Milton Marques de Oliveira
01/02/2020 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR
28/01/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"
RESPEITO
RESPEITO
“Quanto ao irmão Apolo, insisti que fosse com os irmãos para vos visitar. Todavia, ele não quis ir agora de modo algum. Irá, porém, assim que tiver uma boa oportunidade.” (1 Co 16.12)
Corinto era uma cidade grega, tinha um importante porto por onde chegavam e saíam muitas pessoas. Seus habitantes cultuavam a deusa Afrodite e segundo os historiadores, a cidade era conhecida pela luxúria e pelas mulheres que vendiam seus corpos, prestando desta forma, culto à Afrodite. Paulo é o autor das duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto, enviadas em um curto período de tempo entre a primeira e a segunda epístola.
A passagem acima está na parte final da primeira carta. Neste ponto Paulo faz citações de nomes de pessoas que lhe eram próximas, finaliza as últimas instruções, pede orações e deixa claro que Apolo, seu companheiro de ministério, não iria mais viajar até Corinto (1 Co 16).
Saiba que o ser humano é de uma complexidade sem tamanho. Uns são tranquilos, serenos, outros agitados e extrovertidos, tem aqueles que são mansos e humildes e tem também aqueles que são autoritários e que gostam de impor suas vontades. É fácil dizer que existem pessoas de todas as personalidades por aí, seja no ambiente familiar, seja nas lojas e empresas ou nos relacionamentos pessoais. Em todo lugar tem gente e cada um tem sua característica. Guarde isso!
O apóstolo Paulo era muito conhecido dos cristãos pela sua coragem e bravura quando o assunto era prender aqueles que professavam a sua crença em Cristo. Pode-se afirmar que ele era um fariseu convicto, um homem autoritário e extremamente zeloso naquilo que acreditava (Gl 1.14). Na visão de Paulo, o cristianismo que anunciava a salvação pela graça e amor de Deus e que pregava um reino de paz e justiça, apresentava-se como abominação aos seus olhos, e neste contexto ele se tornou um perseguidor implacável contra os cristãos (Gl 1.13; 1 Co 15.9). Resumindo, Paulo era um homem cujas características o apontavam como corajoso, autoritário e que gostava de impor suas vontades.
Neste trecho da carta aos coríntios, Paulo deixa claro que até insistiu que Apolo fosse visitá-los, mas como ele não quis ir naquele momento, Paulo entendia e respeitava a vontade dele. Parece incrível, mas perceba aqui um detalhe da mudança, a transformação que foi gerada no coração de Paulo após sua conversão (At 9.1-17). Outrora, era um homem seguidor do judaísmo, fiel cumpridor da lei de Moisés, valente e autoritário, mas naquele momento, se mostrou um homem sensato, amoroso e respeitador das vontades alheias. Quanta diferença a conversão verdadeira produz na mente do homem. Reflita!
Atente que as pessoas vivem nos dias atuais demonstrando que tudo que faz parte do seu modo de vida é o melhor. Neste contexto, suas ideias, sua cultura, sua igreja, seus livros de leitura, seu trabalho, seus projetos e suas atitudes são melhores que os de outras pessoas. Nada se compara. Gente assim não aceita o diferente justamente porque o que é diferente não está conforme sua visão de vida!
Atente que Paulo poderia muito bem impor a Apolo que ele fosse sim, na viagem a Corinto. Mas Paulo não só respeitou a vontade de Apolo de não viajar como deixou registrado na carta. Não mentiu sobre isso e ainda afirmou que Apolo iria quando sentisse vontade. Noutras palavras, o desejo de ir estava inteiramente nas mãos de Apolo e não na vontade de Paulo. Hoje podemos entender que não era momento de Apolo ir a Corinto em razão dos entreveros surgidos pelas preferências pessoais dos próprios membros daquela comunidade, mas isso não gerou em Paulo o desejo de impor sua vontade (1 Co 1.12). Entenda que houve respeito pela posição do outro!
Traga isso para os dias atuais e perceba o tamanho da perversidade que preenche a mente de muitas pessoas que ainda teimam em impor suas vontades na vida de tanta gente, manipulando e manobrando vidas como se elas fossem fantoches. Muitos não hesitam em impor o terror e o medo quando suas palavras de ordem não são aceitas, principalmente em ambientes eclesiásticos, familiares e/ou de casal, quando a proximidade torna a situação mais conflituosa. Pense!
“Sede meus imitadores, como também eu o sou de Cristo.” (1 Co 11. 1). Palavras do transformado Paulo que agora enxergava aqueles que tinham opinião contrária com amor e respeito. Lembre-se que Cristo foi e continua sendo o maior exemplo em termos de amor pelo próximo e Paulo não só o acompanhou, como sugere que as pessoas o imitem. Anote aí: Respeitar a vontade alheia é também uma forma de amar o próximo. Viva assim!
