Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 28 Junho 2022 23:07

28/06/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 27 Junho 2022 08:03

REMÉDIO

REMÉDIO

 

“Filho, perdoados estão os teus pecados.” (Mc 2.5)

 

Dentre os quatro evangelhos, o de Marcos é o mais resumido e embora a pessoa de Marcos não tenha sido discípulo de Jesus a sua proximidade com o apóstolo Pedro lhe rendeu muitas informações que foram registradas em seu evangelho. Seu nome era João Marcos, filho de Maria, em cuja casa se reuniram diversos irmãos para orarem a favor de Pedro, então preso por ordem de Herodes (At 12.1-17).

O versículo acima está ambientando no encontro de Jesus com um homem aleijado, que fora conduzido e apresentado a Jesus por seus amigos (Mc 2.3-12).

Confira que por detrás dos sorrisos, por detrás das fotos bonitas, por detrás das frases de efeito e por detrás das maquiagens, pode ter um coração doente, uma alma angustiada, uma pessoa com o típico aperto no coração pelas culpas do passado. Existem pessoas que passam a vida toda carregando fardos do passado, são homens e mulheres com profundas feridas na alma, portadoras de enormes feridas no coração. Externamente são pessoas fortes e valentes, mas por dentro estão machucadas e vivem debaixo de uma cortina de fumaça escondendo a ferida de seus corações.

A narrativa de Marcos mostra que um homem, cuja identidade não foi revelada vivia acamado, estava prostrado em uma cama e mesmo assim, foi alvo de extrema bondade de seus amigos e dois detalhes interessantes no texto: primeiro é que o aleijado mesmo ciente de sua enfermidade, não pediu para o levarem a Jesus e, segundo, Jesus viu a fé dos amigos, mas não viu a fé de quem precisava, que era o aleijado (Mc 2.5).

Perceba que nos quatro evangelhos as pessoas eram curadas fisicamente de suas enfermidades, os cegos viam, os aleijados andavam, os mortos ressuscitavam, os leprosos eram curados de suas feridas e inúmeros outros coisas nem foram registrados (Mt 11.5; Jo 21.25). Certo é que por onde Jesus passava nada ficava do mesmo jeito, ele mudava o ambiente e a sua presença gerava transformações físicas e principalmente transformações espirituais, ou seja, tanto para seus adversários no campo religioso como para os seus seguidores, a presença de Jesus um novo tempo na história de muita gente.

No pensamento dos amigos do aleijado, a expectativa era que ele fosse curado de sua doença física, fosse restaurado às atividade normais, como trabalhar e ter sua vida dentro da normalidade, entretanto, antes que Jesus lhe ordenasse a se erguer da cama, Jesus o perdoou de seus pecados, ou seja, Jesus viu naquele homem uma necessidade muito maior que a cura física. Jesus viu que a maior necessidade dele era a cura de sua alma, a restauração de seu coração, o perdão de seus pecados (Mc 2.5).

Compreenda bem que o problema visível, exterior e aparente daquele homem era mesmo sua deficiência física, mas de forma incrível, Jesus sabia que ele precisava mesmo era ser curado por dentro e isso foi feito, inobstante seus amigos o terem levado na expectativa de que ele andasse. Ou seja, o remédio da cura da alma, o remédio que traz cura interior é muito mais necessário que a cura física. Reflita nisso!

Saiba que trazer cura interior, perdoar os pecados e dar destino ao homem, reconciliando-o com Deus é a verdadeira missão de Jesus (2 Co 5.19). Não creia que Jesus veio unicamente para trazer toda sorte de bênçãos físicas e visíveis, mas Jesus pode sim, abençoar aqueles que precisam de bênçãos de cunho físico, todavia, isso não é o projeto de Deus para a humanidade. De Gêneses á Apocalipse, Deus tem revelado ao homem a urgente necessidade da reconciliação e foi para isso que Jesus veio, enfrentou a cruz num sacrifício único e ressuscitou. Lembre-se que o pecado afastou o homem de Deus e ao dizer ao paralítico que os pecados dele estavam perdoados, Jesus estava demonstrando a maior motivação de sua presença entre o homens, dando ao aleijado a libertação de toda carga que estava sobre seus ombros e o reconciliando com Deus.

