Milton Marques de Oliveira
10/08/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"
PREÇO
PREÇO
“Cometi um grave pecado! Agora, ó Yahweh, perdoa este erro do teu servo, porque tomei uma atitude absolutamente insensata.” (2 Sm 24.10)
Segundo os historiadores os dois volumes de Samuel foram em parte escritos pelo próprio profeta Samuel e após sua morte outros trechos foram acrescentados pelos profetas Gade e Natã. Quando da tradução do Antigo Testamento da língua hebraica para o grego (Septuaginta) os rabinos tradutores compreenderam ser necessário dividir a narrativa em duas partes, ficando como está hoje em dia. Os dois livros narram a história do povo de Israel, a história e ações dos reinados de Saul e Davi, além de outros eventos familiares envolvendo estes dois personagens.
Contextualizando a narrativa acima, veja que durante seu reinado, o rei Davi teve a ideia de contar quantos homens aptos para a guerra ele dispunha e mesmo persuadido por um de seus homens de confiança, a contagem acabou sendo realizada. Ao final do censo, o rei Davi viu o tamanho de seu erro e rapidamente confessou seu pecado a Deus, todavia, embora perdoado, as consequências de sua desconfiança em relação a Deus foram sentidas em todo o seu reinado (2 Sm 24).
Com frequência se percebe que a palavra compromisso tem sido relegada a segundo, terceiro e até mesmo quarto item na relação de prioridades de muita gente. E isso em todos os cenários e ambientes. Poucos assumem um compromisso com a empresa onde trabalha, poucos são valor ao compromisso com as tarefas escolares e /ou universitárias e quando se fala de compromisso nas relações de amizades, ele praticamente não existe, tal quantidade de separações e abandono de amigos e colegas. Compromisso familiares ainda são vistos como os mais duradouros, mesmo assim, ainda se vê por aí muitos desencontros. Resumindo, o compromisso está meio que longe da vida de muita gente. Pasmem!
Veja que o rei Davi era grande comandante, bom rei, excelente defensor das causas de seu povo e nutria um ótimo relacionamento com Deus que, por sua vez, o direcionava em todas as suas ações. Deus era sempre consultado e suas instruções quando seguidas eram sinal de vitória, afinal, Deus não erra. Nessa relação o próprio Deus fez com Davi uma promessa, de que estabeleceria o trono de Davi para sempre e isso se concretizou em Jesus Cristo (Lc 1.31-32).
Mas atente que embora essa promessa e aliança fosse do conhecimento de Davi, considere que o homem é falho, imperfeito e sujeito a falhas. E foi numa brecha encontrada em seu coração que a vaidade falou alto e em bom tom, propiciando que Davi por um momento deixasse de confiar em Deus, deixasse de observar o compromisso que Deus tinha com ele e determinasse a contagem de seus homens de guerra. Ele deixou de confiar em Deus e entendeu que deveria confiar em sua inteligência e na força bruta dos homens de sua tropa de guerra. Num linguagem moderna, era como se Davi batesse com as mãos no seu próprio peito e dissesse: “eu só confio nos meus guerreiros!”
Essa confiança nos números e não em Deus trouxe efeitos para Israel (2 Sm 24.10). Mais adiante a narrativa diz que Deus enviou o profeta Natã e ordenou a Davi um sacrifício numa localidade fora de Jerusalém. Naquele lugar o dono das terras ofereceu gratuitamente seus animais para o holocausto, e sabiamente, Davi recusou: “Não oferecerei ao Senhor, sacrifício que não me custe nada” (2 Sm 24.24). Davi até que poderia receber os animais, mas estaria fazendo graça com o chapéu alheio e isso de nada adiantaria. Entenda: o valor da adoração é individual e não pode ser terceirizada. Reflita!
