Sábado, 12 Agosto 2023 19:59

RENÚNCIA

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RENÚNCIA

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são aqui da terra” (Cl 3.2)

 

A carta escrita por Paulo destinada à igreja que estava na cidade de Colossos foi redigida entre os anos 60 ou 61 DC. Sabe-se que Paulo estava encarcerado na cidade de Roma e a epístola trata fundamentalmente sobre a supremacia de Cristo. Naquela época, assim como hoje, haviam centenas de pregadores itinerantes que visitavam as igrejas e eles anunciavam um evangelho mesclado com os ritos judaicos. Isso motivou Paulo a falar sobre a grandeza de Jesus e instruir a comunidade cristã da cidade de Colossos a terem muito cuidado para que ninguém os prendesse espiritualmente com argumentos fraudulentos e ensinos heréticos (Cl 2.8).

Ambientando a narrativa de Paulo, tem-se que ele mostra algumas características da vida abundante e plena do cristão em  Cristo Jesus (Cl 3.1-4).

Perceba que a mente humana é muito familiarizada com as coisas terrenas, até porque embora crente em Jesus, é natural aos homens e mulheres viverem e respirarem a cultura de onde estão inseridos. Assim, todos trabalham, estudam, frequentam parques e restaurantes, se reúnem com amigos e fazem atividades rotineiras, comuns a todos. A dificuldade surge quando alguma coisa da rotina sai fora do controle e desorganiza  a vida. Justamente nesse ponto a mente do cidadão entra em pane. Ou seja, situações negativas que chegam de repente podem trazer embaraços, causar estresse e desespero. Nesse sentido, importante compreender que uma mente espiritualmente forte combate a desordem, reorganiza a vida e direciona a caminhada. Guarde isso!

O apóstolo Paulo orientava a igreja de Colossos a pensar nas coisas que são de cima e não nas que são aqui de baixo, da terra, ou seja, para uma igreja ainda muito nova, o ideal era que eles firmassem seus pensamentos nas coisas celestiais e para isso, o mesmo Paulo argumentava que o poder que os dominava antes da conversão já tinha sido vencido por Jesus na cruz, portanto, os desejos e as vontades carnais sobre as coisas terrenas não podia achar espaços em seus corações, portanto, era mais que necessário renunciar as práticas terrenas.

Logicamente que Paulo tinha muitas informações para argumentar com eles sobre colocar os pensamentos no céu, mas dentre estes argumentos, pode-se citar o principal: Jesus os havia libertado das potestades das trevas. Ou seja, todos eles, inclusive Paulo, viviam anteriormente presos ao mundo do pecado e Jesus não só os libertou, como os transportou para o seu  reino. Portanto, colocar a mente nas coisas de cima era entender que houve uma mudança de governo, se antes o homem era governado por suas vontades e desejos carnais, Jesus assumiu o comando e mudou o estado espiritual de cada indivíduo. Antes moravam nas trevas e agora fixaram sua residência na luz que é Jesus (Cl 1.13). Guarde isso!

Paulo enfatizava que aqueles irmãos fixassem seus pensamentos em Deus pelo fato deles terem sido resgatados da vida de pecado que os prendia (Cl 1.14). Outrora tinham sido reféns do pecado e da idolatria, escravos dos vícios e estavam aprisionados aos grilhões de toda maldade, e Jesus, por meio de seu sacrifício concedeu a liberdade. Noutras palavras, Jesus efetuou o resgate de cada um e fez o pagamento por meio de seu sangue. Nas palavras de Pedro, corroborando com Paulo, o resgate não foi feito com coisas corruptíveis como a prata ou o ouro, mas pelo incorruptível e precioso sangue de Cristo (1 Pe 1.18-19).

Resumindo, fixar os pensamentos nas coisas do céu é nada mais e nada menos que a contrapartida do homem pela sua liberdade e pelo resgate que Jesus proporcionou pelo seu sacrifício na cruz. Como homem nenhum tinha algum mérito em receber a liberdade e nem a redenção, tem-se que tudo isso aconteceu pelo amor de Deus à humanidade. Como sempre é falado, um amor incondicional a quem não merecia. Reflita!

“Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus no vosso corpo  e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” (1 Co 6.20). Glorificar a Deus por meio de atitudes, posturas e comportamentos que sejam modelos e referências às pessoas com quem se convive, significa valorizar o sacrifício de Jesus que redundou em benefícios a todos que os nele creem. È  dar valor a graça de Deus caminhando na contracultura social.

Considere em todo o tempo que independente de onde o crente em Jesus estiver, seja no ambiente familiar, no trabalho, nas ruas e até mesmo cultuando a Deus nas igrejas, ele deve se apresentar como uma mensagem que será lida por todos e, caso ele se apresente com pensamentos terrenos e com a mente voltada ás coisas terrenas, certamente que esse crente não refletirá a mensagem de Cristo. Pensar nas coisas de cima, nas coisas do céu é dever de cada cristão regenerado, afinal de contas renunciar às práticas mundanas e morrer para o mundo faz parte da vida cristã, caso contrário é impossível ter vida plena em Cristo. Combinado? Abraço grande.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Ler 814 vezes Última modificação em Quarta, 16 Agosto 2023 07:01
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