Segunda, 27 Dezembro 2021 12:21

PRISÃO

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PRISÃO

“E aconteceu que, indo nós à oração, nos saiu ao encontro uma jovem, que tinha espírito de adivinhação, a qual, adivinhando, dava grande lucro aos seus senhores.”  (At 16.16)

O livro de Atos dos Apóstolos nada mais é que o registro reduzido do começo da igreja, pós ressurreição de Jesus. Reduzido porque houveram muitos outros fatos que não foram registrados e que contribuíram historicamente para consolidar as boas novas do evangelho. Os dois discípulos protagonistas da maioria dos eventos narrados pelo evangelista Lucas são os discípulos Pedro e Paulo, aliás, Lucas narrou a primeira parte com os atos de Pedro e o restante do livro ficou com as realizações de Paulo, inclusive as viagens missionárias que o próprio Lucas acompanhou.

O contexto do versículo acima está na libertação de uma mulher que não foi identificada pelo nome e nem pela idade, mas que estava presa espiritualmente e era dominada por seus senhores. Ao encontrar com Paulo e Silas, ela se viu livre daquela situação pelo poder do nome de Jesus (At 16.16-18).

É bem certo que dentro da sociedade existe muita gente presa a determinados vícios, amarrada a determinados comportamentos e dominada por situações tais que não conseguem se livrar por si mesmos. Essas pessoas vivem como escravas, são governadas por entidades espirituais e não são capazes de tomar suas próprias decisões. A grosso modo, são pessoas que vivem aprisionadas.

A narrativa de Lucas apresenta uma mulher jovem que era governada por uma entidade espiritual e era dominada a ponto de em torno dela girar um verdadeiro empreendimento empresarial, trazendo lucro na exploração de sua imagem e de suas adivinhações. E por onde ela andava suas adivinhações ou seus prognósticos impactavam as pessoas, e nessa andança, ela veio a encontrar com o apóstolo Paulo que estava na mesma região e juntamente com Silas, anunciavam Jesus. Aquele foi o encontro da escrava com o libertador: Jesus. Reflita!

Atente que ainda hoje, em pleno século XXI, existem muitos homens e mulheres que são explorados física e economicamente, é o chamado trabalho escravo. Normalmente essas pessoas trabalham sem perspectivas e não ganham o mínimo para sobreviverem dignamente. Considere que um homem dominar o seu semelhante é algo por demais degradante. A escravidão foi em épocas passadas e continua sendo nos dias atuas a maior afronta do homem contra o seu semelhante. Dominado, o escravo não possui voz, nem vontade e muito menos dignidade, e se vê  obrigado a fazer aquilo que o seu dono quer. Uma prisão por um crime que não cometeu. Pasmem!

Considere que aquela jovem vivia literalmente para satisfazer os desejos de seus senhores e a libertação dela das mãos de seus donos repercutiu na cidade. Sem a mulher, os seus donos perderam a fonte de dinheiro que os financiavam e se revoltaram contra os dois discípulos (At 16.19). De forma idêntica saiba que quando o homem, escravo do diabo, escravo dos vícios é libertado de seu algoz, sua liberdade também traz impactos, principalmente aos que o subjugavam, logicamente insatisfeitos com a nova situação. A narrativa não diz mais sobre essa moça, mas acredita-se que depois de liberta daquela prisão, ela viveu uma nova história. Creia isso!

Compreenda que o humanidade vive em duas realidades antagônicas e distintas entre si. Uma realidade é o mundo visível que pode ser visto e tocado, todavia, uma outra realidade presente é o mundo invisível, onde habitam forças espirituais estranhas que são chamadas de principados e potestades. Invisíveis aos olhos do homem, essas forças malignas são inimigas espirituais do homem e usam seus poderes para a destruição. Não toleram a verdade, não suportam a luz e fazem parte de um mundo onde prevalece a mentira, a fraude e o engano. Segundo os estudiosos, essas forças operam toda sorte de maldade e são os agentes secretos de toda perversidade. Elas atuam sem regras, não conhecem normas e nem leis e não possuem qualquer princípio moral e muitos menos sentimentos nobres. Resumindo, essas forças espirituais da maldade atacam sem escrúpulos e aquela jovem mulher foi mais uma vítima de suas ações.

O Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu para pregar o Evangelho aos pobres. Ele me enviou para proclamar a libertação dos aprisionados e a recuperação da vista aos cegos; para restituir a liberdade aos oprimidos.” (Lc 4.18). Palavras de Jesus explicando sua missão libertadora e os projetos de Deus para todo homem e toda mulher que crê no poder libertador de Cristo. Em seu curto ministério anunciando o reino de paz e de justiça, Jesus fez diversas operações libertando pessoas de possessões demoníacas (Mc 1.21-26; 3.10; 5.1-19 e Mc 6.13). Todavia, Jesus deixou e deu este poder aos que creem em seu nome e foi exatamente isso que fizeram Paulo e Silas quando depararam com aquela moça (Lc 9.1).

Saiba que mesmo invisível, as forças do mal existem e podem sim, causar mal ao homem, todavia, saiba também que proteger a mente de toda ação maligna e não dar legalidade ao diabo já é um bom começo para barrar esses ataques, mas acima de tudo compreenda que é primordial estabelecer e fundamentar a vida em Cristo. Ou seja, firmar a mente em Jesus Cristo, no sacrifício que ELE fez e em tudo o que ainda pode fazer em prol dos que creem em seu nome é sem dúvidas, o caminho que leva á liberdade. A liberdade está em Jesus, estamos combinado?

Jesus Cristo Filho de Deus, os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Ler 321 vezes Última modificação em Quarta, 29 Dezembro 2021 18:10

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