Transportando essa história para os dias atuais, entenda que um assunto essencial na fé cristã é o valor ou o preço das convicções de milhares de pessoas que assumem a fé em Cristo. Muito embora o próprio Jesus já tenha pago com sua vida por todos os homens, ainda hoje a ausência de compromisso, de comprometimento ou de pagar o preço no reino de Deus tem sido muito comum (1 Co 6.20; Ef 1.7). A salvação é por meio da graça de Deus, mas a caminhada cristã tem um preço e diferente da postura do rei Davi que renunciou a oferta do dono das terras, hoje poucos tem renunciado seu tempo para glorificar a Deus.
Considere que muitos homens e mulheres gastam tempo e recursos para prestigiar as equipes de futebol de suas preferências, para terem momentos de lazer, para terem um diploma na faculdade, para fazer viagens, etc, e na jornada cristã não existe adoração que não tenha um preço. Saiba que uma crença que não exige nada do homem não tem nenhum valor. Ter comprometimento com as coisas de Deus significa mais entrega, mais adoração, mais devoção, mais amor e mais tempo dedicado às causas do reino. O valor dos sacrifícios espirituais demonstram o amor do homem pelos cuidados de Deus a seu favor, portanto, pagar o preço, significa externar gratidão e ter uma comunhão e/ou relacionamento com mais intimidade com o Deus que cuida e zela por todos, amém? Um grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
08/08/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
07/08/2021 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
03/08/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"
SALÁRIO
SALÁRIO
"E aconteceu que tendo decorrido um ano, no tempo em que os reis saem à guerra, enviou Davi a Joabe, e com ele os seus servos, e a todo o Israel..., porém Davi ficou em Jerusalém. ” (2 Sm 11.1).
Outrora os dois livros de Samuel se constituíam em um só volume, todavia, por questões de tamanho e conteúdo, foram divididos em duas partes e essa divisão ocorreu quando o Antigo Testamento foi traduzido da língua hebraica para o grego, tradução essa que recebeu o nome de Septuaginta. Grande parte do segundo livro de Samuel está centrado na figura do rei Davi e o nome ‘Samuel’ não é indicativo que tenha sido o profeta de mesmo nome o seu escritor em sua totalidade, a tradição judaica aponta que após a morte de Samuelos profetas Natã e Gadesão apontados como escritores dos demais trechos da narrativa (1 Cr 29.29).
O versículo acima está dentro do contexto do pecado de adultério do rei Davi e a mulher de nome Bate-Seba, esposa de Urias. A narrativa diz que houve uma guerra e o rei Davi ficou em Jerusalém, preferindo mandar Joabe e outros homens para o campo de batalha (2 Sm 11).
Quase sempre se houve falar que alguém abandonou os caminhos de Deus. São notícias tristes evidenciando que a pessoa tomou uma decisão, fez uma escolha, e pior, decidiu sem calcular corretamente as consequências de seu ato. E longe do governo e da presença de Deus, logicamente que a vontade e os desejos carnais vão prevalecer, trazendo a decadência espiritual, o pecado propriamente dito e o distanciamento de Deus. Pense nisso!
O rei Davi foi ungido para estar à frente do povo de Israel, mas tomou a decisão de não ir para a guerra, optando pela ociosidade, enquanto os demais homens lutavam pela causa do povo israelita. E na calmaria de uma tarde, seus olhos encontraram o pecado com seus atrativos e sutilezas que o fizeram não somente adulterar, mas potencializar este pecado impactando gravemente a vida de outras pessoas (2 Sm 11.15-17).
Este episódio envolvendo um personagem muito conhecido, mostra a todos os crentes a importância do zelo com a vida espiritual. Considere que fora da presença do Senhor as pessoas se tornam alvo fácil para s investidas de satanás. Embora fosse Davi um homem de Deus, praticante da justiça e ungido rei de Israel, ele era um homem frágil e sujeito às mesmas paixões carnais de seus compatriotas, aliás, paixões essas que ainda nos dias de hoje não só provocam os mesmos desejos como são as causas de tantos fracassos. Saiba que Davi subestimou o poder de fogo de satanás, ele não somente pecou, mas seu erro impactou outras pessoas. Considere que debaixo de suas ordens, seus servos foram buscar Bate-Seba, esta por sua vez foi infiel ao marido e ainda engravidou, e nessa esteira de pecados Davi mentiu e tentou ludibriar o marido dela, Urias e finalmente, Joabe, Comandante do Exército de Israel participou ativamente da morte de Urias. Entenda que a cobiça de Davi resultou em adultério, traição, mentiras, gravidez indesejada e morte!
