Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 20 Julho 2020 17:54

ESTRELISMO

ESTRELISMO

 “Não é este o carpinteiro..?” (Mc 6.3)

 

Marcos era sobrinho de Barnabé e escreveu seu evangelho com muitas informações recebidas do apóstolo Pedro, de quem se tornou amigo (Cl 4.10). Segundo os historiadores, João Marcos era o seu nome, filho de Maria (At 12.12). Tem-se que além de ser o evangelho mais antigo, muito do que ele registrou também foi registrado pelos evangelistas Lucas e Mateus. Em sua narrativa, Marcos apresenta Jesus como o servo, àquele que veio para servir e seu relato foca nos milagres e nas obras de Cristo. Um detalhe em Marcos é que ele nada registrou sobre a infância de Jesus e diz muito pouco de João, filho de Zacarias, o batista.

Marcos escreveu que Jesus e seus discípulos foram para Nazaré, cidade natal de Cristo e num sábado, o Mestre estava na sinagoga ensinando. Das pessoas que estavam no local, uma parte recebeu bem os ensinamentos e outra parte, passou a criticá-lo acintosamente. Este é o contexto que o versículo acima está inserido (Mc 6.1-3).

Não é preciso fazer nenhuma pesquisa para afirmar que grande parte das pessoas valorizam os títulos pessoais. Assim, aquilo que se sobressai no meio social passa a ter mais consideração e respeito. As pessoas valorizam o que é mais imponente, prestigiam o estrelismo e as posições sociais mais altas e, da mesma maneira, não toleram as posições inferiores e simples. Entretanto, este estrelismo faz parte da humanidade que sempre buscou se posicionar dando mais valores às pessoas conforme as ações e papéis de cada indivíduo na sociedade.

Nos quatro evangelhos, por onde Jesus caminhava, ele transformava ambientes. Pessoas eram curadas, desde uma simples febre até ressurreições e casos de pessoas cegas de nascença que passaram a enxergar perfeitamente. Todos eram tocados pelo Mestre, que conforme o relato de Marcos, fazia questão de servir a todos que o procurava em busca de um recurso, seja físico ou espiritual. Além disso, Jesus tinha outra característica: ele ensinava. No templo em Jerusalém, nas sinagogas, nas praias ou no campo, Cristo dava ás multidões doses maciças de conhecimento de sua doutrina. Sem estrelismo, ELE sabia que só o conhecimento produz mudanças e traz transformações. Reflita!

Veja que naquela ocasião, das pessoas que estavam na sinagoga, um grupo passou a ridicularizar-se dele. Embora aceitassem e presenciassem as curas que ele operava, embora eles reconhecessem o poder transformador de Jesus, essas pessoas questionavam a fonte. Isso é incrível! Por Jesus ter nascido na cidade onde estava (Nazaré) e por ser um carpinteiro que ali viveu grande parte de sua vida, na visão dos críticos, isso não era compatível com sua sabedoria e conhecimento. Noutras palavras, um simples carpinteiro não podia ter aquele conhecimento e nem aquela autoridade e mais, um carpinteiro não podia ter discípulos que o seguissem (Mc 6.2-3). Eles criticavam a simplicidade de Jesus e certamente que na visão daquelas pessoas, somente a elite, os doutores da lei, os rabinos e os sacerdotes detinham o conhecimento. Eles criticavam Jesus por não ser ele um Mestre sofisticado e erudito. Pasmem!

Mas parece que só mudou a geografia, pois essa situação muito se assemelha aos dias atuais. Ainda são encontradas com muita frequência, pessoas que possuem essa mesma visão distorcida e idêntica aos dos judeus do século I. Comum que muita gente tenha comportamentos favoráveis ao materialismo, estrelismo e sofisticação mundana e sejam contrários à simplicidade do evangelho. Na mente das pessoas que se escandalizavam de Jesus, o que valia era a aparência exterior, assim como hoje em dia. Atente nisso!

Compreenda bem que a simplicidade do evangelho não combina com o sistema mundano. Lembre-se que Jesus quebrava os protocolos, ele comia com os pecadores, vivia rodeado pelos desprezados da sociedade e isso era o fim para aqueles judeus que se achavam perfeitos cumpridores da lei mosaica. Ainda hoje a simplicidade do evangelho continua escandalizando a muitos que vivem enclausurados em um sistema religioso que oprime, subjuga, manipula e mata espiritualmente. Perceba que tudo isso é loucura para o mundo, já dizia o apóstolo Paulo uma vez que o homem precisa perder para ganhar, descer para subir e renunciar a si mesmo para ganhar o reino de Deus, e sem estrelismo (1 Co 1.18).

Os judeus esperavam o Messias e ele veio, mas mesmo com tantas demonstrações de ser o Cristo, eles não acreditaram que um simples carpinteiro era o portador da mensagem de salvação. Hoje, por meio da história, se pode aprender que para viver o sobrenatural de Deus, primeiro é necessário compreender a simplicidade do evangelho. Enfim, a maneira como Deus opera os seus planos e projetos, ainda deixa muita gente de boca aberta, sem entender nada e pior, criticando sem conhecimento de causa. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 14 Julho 2020 22:31

14/07/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 13 Julho 2020 10:30

MORTE

MORTE

“Enviei-lhes mensageiros a dizer: Eu estou fazendo uma grande obra, de modo que não posso descer...” (Ne 6.3)

 

O livro de Neemias, escrito na primeira pessoa do singular em muitos trechos, mostra que ele foi escrito pelo autor de mesmo nome. A narrativa retrata a situação em que estavam vivendo os judeus que ficaram na cidade de Jerusalém, após grande parte de seu povo ter sido levada como escravo para a Babilônia. Neemias era de origem judia, filho de Hacalias, e provavelmente tenha nascido em terras estrangeiras. A história diz que ele era copeiro no palácio do rei da Pérsia, Artaxerxes.

Seu retorno ás terras de seus antepassados se deu quando ele recebeu notícias que as muralhas de Jerusalém estavam caídas e seus compatriotas estavam vivendo na miséria, passando por grandes dificuldades e, assim nasceu em seu coração o desejo de reconstruir os muros da cidade.

Existem convites de todo tipo. De aniversário e de casamento são os mais tradicionais, mas existem também os convites para um café, convites para passeios, convites para uma boa conversa e tantos outros mais. O que não falta é alguém convidando outro alguém. Mas também existem convites que fogem da normalidade e para estes, o certo é pensar bastante e recusar. Pense!

Apesar da responsabilidade saiba que Neemias tinha uma vida tranquila como copeiro do rei. A função de copeiro era uma posição de destaque e de confiança no palácio persa, já que era sua obrigação provar as bebidas que eram servidas ao rei para verificar se elas não estavam envenenadas. Entretanto, mesmo no conforto de sua posição ele foi tocado por Deus para refazer os muros de Jerusalém e a narrativa diz que ele não só reconstruiu os muros em tempo recorde como ainda teve tempo suficiente para promover uma renovação física e espiritual naquela sociedade.

Entenda bem que na execução do projeto de reconstrução dos muros de Jerusalém, Neemias foi ajudado por diversas famílias e cada parte do muro foi reconstruída de forma tal que em exatos cinquenta e dois dias, ele deu seu projeto por concluído (Ne 6.15). É bem certo que Neemias convidou os moradores da cidade para tocar a reconstrução e uns aceitaram de bom grado e outros não, mas o interessante de sua estadia em Jerusalém foram os convites que ele recebeu de pessoas não judias que procuravam colocar obstáculos na obra. Sabiamente Neemias fugiu, ele recusou estes convites (Ne 6.1-3).

Veja que orientado pela sabedoria que vem dos céus, Neemias não aceitou os convites para certa reunião e hoje se pode saber que não eram convites bem intencionados, não eram convites para um café e/ou uma conversa amigável, mas convites de morte. Eram pessoas contrárias ao projeto de reconstrução dos muros e que não tinham boas intenções. Na verdade aqueles homens conspiravam contra a vida de Neemias e com discernimento, ele escapou da armadilha, recusando os convites com uma resposta certeira (Ne 6.3).

Todavia, percebe-se nos dias atuais muita gente ingênua, que ao primeiro sinal de algum convite para caminharam fora dos projetos de Deus para sua vida, os aceitam num piscar de olhos. Assim, convites para festas regadas a álcool, convites para baladas e tantas outras tentações são na verdade convites de morte, tanto morte física como espiritual. Físicas devido às chances reais de brigas e confusões que são comuns em eventos dessa natureza e que infelizmente tem ceifado a vida de muitos e espirituais porque afastam o homem de Deus. Atente que estes convites podem até ter roupagens de uma aproximação de amizade ou de aliança, mas na verdade são verdadeiras ciladas do diabo para não só tirar o homem dos caminhos certos como vai levá-lo á morte. Reflita isso!

Infelizmente o que não falta são convites neste sentido. Neemias vislumbrou o perigo de cair numa arapuca de morte e deu pronta resposta: estou fazendo uma grande obra (Ne 6.3). Traga esse modelo de resposta para tantas convocações, para tantos chamamentos e mude a palavra usada por Neemias, de obras para propósitos, diga: estou dentro dos propósitos de Deus para minha vida e não aceite o convite do churrasco no sítio regado álcool, não aceite o convite de certas festas e muito menos o convite para tantos eventos que vão te tirar do foco em Cristo. Enfim, guarde isso: existem convites que são mesmo para morte. Tenha discernimento, fuja deles!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 06 Julho 2020 10:25

PAZ

PAZ

“Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor;” (Hb 12.14)

A carta aos Hebreus não tem autoria definida. Apóstolo Paulo, Barnabé, Apolo, Áquila e tantos outros nomes são especulados como autores da carta, todavia, nenhum desses foi efetivamente comprovado. Perceba pelo contexto da carta que os destinatários enfrentavam grandes dificuldades, aliás, naquela época, todos aqueles que confessavam Cristo viviam tensos pelas perseguições, tanto do judaísmo como do governo romano e existia a forte possibilidade deles serem tentados a retrocederem na caminhada, desistindo de prosseguir na fé cristã (Hb 4.1-11; 10.38-39). Enfim, era este o ambiente nos dois primeiros séculos.

Resumidamente, todo o capitulo 12 da carta traz uma advertência ao homem sobre a necessidade dele permanecer firme na fé, de perseverar e de manter o foco em Cristo. Para isso o autor deu ênfase na paz e na santificação como itens importantes na nessa empreitada, afinal, “estamos rodeados por uma tão grande nuvem de testemunhas” (Hb 12.1), para arrematar que “sem a qual ninguém verá o Senhor;” (Hb 12.14).

A cada dia a vida do homem aqui na Terra vai melhorando substancialmente. Basta uma simples comparação com o modo de vida dos mais velhos e essa melhoria fica mais evidente. Veja que todos os dias são criados novos medicamentos que se não curam todas as enfermidades, eles proporcionam mais qualidade de vida; todos os dias aparecem novas tecnologias que encurtam as distâncias, que dão mais qualidade de vida e promovem o bem estar do povo. Enfim, creia que amanhã será melhor que hoje e assim, sucessivamente.

Para os cristãos citados na carta aos Hebreus, era evidente que diante de tantas perseguições, diante de tantas situações de risco de vida, os cristãos daquela época se sentiam acuados em todos os sentidos. E partir para o confronto físico além de temerário, era aumentar as chances de mais perseguições, mais tensões e logicamente, mais mortes. Isso não era interessante. E certamente que a visão do autor em advertir sobre a busca da paz e da santificação tinha como objetivo trazê-los para um ambiente de calmaria e de união, principalmente para aqueles que professavam a mesma fé.

Entenda bem que se hoje as inúmeras tecnologias favorecem uma vida bem melhor que a de outrora, é de esperar que as pessoas usem essas ferramentas para viverem em paz ou em harmonia, buscando a união em todos os sentidos, todavia isso parece não se realizar, infelizmente. Veja que no ambiente político as ideias contraditórias são rechaçadas com argumentos agressivos, nos espaços familiares cada um luta por si como se o parente fosse o inimigo e nas empresas é instituído um sistema competitivo para alcance de metas e aí, salve-se quem puder. Isso sem falar nos ambientes universitários e nas relações pessoais onde ninguém quer ficar para trás. Noutras palavras, em todos os ambientes, a impressão predominante é que todos são adversários. Pense!

Neste contexto, perceba nos dias atuais o intenso emprego das tecnologias presentes nos celulares, nos smartfones e outros meios para manifestações das conhecidas indiretas. Indiretas são aqueles ataques digitais, frases carregadas de ira e outros sentimentos ruins. E o incrível é a existência de cristãos usando destes artifícios, usando destes recursos de maneira imprópria para atacar pessoas que grande parte das vezes professa a mesma fé, usando deste artifício para atacar aquele que frequenta a mesma igreja e não raro, para atacar aquele que atua no mesmo ministério eclesiástico. Ou seja, se outrora a perseguição era conhecida e vinha de fora, agora ela vem de dentro e pior, vem de maneira indireta e oculta. Entenda: a tecnologia que tem por princípio agregar pessoas e melhorar a qualidade de vida, agora é utilizada para atacar e causar divisões. Reflita!

“Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus.” (Mt 5.9). Palavras de Jesus numa frase de fácil entendimento. Desta maneira é justo e correto entender que aqueles que não buscam pela paz, não são filhos de Deus, até porque, Deus não promove brigas e confusões.  Afinal de contas, a paz é sinal da presença de Deus, porque Deus é um “Deus da paz” (Jz 6.24; Rm 15.33). Portanto, qualquer movimento no sentido de promover a paz á parte de Deus, é falsa. Veja que a busca pela paz deve ser de forma prática, ou seja, fazendo esforços pessoais de forma a não permitir que uma raiz de amargura seja criada no coração do indivíduo ou no ambiente da congregação. Simples assim, todavia, esse é o grande desafio em dias de amplo emprego das redes sociais onde a inveja, a raiva e as fofocas dominam. Pense!

"Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus." (Tg 1.19-20). A promoção de guerras, a promoção de desavenças passa também pelo não cumprimento das orientações do apóstolo Tiago, notadamente quando ele ensina sobre não se deixar levar pelos nervos, justificando que a raiva não gera a justiça de Deus. Fazer esforços para promover a paz e atuar com determinação para superar conflitos, para erradicar desavenças, para promover o perdão e reconhecer que todo homem é um agente de mudança é primordial nos dias de hoje. Portanto, guarde isso: a função de pacificador não se restringe apenas ao círculo cristão, mas a todo homem. Entendes isso?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 29 Junho 2020 14:29

EXPERIÊNCIA

EXPERIÊNCIA

Tendo olhos, não vedes? E, tendo ouvidos, não ouvis? Não vos lembrais?” (Mc 8.18-19).

 

O evangelista Marcos é conhecido por duas situações bem distintas entre si. A primeira é consenso entre os historiadores que foi ele quem correu nu, envolto num lençol quando da crucificação de Jesus e a segunda ele foi o pivô de um atrito verbal entre o apóstolo Paulo e Barnabé (At 13.8). Marcos não foi discípulo de Jesus, entretanto, é bem provável que ele tenha estado entre os setenta missionários que foram enviados para pregar o evangelho na Judeia. Era amigo de Pedro e escreveu seu evangelho com base nas informações deste discípulo.

Jesus havia terminado de dividir o pão para mais de cinco mil pessoas e depois disso saiu dali para o povoado de Dalmanuta ou Magadã (Mt 15.39). Seus discípulos foram juntos e em determinado momento, eles verificaram que tinham esquecidos de levar pão e em decorrência dessa situação, entre Jesus e os discípulos houve um descompasso verbal. Jesus os advertiu sobre o perigo do fermento dos fariseus e eles conversavam sobre a falta de pão na viagem. Nisso Jesus os adverte novamente, desta vez sobre a falta de memória deles, por não se lembrarem do milagre da alimentação que eles mesmos tinham presenciado. Este é o contexto (Mc 8.10-21).

Uma característica que envolve milhões de pessoas mundo afora é a capacidade de esquecer, tanto esquecer fatos recentes como de fatos antigos. Há casos de pessoas que se sentem perdidas e esquecem o caminho de volta para casa, outros esquecem nomes de amigos, uns esquecem as senhas de banco e existem pessoas que esquecem até os seus dados pessoais. A falta de memória atinge a todos, indistintamente.

Compreenda que os discípulos haviam saído com Jesus, mas por questões não especificadas eles não levaram a provisão de pães para o deslocamento. Num dado momento, Jesus os orientou a ficarem longe das intrigas dos fariseus, que pediam sinais, quando na verdade tinham presenciado uma multidão de pessoas serem alimentadas momentos antes. Os discípulos conversaram entre si sobre a falta de pão na viagem, mas Jesus chamou atenção deles sobre o milagre anterior. Noutras palavras é como se Jesus dissesse: “fiz lá, posso fazer aqui também”. Portanto, não se preocupem!

Sobre a memória, veja que o homem pode reproduzir duas situações bem distintas entre si. Uma é a memória de gratidão, aquela em que o homem recebe algo a seu favor e outra, a memória de ressentimento ou de mágoa. Entenda que gratidão e ressentimento atuam de formas diferentes em cada indivíduo. É normal as pessoas contarem suas mágoas, narrar para amigos e parentes todas as situações que lhe trouxeram feridas e amarguras. Quando instadas a falarem sobre isso, existem pessoas que se recordam dos detalhes sobre o mês, o dia e a hora de eventos que lhe trouxeram dores e angústias. Essas pessoas são capazes de contar suas mágoas, todas de uma vez, por diversas vezes a pessoas diferentes. Noutro lado, quando o assunto é gratidão por algo recebido, alguns possuem dificuldades em trazer essas lembranças, principalmente para recordarem-se de tantas experiências já vividas naquilo que Deus realizou em suas vidas. Em grande parte das oportunidades, veja que é mais fácil esquecer as bênçãos, os milagres e os livramentos do que contabilizar dores, lamentos e situações angustiantes. Guarde isso!

Veja que os discípulos tinham um problema muito miúdo, eles apenas não levaram o lanche da viagem, era uma coisa muito simples. Bastava ativarem a memória mais recente para entenderem que isso não era nenhum problema para o Mestre. Já tinham presenciado uma experiência do sobrenatural de Cristo e não havia nenhuma possibilidade de eles ficarem sem comer: Jesus não deixaria ninguém com fome, ELE daria um jeito nisso!

Compreenda bem que a falta de memória tem sido um problema recorrente no meio cristão e hoje muita gente passa por isso. São pessoas incapazes de recordarem o que Deus já fez e realizou em suas vidas e colocam o foco nos desafios do tempo presente. Aprenda que as recordações dos feitos de Deus são extremamente eficazes para solucionar os problemas atuais. Muitos ficam aterrorizados quando chega a enfermidade, quando chega o desemprego, quando o casamento passa por crise ou quando os filhos tomam direções erradas. Mas para enfrentar tudo isso, basta tão somente ativar a memória e lembrar que doenças, falta de trabalho e problemas familiares idênticos ou não, já foram solucionados por Deus em épocas passadas e não será desta vez que estes problemas irão prevalecer. Reflita isso!

Entenda bem que a falta de memória dos feitos de Deus na vida do homem é capaz de gerar desânimo, medo, tristeza e criar o perigoso sentimento da incredulidade. Aprenda: não se esqueça que a melhor ferramenta contra os desafios do presente é ter experiência, é olhar para trás e ver o quanto Deus te sustentou em tantos processos. Ter experiência é recordar de um Deus que não abandona e não desampara os seus (Js 1.9). Resumindo: ELE fez no passado, ELE faz hoje e ELE realizará amanhã, amém? Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 23 Junho 2020 22:25

23/06/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 22 Junho 2020 22:37

TURBULÊNCIAS

TURBULÊNCIAS

“Davi construiu ali um altar ao Senhor e lhe ofertou holocaustos e sacrifícios de paz e comunhão.” (2 Sm 24.25)

 

Outrora havia um só volume do livro de Samuel, todavia, quando os setenta e dois rabinos judeus fizeram a tradução das Sagradas Escrituras do hebraico para o grego, eles dividiram a narrativa em duas partes.  Conforme os historiadores essa tradução da Bíblia, conhecida por Septuaginta, é a mais antiga tradução em grego do texto hebreu do Antigo Testamento.

O segundo volume de Samuel apresenta a história do governo de Israel depois da morte de Saul, desta forma o livro tem sua narrativa centralizada na pessoa de Davi e nas ações de seu governo. A autoria do livro é controversa, ora é dada como sendo parte de Samuel e ora é dada como sendo de autoria dos profetas Natã e Gade. Outros estudiosos chegam a afirmar que o livro não tem autoria conhecida.

Veja bem que em todos os momentos as pessoas estão realizando algum projeto. Desde os mais simples como ir ao supermercado fazer compras ou mais sofisticados como o de construir uma casa, ninguém está totalmente paralisado. Entretanto, veja que os impactos e/ou reflexos desses projetos podem ser semelhantes às pessoas, em menor ou maior grau. É desta forma, por exemplo, que um grande edifício pode impactar em diferentes níveis os moradores próximos.

Praticamente todo um capítulo foi dedicado a uma só ação do rei Davi. Consta que o rei sentiu em seu coração de fazer a contagem de seus homens de guerra e determinou que Joabe, seu capitão, se encarregasse disso. Interessante que Joabe até tentou demover o rei Davi desse projeto, mas não conseguiu (2 Sm 24.3). Feita a contagem, viu o rei Davi que não teria procedido corretamente perante Deus. Da execução deste seu plano ou desta sua ação, vieram os reflexos: uma peste que consumiu setenta mil homens de Israel. Essa mortandade impactou mulheres que perderam seus maridos, filhos que ficaram órfãos e provavelmente trouxe muito choro e lamentos para muitas famílias (2 Sm 24.17).

Veja que o efeito da ação que levou para a sepultura muitos homens do exército de Israel foi provocado por um ato unilateral do rei Davi, ato esse que refletiu e surpreendeu o povo. Ou seja, a causa primária de tantas mortes teve origem num ato impensado, cheio de orgulho e de soberba daquele que governava o povo. Entenda que Davi idealizou seu projeto de contar sua tropa e isso impactou vidas de quem não tinha nada a ver com o desejo dele. Noutras palavras, muitas das vezes existem situações que vem sobre as pessoas que podem ter causas em ações alheias, ou seja, a ação no palácio refletiu diretamente em toda nação!

Traga essa narrativa para os dias atuais e veja quantas situações ruins são vivenciadas por muita gente. São pessoas passando por percalços que não deram causa, são pessoas enfrentando diversas turbulências cujas origens eles sequer imaginam. Veja que daqueles homens que morreram em decorrência da peste que assolou Israel, havia ali homens que eram obedientes e tementes a Deus e de forma igual, pode-se dizer que havia também aqueles que nem eram tão compromissados assim. Mas os reflexos e os impactos da ação errada de Davi atingiram a todos, bons e maus, indistintamente. Atente nisso!

Lembre-se que Sara (mulher de Abraão), foi parar dentro do palácio de Faraó, em razão de uma desobediência e mentira do marido (Gn 12). Sem mulher, Ló se relacionou com suas filhas (incesto) em decorrência de uma desobediência de sua esposa que não acatou ao anjo que os livrara da destruição de Sodoma e Gomorra (Gn 19). Diná, filha de Jacó foi violentada na cidade de Siquém em decorrência de um voto que seu pai Jacó não cumpriu (Gn 28.21; 33.18-19; 34). Entenda que Sara, Ló e suas filhas e a garota Diná sofreram turbulências em suas vidas em decorrência de ações anteriores, ações essas que eles não deram causa. Resumindo: erros pessoais podem abalar muitas outras vidas. Guarde isso!

Perceba que hoje muitas pessoas tomam atitudes insensatas, olhando mais para seus interesses e esquecem que seus atos podem afetar gente amiga e/ou desconhecida. Lideranças infiéis e corruptas impactam negativamente seus liderados, governos corruptos atormentam nações inteiras. Chefes de famílias quando praticam ações irresponsáveis contraindo dívidas impagáveis desesperam toda a família, até a criança que ainda está no ventre sentirá os abalos. É a causa de um lado e reflexo de outro!

Todavia, veja que naquela ocasião Davi foi alertado por um profeta sobre sua ação e os efeitos dela na vida do povo, ele entendeu o recado e tomou providências, levantando um altar e sacrificando a Deus. Desta forma ele viu cessar a peste e Deus curou o povo (2 Sm 24.17-25). Naquele momento Deus viu as intenções do coração de Davi e mais, viu que as motivações eram certas para um conserto e estendeu a mão, aceitando o sacrifício. Aprenda: o fim não é o fim em si mesmo, sempre existe a possibilidade do recomeço. Noutras palavras, para atitudes impensadas existe a correção quando se reconhece o erro e muda-se a mentalidade. Creia e pratique isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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