Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 28 Setembro 2021 23:40

28/09/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 27 Setembro 2021 13:41

PROPOSTA

PROPOSTA

 “E eis que no mesmo dia iam dois deles para uma aldeia, que distava de Jerusalém sessenta estádios, cujo nome era Emaús.” (Lc 24.13)

 

Lucas era um médico grego que viveu na cidade de Antioquia, na região geográfica da Síria. Não foi discípulo de Jesus, todavia, esteve bem próximos deles, reunindo informações que deram origem ao seu evangelho (Lc 1.1-4). Era amigo do apóstolo Paulo com quem esteve acompanhando as viagens missionárias, ocasião em que fez um diário dos principais eventos vindo a escrever o livro de Atos dos Apóstolos.

Depois da crucificação, morte e ressureição de Jesus, alguns de seus discípulos tomaram a decisão de voltarem para suas atividades anteriores. Foi com este pensamento, por exemplo, que Pedro e outros seis companheiros foram pescar e contextualizando a passagem acima, tem-se que dois discípulos resolveram voltar para Emaús, cidade que ficava pertinho de Jerusalém (Jo 21.3-11 e Lc 24.13-32).

Observe que desde cedo as pessoas planejam algo para suas vidas. Jovens e adolescentes fazem projetos dos cursos que querem graduar na faculdade e projetam a vida depois de formados. Adultos projetam as casas de moradia, casamentos, viagens, negócios e uma infinidade de eventos. Enfim, entrar nas execuções de projetos está no cerne da vida humana. Pense!

Neste contexto perceba que tem sido comum encontrar pessoas que abraçaram determinados projetos e neles entraram com muito ânimo e coragem, todavia, depois de certo tempo, se acharam desanimadas porque na visão delas a proposta para o projeto não tinha mais sentido devido a um acontecimento inesperado. Ainda no entendimento dessas pessoas, elas investiram tempo, dinheiro e seus talentos, mas no meio da execução do que foi proposto, enxergaram que não fazia mais sentido. O projeto que elas abraçaram simplesmente evaporou, se desintegrou no ar e elas perderam a esperança.

Veja que a narrativa de Lucas mostra que dois discípulos de Jesus deliberaram em voltar para suas casas logo após a morte de Jesus. É bem certo que em algum momento da vida desses dois homens, Jesus os inspirou por meio de um milagre que eles presenciaram ou foram inspirados por meio dos ensinamentos do Mestre ou mesmo por terem recebido uma benção. Provavelmente, eles renunciaram suas casas, seus familiares, seus amigos, suas terras, seus animais e seus negócios na cidade de Emaús para abraçarem a proposta do projeto do reino de Deus, do Messias que viria para libertar Israel. Ou seja, em algum momento, esses dois homens renunciaram seus projetos particulares para entrar no projeto do reino que Jesus anunciava.

O texto de Lucas diz que eles esperavam que Jesus fosse quem havia de redimir a Israel, entretanto, com a crucificação de Jesus eles simplesmente perderam a esperança e abandonaram o projeto que outrora tinha sido motivador (Lc 24.21). Pode-se dizer que o evento da crucificação e morte de Jesus, fez com que eles desacreditassem em tudo o que o mesmo Jesus havia ensinado. Noutras palavras, a cruz, projeto de Deus para salvar a humanidade se mostrou como revés para os projetos do reino de Deus para essa dupla. Pasmem!

Entenda a semelhança dessa passagem com os dias atuais. Hoje, em algum momento de suas vidas muitas pessoas também creram em Jesus e convertidos, passaram a caminhar debaixo de projeto de vida eterna, de uma esperança de vida transformada pela graça de Deus, todavia, bastou tão somente um desacerto na jornada, um revés ou um evento inesperado na caminhada para que essas mesmas pessoas desanimassem. Por causa de uma crise ou uma luta na caminhada cristã, elas entraram em pane, se revoltaram, voltaram para as práticas mundanas e desistiram do sonho de uma vida que outrora lhes fora inspirador, a ponto de fazê-las renunciar à vida particular. Reflita!

Considere que dentro da jornada cristã existem centenas de milhares de pessoas desanimadas, sem esperança e que perderam a visão por que em determinado tempo de sua existência, houve um fato que os afastou da presença de Jesus. Para essas pessoas, infelizmente, as incertezas e as dúvidas da vida foram mais fortes que as promessas de Deus. Elas foram vencidas pelo desânimo e pelos eventos circunstanciais da vida.

Hoje tem sido comum ver homens e mulheres desistindo de seus projetos devido acontecimentos que surgiram e que eles não conseguiram superar, seja por fraqueza, seja pela falta de perseverança ou pela falta de conhecimento da palavra (Lc 24.27). O certo é que se deixaram levar pelas adversidades e não acreditaram no projeto que outrora os inspirou e motivou a seguirem a Cristo. Isso acontece com aqueles que acreditaram em Jesus e depois se afastaram, todavia, compreenda que se no meio das dúvidas e  das decepções essas pessoas olhassem para as promessas de Deus com relação à vida eterna e/ou mudança de vida, ou se no meio das incertezas, elas olhassem a misericórdia e o perdão de Deus, é bem certo que muita gente deixaria de desistir, pois seriam capazes de processar e entender sobre a proposta de reconciliação envolvendo o grande e incondicional amor de Deus por cada um. Reflita!

Atente, porém, que muito embora aqueles dois tenham abandonado o projeto de uma vida eterna diante de um revés, veja que eles foram alcançados por Cristo que, caminhando com eles, reacendeu a chama que tinha se apagado em seus corações (Lc 24.15;32). Noutras palavras, a presença de Jesus fez que com eles retornassem à Jerusalém (de onde não deveriam ter saído), a presença de Jesus deu uma injeção de ânimo e uma nova realidade brotou em seus corações. Portanto, aceite a companhia de Jesus em sua vida e não permita que os revezes da vida te cubram de dúvidas e incertezas, pois independente de eventuais imprevistos que são comuns a todos, a vida cristã se fundamenta pela fé e pela constância na caminhada, afinal, a presença de Jesus não só ativa a esperança, como restaura a nossa comunhão com ELE, amém? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 20 Setembro 2021 09:04

COMANDO

COMANDO

E, viajando por toda a região da Frígia e da Galácia, Paulo e seus companheiros de ministério foram impedidos pelo Espírito Santo de pregar a Palavra na província da Ásia.” (At 16.6).

 

O Livro de Atos dos Apóstolos apresenta de maneira resumida o relato da expansão da igreja depois da morte e ressureição de Jesus. A narrativa de  Lucas tem nos discípulos Pedro e Paulo quase que a totalidade dos eventos que levaram à formação da igreja no mundo de então. Veja que Lucas não foi discípulo de Jesus não era Judeu e segundo os historiadores, ele era grego e morador de Antioquia na Síria. Tinha a medicina como atividade laboral e esteve acompanhando o apóstolo Paulo em diversas ocasiões, registrando e anunciando a salvação por meio da graça e do amor de Deus (Atos 16.6-11).

Enquanto esteve afastado de Jesus, sem ainda conhecer o Messias, o apóstolo Paulo era dono de sua agenda, ou seja, sua vida era comandada por sua vontade. Ia para onde desejava, tinha plena liberdade de fazer suas escolhas e tomar suas decisões, todavia, depois de sua conversão, ele passou a ser governado pelo Espírito Santo de Deus. Jesus assumiu o comando! ( At 16.6-10).

Perceba que hierarquia e disciplina são princípios que constituem a base não só das organizações militares, mas também de grandes corporações que encontram nesses dois princípios a fundamentação para o alcance do sucesso, ou do fracasso caso estes princípios sejam desconsiderados. Atente que enquanto a hierarquia é demonstrada no acatamento da autoridade, a disciplina impõe a observância de normas e regras que devem ser executadas fielmente. Ou seja, as duas caminham juntas, de mãos dadas.

É fácil observar que o ministério do apóstolo Paulo foi marcado por muitos eventos, muitos compromissos e diversos deslocamentos. Lucas deixou registrado que Paulo estava sempre realizando alguma coisas, ora ensinando, ora escrevendo cartas às igrejas, ora plantando igrejas e, logicamente tudo isso era realizado por meio de planos que estabeleciam as rotas de visitas ás cidades.

O texto de Lucas mostra que o plano deles era viajarem para a Ásia, todavia, o Espírito Santo não permitiu (At 16.6). Ali mesmo eles reformularam os planos e desejaram ir para a cidade de Bitínia, mas novamente o Espírito Santo interviu e não permitiu que essa viagem se realizasse. O planejamento pessoal ficou para trás e eles, obedientes ao governo e autoridade do Espírito Santo acataram a nova direção e tomaram rumo a Macedônia. Era naquela região que Deus queria que eles estivessem anunciando o seu amor e foi onde Deus fez grandes coisas, convertendo corações e salvando almas (At 16.14-31). Noutras palavras, o projeto de expansão era conforme os planos de Deus e não conforme o desejo de Paulo que desejava ir para outra região e, com um detalhe: mesmo sendo chamado por Deus no momento de sua conversão, não poderia ele atrapalhar os projetos divinos. Afinal de contas, a exclusividade da obra de Deus em estabelecer igrejas era e continua sendo dele próprio (Mt.16.18). Guarde isso!

Considere que Deus criou o homem e o dotou de inteligência para realizar muitas tarefas, inclusive a de pensar estrategicamente de forma ter bons resultados em seus projetos, e desde sua conversão Paulo estava anunciando Jesus por onde passava. Estava completamente envolvido na missão de mostrar que outrora estivera afastado de Deus e agora afirmava a todos que Jesus era o Cristo e que a salvação por meio da graça e misericórdia de Deus era algo tão real que, ele próprio, era uma carta viva dessa mudança (2 Co 3.2). Reflita!

Saiba que dentro da achologia humana,  nem sempre o homem está ouvindo o que Deus tem para lhe dizer e prossegue tocando sua existência à sua maneira. Isso fica evidenciado quando a vida de muitas pessoas são conduzidas aos trancos e barrancos, ocasionando perdas e trazendo dores e sofrimentos. Ao impedir que Paulo fosse para a região da Ásia, era certo que lá eles poderiam ter problemas que não sabiam, afinal Deus, dentro de sua onisciência tem conhecimento das coisas que virão. Dentro da inteligência humana, cabe ao homem planejar, escrever, avaliar e calcular todas  as possibilidades que estão à sua frente, analisando os prós e contras, mas deixando o comando da sua vida para Deus, aliás, já dizia o profeta Jeremias que não cabe ao homem determinar o seu caminho, nem aquele que caminha, o de dirigir os seus passos. (Jr 10.23).

Dentre as doutrinas bíblicas, certamente que a soberania de Deus é a mais confrontada pelo homem, justamente pela sua abrangência. Em diversas ocasiões Deus simplesmente atravessou a história para corrigir rumos, ajustar rotas e dar destino diferente daquele que o homem se propôs a fazer (Gn 11.1-9). A história de Jó é um exemplo de aceitação da soberania divina quando ele próprio reconheceu que nenhum dos projetos que Deus idealizou poderiam ser impedidos (Jó 42.2). Finalizando, entenda que  Deus governa todas as coisas, afinal, se não governasse, não seria Deus. Nesse contexto, creia que Deus é absolutamente soberano para fazer o que deseja, como deseja e quando deseja. Tem poderes para cumprir e/ou determinar cumprir os seus propósitos e ao homem, cabe tão somente ser ou não um instrumento em suas mãos. Compreenda isso, descansa o seu coração e viva feliz sob o comando de Jesus Cristo. Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 13 Setembro 2021 15:12

LIMITES

                                                      LIMITES

“Declarou Jesus: "Eu também não a condeno. Agora vá e não peques mais". (Jo 8.11)

 

Além de escrever o quarto evangelho, João ainda deixou registradas três cartas e o livro de Apocalipse, não deixando nenhuma dúvida que dentre os doze discípulos de Jesus, foi aquele que mais escreveu. João e seu irmão Tiago eram filhos de Zebedeu, tinham como profissão a pesca e quando receberam o chamado de Jesus eles não questionaram, simplesmente o seguiram (Mc 1.19). Dentro da tradição cristã, João ficou conhecido como o discípulo amado (Jo 21.20).

Em todo o ministério de Jesus, os confrontos com os diversos grupos religiosos da época eram uma rotina. Diariamente os integrantes desses grupos não só criticavam, mas colocavam situações do cotidiano para verificar se Jesus cometia algum erro e assim teriam motivos para constrangê-lo. E em um desses encontros os fariseus e os escribas apresentaram a Jesus uma mulher apanhada em flagrante no adultério e lhe perguntaram o que deveria ser feito com ela (Jo 8.1-11).

Perceba que a sociedade atual caminha a passos largos para um confronto com ela própria. É visível que hoje essa mesma sociedade está dentro de uma grande crise de valores e princípios, com a relativização de muitas verdades, num pressuposto de que nada é absoluto ou completo, gerando assim um enorme ambiente de incertezas. Em nome do politicamente correto e da boa convivência social, é certo que muita gente  acaba por aceitar inúmeras situações constrangedoras, tanto no campo familiar como no campo moral, político, educacional e inclusive eclesiástico.

Veja que Jesus foi questionado pelos seus inimigos religiosos quanto ao que fazer com uma mulher que estava em flagrante adultério. Pela lei de Moisés, ela deveria ser apedrejada e era justamente isso que os fariseus e escribas queiram ouvir de Deus (Lv 20.10). Caso concordasse com este procedimento Jesus seria responsabilizado sobre a morte dela e concordaria com a aplicação da lei sem misericórdia e se optasse pela liberação, diriam que Cristo não observava a lei. E lembre-se que numa cultura extremamente patriarcal, o homem adúltero não foi apresentado junto com a mulher. Jesus estava mesmo numa situação difícil e parecia não haver uma saída. A narrativa diz que Jesus tirou o foco da lei e passou a colocar luz sobre aqueles homens, dizendo a eles que dentro daquele grupo o que não tivesse pecado, que atirasse a primeira pedra. Sabiamente, Jesus não discutiu sobre a aplicabilidade da lei mas mudou o foco do julgamento, pedindo que eles examinem a si mesmos diante do que a lei exigia (perfeição) e o resultado foi que os julgadores foram embora e a mulher ficou a sós com Jesus. Entretanto, voltando-se para a mulher, Jesus não questionou sua transgressão, mas a perdoou e liberou uma palavra colocando limites na vida dela: “não peques mais.” (Jo 8.11). Ou seja, era como se Jesus dissesse: eu também não concordo com sua transgressão, vá embora e não voltes a cometer o mesmo erro. Reflita!

Entenda bem que o grande desafio para os cristãos de hoje é sustentar as verdades bíblicas diante de tantas outras verdades que vão surgindo mundo afora, é o que se chama de relativização da verdade. Não é de se admirar que correntes filosóficas tem entrado na mente de muita gente, influenciados que são por inúmeras teses onde nada é absoluto, mas tudo é relativo, contrariando frontalmente padrões morais que estão fundamentados há séculos.

Perceba que Jesus não concordou e nem compactuou com a transgressão daquela mulher e quando a liberou ele não a incentivou a cometer outro adultério e nem a julgou pelo grave erro que ela cometera, todavia, ao sair da presença da Jesus, o Mestre deu uma direção certeira quanto ao futuro: “e não peques mais”. Noutra palavras, Jesus estava dizendo que ela deveria ter uma mudança de comportamento e de posturas, deveria dar uma guinada na vida e acabar com seus desejos pecaminosos a partir do momento em que foi perdoada. Resumindo:  Jesus colocou limites. Pense nisso!

Saiba que o duelo nos dias atuais onde o que é certo tem se tornado errado e o errado se tornou certo, é não ser influenciado pelas palavras bonitas de quem relativiza tudo o que acha pela frente. Se, e somente se, aquela mulher alegasse que estava apenas “ficando” com o homem, mesmo assim ela estaria cometendo adultério, portanto,  mudar o nome das transgressões não justifica e nem isenta o erro cometido. Guarde isso!

Entenda que a estratégia de muita gente nos dias atuais é renomear os erros como forma de justificá-los. Assim, o que  rouba não é ladrão, mas cleptomaníaco, já aqueles conhecidos pelas agressividades, se veem como bipolar. Os negligentes com suas tarefas, inclusive no meio cristão, possuem deficiência de  atenção e os consumidores de pornografia se transformaram em obsessivos-compulsivos. Até mesmo aqueles usuários de drogas, hoje são os doentes. Enfim, pode-se até mudar as definições das transgressões, mas saiba que elas continuam sendo transgressão contra Deus.

Por fim, considere que converter e ser “nascido de novo” implica em ser remodelado pelo poder transformador do Espírito Santo diante de uma sociedade que desconhece princípios e valores e transpira uma realidade moral caótica. Nas palavras de Jesus, seja luz nas trevas, seja luz no mundo (Mt 5.14). Grande abraço!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 12 Setembro 2021 23:36

12/09/2021 - CULTO DE LOUVOR A DEUS

Terça, 07 Setembro 2021 23:39

07/09/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 06 Setembro 2021 13:10

DNA

DNA

“Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Lc 3.8).

Os historiadores dizem que Lucas era um médico grego que morava na Antioquia, região geográfica da Síria. Lucas escreveu o terceiro evangelho apresentando Jesus como o Deus de toda compaixão, de toda bondade e misericórdia. Era amigo do apóstolo Paulo com quem esteve viajando e registrou cuidadosamente diversos eventos que mostraram o sucesso e o fracasso dos primeiros anos da expansão do cristianismo. E dessas suas observações saiu o livro de Atos dos Apóstolos que narra o início da igreja.

O contexto da passagem acima está na narrativa sobre o ministério de João, filho de Zacarias e Izabel. João era filho único do casal e em decorrência da idade de seus pais, pode-se afirmar que o seu nascimento foi mesmo um verdadeiro milagre. A breve vida de João foi marcada pelas palavras de ordem contra o sistema religioso vigente e pelo batismo  nas águas de Jesus Cristo (Lc 3.1-22).

“Filho de peixe, peixinho é” é uma expressão pronunciada por muitos pais, orgulhosos de seus filhos e filhas. A frase quer dizer que a criança tem muitas semelhanças com seus pais, seja na personalidade, seja na aparência física ou mesmo noutros quesitos como o tino para os negócios. Enfim, ser reconhecido como peixinho do papai ou da mamãe pode mesmo ser motivos de muitas alegrias e felicidades, ou não.

Atente bem que o povo judeu era um povo que, devido ao sistema religioso que era imposto de cima para baixo sem chances de questionamentos e indagações, levava sua vida na busca pela execução mais perto possível dos rigores da lei mosaica. Assim, o povo procurava agradar a Deus por meio de suas obras, cumprindo os preceitos da lei e ainda se submetendo aos submandamentos que os sacerdotes judaicos criavam e assim, o povo era literalmente manipulado (tal qual os dias de hoje em muitos ambientes). Se cumprir toda a lei já era difícil, pode-se imaginar que a vida se tornava muito mais cruel com tantos penduricalhos inseridos pelas autoridades religiosas.

Em seu curto ministério lembre-se que Jesus confrontou diretamente todos os grupos religiosos de  sua época. Foi assim que escribas, fariseus, sacerdotes e saduceus e outros grupos mais se viram quase que diariamente no centro das palavras duras de Jesus, ora confrontando e ora fazendo cair por terra as ideias deles que, por sua vez, exerciam grande influência na vida cotidiana de toda nação israelita.

Saiba que dentro do contexto religioso judaico, o sistema excluía os não judeus  no projeto da graça salvadora de Deus. Na visão judaica, a salvação era dada somente aos judeus, entretanto, João, filho de Zacarias, questionou essa postura, não só chamando o povo ao arrependimento como desmitificando o pensamento que somente eles teriam a salvação. No pensamento judaico, por serem eles descendentes de Abraão, a  salvação estava garantida, ou seja, eles tinham uma visão que por meio do DNA, da genética e da hereditariedade, não havia nenhuma necessidade de arrependimento, até porque, como fiéis cumpridores da lei, eles se achavam perfeitos e sendo perfeitos, o arrependimento estava fora de cogitação. Pense!

Compreenda bem que João estava confrontando o autoconvencimento inserido no cerne da religiosidade judaica, era visível que eles estavam enganando a si próprios quando entendiam que por meio do parentesco, a salvação era um evento certo. Trazendo isso para os dias atuais, percebe a grande semelhança quando se compara o entendimento equivocado daquela época com muita gente que ainda acredita que pode ganhar a salvação se for parente de alguém. Existem muitos peixinhos, pessoas que convencidas pelo parentesco, querem herdar as bênçãos, querem receber milagres e não se sentem nem um pouco constrangidas a mudarem sua mentalidade e terem um relacionamento de amor e devoção para com Deus. Entenda que para a salvação não vale a frase “filho de peixe, peixinho é”. Guarde isso!

Saiba que existe uma infinidade de pessoas que desejam sim, a salvação, mas a desejam de carona no nome do pai, da mãe ou de algum parente reconhecido como homem e/ou mulher temente a Deus. Entenda bem que, independente do status social, do parentesco, da ligação genética ou da familiaridade, aliás, seja quem for, nada disso tem poder para dar a salvação. Reflita: a salvação vem pelo arrependimento, pela confissão de forma individualizada e era isso que João, o batista anunciava: “arrependei-vos e endireitai os seus caminhos” (Lc 3.3-4).

Portanto, compreenda que a questão não é sobre o seu DNA, sua genética, sua hereditariedade e/ou o seu parentesco. A questão é sobre a mudança de mentalidade, mudança de postura, de atitude e mudança espiritual e isso de maneira individualizada. Estamos entendidos?  Grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 05 Setembro 2021 23:08

05/09/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

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