Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 11 Maio 2021 23:24

11/05/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 10 Maio 2021 14:25

TRANSFORMAÇÃO

TRANSFORMAÇÃO

“Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo" (Fp 3.8)

 

Segundo os historiadores essa carta foi escrita na década de 60 DC e seu autor foi o apóstolo Paulo, que aliás, foi quem estabeleceu a  comunidade cristã na cidade de Filipos em sua segunda viagem missionária (At 16.12). O registros apontam que Paulo se encontrava encarcerado em Roma e escreveu para agradecer aos irmãos daquela comunidade pela oferta que eles lhe enviaram como forma de suprir suas necessidades. Todavia, a ênfase da carta está na afirmativa de Paulo ao dizer que para ele, o viver era Cristo e a morte era um ganho (Fp 1.21).

O versículo acima está dentro do bloco de ideias abordando Cristo como objeto maior da fé, passando pelas advertências contra homens que gostavam de mesclar a doutrina da lei mosaica com a graça de Deus e por aqueles que pregavam a autossuficiência humana, ou seja, a confiança em suas próprias capacidades. Na conclusão de seus argumentos, Paulo afirmava que mesmo enfrentando todo tipo de ingerência na caminhada cristã, o crente em Jesus deve prosseguir  visando o alvo, que era e continua sendo Cristo (Fp 3.1-14). Guarde isso!

Entenda bem que a conversão ao evangelho se fundamenta na fé em Jesus e na esperança de vida eterna e para isso se concretizar na vida do convertido, ele deve passar por uma transformação radical, por uma mudança de mentalidade. Neste sentido o testemunho de vida ou a história pessoal se torna uma prova robusta da conversão junto ao meio em que vive. Somente pelo comparativo é que as pessoas podem mensurar e ver as mudanças que efetivamente ocorreram na vida do cristão.

No século I, o então fariseu Saulo era conhecido pela sua valentia em prender todos que encontrasse confessando a fé cristã. Na visão dele, o cristianismo que começava a dar os primeiros passos era uma seita que afrontava a religião judaica, tanto que Saulo tinha autorizações dos sacerdotes de Jerusalém para levar presos homens e mulheres que achasse seguindo a fé em Cristo. Essas pessoas eram conduzidas na condição de presos para Jerusalém e entregues nas mãos dos religiosos que as julgavam como inimigos do judaísmo (At 9.1-2).

Entretanto, após a conversão de Paulo, ele passou a ensinar, doutrinar e estabelecer pequenas comunidades cristãs e é bem provável que alguns não faziam a mínima ideia de como ele se tornou cristão. Talvez sabiam por ouvir dizer e certamente que poderiam se assustar quando soubessem sobre o passado daquele que com tanto amor, agora anunciava a misericórdia, o perdão e o amor de Deus (1 Co 13.1-8). A título de comparação, a vida desse homem teve mesmo uma grande metamorfose. Quem o conheceu e quem o via falando de Jesus, certamente que se impressionava pela mudança.

Hoje muitas pessoas possuem uma história de vida que pode se assemelhar a milhares de tantas outras por aí, quando se analisa posturas e comportamentos que feriram e machucaram muita gente no passado. O incrível é que nos discursos de Paulo em momento algum ele enaltece o seu passado, mas aproveitava todas oportunidades para demonstrar que era Cristo quem vivia nele, evidenciando que as renúncias e as perdas foram fundamentais para demonstrar  a mudança de comportamento, tanto física como espiritual (Gl 2.20). Ou seja, Paulo havia se tornado um imitador de Jesus, era mesmo outra pessoa e verdadeiramente se tornara um discípulo de Cristo. Lembre-se que ele até anunciava para que todos o imitasse, pois ele mesmo já era um imitador de Jesus (1 Co 1.11).

Nos dias atuais, atente que uma particularidade muito comum nas pessoas é que elas apreciam exaltar mais o seu passado, naquilo que foram, naquilo que fizeram e terminam suas falas celebrando suas más realizações. Ou seja, essas pessoas acabam tornando suas práticas do passado muito mais atraentes que sua vida no presente. Logicamente que existem exceções, mas entenda que ninguém deve ser definido pelo que foi ou pelo que praticava, mas seja o homem identificado e definido pelo que é hoje (2 Co 5.17). Isso é transformação, isso é mudança!

Entenda que Paulo se tornou muito conhecido no mundo de então e era identificado justamente pela mensagem transformadora que carregava. Regenerado, ele anunciava o amor e a graça de Deus e não se estribou no seu passado. A regeneração e a mudança que tinha sido radical estavam nele, no tempo presente. A título de exemplo, alguém que teve péssimos comportamentos quando jovem, não deve ser identificado pelo seu passado, mas ser identificado por aquilo que se tornou. Durante seu apostolado, Paulo foi claramente visto por onde passava como um instrumento, uma ferramenta e um vaso escolhido nas mãos de Deus para curar, para transformar e para trazer vida ás muitas pessoas que estavam mortas espiritualmente. Reflita!

Nesse contexto, considere sempre a importância de se autodefinir pelo que se tornou hoje, sem empregar rótulos do passado. Aliás, se tiver que lembrar de algo de outrora que seja da grande obra transformadora que Deus realizou em sua vida, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 09 Maio 2021 23:28

09/05/2021 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Terça, 04 Maio 2021 23:08

04/05/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 03 Maio 2021 09:08

DIDÁTICA

DIDÁTICA

“Aquele, pois, que pensa estar em pé, olhe não caia”. (1 Co 10.12)

O apóstolo Paulo foi o autor de duas cartas destinadas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Entre a primeira e a segunda se passaram pouco mais de um ano, e nessa primeira carta, o apóstolo discorreu sobre a união entre eles, ensinando-os a respeito da soberania de Deus e do corpo físico como templo do Espírito Santo (1 Co 6.19-20). Ensinou ainda sobre a natureza dos dons do Espírito Santo, sobre a celebração da ceia e sobre a ressurreição dos mortos (1 Co 2.10-11; 1 Co 11.23-30; 1 Co 15.12-49).

Em todos os seus escritos, Paulo apresenta grandes e pequenos blocos de ideias e num primeiro momento, ele expressou sobre os acontecimentos do povo israelita quando eles peregrinavam no deserto (1 Co 10.1.10).  Após isso, ele abordou sobre a importância de aplicar as experiências passadas na vida presente, de maneira didática (1 Co 10.11-15).

É natural que as pessoas mais novas se vejam como mais sábias e inteligentes que as mais velhas. Em certo sentido, isso tem lógica. Um exemplo interessante é a maneira como os mais velhos lidam com as novas tecnologias. Notebook, smartfones, tablet, celulares e tantos outros aparelhos carregam tanta tecnologia e informação que por vezes as pessoas de mais idade têm mesmo muitas dificuldades em manusear ( inclusive este escritor). Todavia, isso não acontece com os mais novos, com as crianças e adolescentes que praticamente já nasceram e cresceram neste ambiente de alta tecnologia.

Atente bem que o apóstolo Paulo estava mostrando aos integrantes daquela comunidade cristã que eles deveriam voltar os olhos e a memória para os seus antepassados, para as experiências que eles viveram e assim, se pautarem na vida presente.  Na visão do apóstolo Paulo, era extremamente importante que eles puxassem na memória que os antigos cometeram diversos erros durante a peregrinação e que esses erros  custaram o bem mais precioso que eles tinham:  a vida, acrescentada da chance de receberem a promessa que Deus havia dado. Aliás, existe no meio cristão, uma canção e uma frase muito conhecida afirmando que “ninguém morrerá sem que as promessas de Deus se cumpram em sua vida”. Ledo engano! Saiba que na peregrinação do Egito para Canaã muitos saíram do Egito debaixo de uma promessa, todavia, morreram sem ao menos pisar na terra da promessa (Nm 14.32-35). Reflita!

Hoje a mesma coisa acontece com milhares de pessoas que recebem de coração as promessas de Deus, entretanto, por circunstâncias diversas (desobediência, idolatria, incredulidade, etc) acabam ficando pelo caminho. Paulo fazia uma advertência usando as experiências do passado como exemplo para aqueles que compunham a geração presente. Pense!

Querendo ou não, raras as pessoas que usam as experiências próprias ou alheias para se guiarem nos dias atuais. Paulo não estava dizendo que os antepassados eram pessoas perfeitas e sem pecado, mas que eles em algumas situações não foram bons o bastante e não eram exemplos a serem seguidos. Há diversos relatos históricos onde a murmuração, a dureza de coração, a idolatria, a desobediência, a rebeldia e a incredulidade se tornaram mais fortes que a confiança em Deus e isso não só desagradou a Deus como gerou as consequências, tanto físicas como espirituais. Reflita!

Entenda bem que é importante ter boas referências para fazer boas escolhas e tomar decisões corretas. O novo em todos os sentidos sempre atrai, todavia, descartar instruções úteis que podem garantir o sucesso no dia presente é indicador de inteligência e sensatez, e isso nem sempre é observado. Pessoas mais novas podem até ser mais inteligentes em muitas situações, mas podem demonstrar sinais de insensatez quando não analisam os modelos do passado para decidirem no presente. Guarde isso!

Hoje pode-se evidenciar diversos casos de fracassos onde restou comprovado que o resultado seria outro se fossem observados os exemplos da geração anterior. Gente autossuficiente e arrogante, cheias de si mesma que não apreciam as experiências do passado, são prato cheio para se enquadrarem nos dizeres de Paulo. São pessoas que  tomando tombos e levando suas vidas a trancos e barrancos não valorizam as experiência de outrora. Ou seja, muitos caem física e espiritualmente, justamente porque não internalizaram que os exemplos de gente mais velha que passou por situações semelhantes, são úteis para mostrar que o caminho deve ser outro. Resumindo, o fracasso é certo quando não se considera exemplos semelhantes do passado. 

Saiba que a vida em si é um eterno aprendizado e de forma muito sábia, Deus dotou o homem de inteligência para que ele, didaticamente aprenda com situações passadas, evitando desta forma que o fracasso bata á sua porta. Entenda que utilizar exemplos e experiência própria ou alheia não só enriquece o coração, como dá oportunidade de fazer escolhas melhores. Reflita nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 27 Abril 2021 22:57

27/04/2021 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 26 Abril 2021 18:55

AUTOSSUFICIÊNCIA

AUTOSSUFICIÊNCIA

 

 “Então os homens de Israel tomaram da provisão deles, e não pediram conselho ao Senhor.” (Js 9.14)

 

O livro de Josué é o sexto livro na ordem bíblica. Ele faz parte dos livros históricos juntamente com os livros de Juízes, Rute, os dois volumes de Samuel, os dois de Crônicas, os dois de Reis e mais as narrativas de Neemias, Esdras e Ester. Após a morte de Moisés, Josué assumiu a liderança dos Israelitas que caminhavam em direção a Canaã. A narrativa do livro mostra os últimos acontecimentos, as batalhas para a posse da terra e encerra sem que houvesse outro líder, quando o povo Israelita já estava instalado nas terras Cananeias e Josué  já era morto.

Contextualizando a passagem acima, tem-se que o povo de Israel estava vindo de duas batalhas que demandaram muita fé e arrojo, tanto do líder Josué como dos homens que compunham o exército Israelita. As cidades de Jericó e Ai foram derrotadas e o povo avançava para receber as terras prometidas por Deus (Js 9).

Nem é preciso fazer muito esforço para enxergar que o mundo caminha a passos largos para sua própria destruição, tal a quantidade de mentiras, de enganos e de falsidade que tem conduzido muita gente para brigas e confusões, algumas até mesmo resultando em mortes, infelizmente. Entenda que toda mentira e toda enganação não sobrevivem quando são confrontadas com a verdade.

O texto mostra que Josué liderava o povo de Israel e após a batalha contra a cidade de Ai, eles receberam a visita de alguns homens, que diziam estar vindo de terras muito distantes, representando naquele momento a sua nação. Estes homens se apresentaram com roupas velhas, traziam pães mofados, tinham  os semblantes cansados e pelos trajes era mesmo fácil deduzir que eles estavam fatigados de uma longa viagem. Perante os líderes dos hebreus, eles pediram para fazer um acordo de paz com os israelitas, alegando terem ouvido falar das vitórias e do quanto Deus os abençoara (Js 9.15).

Sem averiguarem a procedência daqueles homens e sem nenhuma consulta a Deus, o povo de Israel selou o acordo de paz com eles garantindo a vida do povo que eles representavam. Porém, em apenas três dias a mentira daqueles homens foi jogada por terra e verificou-se que Josué e toda a liderança de Israel foi simplesmente enganada. A verdade era que eles eram inimigos e moravam nas proximidades (Js 9.16).

Lembre-se que Josué era um líder experiente, pode-se afirmar sem sombras de dúvidas que durante todo o tempo em que ele ficou assessorando Moisés, ele aprendeu a lidar com as mais diversas situações, todavia, perante aqueles homens, ele foi ludibriado facilmente e pior que isso, foi selar um acordo de paz debaixo de juramento (Js 9.15).

Entenda que o povo de Israel estava vivendo um ótimo momento, tudo caminhava bem, eles vinham de duas vitórias importantes e espiritualmente estavam fortalecidos, uma vez que Josué os mantinha firmes e instruídos debaixo das palavras da lei que eram lidas perante todos (Js 8.34-35).

De bem com a vida e alegre pelos últimos acontecimentos, Josué vacilou em não consultar a Deus sobre o acordo com aquela nação e agiu baseado na sua própria intuição. Foi enganado e dali para frente Israel teve que manter um compromisso que lhe trouxe muitos aborrecimentos futuros. Tivesse consultado a Deus, certamente que Deus não autorizaria o acordo e a história seria outra. Afinal de contas, a mentira não iria prevalecer já que a Deus ninguém engana. Guarde isso!

Transportando essa narrativa para os dias atuais, perceba que assim como Josué foi enganado, hoje muita gente também tem sido ludibriada e instada a tomar decisões pessoais que desagradam a Deus e ainda criando problemas para o futuro. Saiba que existem períodos em que as pessoas demonstram intensa fragilidade espiritual e essa deficiência fica evidenciada quando tudo vai bem, seja no ambiente familiar, no ambiente eclesiástico ou seja nos negócios, quando a autoestima está nas alturas. Josué estava vivendo justamente isso, degustando das vitórias sobre as cidades de Jericó e Ai e foi nesse ponto que ele acreditou em si mesmo e deixou de consultar a Deus (Js 9.14). Ou seja,  tanto naquela época como nos dias atuais o perigo da  autossuficiência humana aliada a momentos de intensa euforia continuam gerando escolhas erradas. Reflita!

Atente que tem sido comum para muitos cristãos tomarem decisões sem antes  apresentá-las a Deus, confiando em sua própria sabedoria e os resultados não podem ser piores.  Incrível, mas perceba que nas crises e nas adversidades da vida as pessoas buscam a Deus incessantemente, todavia, basta uma leve brisa de bons ares que o mesmo Deus que outrora era buscado, já não tem mais serventia e é esquecido. Nessa história envolvendo Josué, lembre-se que o mesmo Deus que os tirou do Egito, que abriu o mar, que os alimentou no deserto e deu vitórias, foi simplesmente escanteado, deixado de lado. Era o típico caso da autossuficiência  dominando o homem. Reflita!

Neste contexto entenda hoje e sempre sobre a importância de não se deixar levar pelas circunstâncias dos bons momentos da vida e tomar decisões que vão gerar problemas futuros. Guarde isso: discernimento, maturidade espiritual e consulta a Deus caminham juntas e entrelaçadas. Portanto, antes de bater o martelo nas decisões e escolhas, olhe para o céu e aprenda a depender de Deus. Faça assim serás bem sucedido, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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