De forma semelhante lembre-se que José estava no palácio de Faraó, longe de sua família, num ambiente dominado pela carnalidade, entretanto, ao ser tentado num caso parecido com o de Davi, ele se manteve firme sob o governo do Espírito Santo de Deus e não se deixou levar pela oferta tentadora de uma mulher casada (Gn 39.7-12). Reconheça que diferente de Davi, José estava fortalecido espiritualmente e o diabo não achou oportunidade para fazê-lo pecar. Pense sobre isso!
Um dito popular diz que “mentes vazias são oficinas do diabo”, ou seja, ocupar os pensamentos com as coisas de Deus é a melhor estratégia para vencer a tentações que o diabo coloca diariamente na vida de muita gente. Caso Davi estivesse na guerra, pelejando e se preocupando em defender o povo israelita, certamente que estaria livre deste lamentável fato registrado em sua biografia.
Considere que mesmo momentaneamente, longe da presença do Senhor, as pessoas não somente fracassam na fé, como não resistem às investidas do diabo e pecam. Davi fracassou quando deixou o governo de Deus em sua vida e passou ele mesmo a direcionar suas ações. Se outrora era governado pelo Espírito de Deus, num momento ele passou a governar com seu próprio entendimento. Resumindo, fora do governo de Deus o homem se torna o seu mais perigoso inimigo. Reflita!
"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará” (Gl 6.7-8). Mais tarde Deus enviou o profeta Natã a Davi e ele narrou ao rei um caso hipotético de um homem que perdeu sua única ovelha devido a maldade de seu vizinho. Sem saber, Davi sentenciou que tal homem era digno de morte e deveria devolver quatro ovelhas (2 Sm 12.6).
Perceba que confrontado pelo profeta, Davi confessou sua transgressão e Deus o perdoou, entretanto, as consequências do pecado não tardaram a aparecer. A narrativa diz que o rei Davi perdeu quatro filhos. Implicitamente tem-se que ele pagou pelo assassinato de Urias, com a morte de seus quatro filhos: o filho gerado no adultério com Bate-Seba morreu (2 Sm 12.19), seu filho Absalão mandou matar o irmão Amnom (2 Sm 13.28-33), Joabe matou Absalão (2 Sm 18.14-15). E mais tarde Salomão mandou matar Adonias (1 Rs 2.25). Noutras palavras, na economia divina o salário do pecado continua sendo a morte (Rm 6.23). Fuja dele, estamos entendidos? Forte abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
01/08/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
27/07/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"
SOCIEDADES
SOCIEDADES
“..porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade?” (2 Co 6.14).
Paulo é o autor de treze cartas, inclusive para a igreja que estava na cidade de Corinto, ele escreveu duas e no Novo Testamento, foi quem mais escreveu. Após sua conversão, ele passou a estabelecer comunidades cristãs no mundo de então, mostrando que o mesmo amor e a graça de Deus que o alcançou, tinha poder para mudar comportamentos e transformar vidas (At 9.1-17). Lutando contra todos os que se opunham contra as boas novas do evangelho, Paulo enfrentou prisões, foi agredido, teve que fugir e por pouco não morreu num naufrágio, todavia, ele cumpriu sua missão com louvor (2 Tm 4.7-8).
Na segunda carta aos Coríntios, Paulo mostrou aos integrantes daquela comunidade sobre a importância de terem uma vida plena em Cristo e isso por meio da obra da cruz (2 Co 1.9; 4.10-12). Neste contexto de uma vida com Cristo, Paulo abordou em sete versículos a relevância de uma vida apartada e longe das práticas mundanas (2 Co 6.11-17).