Neste contexto, saiba que Deus conhece a história de cada indivíduo e nada, absolutamente nada está oculto aos seus olhos. Para os amigos e para a multidão que presenciou aquele evento, o problema do aleijado era exterior, era mesmo a sua deficiência física, mas Jesus sabia que a raiz do mal estava no interior, era mais profunda e primeiro o libertou perdoando o seu passado, reconciliando-o com Deus e consigo mesmo para somente depois o curar fisicamente. Resumindo: a cura física, a cura das enfermidades é ótima, mas a cura da alma é muito mais importante e necessária que qualquer outra coisa que Deus pode fazer ao homem. Jesus é o remédio, entendes isso? Um grande abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 21 Junho 2022 22:59

21/06/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 20 Junho 2022 09:22

ESCÂNDALO

ESCÂNDALO

“irmãos e pais, ouvi a minha defesa, que agora faço perante vós.”  (At 22.1)

Os teólogos e estudiosos já bateram o martelo que o autor do livro de Atos dos Apóstolos foi Lucas, o mesmo autor do terceiro evangelho. Muito embora Lucas não tenha sido discípulo de Jesus, é certo que ele teve boas relações com alguns deles, trazendo muitas informações que embasaram sua narrativa evangelística, mas para escrever Atos, Lucas se fez presente em diversas ocasiões, acompanhando o apóstolo Paulo nas viagens missionárias e registrando com riqueza de detalhes os eventos mais importantes da expansão da fé cristã.

O contexto da passagem acima está no relato da defesa do apóstolo Paulo, quando se viu acusado como transgressor da lei mosaica e da ordem pública, além da  heresia contra o templo e contra Deus (At 22.1-20).

Compreenda que por vezes as pessoas são questionadas sobre assuntos de relevância pessoal e nesse sentido, a defesa com argumentos e provas é a maneira mais fácil para elucidar a questão. Homens e mulheres podem ser questionados sobre quando e onde concluíram o ensino superior, sobre quais cidades conhecem, sobre quais empresas já trabalharam e assim, pode-se abrir uma enormidade de situações onde existe a necessidade de dar o seu testemunho, ou seja, é a chance de mostrar algo verdadeiro para comprovar seus argumentos e elucidar a questão.

Perceba que a narrativa de Lucas diz que Paulo foi acusado de ir contra o templo e contra Deus, e diante das ameaças de seus acusadores, Paulo discorreu uma narrativa histórica, contando resumidamente sua vida, desde a escola judaica que frequentou, o nome de seu Mestre, as perseguições em desfavor dos cristãos e finalmente o encontro que ele teve com Jesus (At 22.1-10). Em nada Paulo escondeu o fato de quem ele tinha sido. Afirmou que era um judeu fervoroso, extremamente zeloso e com uma religiosidade intensa a ponto de sair fazendo cruzadas em nome do Deus de Israel, prendendo todos aqueles que por ventura encontrasse pelo caminho professando a fé em Cristo, inclusive fora das terras palestinas, já que sua conversão se deu em território estrangeiro (Damasco/Síria). Noutras palavras, o argumento de Paulo era totalmente desprovido de mentiras, ele dizia a verdade, assumia o passado e sua conversa era fundamentada com provas. Não era nenhum blábláblá, nem eram frases soltas ao vento.

Considere que num mundo com tantas informações, algumas verídicas, outras nem tanto e ainda com tantas matérias mentirosas sendo ventiladas por aí, é bem verdade que acreditar nas pessoas, naquilo que se ouve e no que se lê tem sido o grande desafio atual. Dar bom testemunho e falar a verdade deveria ser obrigação de cada indivíduo, todavia, nem sempre isso acontece. A psicologia enumera muitas vantagens de se falar a verdade, afirmando que pessoas virtuosas adotam a verdade como um hábito de vida saudável, o que proporciona leveza na mente, paz no coração e harmonia nas relações pessoais. Diferente da verdade que é dita uma só vez e surte seus efeitos, a mentira necessita de outras mentiras para dar sustentação e assim, cria-se uma confusão de tamanhos inimagináveis. A bíblia ensina que um abismo chama outro abismo (Sl 42.7). Creia nisso!

Falação, nhenhenhém, blábláblá, são palavras que possuem o mesmo significado. São relacionadas á conversas e comportamentos totalmente desprovidos de conteúdo, ou seja, é a famosa conversa fiada, falatório sem nenhum fundamento. E isso, infelizmente, tem sido amplamente utilizado, tanto pelas mídias como pelas pessoas que usando as tecnologias vivem espalhando frases e informações sem comprovações, apenas para colocar mais lenha na fogueira dos fake news, ou seja, criar confusão e promover escândalos. Fuja disso!

Considere que ser verdadeiro é significativo e ajuda outras pessoas a compreenderem de fato uma situação que estão vivendo. No meio cristão o testemunho pessoal de cada indivíduo pode motivar outras pessoas a tomarem posição em suas vidas e assim, abandonarem a caminhada errante que estão trilhando. Todavia, dar bom testemunho cristão nem sempre é prioritário na vida de muitos por aí. Confusões de toda ordem, práticas de crimes, enganos, fraudes e uma centena de outras ações perniciosas tem sido noticiadas nos jornais, algumas inclusive com sentenças judiciais. Quando deveria  prevalecer a verdade, muitos usaram da mentira e o resultado foi escandaloso, não só a nível pessoal como coletivo. Pasmem! 

Entenda bem que Paulo disse a verdade, não usou de engano e dar testemunho da verdade, não só glorifica a Deus (1 Pe 2.12), como mostra aos demais que a transformação, a conversão e a mudança de mentalidade realmente ocorreu em sua totalidade (2 Co 5.17). Resumindo: A verdade pode até doer e trazer algum incômodo nas relações, mas mesmo assim que prevaleça a sinceridade, afinal de contas de escândalos  o mundo está abarrotado e não necessita de mais mentiras (2 Co 6.3). Estamos combinados? Um forte abraço.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Terça, 14 Junho 2022 23:06

14/06/2022 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 13 Junho 2022 18:01

INTELIGÊNCIA

INTELIGÊNCIA

“E havendo Abraão dito de Sara, sua mulher: É minha irmã; enviou Abimeleque, rei de Gerar, e tomou a Sara. (Gn 20.1)

Tradicionalmente Moisés é considerado o autor do livro de Gêneses e de mais outros quatro livros (Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio). Estes cinco livros formam o conjunto denominado Pentateuco. Este grupo tem em sua narrativa a origem do homem e de todas as demais coisas, contempla a auto revelação progressiva de Deus ao povo de Israele encerra com a posse definitiva deste mesmo povo nas terras de Canaã.

A passagem acima se ambienta nas terras de Gerar, para onde Abraão se deslocou logo após a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra (Gn 19). Naquelas terras Abraão apresentou sua esposa Sara como sua irmã e o rei pagão Abimeleque a tomou por mulher (Gn 20).

A Bíblia descreve a raça humana como altamente destrutiva, um povo que tem a marca de ser competitivo em todos os setores. Para fazer valer seus próprios interesses, o homem faz qualquer coisa, e aí se observa um pensamento muito comum de fazer o que lhe vem à cabeça sustentado na frase: ‘custe o que custar, eu vou fazer’. Todavia, neste contexto de fazer valer suas vontades as pessoas acabam por criar desarmonia nas relações familiares, desarmonia nos locais de trabalho e até mesmo nos ambientes das igrejas.

Perceba que Abraão ao chegar nas terras de Gerar contou uma mentira e colocou sua mulher no radar de outro homem. Um detalhe nesse fato é que essa mentira se assemelha à mesma mentira que ele contou tempos atrás, quando esteve peregrinando em terras egípcias (Gn 12.11-13). O que fica claro nessa situação é que mais uma vez, Abraão estava lidando com sua velha natureza, olhando muito mais os seus interesses sem se preocupar com a vida de sua esposa Sara. Segundo os historiadores, da primeira mentira que ele contou no Egito até essa segunda mentira, se passaram pouco mais de 20 anos e muito embora Abraão fosse amigo e íntimo de Deus, considere que ele mantinha a mesma essência de anos atrás, ou seja, uma essência perniciosa e distorcida. Mesmo com boas virtudes no relacionamento com Deus, naquele momento, sua natureza carnal falou mais alto e ele mentiu outra vez. Pense!

Mais adiante, Deus advertiu o rei Abimeleque e este não só devolveu Sara para Abraão, como ainda lhe faz uma dura advertência (Gn 20.9). Abraão foi censurado por um pagão quanto às suas atitudes em relação a Sara e isso deixa claro que Deus não se preocupou com a reputação do velho patriarca, mas usou como ferramenta de correção de sua velha natureza, um homem pagão, que não conhecia o Deus a quem o próprio Abraão depositou sua confiança quando saiu de suas terras. Noutras palavras, diante do pecado de Abraão que teimava em se repetir, Deus o corrigiu diante de um homem ímpio e, pode-se acreditar que este momento foi de extrema vergonha para Abraão. Se toda correção é ruim, imagina uma censura pública diante de outras pessoas!

Compreenda que mesmo para Abraão, homem conhecido no contexto bíblico pela dedicação e pela coragem, inclusive ele faz parte dos homens inseridos na galeria dos heróis da fé, num repente se viu dominado pela sua velha natureza (Hb 11.1-13). Mentiu no passado, causou embaraços a Sara e decorridos muitos anos à frente, ele simplesmente repetiu o mesmo erro, reincidindo no mesmo tipo de transgressão e causando novos impactos físicos e emocionais á vida de sua esposa. Definitivamente ele não raciocinou.

Considere que existem determinados hábitos ou certos costumes que precisam ser urgentemente arrancados dos cristãos. Hoje tem sido comum as práticas repetitivas dos mesmos pecados por muitas pessoas que, além de nem ficarem vermelhas quando os praticam, ainda fazem questão de perpetuar o ato com uma selfie. É como se essas pessoas industrializassem seus pecados e assim, diariamente elas vão fabricando alucinadamente suas transgressões num ritmo louco e frenético. Vícios de toda ordem, infidelidade, fraudes no comércio e/ou nos negócios e uma infinidade de ações que contrariam a vontade de Deus, tem se tornado corriqueiros e repetitivos na vida de muito homem e mulher que professam a fé cristã e, logicamente que essas práticas não fazem parte dos planos de Deus para a vida de ninguém. Para o crente em Jesus, que se enxerga como o templo do Espírito Santo, considere que é impossível, simultaneamente, ser governado pelo Espírito Santo e viver conforme os padrões deste mundo (1 Co 6.19; Gl 5.16). Reflita nisso!

“Desde então, Jesus começou a pregar, dizendo: ‘arrependei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4.17). Entenda que conversão é mudança de mentalidade e arrependimento é reconhecer o erro e não praticá-lo mais. Se o coração não mudar, saiba que as atitudes e posturas nunca mudarão e o homem ou a mulher continuarão reiteradamente industrializando os mesmos pecados, e mais, correndo os riscos de serem confrontados por Cristo, até porque Jesus julgará a todos a fim de que cada indivíduo receba o que merece em retribuição pelas obras praticadas por meio do corpo, quer seja o bem, quer seja o mal (2 Co 5.10). Portanto, sabedoria e inteligência é fugir da industrialização do pecado e nem repetir os erros do passado, concordas? Um forte abraço.

Jesus Cristo filho de Deus continue abençoando sua vida.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

PUBLICIDADE