, mas falaram porque se viram enredadas em suas próprias instabilidades e o resultado disso é conflito, aliás, o conflito chega quando o próprio homem descobre sua incapacidade de sustentar, ante fatos apresentados, o que manifestou no passado. Por vezes impressiona as oscilações humanas que vão do bem ao mal, do sagrado ao profano, do sim ao não com extrema rapidez. Resumindo, considere que o discurso do homem é falho e instável e isso apenas reflete sua natureza má e pecaminosa (Rm 8.18-21). Reflita!
Entretanto, quando se olha para Deus, é visível o seu caráter santo e justo. Atente que Deus não muda seu discurso, Deus não muda suas palavras e nem muda os seus caminhos. Aquilo que Deus disse ou o que ELE prometeu, certamente se concretizará, pois caso mudasse de opinião ou mesmo alternasse seu posicionamento, com certeza não seria Deus (Nm 23.19). Simples assim. É neste sentido que em todos os cenários o pecado contra Deus continua sendo pecado, a promessa de Deus continua sendo promessa de Deus e os mandamentos de Deus continuam retos e justos (Hb 13.8). Resumindo, Deus jamais agiria em desconformidade com o seu caráter para atender o homem, porquanto falho, desobediente e imperfeito. Guarde isso!
Oscilando entre as práticas do bem e do mal e exercitando toda sorte de maldade, a vida de muita gente se assemelha a um gráfico de ações da bolsa de valores. Um verdadeiro sobe e desce sem demonstrar estabilidade espiritual. E certamente que aqui reside a grande dificuldade das pessoas em caminharem dentro dos parâmetros divinos, pois o pensamento equivocado e dominante é que pequenos e bons atos praticados nos ambientes familiares, junto a colegas, na igreja e/ou no trabalho podem vir a compensar a ausência de caráter somadas às grande ações de maldade praticadas mundo afora. Não há essa compensação, creia nisso!
Portanto, entenda que se a natureza humana é mesmo inclinada ao mal, a transformação dessa natureza má e corrupta passa necessariamente pelo arrependimento e mudança de mentalidade. Confiar em Deus, apresentar-se a ELE e crer que por meio do seu amor ELE cuidará de purificar o coração. A imutabilidade de Deus garante que Deus é sempre um Deus perdoador, que não oscila em suas ações e que derrama graça e misericórdia em favor daqueles que o buscam. Em Deus não há nenhuma insegurança, nenhuma dúvida, nenhuma incerteza e logicamente, nenhuma variação. Guarde isso! Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus continue abençoando sua vida.
Milton Marques de Oliveira - Pr
27/03/2022 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
22/03/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"
MISTURA
MISTURA
“E o populacho que estava no meio deles, veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios, pelo que, os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará carne a comer?” (Nm 11.4)
Na ordem bíblica o livro de Números se encontra no conjunto de cinco livros chamados de Pentateuco (Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), cuja autoria é atribuída a Moisés. O nome Números vem pelo fato de terem sido realizados dois censos do povo de Israel em duas ocasiões distintas (Nm 1.2 e Nm 26.2). Grandes trechos da narrativa são repetições extraídas dos livros de Êxodo, Levítico e Deuteronômio e um detalhe do livro de Números é o registro da nuvem durante o dia e da coluna de fogo durante a noite, como símbolos da presença de Deus guiando o povo que peregrinava em pleno deserto com destino às terras de Canaã.
Ambientando a passagem acima, tem-se que durante a caminhada pelo deserto integrantes do povo passaram a reclamar contra Moises por não terem carne para comer. Eles recebiam o maná e estavam sendo alimentados por Deus de maneira sobrenatural, mas não se sentiam satisfeitos e de maneira comparativa faziam menção dos alimentos que comiam quando eram escravos no Egito (Nm 11.4-19).
Atente que sem exceção, em todo conjunto de pessoas, seja ele pequeno ou grande, sempre existe a possibilidade de no meio deste grupo, existirem pessoas que não comungam com o mesmo objetivo das demais. Isso fica visível nas famílias, nas empresas, no comércio, nas equipes esportivas e, inclusive nos ambientes religiosos. É a chamada mistura. Pasmem!
Considere que devido a um grande período de escassez de alimentos, os descendentes de Jacó foram para o Egito e lá eles se multiplicaram e cresceram em número de pessoas, entretanto, passado algum tempo, com a morte de José e com a ascensão de uma nova dinastia egípcia, os descendentes de Jacó foram escravizados, até que Deus levantou Moisés para libertá-los e reconduzi-los às terras de Canaã (Ex 1.8-14; 2.23-25; 3.13-22).
Entenda bem que todos os israelitas saíram das terras egípcias debaixo de uma promessa, debaixo de uma palavra do próprio Deus, palavra essa que os levaria para um lugar de liberdade e assim, eles caminhavam firmes e convictos de que para onde iriam, teriam melhores condições de vida, poderiam ter suas casas, suas lavouras e obviamente, estariam livres da opressão. Mas é importante saber que junto com o povo de Israel, muita gente que não era descendente de Jacó aproveitou a situação e saíram juntos. Estes eram os estrangeiros que acompanharam o povo de Israel, ou na versão de muitos historiadores, eram denominados de gentalhas ou o populacho (Ex 12.38).
Compreenda que o povo hebreu era conhecedor do Deus que dera livramento e por ELE era direcionado na peregrinação, entretanto, como dito acima, havia no meio deles um grupo que não foi contabilizado como israelita e que não comungava a mesma fé em Deus. Esse grupo provavelmente não acreditava nas promessas de Deus, estavam ali aproveitando a ocasião e, infelizmente passou a influenciar negativamente o povo, provocando uma grande crise. Noutras palavras, entenda que a reclamação gera um efeito dominó, contagiando, contaminando e o resultado disso foi uma rebeldia coletiva. O texto mais a frente diz que Moisés foi orientado por Deus e equacionou a situação.
Mas de maneira idêntica, nos dias atuais no meio dos que acreditam em Cristo e em sua obra redentora na cruz do Calvário, saiba que também existe um povo sem essa mesma crença. Ou seja, dentro do povo de Deus, tem também um povo sem Deus que vive influenciando negativamente, ora murmurando, ora agitando e ora provocando rebeliões. Reflita nisso!
Para estas pessoas sem Deus, atente que no coração e na mente deles ainda persistem os mesmos desejos carnais, as mesmas vontades que governam seus corações e que são direcionadas para às práticas mundanas. Essa pessoas se acham convertidas, quando na verdade são apenas simpatizantes e quando muito, apreciam o ambiente eclesiástico, mas não possuem o mesmo objetivo e nem a mesma esperança e logicamente, não alimentam as mesmas expectativas por não estarem convictas. Creia nisso!
De forma resumida, essas pessoas retratam fielmente um grupo sem Deus que está inserido no meio de uma coletividade que professa a fé em Deus. Por motivos circunstanciais elas estão no seio da igreja, todavia, não foram transformadas espiritualmente em novas criaturas e não nasceram de novo e, logicamente, ainda estão com o pensamento no mundo com suas velhas práticas e hábitos. Essas pessoas até entoam louvores, participam das celebrações, recebem as ministrações e realizam outras atividades no ambiente da igreja, mas não se converteram verdadeiramente e, infelizmente, vez por outra, provocam atos de rebeldia, contaminando o povo de Deus. Perceba que isso ficou evidente na peregrinação quando um grupo de pessoas não hebreias, não descendentes de Jacó levantou questões alvoroçando o povo e isso se tornou um grande problema para Moisés (Nm 11.4-10).
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33). Ou seja, influências perversas quando bem direcionadas são como flechas que acertam o coração do crente. Se cuide, abra os olhos e firme seu compromisso com Cristo, afinal de contas o dito popular diz que as aparências enganam, mas tenha olhos para quem conduz a sua vida: Jesus Cristo, amém? Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus continue sustentando sua vida!
Milton Marques de Oliveira - Pr