Saiba que dentro da sociedade existem pessoas com todo tipo de pensamento, desde aqueles com pensamentos altruístas até mesmo aqueles que parecem ter vindo a este mundo com o único objetivo de enganar e defraudar. Mas é impossível não interagir com as pessoas, até porque ninguém consegue viver como um ermitão, isolado de tudo e de todos. A convivência entre as pessoas dentro da sociedade deve existir, entretanto, com os devidos cuidados notadamente quanto ao estabelecimento de parcerias.
Considere que Paulo tinha muita preocupação com os novos convertidos, uma vez que uma parte destes vinham do judaísmo, mas haviam também aqueles que se converteram, mas não eram judeus, provavelmente tinham vindo de nações próximas e a palavra do evangelho os tocou. Instrui-los era primordial para fundamentar a fé cristã, assim, era necessário que eles adquirissem conhecimentos o bastante para não incorrerem nas mesmas práticas que os não cristãos. E foi justamente isso que Paulo fez, ao adverti-los para terem uma vida separada, mostrando que não havia nenhuma concordância entre o fiel e o infiel, entre a luz e as trevas (2 Co 6.14).
Saiba que diariamente as pessoas enfrentam situações ruins por que se envolveram em acordos e alianças erradas ou passaram por constrangimentos e tiveram muita dor de cabeça por parcerias e sociedades mal feitas. A realidade tem mostrado que é mesmo impossível compartilhar alianças ou manter sociedades com pessoas que possuem filosofias de vida diferentes ou com pessoas cujos valores e princípios sejam completamente avessos ao do parceiro, e isso em todos os cenários, quer sejam empresariais, comerciais e, evidentemente, relacionamentos pessoais. Entretanto, infelizmente muitas pessoas ainda insistem em estabelecer alianças e/ou sociedades complicadas e o resultado tem sido sofrimento, dores, lamentos e prejuízos. Pense nisso!
Como ninguém vive isolado do mundo é normal que todos os dias as pessoas estabeleçam parcerias, criam sociedade empresariais, casam, formam novas amizades e assim, dentro do contexto de interação social, novas alianças vão sendo formadas, todavia, poucas pessoas dão a devida preocupação de investigarem se essas alianças não se confrontam no campo das ideias e, para os cristãos, se elas não se confrontam espiritualmente. Era justamente isso que Paulo desejava colocar na mente dos irmãos da igreja de Corinto. Afinal, se eles estabelecessem alianças com alguém que não cresse em Jesus, como haveria concordância na sociedade? Cada um puxaria a corda para o seu lado e ela arrebentaria.
Entretanto, nos dias atuais, o que mais se vê é gente colocando o inimigo dentro de suas casas, pactuando acordos e tratados, onde o que menos se atenta é se o outro comunga os mesmos valores e os mesmos princípios. Assim, é perfeitamente observado muita gente misturando o sagrado com o profano, misturando trevas com a luz e aceitando mentiras, aprendendo a relativizar valores que são absolutos e, pior, jogando a verdade para longe de seus corações. Mentalize isso!
É fácil perceber que muitas pessoas, por ingenuidade ou não, tem assumido compromissos duvidosos em sociedades perversas e mal analisadas, dando suas palavras e até mesmo jurando por Deus que tudo está dentro dos conformes, quando não está. Ou seja, estão querendo unir as trevas com a luz, quando Deus já os separou na criação do mundo (Gn 1.4). O profeta Jeremias já dizia que o coração é extremamente enganoso e que homem nenhum o conhece (Jr 17.9). Noutras palavras, muitas das vezes o coração mascara as realidades e tem conduzido muita gente para estabelecer alianças erradas e trilhar caminhos tortuosos cujos resultados não serão agradáveis. Reflita!
Saiba que sociedades firmadas com quem não tem os mesmos princípios e os mesmos valores, certamente vão gerar aborrecimentos mais a frente. Portanto, entenda que guardar o seu coração de fazer alianças com quem não possui o mesmo propósito que você, além de bíblico, pode te livrar de muitas enrascadas futuras. A solução está nas palavras do próprio apóstolo Paulo: “apartai-vos..” , ou numa linguagem atual, saia fora disso, não entre nessa (2 Co 6.17). Estamos entendidos? Grande abraço.
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr