Milton Marques de Oliveira
DECISÃO
DECISÃO
“E, levantando-se, foi para seu pai...” (Lc 15.20)
Os historiadores afirmam que Lucas não era judeu, mas que era natural de Antioquia/Síria. Sabe-se também que ele fez a narrativa de seu evangelho fundamentado em informações fidedignas de pessoas que estiveram presentes nos eventos (Lc 1.4). Lucas acompanhou o apóstolo Paulo nas viagens missionárias e de suas observações, escreveu o livro de Atos dos Apóstolos, aliás, Paulo o tinha como o médico amado e muito provavelmente que ele usou seus conhecimentos médicos curando as feridas do apóstolo (Cl 1.14). Aos destinatários de sua narrativa, é visível que Lucas apresenta e destaca a perfeita humidade de Jesus, como o Deus de toda bondade e de toda compaixão.
“E, levantando-se, foi para seu pai...”, essa frase, está inserida na parábola sobre o filho pródigo, a terceira de uma sequencia de três pronunciadas por Jesus aos fariseus e escribas que o criticavam por receber pecadores e ainda por cima sentar à mesa com eles. Este ato de Jesus receber os indignos e com eles compartilhar uma refeição era uma postura extremamente criticada pelos religiosos da época, daí a raiva que eles nutriam em seus corações contra o Mestre (Lc 15.2).
Escolhemos e depois decidimos. Pode-se dizer sem nenhuma dúvida que grande parte da vida do homem se resume a essas duas situações. Em todo o tempo as pessoas estão ouvindo seus corações e tomando decisões, desde as menores, como tomar um copo com água até as grandes questões da vida como construir uma moradia ou casar com a pessoa amada. Enfim, a palavra decisão está entranhada na mente do homem desde o seu nascimento, com a ressalva que este mesmo homem não pode decidir sobre aquilo que não tem domínio. Noutras palavras, a decisão é algo profundamente pessoal!
Mas perceba que escolher o que e quando decidir pode ser um grande tormento para muita gente, justamente quando o que foi decidido pode trazer consequências não só à vida do indivíduo como às pessoas de seu relacionamento. De forma resumida, se a decisão está intrínseca à pessoa, lembre-se que os impactos, bons ou ruins, podem afetar muita gente.
É neste contexto que o rapaz mencionado na parábola de Jesus se encontrava. Num momento ele ouviu seu coração e decidiu viver longe da casa dos pais, optou por conhecer outros ambientes, resolveu ir atrás do que não conhecia. Ninguém o impediu de sair e o final da narrativa é conhecido por outra decisão, mais acertada que a primeira (Lc 15.20). Ele voltou e foi recebido pelo pai. Atente bem que essa parábola contada por Jesus se encaixa em muitas situações vivenciadas por muitas pessoas. Num primeiro momento, desgostoso com a situação atual, a pessoa resolve escutar seu coração e toma uma decisão, para depois rever aquilo que decidiu. Pense!
“Escute seu coração, ele te conduzira”. Essa é uma frase de efeito que tem preenchido a mente de muita gente mundo afora. Jovens, adultos, homens e mulheres de todas as faixas etárias têm essa frase como verdade absoluta, corroborados por estórias em filmes e livros cujos enredos marcham para um final feliz baseado no que diz o coração. “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jr 17. 9). Citação do profeta Jeremias mostrando que se tem algo que engana e ilude o homem é justamente o coração. Isso não só naquela época, mas hoje e certamente, amanhã. Se o coração do homem fosse uma bússola, com certeza ele não estaria marcando o norte. Reflita!
Compreenda que o coração do homem não foi criado para ser seguido, de forma contrária, ele foi idealizado por Deus para ser governado e acreditar naquele que o criou. “Pois do coração saem os maus pensamentos, os homicídios, os adultérios, as imoralidades sexuais, os roubos, os falsos testemunhos e as calúnias” (Mt 15.19). Existem tantas outras citações, mas Jesus relacionou algumas características de quem tem sido o líder de muita gente, inclusive do filho pródigo que ouviu seu coração e tomou a decisão de sair de casa.
“Não se perturbe o coração de vocês. Creiam em Deus; creiam também em mim” (Jo 14.1). Noutras palavras, não se inquiete nas tomadas de decisões e escolhas, pois o seu coração pode lhe mostrar caminhos traiçoeiros, portanto, antes disso, leve-o primeiramente a acreditar em Jesus Cristo, que ELE te guiará pelo caminho da verdade. Estamos combinados? Um forte abraço!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira – Pr
08/03/2020 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
07/03/2020 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
06/03/2020 - MULHERES MOVIMENTANDO O REINO
03/03/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"
CELEBRIDADE
CELEBRIDADE
“porque muitos, por causa dele, deixavam os judeus e criam em Jesus.” ( Jo 12.11)
Dos doze discípulos, João foi o apóstolo que mais escreveu (três cartas, o Evangelho que leva seu nome e o livro de Apocalipse). João escreveu seu evangelho afirmando aos seus destinatários que era necessário aceitar o ensinamento de quem ele fora testemunha e com um detalhe: testemunha autorizada por Deus (Jo 15.27). Das páginas do Evangelho de João, sobressai sua característica como testemunha ocular e autêntica, caracterizada pela conjugação do pronome nós, empregado no início de sua narrativa (Jo 1.14).
Uma situação que tem se tornado comum em alguns setores da sociedade é a pessoa se tornar sua própria testemunha. É como não houvesse a necessidade da afirmação de uma terceira pessoa sobre determinada situação. O próprio indivíduo fala por si, e como exemplo tem-se as transformações físicas. Músculos maiores, rejuvenescimento facial e cirurgias plásticas são as mudanças mais vistas, comentadas e acreditadas justamente elas mesmas falam por si.
A narrativa de João traz a doença, morte e sepultamento de Lázaro, amigo de Jesus. Consta que quando Lázaro ficou doente, Jesus não estava na cidade onde ele morava e mesmo cientificado de que seu amigo estava doente, Cristo ainda demorou em deslocar (Jo 11.6). Quando finalmente chegou a Betânia, Lázaro já havia morrido e tinha sido sepultado havia quatro dias, inclusive com o detalhe de já estar cheirando mal (Jo 11.17; 39). O final desta história é que para assombro de todos e glória de Deus, Lázaro foi ressuscitado e passou a acompanhar com Jesus.
Assim como tantas pessoas que promovem mudanças estéticas em seus corpos, daquele momento em diante Lázaro potencializou a curiosidade de todos aqueles que tomaram conhecimento de sua morte.Adultos, jovens e idosos, todos queriam ver Lázaro, de forma que os comentários sobre a morte dele, não tinham mais relevância, ou seja, de maneira análoga aos procedimentos estéticos, o passado não tinha mais importância, o negócio agora era ver o novo, o negócio era tocar nele, conversar com ele e quem sabe, até fazer algumas perguntas sobre o que ele poderia ter visto após sua morte. Resumindo: Lázaro atraia as pessoas pelo que era no momento (homem ressuscitado) e não por aquilo que tinha sido (morto e sepultado). Reflita isso na sua vida!
Atente que mesmo sem se dar conta, Lázaro passou a ser uma mensagem ambulante do milagre que Cristo realizou. Aonde ia, por onde caminhava, todos queriam ver o homem que havia morrido e tinha sido ressuscitado. Ele era o milagre ao vivo e a cores (Jo 12.09). Num termo bem atual, Lázaro do dia para a noite virou uma celebridade. O defunto que cheirava mal e, pode-se conjeturar que todos repugnavam tampando o nariz, se tornou numa celebridade que todos queriam ver e tocar (Jo 12.11). Perceba o contraste!
Assim como Lázaro, observe que hoje muitas pessoas podem ser a mensagem do poder transformar de Cristo pelo que Ele fez em suas vidas. Aliás, na ressurreição de Lázaro pode-se incluir que havia um propósito divino muito bem definido, que era o de dar publicidade do amor e da compaixão de Cristo. Mas nos dias atuais, é visível o que Cristo tem feito na vida de muita gente. Curas de diversas doenças, libertação das drogas e dos vícios, restauração de casamentos, transformação espiritual e abandono das velhas práticas são alguns dos inúmeros milagres que Jesus tem realizado por aí. E todas essas pessoas atraem tantas outras pelo que elas são hoje, ou seja, a mudança em si fez com elas se transformassem em verdadeiras celebridades, de forma que, transformadas, elas carregam a mensagem de Cristo por onde for.
Noutras palavras Cristo ressuscitou Lázaro e deu publicidade do seu poder àquele povo incrédulo e idólatra. Hoje, os inúmeros milagres retratam e demonstram a força transformadora de Jesus. Basta ver por aí inúmeros ex-alguma coisa que ostentam no peito a marca da mudança. Incrível, mas enquanto as empresas contratam profissionais para divulgar seus produtos saiba que, mundo afora, todo portador de milagre (assim como foi Lázaro) é um potencial anunciador do reino de Deus. E tome publicidade dos céus aqui na terra. Viva isso!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
01/03/2020 - CULTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO A DEUS
25/02/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"
FÓRMULAS
FÓRMULAS
“Então Maria perguntou ao anjo: Como se fará isso..?” (Lc 1.34)
Lucas escreveu o seu evangelho anunciando Jesus como o Deus de toda compaixão, de todo amor e de toda bondade, principalmente quando o Mestre se encontra com os abatidos, com os enfermos e com os endemoninhados. Para todos estes, Cristo tinha uma palavra de cura, de conforto e uma palavra de libertação. Lucas não era judeu, tinha como ocupação principal a medicina e registrou diversos eventos de Jesus tendo como fontes os próprios discípulos e outras pessoas (Lc 1-4).
O versículo acima está dentro do contexto do nascimento de Jesus. Maria recebeu a visita de um anjo e este lhe deu a notícia de que do ventre dela, nasceria Jesus, o Filho do Altíssimo. Desta notícia, a reação dela foi imediata. Sua pergunta foi: “Como será isto?” (Lc 1.34).
É normal e extremamente comum que as pessoas perguntem como se faz algo que eles desconhecem. Assim as indagações para averiguar e para investigar o desconhecido estão mesmo nas mentes de milhões de pessoas. Todos possuem um pouco ou muita curiosidade para desvendar o processo de fabricar ou produzir qualquer coisa.
É bem provável que Maria tivesse recebido instruções orais de seus pais sobre todas as profecias que apontavam para um libertador, para o Messias que viria para salvar o povo de Israel, mas certamente que jamais passou pela sua cabeça que ela fosse parte deste processo. Veja que Maria fez a pergunta certa quando não conseguiu processar em sua mente como iria ganhar uma criança, sendo solteira e, para completar, virgem! Era uma situação complexa e naquele momento ela não tinha mesmo como compreender a gravidez.
Hoje é comum o senso de curiosidade das pessoas em todos os campos. Bolos, tortas e salgados são apreciados e todos querem saber a receita. Em centenas de outras situações fórmulas e equações são pedidas para saber como se chegou a determinado resultado. Noutras palavras, as pessoas até apreciam o resultado, mas antes elas anseiam entender o mecanismo, desejam saber como foi a dinâmica que chegou ao resultado.
Dentro do contexto bíblico, a curiosidade em saber como algo aconteceu encontra diversos personagens. Zacarias e Isabel, pais de João, eram idosos e ele fez a mesma pergunta ao anjo que lhe deu a noticia que Izabel seria mãe (Lc 1.18). Os líderes judaicos também não acreditaram quando o cego de nascença apareceu enxergando (Jo 9.10). Muita gente estrangeira também não entendeu como os judeus falavam em suas próprias línguas (At 2.8). De forma idêntica, todos queriam saber como se deu aquilo que eles estavam vendo ou ouvindo. Todos estavam presenciando o resultado, mas queriam ver como foi o processo. Pense!
De nada adiantou o anjo falar e explicar a Maria que desceria sobre ela o Espírito Santo e que a virtude do Altíssimo a cobriria com sua sombra. Isso era o método, era a dinâmica da gravidez e isso ela não entendeu (Lc 1.35). Maria somente ficou relaxada quando o anjo lhe disse que para Deus nada seria impossível, ou seja, naquele momento ela ouviu quem iria fazer a coisa acontecer (Lc 1.37).
Veja nos dias atuais muita desconfiança sobre as promessas que Deus tem feito a tanta gente. São promessas das mais variadas. Casa, apartamento, casamento, trabalho, cura de doenças e fortalecimento espiritual que fica impossível citar todas as promessas, mas algo em comum a tudo isso é a pergunta de como essa promessa vai se realizar! Se for casa, o crente fica a indagar qual o bairro, quantos cômodos, se tem varanda, etc... Se for cura de doença, as indagações são para o tempo ou o tipo de tratamento. Se for casamento, deseja-se saber as características físicas do futuro cônjuge e por aí vai. Perceba que todas as indagações estão no processo e jamais no resultado. Portanto, é preciso passar do questionamento para o encantamento do que Deus vai fazer. Reflita!
Compreenda bem que desapegar-se das fórmulas e equações humanas é primordial para entender que os eventos de Deus não se submetem à lógica humana. Para Maria, era humanamente impossível ela engravidar, mas quando ela sentiu que o importante não era como ia acontecer, mas quem iria fazer, ela descansou (Lc 1.38). Resumindo, aprenda: esqueça as receitas, as equações e as fórmulas, você não precisa entender a metodologia de Deus. Milagre é para viver e não para ser entendido! Estamos combinados?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr