Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 15 Setembro 2020 23:59

15/09/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Terça, 15 Setembro 2020 23:55

13/09/2020 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS

Terça, 15 Setembro 2020 23:52

11/09/2020 - PAPO DE CASAIS

Terça, 15 Setembro 2020 17:41

ILUSÃO

ILUSÃO

“Tendo saído Ló, falou com seus genros, que haviam de casar com suas filhas, e disse-lhes: Levantai-vos, saí deste lugar, porque o Senhor há de destruir a cidade. Mas ele pareceu aos seus genros como quem estava zombando”  (Gn 19.14)

 

Gênesis, escrito por Moisés é o livro que trata dos começos. Começo da criação por Deus dos mares, das estrelas, do sol e da lua, das florestas e também da parte seca (terra). Gênesis é o livro onde Deus se revela ao homem e onde também está a narrativa da queda do mesmo homem, criado por Deus á sua imagem e semelhança. Dentro do conjunto de livros e cartas que compõem a Bíblia, Gênesis está inserido no Pentateuco, grupo dos primeiros cinco livros escritos por Moisés (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).

Ló e sua família moravam na cidade de Sodoma, entretanto, juntamente com a cidade de Gomorra, ambas eram cidades depravadas. A narrativa diz que do mais novo ao mais velho, todos os homens estavam envolvidos em práticas homossexuais (Gn 19.4). Naquela decadente situação, Deus resolveu intervir, mas antes enviou anjos para proteger e tirar Ló e seus familiares da destruição. Ele mesmo avisou seus genros, todavia, eles não acreditaram nas palavras ditas por Ló, imaginaram que ele estava brincando (Gn 19.1-14).

Atente bem que Deus fez o homem e lhe concedeu vontades e desejos. Saber lidar com seus sentimentos tem sido a grande dificuldade para muita gente. Por vezes as vontades humanas chegam a ser cruéis, fazendo do próprio homem o seu escravo. Recusar doces e guloseimas é muito difícil para uma criança, assim como para os adultos não é fácil se livrar dos vícios do álcool, do cigarro e das drogas. Vencer a vontade e os desejos humanos é mesmo custoso e se torna o grande desafio da humanidade!

A Bíblia não relata os nomes dos dois rapazes que iriam se casar com as filhas de Ló. Pela narrativa perceba que eles não deram crédito no que o futuro sogro dizia sobre a destruição das duas cidades e acreditaram que fosse uma piada, que Ló estivesse criando uma situação para rir deles. Pode-se crer que os dois rapazes o conheciam bem, afinal estavam para casar com as meninas, mas a história mostra que eles não levaram seu futuro sogro a sério e pagaram caro pela ilusão.

Ficou evidente que estes dois rapazes deixaram que suas vontades e desejos falassem mais alto. Ambos nutriam a vontade de casarem e pode-se imaginar que já tinham planos e projetos com o casamento, que já tinham a lista de convidados e já tinham organizado aonde iram residir com suas esposas, enfim, a vontade de casarem estava mais que estabelecida e as palavras de Ló para irem embora, abandonando o projeto de constituir uma família soava mesmo como piada, aliás, na visão deles, uma piada de mau gosto.

Para acatarem as palavras de Ló, os dois rapazes deveriam renunciar a muita coisa. Renunciar o casamento, a festa, os amigos, os colegas, renunciar a família que tinham (pais e irmãos) e renunciar a família que estavam para constituir. Toda a vontade deles estava firmada no casamento e de repente, aparece Ló pedindo para esquecerem tudo e irem embora. Era uma proposta para começar tudo de novo, noutro lugar, noutro ambiente.

Saiba que nem sempre é fácil acreditar em novos projetos quando o atual já está caminhando e, teoricamente, fluindo bem. As pessoas vivem hoje com objetivos muito bem traçados e por vezes, o novo não é bem compreendido e nem assimilado. O novo sempre representa algo desconhecido e isso traz medo e desconfiança, dificultando sobremaneira a tomada de decisão. Para os dois rapazes, focados nos planos de um casamento que se aproximava, o chamado para irem embora era brincadeira, uma zombaria do sogro. Aprenda que na verdade, eles foram iludidos por eles mesmos quando não acreditaram no novo que se aproximava com muita velocidade. Reflita!

“...esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que estão adiante de mim; apresso-me em direção ao alvo, a fim de ganhar o prêmio da convocação celestial de Deus em Cristo Jesus.”  (Fp 3.13-14)  Paulo confessa na carta as Filipenses que nem sempre as perdas são mesmo perdas. Na verdade, existem perdas que são excelentes ganhos e Paulo deixa isso evidente quando renunciou tudo àquilo que possuía em termos de reconhecimento dos sacerdotes, de status, poder e autoridade para viver uma vida com Cristo, a mesma vida com Cristo que lhe causou prisões, surras, fome, naufrágio, sede e tantas outras coisas mais que lhe afligiram o físico e machucaram sua alma.

A história diz que apenas Ló e suas filhas se salvaram da destruição. Sua mulher foi iludida pelo coração e não quis renunciar as perdas materiais e seus futuros genros não lhe deram créditos. Deus estava movendo para salvá-los, mas os três optaram por acreditar na ilusão das suas vontades e essa ilusão os levou a um péssimo resultado, a morte. Resumindo: Ninguém gosta de perder, mas saiba que existem perdas que são ganhos. Guarde isso no seu coração, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 09 Setembro 2020 01:29

08/09/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 07 Setembro 2020 11:00

PRUDÊNCIA

PRUDÊNCIA

“Sabendo-o eles, fugiram para Listra e Derbe, cidades de Licaónia, e para a província circunvizinha;” (At 14.6)

 

O livro de Atos dos Apóstolos foi escrito por Lucas, o mesmo autor do terceiro evangelho, aliás, Atos dos Apóstolos pode ser visto como uma continuação do evangelho de Lucas inclusive ele é dirigido ao mesmo personagem (At.1.1-2; Lc.1.1-3). A narrativa de Lucas mostra com detalhes as dificuldades iniciais do começo do que hoje se conhece como igreja. O livro traz os milagres e também as muitas ações de Paulo, Pedro e Barnabé dentre outros personagens que construíram a história da igreja nos primeiros séculos.

Na primeira viagem missionária, Paulo e Barnabé estavam na cidade de Icônio e lá eles foram agredidos, insultados e quase mortos por apedrejamento. Chegaram, anunciaram as boas novas, uns recebiam e outros não. Houve confusão e eles saíram dali (At 14.1-6). Resumidamente este é o contexto da passagem deles por aquela cidade.

Veja bem que em muitas situações da vida em sociedade existe a possibilidade de confronto entre pessoas, não só no campo das ideias, mas também de confrontos físicos, com agressões que podem resultar a morte. Essa é uma triste realidade, basta ver os inúmeros nos noticiários das cidades, informando atos violentos e vidas sendo ceifadas por questões mínimas.

Perceba que Paulo e Barnabé passaram por uma situação que quase os levou a morte. Eles se viram como pivôs de dois grandes grupos, de um lado os incrédulos judeus, provavelmente seguidores fiéis da lei mosaica e de outro lado os nativos da cidade. Uns acreditavam nas palavras ditas por eles e outros incitavam os ânimos para o confronto. O interessante disso tudo é que mesmo acossados e com chances reais de serem agredidos fisicamente, eles ainda ficaram muitos dias anunciando Jesus e a graça de Deus, e o mesmo Deus que era anunciado, confirmava a palavra ditas por eles por meio dos sinais e milagres (At 14.2-3). Pense!

Veja bem que grande parte dos conflitos físicos com resultados finais de morte está associado à falta de prudência de uma das partes envolvida. Um dito popular diz que “quando um não quer, dois não brigam” e certamente o que não quer brigar, usou a virtude da prudência para evitar a confusão que se aproxima. Noutras palavras, ser prudente é antes de tudo, prever e evitar as importunações e seus perigos. É ter calma e sensatez para resolver assuntos que caminham o conflito.

“A pessoa perspicaz percebe o perigo e busca refúgio; o incauto segue adiante e sofre todas as consequências.” (Pv 27.12). Palavras de Salomão, ditas centenas de anos atrás e que podem ser aplicadas aos dias atuais. Salomão, no alto de sua sabedoria, já enxergava o perigo de pessoas insensatas cometerem atos que iriam trazer dores, choros e lamentos e por que não dizer, consequências ruins. Certamente que se hoje as pessoas envolvidas em conflitos pudessem pensar um pouco sobre as repercussões futuras de seus atos, certamente que o mundo teria mais paz e harmonia.

Veja que tanto Paulo como Barnabé usaram de prudência e diante do sinal de ruptura da ordem social naquele ambiente, saíram dali e foram para outra cidade (At 14.6). Sentiram o perigo de se lá permanecessem iriam sofrer as consequências físicas que eram reais. Entenderam perfeitamente que o fato de pregarem a Cristo e de anunciarem a salvação por meio da graça salvadora de Deus não os habilitava a enfrentar fisicamente os revoltosos. Eram situações distintas, pois a fé em Deus, não os dispensava de praticarem a virtude da prudência. Reflita!

Entenda que na hipótese deles não terem saído daquela cidade, poderiam ter sido silenciados e isso certamente não era o desejo deles e nem de Deus, tanto que foram para outra cidade e ali continuaram a pregar o evangelho (At 14.7). Saiba que Deus dotou o homem de inteligência, concebeu sabedoria e conhecimento para serem praticados e utilizados em favor do reino. E foi assim que de maneira sábia e prudente que eles saíram vivos daquela confusão para levar as boas novas para outros lugares.

Lembre-se que as pessoas vivem tensas, estressadas e basta o mínimo para eclosão do conflito. Neste contexto, saiba que parar um pouco, colocar os pensamentos em ordem, analisar os prós e contras, adotar posturas sensatas, inteligentes e acima de tudo isso, praticar o bom senso, são posturas que fazem toda a diferença na vida de pessoas sensatas e prudentes. Afinal de contas essas são qualidades e virtudes que podem e devem ser realizadas rotineiramente. Viva assim, em paz, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 01 Setembro 2020 23:54

01/09/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 31 Agosto 2020 16:04

PALPITES

PALPITES

 “..Este homem não procura o bem estar  do povo, e sim o mal..”(Jr 38.4)

 

Jeremias foi o autor do livro que leva o seu nome. Dentro da divisão bíblica, o livro de Jeremias faz parte do conjunto de livros denominado profetas maiores, face o grande volume de conteúdo registrado. No meio cristão Jeremias é conhecido como o profeta chorão em decorrência de sua ansiedade em fazer com que o povo de Judá abandonasse a idolatria e o pecado e se voltassem para Deus.

Em sua narrativa Jeremias profetiza, adverte e também ensina o povo de Judá a caminhar dentro dos parâmetros da aliança que fora estabelecida com Deus, todavia, a rejeição ao ensino e às advertências e com a quebra dessa aliança e consequentemente da perda dos cuidados e da proteção divina, eles acabaram como escravos dos caldeus, situação essa que foi antecipada por Jeremias e que perdurou por setenta anos (Jr 25.1-14).

Ninguém escapa das opiniões, das sugestões e da intromissão alheia em muitas situações pessoais. Todos gostam de opinar, aliás, qualquer assunto, qualquer tema, sempre surgirá algum entendido para tomar a frente e querer dar sua opinião. Resumindo: futebol, política, gastronomia, filmes e uma gama enorme e variada de assuntos, sempre tem gente dando palpite. É uma realidade!

A narrativa de Jeremias está inserida no ataque dos caldeus contra a cidade de Jerusalém. Anos atrás, o rei Nabucodonosor tinha liderado um ataque à cidade e levado na condição de escravos milhares de judeus, dentre esses, os jovens Daniel, Hananias, Misael e Azarias (Dn 1.1-7). Todavia, o rei Zedequias, que fora nomeado rei em Judá pelos caldeus, se rebelou e isso gerou novo ataque (Jr 39.1-2). E ambos os ataques babilônicos foram preditos pelo profeta Jeremias (Jr 29.1-9 e 38.1-4)

Desde sempre, o homem é chamado a ouvir e obedecer a Deus. No AT tanto o povo de Israel como o povo de Judá foram instados a ouvir profetas que advertiam, consolavam e davam direcionamento para se aproximarem e restaurarem a comunhão com o Senhor (Jr 25.4). Neste contexto, houve períodos em que acataram a voz de Deus e se deram bem, noutras oportunidades, quando a desobediência falou mais alto, o resultado foi péssimo.

O profeta Jeremias tinha credibilidade junto ao povo. Ele era o mensageiro, era o porta voz de Deus e suas palavras falavam por si, entretanto, o rei Zedequias vivia um reinado de extrema dificuldade. A cidade estava sitiada pelos babilônicos e literalmente isolada, a produção das lavouras não entrava na cidade e isso gerava fome e desespero que culminava em mortes. Em Jerusalém ninguém entrava e ninguém saía. Um lockdown perfeito. Para piorar o governo de Zedequias, o profeta Jeremias dizia alto e em bom tom que eles deveriam se render para saírem com vida. Todavia, havia vozes contrárias afirmando que Jeremias contava mentiras e queria na verdade enfraquecer o povo. Entenda bem: de um lado a voz de Deus na boca do profeta que tinha credibilidade, no outro extremo, a voz dos amigos do rei. Essa era a vida do rei Zedequias que recebia informações conflitantes entre si. Noutras palavras, o atual termo fake news já existia, é invenção antiga (Jr 38.4-5). Reflita!

Ao final, Jerusalém foi invadida. Houve violência, mortes e destruição. O profeta Jeremias estava certo. Zedequias viu seus filhos serem mortos a golpes de espada e depois teve seus olhos vazados, sendo levado preso para a terra dos caldeus. Os amigos, nobres de Judá que haviam dito que Jeremias era mentiroso, foram feitos prisioneiros e depois mortos pelos caldeus (Jr 39.6-8).

Trata essa história para os dias de hoje e veja quantas pessoas vivenciam situações semelhantes. Muita gente passa por crises e estão como o rei Zedequias. Recebendo e escutando duas ou mais fontes de opiniões ou palpites diferentes e ao final não sabem em quem confiar. Problemas no casamento, problemas com os filhos, demissões do emprego, desajustes com colegas no trabalho, conversas sem fundo de verdade (fofocas), calúnias, difamações e enfermidades são algumas das crises que todas as pessoas estão sujeitas. E sempre aparecem vozes dando palpites, criando solução e querendo governar a vida de quem passa a dificuldade. Pense!

Entenda que a sabedoria nas crises está em saber filtrar aquilo que se escuta dos amigos, dos colegas e de tanta gente que gosta de opinar, e olha que nas adversidades alheias, todo mundo gosta de dar palpite. Comuns que eles sejam assim: “...faça assim... fale desse jeito... vá por aqui, fique aí que vai dar certo..”.  Aprenda a ser sábio, se faça de surdo às vozes estranhas que estão chegando aos seus ouvidos. Não negocie princípios, valores e muito menos as verdades cristãs. Noutras palavras, tampe seus ouvidos. Lembre-se de não dar créditos a quem não compartilha a mesma fé e o mesmo propósito que você.

Finalizando, saiba que na história de Zedequias, ele pagou um preço alto (foi preso, viu a morte dos próprios filhos e seus inimigos lhe vazaram os olhos) e os amigos que palpitaram e que direcionaram sua decisão também foram mortos, mas hoje você pôde conhecer essa história e proceder diferente em situações similares. Portanto, guarde isso: tão importante quanto ouvir a voz de Deus é detectar a voz do diabo que deseja o seu mal, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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