Jesus Cristo filho de Deus, os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
26/01/2020 - CULTO DE CELEBRAÇÃO A DEUS
21/01/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"
HUMILDADE
HUMILDADE
“Mais tarde, entretanto, Eliseu perguntou a Geazi: “O que poderíamos fazer em favor dessa mulher”?” E Geazi respondeu: “Bem, ela não tem filho, e seu marido é bastante idoso” ( 2 Rs 4.14)
Outrora o livro de Reis era um grande volume, mas quando da tradução das Sagradas escrituras do hebraico para a língua grega, os rabinos judeus que fizeram a tradução acharam por bem fazer a divisão em dois volumes, como forma de facilitar a leitura e a compreensão das narrativas. Os dois volumes de Reis mostram as ações dos governos de Judá (Sul) e Israel (Norte).
Consta que o profeta Eliseu com frequência passava pela casa de uma mulher na região de Sunén, território da tribo de Issacar (Js 19.18). Desta amizade, houve por bem que atendendo ao pedido de sua esposa, seu marido fez uma reforma na casa e cedeu um cômodo ao profeta para que quando ele ali passasse, tivesse um lugar para descanso. Visando agradar a mulher, o profeta consultou se ela possuía alguma necessidade, inclusive se prontificou a falar ao rei ou mesmo ao capitão do exército em favor dela. Ela respondeu que estava tudo bem, mas Geazi, servo do profeta, foi usado por Deus e falou qual era a real necessidade daquela mulher (2 Rs 4.8-14).
Existem muitos sentimentos que ocupam o coração do homem, uns para o bem e outros para o mal. Como sentimentos bons têm-se o amor, a esperança, a paz, a paciência e tantos outros. Por sentimentos ruins têm-se a tristeza, a mágoa, o rancor, a angústia e a indiferença, mas certamente que a soberba é o sentimento campeão que teima em ocupar muitos corações. O homem soberbo se sente superior aos demais e o contrário da soberba é justamente a humildade, característica essa que ocupa os simples, aqueles que têm senso de realidade diferenciado. Pense!
Perceba a existência de muitas pessoas que são extremamente orgulhosas e com razão, pois dentro de suas atividades elas se destacam positivamente. Pesquisam, estudam e realizam com excelência alguma atividade relevante, portanto, não é errada essa admiração e demonstração pública este sentimento. Noutro extremo, há o lado perverso deste mesmo sentimento que deve ser combatido no homem, haja vista que ele está na base de muitas maldades que o coração pode fabricar, principalmente quando o orgulho faz com que o ser humano esqueça que existem outras pessoas com igual ou maior capacidade de realizações. Guarde isso!
Atente que antes deste episódio, o profeta Eliseu era um homem conhecido pela sua intimidade com o Senhor. Tinha sido discípulo de Elias e pelo próprio Elias havia sido ungido (1 Rs 19.16), havia sarado as águas de Jericó (2 Rs 2.21), havia multiplicado o azeite da casa de uma viúva (2 Rs 4.1-7) e recentemente havia sido lembrado por uma família e contemplado com um cômodo mobiliado, onde poderia descansar de suas viagens (2 Rs 4.8). Pode-se dizer que deveria ser um homem realizado, pois era nítido seu relacionamento com Deus.
A narrativa declara que Eliseu sentiu no coração, como forma de agradecimento, em fazer alguma coisa pela mulher que o ajudara. De imediato, talvez tenha pensado que ela precisasse da ajuda do rei em alguma situação ou mesmo que o oficial do exército pudesse também ofertar alguma ajuda. Mas atente que mesmo tenho estreito relacionamento com Deus, o profeta falhou em tentar saber o que ela precisava. Nada do que fora ofertado foi aceito. Mesmo sendo profeta, mesmo sendo homem cujo coração tinha estreita ligação com o Espírito de Deus, atente que ele não conseguiu acertar qual era necessidade que pudesse preencher o coração daquela mulher. Deus não revelou isso ao profeta. Pense!
“Bem, ela não tem filho, e seu marido é bastante idoso” ( 2 Rs 4.14). Coube a Geazi, servo do profeta, receber a revelação de Deus e mostrar a Eliseu qual era a realidade daquela mulher e a partir daí, Deus usou o profeta para equacionar e abençoar aquela família. Atente que não é dada aqui a indicação de que aquela mulher era estéril (evidência comum em todo o contexto bíblico para famílias em filhos) ou que não poderia ter filhos por qualquer outra causa, mas a causa parece ser outra: a idade do marido delineada na revelação de Deus a Geazi.
O incrível é que mesmo com todo o seu poder e soberania, Deus se importa em escolher homens e mulheres comuns do povo e os capacita para realizar seu propósito. Pela lógica do homem, a revelação deveria partir do profeta, mas isso não aconteceu e de maneira fantástica, o profeta não se sentiu melindrado e nem ficou irado com seu servo. De imediato ele entendeu a revelação e deu a promessa que, certamente, ela tanto desejava: um filho de um marido idoso e provavelmente com problemas de ordens físicas. Reflita!
Infelizmente, tem muitas pessoas altivas que não entendem que outras pessoas podem sim, serem instrumentos nas mãos de Deus. Eliseu não questionou o fato de a revelação ter sido dada ao servo e deu prosseguimento ao que Deus iria fazer para aquela família. Aprenda: com humildade, Eliseu compreendeu que Deus distribui os dons segundo a Sua graça, a fim de que todos - sentido de amplitude - sejam aperfeiçoados para a edificação do corpo de Cristo (Efésios 4.11-12). Viva isso!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
19/01/2020 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS
14/01/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"
IMPACIÊNCIA
IMPACIÊNCIA
“...E ouviu Abrão a voz de Sarai” (Gn 16.2)
Moisés é o autor dos livros de Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio que juntos formam o Pentateuco. A palavra Gênesis significa origem ou princípio e a narrativa de Moisés registra a criação do universo e da raça humana, mas também faz o registro da historia da nação de Israel. Abraão, Isaque e Jacó são alguns dos personagens cujas histórias de vida são amplamente estudadas, tanto pela fé que demonstraram em Deus como pela perseverança em caminhar dentro dos propósitos que o próprio Deus havia estabelecido. Pense nisso!
Abrão ainda não tinha seu nome mudado para Abraão quando se relacionou com a serva de nome egípcia de nome Agar. Deste relacionamento, nasceu Ismael que teve uma grande descendência (Gn 16.10). Isaque, o filho que ele teve com Sara (sua legítima esposa) ainda estava para nascer e é justamente aqui que essa passagem está contextualizada (Gn 16).
Saiba que existe muita gente que é impulsiva. São homens e mulheres que tomam decisões sem avaliar corretamente as consequências de seus atos. Interessante é que indivíduos impulsivos podem, eventualmente, se arrependerem de suas ações, mas isso é relativo. Há indivíduos que tocam a vida como se nada tivesse acontecido.
A história de Abraão é muito conhecida. Foi um homem escolhido por Deus que obedeceu a voz do Senhor, saiu de sua terra debaixo de uma palavra liberada pelo próprio Deus. Teve fé suficiente para não ficar onde não deveria permanecer e peregrinou na certeza que Deus o direcionava para o lugar que lhe seria mostrado (Gn 12.1-3). Era casado com Sarai (nome que depois Deus mudou para Sara) e embora carregasse a promessa de ser pai de uma grande nação, atente que ele não teve a devida paciência e agiu apressadamente.
Neste contexto, tanto Abraão como Sara estavam com idade avançada e pode-se dizer que vivenciavam uma crise doméstica pelo fato de não terem filhos. Tinha Abraão a promessa de ser pai de muitos filhos, mas do ventre de sua mulher não tinha nem sinal de gravidez. E foi justamente neste ambiente que ele deu ouvidos a voz de Sara e recebeu dela a orientação de possuir a serva egípcia de nome Agar. Desta relação, nasceu Ismael (Gn 16.15).
Perceba que muito embora Abraão carregasse em seu coração um ambiente onde as promessas de Deus estavam latentes, o risco de viver uma vida contrária aos propósitos divinos eram reais. Tanto isso é verdade que ele recebeu Agar de maneira precipitada e impulsiva, sem medir as consequências de seu ato, aliás, consequências essas que até os dias atuais são estudadas e cujas implicações são vistas por todos em amplitude mundial.
Atente que nem sempre as pessoas calculam corretamente os efeitos de suas ações. Optam por tomar decisões e fazer suas escolhas sem mensurar os impactos que isso pode trazer. Elas agem e pensam assim: “A gente faz e depois vê o que vai dar”. Isso é uma realidade presente na vida de muita gente. Quando chegam, os resultados e seus impactos são uma surpresa não só para o protagonista das ações como para tantas pessoas que sentirão seus efeitos. Guarde isso!
A atitude impulsiva de Abraão, o deslize de Abraão, ilustra bem uma situação de muitas pessoas nos dias atuais. Centenas de bugigangas são compradas nas lojas sem necessidade e é uma realidade a quantidade de tralhas e coisas sem serventia que são adquiridas de maneira impulsiva. Todos os dias as pessoas fazem isso, todavia, essas bugigangas e essas tralhas são miudezas que não trazem aborrecimentos maiores, mas saiba que existem aquelas decisões e aqueles atos impensados que trazem sérias consequências pelo resto da vida. Reflita!
Foi justamente isso que aconteceu com Abraão. Ele escutou a proposta de Sara e quis dar uma forcinha para Deus, como se Deus precisasse de ajuda! Não teve paciência para esperar que a promessa de Deus se realizasse e foi fortemente influenciado pela voz de sua mulher. Perceba que muitas pessoas são extremamente imediatistas, não suportam aguardar nada, não gostam de esperar nada e não toleram o tempo de espera. E nessa pressa em resolver tudo ao seu tempo, elas acabam por dar munição a Satanás que usa a estratégia do imediatismo e da satisfação rápida para enganar o homem. Pense sobre isso!
Veja que Abraão não quis esperar o tempo de Deus e nem pensou nas implicações futuras da proposta de Sara, todavia, hoje podemos fazer diferente. Basta blindar seu coração das influências externas, ter paciência, fugir dos atalhos e não atropelar os processos buscando rotas e caminhos alternativos. Lembre-se: quando Deus fala, ELE verdadeiramente cumpre, todavia, no tempo dele (Ec 3.1; Mt 10.6). Creia nisso!
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr