Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Domingo, 29 Novembro 2020 23:23

29/11/2020 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Sábado, 28 Novembro 2020 19:58

28/11/2020 - BATISMO NAS ÁGUAS

Segunda, 23 Novembro 2020 14:12

CARTEIRA DE IDENTIDADE

CARTEIRA DE IDENTIDADE

“..Quem és tu e qual a tua ocupação? De onde vens e qual a tua terra? A que povo pertences tu?” (Jn 1.8)

Os historiadores eclesiásticos afirmam que o livro do profeta Jonas foi escrito pelo autor de mesmo nome, provavelmente entre os séculos VII e VIII. A narrativa de Jonas faz parte de um conjunto de doze livros, denominado profetas menores em razão do pouco conteúdo profético, quando comparados com os livros dos profetas Jeremias, Ezequiel e Isaías que fazem parte do grupo chamado profetas maiores. A narrativa de Jonas é muito conhecida principalmente pelas crianças em seus aprendizados sobre o grande peixe e os adultos já enxergam o livro sobre o prisma da desobediência de Jonas. Todavia, algo claro em todo o livro é a exuberância da soberania de Deus, é a abundância de sua misericórdia e a explícita precisão de sua vontade na execução de seus projetos. Creia nisso!

De pouco conteúdo e focado numa história bem contextualizada, a narrativa mostra que o profeta Jonas a princípio recusou o chamado de Deus para levar a palavra de arrependimento a um povo estranho e, pior, um povo inimigo dos Israelitas. Patriota extremado, Jonas fugiu da chamada divina e embarcou num navio, que pelas mãos de Deus entrou numa tempestade em alto mar. Questionado pelo mestre da embarcação e diante de quatro perguntas que lhe foram feitas, Jonas respondeu apenas uma, justamente aquela que identificava sua nacionalidade, hebreu e sua crença, o Deus que fez o mar. (Jn 1.1-9).

Perceba que dentro das relações sociais, as pessoas são conhecidas por algum indicador. Algumas pessoas são conhecidas pela profissão que exercem, outras são conhecidas pelos laços familiares, outras pelas habilidades no esporte, pela hospitalidade, pela alegria contagiante e por aí vai uma série infindável de indicadores que fazem seus portadores serem conhecidos no ambiente que vivem.

Atente bem que esses indicadores que ajudam a definir quem é quem, apenas traduzem algo habitual que já está entranhado na cultura de um povo. Incrível, mas ser reconhecido pela profissão ou mesmo por algum outro indicador acaba dando ao seu portador uma espécie de carteira de identidade. Nesse contexto veja que uns se sentem bem e outros nem tanto, uma vez que estas definições podem trazer embaraços, quando o individuo é conhecido por algum indicador que lhe cause constrangimento, ou seja, aqueles rótulos e apelidos de cunho pejorativo.

E Jonas passou a responder-lhes: Eu sou hebreu, e temo a Yahweh, Elohim, o Deus dos céus, que fez o mar e a terra.” (Jn 1.9). Perceba que o texto diz que Jonas foi questionado com quatro perguntas e a finalidade do mestre da embarcação era investigar a causa deles estarem passando pela tempestade. Das quatro indagações, Jonas respondeu apenas uma e foi justamente essa que deu luz e entendimento ao capitão do navio sobre a causa da tempestade. Uma peculiaridade marcante na resposta dada por Jonas nem foi responder sobre sua nacionalidade, pois naquela época era comum que os hebreus (judeus) fizessem viagens marítimas, mas quando complementou a resposta com a frase: “eu temo ao Senhor”. Reflita!

Perceba bem que o fato de temer a Deus foi o divisor de águas para Jonas e os marinheiros. Ali, o profeta deu uma característica fundamental de quanto ele era devoto ao Deus que fez a terra e o mar, ou seja, o mesmo mar que naquele momento balançava o navio para todos os lados, era criação do Deus a quem Jonas temia. A narrativa prossegue com Jonas sendo jogado ao mar, o fim da tempestade e ele indo fazer a missão que Deus lhe havia dado.

Transporte essa resposta de Jonas para os dias atuais e atente para uma particularidade que tem se tornado um grande desafio para muitos cristãos atuais: temer a Deus. Perceba que as pessoas vivem hoje focadas no imediatismo, na busca desenfreada por resultados rápidos como se não houvesse amanhã, tal a proporção da necessidade humana em ter tudo resolvido no momento presente, sem nenhuma preocupação com o futuro próximo, isso para não falar de um futuro mais distante. Pessoas de todas as idades, alguns com anos de cristianismo, com ou sem conhecimento teológico, têm dado mostras de quão perverso tem sido a caminhada cristã sem atenção, sem reverência e sem a prática do temor a Deus, aliás, a frase temor a Deus ainda causa arrepios no meio eclesiástico evidenciando um cristianismo raso e superficial. Reflita!

É neste contexto da falta de reverência e ausência de temor a Deus que muitos até se consideram como filhos de Deus, todavia, conduzem suas vidas de maneira totalmente descompromissadas, tanto em relação a Deus como ao seu semelhante. Perceba que muita gente cristã leva sua vida aos trancos e barrancos, evidenciando grande desordem pessoal, familiar e principalmente espiritual. Muitos que deveriam valorizar o dom da vida dado por Deus, ficam eternizando suas performances pecaminosas e mundanas por meio de selfies, quando deveriam fazer seus autorretratos para glorificar e exaltar o reino de Deus. Ou seja, sem dar a devida atenção e sem reverenciar a Deus, não se pode falar sobre identidade cristã. Guarde isso!

Entenda bem que uma caraterística marcante do cristão, daquele que crê em Jesus Cristo é ser conhecido como filho amado de Deus perante a sociedade e/ou ambiente em que convive (Jo 1.12). E essa identificação passa necessariamente pelo aspecto comportamental, comportamento esse firmado justamente na reverência e no temor ao Deus dos céus, que fez o mar e a terra. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 23 Novembro 2020 00:53

22/11/2020 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Terça, 17 Novembro 2020 23:27

17/11/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 16 Novembro 2020 19:13

DESPREZO

DESPREZO

“Quando Eu os alimentava, se fartavam; e, depois de satisfeitos, tornaram-se arrogantes no coração; e, em consequência, me desprezaram”. (Os 13.6)

 

O livro do profeta Oséias faz parte do conjunto de doze livros chamados pelos especialistas e historiadores como profetas menores. Esta nomenclatura deu-se pelo pouco conteúdo de suas narrativas, quando comparadas com os escritos dos profetas Isaías, Ezequiel e Jeremias, que escreveram muito mais. Oséias é muito conhecido por comparar o amor de Deus pelo povo de Israel ao amor de um homem pela mulher que o traiu. O próprio Oséias chegou a casar com uma prostituta que lhe foi infiel e com ela ele se empenhou em restaurar seu casamento (Os 1.2-3; 3.1-3). Desta maneira a mensagem central da narrativa do livro é a demonstração do amor de Deus ao homem, mesmo quando este homem lhe é infiel. Guarde isso!

Atente bem sobre a incoerência de muita gente quando se analisa seu comportamento e postura em relação a seus semelhantes. Essa incoerência se registra em todas as áreas de suas relações. Desde o clássico político que vai atrás do eleitor nos meses que antecedem aos pleitos eleitorais até a pequena criança que já aprendeu a manipular seus pais em troca de doces e guloseimas, entenda que muita gente ainda se mostra como portador deste perverso sentimento de desprezar e amar conforme as conveniências e interesses.

Como forma de se fazer entender pelos seus compatriotas que levavam uma vida descompromissada com Deus, a narrativa do profeta Oséias, trouxe a metáfora de mostrar Deus como um marido apaixonado e pronto a receber o povo de Israel, perdoando e concretizando a reconciliação. Dentre todos os profetas do Antigo Testamento, Oséias foi o único a usar este simbolismo para tentar quebrar o orgulho de um povo que constantemente demonstrava sua infidelidade a Deus.

Perceba bem que, naquela época, oito séculos antes do nascimento de Jesus, o povo de Israel levava uma vida cheia de corrupção no governo, a injustiça campeava para todos os lados e espiritualmente a sociedade tinha se bandeado para adorar os deuses cananeus, com foco na adoração ao deus baal. Complacentes, os líderes religiosos nada faziam de prático para reverter essa situação, aliás, eles se movimentavam e até incentivavam a descrença. Era uma triste realidade.

Veja que o profeta Oséias chamava a atenção de seus compatriotas no sentido de que eles se voltassem a Deus, aliás, o mesmo Deus que no passado tinha libertado seus pais da escravidão no Egito e com poder e majestade, os tinha conduzido até a terra que naquela ocasião, eles habitavam. Oséias utilizou o símbolo de um casamento para descrever o relacionamento de Deus com Israel e ao ver o povo de Israel sair de suas casas para adorar aos deuses cananeus, (simbolizando a infidelidade e a quebra da aliança), o profeta se esforçava para trazer à memória de cada individuo, que Deus não só os receberia de volta como usaria de seu amor para perdoá-los.

Não é preciso nenhum esforço mental para aplicar as palavras do profeta contra muitos cristãos dos dias atuais, mesmo tendo passado quase três mil anos entre o período que viveu Oséias e seus destinatários e a geração de hoje. Perceba bem sobre a incapacidade espiritual de muita gente em não valorizar os feitos de Deus em suas vidas para rapidamente desprezá-lo, a ponto de nem ao menos reconhecer que somente pela misericórdia de Deus renovada a cada amanhecer, é que o homem está vivo (Lm 3.22-23).  Reflita!

Veja que a falta de apreço, o desdém e a falta de consideração conseguem se estabelecer na mente do homem com tanta intensidade que ele não vê nada de errado quando glorifica e exalta outros deuses, aliás, desmemoriada, muita gente passa a desconhecer o Deus que não só o conheceu ainda no ventre de sua mãe, como é o Deus que determina os seus dias aqui na terra (Sl 139.16; Jó 14.5). Pasmem!

É neste contexto que muita gente, vivendo dias bons ou não, tem desprezado o Criador alegando motivações variadas. Quando felizes e com a vida em harmonia e equilibrada, quando seus familiares estão desfrutando da plenitude secular ou quando seus negócios estão indo bem, essas pessoas não dão graças a Deus pelo ótimo momento e de forma contrária, quando tudo parece caminhar para ruína, quando a família dá sinais de desestruturar-se ou suas empresas caminham a passos largos para a falência, essas pessoas são as primeiras a gritarem por socorro a Deus. O ciclo sempre se repete, na alegria desprezam e nas aflições, correm velozmente clamando solução de seus problemas a Deus. Ou seja, bendita sejam as adversidades que provocam os caos para que os homens busquem a Deus. Pense!

Resumindo, entenda que buscar a Deus pelo que ELE é, adorar a Deus enquanto se pode encontrá-lo ainda é a melhor opção. Aprenda que Deus continua sendo o mesmo Deus retratado pelo profeta Oséias, que quando desprezado pelo homem, ainda é capaz de perdoar, amar e promover a reconciliação. Você entende este amor?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 15 Novembro 2020 10:06

13/11/2020 - 3° PAPO DE CASAIS DA OCN

Segunda, 09 Novembro 2020 10:34

VERGONHA

VERGONHA

“E todos ficavam maravilhados”. (Mc 5.20)

 

Marcos, autor do evangelho que leva o mesmo nome, não foi discípulo de Jesus, todavia, atuou com muita disposição na pregação da mensagem de salvação com o apóstolo Paulo e com Barnabé nas viagens missionárias. Sabe-se que seu nome era João Marcos, filho de Maria, cuja casa foi local de intensa oração a favor de Pedro que estrava preso e que foi libertado de forma sobrenatural. Este evento foi registrado por Lucas (At 12.12).

O contexto da narrativa de Marcos, diz que veio ao encontro de Jesus um homem endemoniado. Governado por uma legião de demônios ele vivia nos sepulcros e nem com algemas era possível contê-lo. Jesus o libertou e ele ganhou uma nova vida (Mc 5.1-20).

É normal e salutar que na vida de muita gente aconteçam mudanças e transformações de ordem positiva, isso é importante porque essas mudanças podem trazer novas perspectivas. Transformações físicas, emocionais e até mesmo espirituais são extremamente benéficas e devem ser buscadas quando necessário.

O relato de Marcos apresenta um homem sem nome, dominado e possuído por espíritos malignos. A narrativa diz que ele vivia sem roupas pelos sepulcros e pode-se dizer sem sombras de dúvidas que para seus familiares, era constrangedor e vergonhoso o comportamento dele. Não se sabe quanto tempo ele estava naquela situação, mas certamente que o sofrimento dele e de seus familiares era imensurável. Era uma triste realidade que sua família vivenciava.

Entenda bem que dentro dos planos de Deus tudo tem uma finalidade e foi assim que Jesus esteve naquelas imediações, e este homem foi ao encontro de Cristo. Foi tudo muito rápido e ali ocorreu uma cura e uma libertação plena. Livre, já recomposto com roupas, ele expressou uma vontade digna de todo homem que se vê liberto do jugo maligno: ele pediu para acompanhar Jesus (Mc 5.18). Interessante foi que Jesus negou seu pedido e lhe deu naquele momento uma importante missão: voltar para sua casa, aos seus (Mc 5.19).

Veja que o pedido do ex-possesso tinha lógica e demonstrava gratidão. Ele queria estar perto daquele que o salvou e para Jesus e os discípulos, seria interessante ter aquele homem como uma testemunha da mudança física e espiritual. Certamente que a ordem de Jesus para ele voltar á sua casa contraria todo o entendimento de muita gente que nos dias atuais, gostam de apresentar seus feitos, exibindo pessoas como troféu. Aqui Jesus dá o entendimento que ele deveria voltar á sua casa para honrar aqueles que outrora, ele tinha causado constrangimento e vergonha: seus pais e irmãos. Pense!

Compreenda que Deus demonstra a todo o momento que seus propósitos são mesmo difíceis para a compreensão humana. Sarado, curado e livre de toda possessão demoníaca, aquele homem ganhou uma nova roupagem e ganhou também uma missão. Levar a mensagem salvadora, a mensagem que transforma aos seus entes queridos. Noutras palavras, Jesus curou e o abençoou para ele abençoar outras pessoas. A motivação da libertação daquele rapaz era a mensagem de Cristo para atingir outras pessoas fora do ambiente geográfico da Judeia. Estava implícito aqui o ensinamento de Jesus de que a graça e o amor de Deus não fazem acepção de pessoas ou de raça. Ou seja, o que Deus faz sempre tem uma motivação, uma finalidade que o homem somente vai entender tempos depois. Naquela libertação, naquele não de Jesus e naquela ordem de voltar aos seus familiares estava implícito que o evangelho ia atingir outras regiões e povos que não a Judeia. Reflita!

Olhe ao redor e veja que estamos inseridos em uma sociedade perdida e decadente, tanto no sentido físico/natural com ampla destruição do meio em que se vive como no aspecto moral, com a relativização de tantas verdades. É bem verdade que se vê o esforço de homens públicos que até tentam mudar e melhorar a vida da sociedade por meio de políticas públicas sérias e comprometidas com o bem estar coletivo.  Lares desfeitos, vergonha e constrangimento, filhos perdidos, brigas e até mortes entre integrantes de uma mesma família são noticiados todos os dias pelos noticiários. Todavia, saiba que Deus sempre se preocupou com a integralidade da família.

É neste contexto que curar pessoas, mudar ambientes, melhorar cenários e trazer paz e harmonia têm sido a proposta do evangelho que não só salva e liberta o homem, dando-lhe nova vida, como lhe dá a segurança de uma vida eterna com Jesus no céu (Jo 14.1-6; 2 Co 5.17).

Obediente, aquele homem voltou para sua casa e aquela família agora tinha harmonia, prazer e paz. Para seus familiares e conhecidos ele passou a anunciar o que Deus tinha feito em sua vida, como ele foi transformado e todos se maravilharam da mudança que era vista in loco (Mc 5.20). Era como se ele dissesse: “quem me viu e quem me vê...”. Das vergonhas que causou, das humilhações que seus familiares enfrentaram, ele passou a ser motivo de orgulho e honra. Portanto, entenda por meio dessa narrativa que a mensagem do Evangelho não se propõe apenas a resgatar vidas, mas também restaurar famílias e transformar ambientes. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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