Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Domingo, 15 Novembro 2020 10:06

13/11/2020 - 3° PAPO DE CASAIS DA OCN

Segunda, 09 Novembro 2020 10:34

VERGONHA

VERGONHA

“E todos ficavam maravilhados”. (Mc 5.20)

 

Marcos, autor do evangelho que leva o mesmo nome, não foi discípulo de Jesus, todavia, atuou com muita disposição na pregação da mensagem de salvação com o apóstolo Paulo e com Barnabé nas viagens missionárias. Sabe-se que seu nome era João Marcos, filho de Maria, cuja casa foi local de intensa oração a favor de Pedro que estrava preso e que foi libertado de forma sobrenatural. Este evento foi registrado por Lucas (At 12.12).

O contexto da narrativa de Marcos, diz que veio ao encontro de Jesus um homem endemoniado. Governado por uma legião de demônios ele vivia nos sepulcros e nem com algemas era possível contê-lo. Jesus o libertou e ele ganhou uma nova vida (Mc 5.1-20).

É normal e salutar que na vida de muita gente aconteçam mudanças e transformações de ordem positiva, isso é importante porque essas mudanças podem trazer novas perspectivas. Transformações físicas, emocionais e até mesmo espirituais são extremamente benéficas e devem ser buscadas quando necessário.

O relato de Marcos apresenta um homem sem nome, dominado e possuído por espíritos malignos. A narrativa diz que ele vivia sem roupas pelos sepulcros e pode-se dizer sem sombras de dúvidas que para seus familiares, era constrangedor e vergonhoso o comportamento dele. Não se sabe quanto tempo ele estava naquela situação, mas certamente que o sofrimento dele e de seus familiares era imensurável. Era uma triste realidade que sua família vivenciava.

Entenda bem que dentro dos planos de Deus tudo tem uma finalidade e foi assim que Jesus esteve naquelas imediações, e este homem foi ao encontro de Cristo. Foi tudo muito rápido e ali ocorreu uma cura e uma libertação plena. Livre, já recomposto com roupas, ele expressou uma vontade digna de todo homem que se vê liberto do jugo maligno: ele pediu para acompanhar Jesus (Mc 5.18). Interessante foi que Jesus negou seu pedido e lhe deu naquele momento uma importante missão: voltar para sua casa, aos seus (Mc 5.19).

Veja que o pedido do ex-possesso tinha lógica e demonstrava gratidão. Ele queria estar perto daquele que o salvou e para Jesus e os discípulos, seria interessante ter aquele homem como uma testemunha da mudança física e espiritual. Certamente que a ordem de Jesus para ele voltar á sua casa contraria todo o entendimento de muita gente que nos dias atuais, gostam de apresentar seus feitos, exibindo pessoas como troféu. Aqui Jesus dá o entendimento que ele deveria voltar á sua casa para honrar aqueles que outrora, ele tinha causado constrangimento e vergonha: seus pais e irmãos. Pense!

Compreenda que Deus demonstra a todo o momento que seus propósitos são mesmo difíceis para a compreensão humana. Sarado, curado e livre de toda possessão demoníaca, aquele homem ganhou uma nova roupagem e ganhou também uma missão. Levar a mensagem salvadora, a mensagem que transforma aos seus entes queridos. Noutras palavras, Jesus curou e o abençoou para ele abençoar outras pessoas. A motivação da libertação daquele rapaz era a mensagem de Cristo para atingir outras pessoas fora do ambiente geográfico da Judeia. Estava implícito aqui o ensinamento de Jesus de que a graça e o amor de Deus não fazem acepção de pessoas ou de raça. Ou seja, o que Deus faz sempre tem uma motivação, uma finalidade que o homem somente vai entender tempos depois. Naquela libertação, naquele não de Jesus e naquela ordem de voltar aos seus familiares estava implícito que o evangelho ia atingir outras regiões e povos que não a Judeia. Reflita!

Olhe ao redor e veja que estamos inseridos em uma sociedade perdida e decadente, tanto no sentido físico/natural com ampla destruição do meio em que se vive como no aspecto moral, com a relativização de tantas verdades. É bem verdade que se vê o esforço de homens públicos que até tentam mudar e melhorar a vida da sociedade por meio de políticas públicas sérias e comprometidas com o bem estar coletivo.  Lares desfeitos, vergonha e constrangimento, filhos perdidos, brigas e até mortes entre integrantes de uma mesma família são noticiados todos os dias pelos noticiários. Todavia, saiba que Deus sempre se preocupou com a integralidade da família.

É neste contexto que curar pessoas, mudar ambientes, melhorar cenários e trazer paz e harmonia têm sido a proposta do evangelho que não só salva e liberta o homem, dando-lhe nova vida, como lhe dá a segurança de uma vida eterna com Jesus no céu (Jo 14.1-6; 2 Co 5.17).

Obediente, aquele homem voltou para sua casa e aquela família agora tinha harmonia, prazer e paz. Para seus familiares e conhecidos ele passou a anunciar o que Deus tinha feito em sua vida, como ele foi transformado e todos se maravilharam da mudança que era vista in loco (Mc 5.20). Era como se ele dissesse: “quem me viu e quem me vê...”. Das vergonhas que causou, das humilhações que seus familiares enfrentaram, ele passou a ser motivo de orgulho e honra. Portanto, entenda por meio dessa narrativa que a mensagem do Evangelho não se propõe apenas a resgatar vidas, mas também restaurar famílias e transformar ambientes. Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quinta, 05 Novembro 2020 11:46

03/11/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 02 Novembro 2020 15:54

AVISO

AVISO

“Ora, tudo isto lhes acontecia como exemplo, e foi escrito para aviso nosso para quem já são chegados os fins dos séculos”. (1 Co 10.11)  

O apóstolo Paulo foi o autor de treze cartas, algumas dessas com destinatário único, como as cartas de Timóteo e Tito e outras destinadas às comunidades cristãs que estavam se estabelecendo no mundo de então. Nessas tratativas, Paulo ensina, adverte, mostra a direção a seguir e demonstra em todas as ocasiões, um amor puro e verdadeiro pelos irmãos que professavam a fé em Cristo.

Paulo escreveu duas cartas à comunidade cristã que estava na cidade de Corinto. Entre a primeira e a segunda carta se passaram pouco mais de um ano e na primeira epístola, Paulo trata de corrigi-los pela carnalidade que havia se instalado naquela igreja. E uma dessas correções está no bloco de ideias que faz uma comparação com os antepassados dos israelitas (1 Co 11.1-12).

Entenda que antes de sua conversão, Paulo era um inimigo declarado dos cristãos (At 22.3-5). Ele mesmo confirma seu perverso comportamento de outrora mostrando nas cartas quem era, e simultaneamente deixa claro que o amor e a graça de Deus por ele, Paulo, havia sido a causa de tamanha transformação (Ef 3.1). Pense!

Não é nenhuma novidade que as pessoas cometem erros, ora pequenos e ora grandes. Também não é novidade que estes erros podem trazer consequências futuras. Assim fica claro que os erros cometidos no passado podem ser didáticos, ensinando qual o caminho a seguir e quais deles não podem ser repetidos. Noutro giro, os acertos no passado motivam as pessoas a caminharem acertadamente no futuro. Isso vale para inúmeras situações da vida como os relacionamentos pessoais, a vida no trabalho nas empresas, a vida financeira, a vida empresarial e logicamente, a vida espiritual.

Veja que Paulo não usa palavras bonitas para chamar a atenção dos membros da igreja em Corinto sobre os comportamentos deles frente à sociedade daquela cidade. Saiba que palavras firmes e sem ofensas pessoais não só mostram a realidade, como funcionam como ondas de choque para balançar o coração das pessoas e trazê-las para uma realidade que ela pode não estar percebendo. Pense!

Hoje muitas pessoas vivem se lamentando por escolhas do passado que não trouxeram o resultado esperado. Isso acontece nos negócios, nos empreendimentos comerciais, nas finanças, nos relacionamentos que terminam com brigas e separações e numa infinidade de outras situações. A origem de choros e lamentos está em decisões ruins de eventos que já eram conhecidos no passado, todavia, não se sabe como, houve a repetição do mesmo processo e evidentemente, o resultado foi igual ou pior.

Paulo manifestou preocupação com os membros daquela igreja e os alertou para voltarem os olhos ao passado e observarem os erros que seus antepassados cometeram e assim, não deviam repetir os mesmos erros. Ou seja, os hebreus quando saíram da situação de escravos para homens livres se deixaram levar pelas tentações e o resultado foi a incredulidade que impediu muitos de chegarem à Canaã (Nm 14.22-23).

Há um dito popular que diz ser loucura do homem desejar resultados diferentes repetindo o mesmo procedimento. Assim, quem não traz á memória os erros de outrora, pode vir a cometer os mesmos erros, noutras palavras, não aprendeu! Isso vale para a escolha dos representantes políticos, vale para compras de produtos supérfluos que trazem o endividamento familiar, vale para viagens e vale também para compreender porque muita gente ainda continua praticando as mesmas transgressões que os afastam dos caminhos de Deus. Reflita!

Perceba que Paulo deu um aviso resumindo um pouco da história dos israelitas quando saíram do Egito (1 Co 10.1-13). Todavia, entenda bem que toda aquela peregrinação no deserto não era nenhum salvo conduto para chegarem a Canaã. Quando os israelitas enfrentaram os primeiros obstáculos, muitos deles foram desqualificados e ficaram impedidos de receberem aquilo que fora prometido, e assim, a descrença, a cobiça, a desobediência, as práticas imorais e até mesmo a idolatria, foram motivos que levou muita gente a morrer no deserto (Nm 26.65).

Traga essa narrativa para os dias de hoje e veja que essa história não somente serve para trazer luz á essa geração sobre os acontecimentos do passado, como atua de maneira didática e pedagógica para mostrar que maus exemplos e comportamentos equivocados de personagens bíblicos, podem ensinar sobre as melhores escolhas e melhores decisões nos dias atuais. Portanto: olhe sim para trás, mas não permita que o passado seja o sepultador de seus projetos. Olhe para trás e aprenda que os erros alheios ou privados não devem ser repetidos. É assim que funciona, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Segunda, 26 Outubro 2020 10:19

TERAPIA

TERAPIA

“Assim, meus queridos irmãos, tende estes princípios em mente: Toda pessoa deve estar pronta para ouvir, mas tardio para falar...” (Tg 1.19)

 

Essa carta de Tiago, escrita pelo autor de mesmo nome, faz parte do grupo de cartas denominadas Cartas Pastorais e estão neste grupo as duas cartas de Timóteo, duas cartas de Pedro, as três cartas de João e as cartas de Judas, Tiago e Hebreus. Com exceção das cartas aos Hebreus, as demais são cartas curtas, de pouco conteúdo quando comparadas com os evangelhos ou com o livro de Atos dos Apóstolos e chamadas pastorais em razão de serem abrangentes e não terem um destinatário específico. Sabe-se que Tiago era filho de José e Maria, portanto, irmão de Jesus e foi um dos líderes da igreja em Jerusalém (Mt 13.55; Mc 6.3; At 12.17; Gl1.19). Sua narrativa aborda o cotidiano da vida humana, o cristianismo prático e demonstra que a fonte da tentação está dentro do homem. Pense!

O versículo acima está inserido no bloco de ideias que abarca a vida do cristão em sua rotina diária, no relacionamento com pessoas dentro e fora de seu círculo de amizades. Em seis versículos Tiago traz um conjunto de palavras apontando o perigo da negligência no trato com outras pessoas (Tg 1.19-25).

Com raras exceções ninguém vive só, isolado do resto do mundo como se fosse um ermitão. Querendo ou não, de um jeito ou de outro, o homem vive em companhia de muita gente. Desde os primórdios da humanidade, a convivência do homem com seus semelhantes se tornou necessária. Essa convivência era imprescindível para manter a segurança coletiva, para realizarem tarefas comuns e logicamente para perpetuação da espécie (Gn 2.18; Ec 4.9).

Entenda bem que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, todavia, os indivíduos são diferentes entre si e cada um possui um tipo de temperamento. Desta forma as pessoas apresentam reações distintas mesmo que as ações contrárias tenham sido iguais, e isso apenas retrata a força da individualidade presente em cada um. É neste ponto que se conhece quem são os calmos, os agitados, os ativos e os tranquilos e por aí afora. Pense!

A narrativa de Tiago apresenta um ensino que atravessa os séculos justamente por retratar como deve ser a postura do cristão diante de tantas situações que o homem enfrenta no dia a dia. Já naquela época, o autor vislumbrou a necessidade de orientar os novos convertidos a pautarem suas vidas num comportamento tal que trouxesse paz e ótima convivência com o mundo ao redor. A vida em sociedade exigia, como exige hoje, atitudes e posturas onde muitas das vezes é melhor escutar do que falar, pois já se sabe que a língua quando usada de forma indevida, pode trazer morte, choro e destruição.

Sem sombras de dúvidas entenda que a fala é o principal recurso de interação entre as pessoas. São por meio das conversas que o mundo se abre, são por meio das conversas que as pessoas se conhecem e, infelizmente são também por meio das conversas que tudo o que foi construído e descortinado pode desabar num piscar de olhos. Brigas, desavenças, atitudes hostis, e consequentemente separações estão no cerne das falas pronunciadas em momentos inapropriados e por vezes, sem opções de volta. Resumindo: é o poder desenfreado da língua em seu estado mais puro e devastador. Reflita!

Noutro giro, tão importante nas relações quanto o uso da fala, está o silêncio, ou seja, o dom de dominar a mente e se calar, mesmo que o desejo de gritar seja forte e queira prevalecer. Atente bem na sabedoria popular que prega sobre a importância de dialogar, de expor ideias, de mostrar diferentes pontos de vista, todavia, tão importante quanto o diálogo e as conversas, está o silêncio. Fala-se muito sobre a importância das pessoas dialogarem ignorando o fato de que o silêncio pode ajudar a resolver os problemas tanto quanto uma boa conversa que rompe as madrugadas. Noutras palavras, o silêncio é terapêutico, é curativo e funciona como remédio nas mais diversas situações que tendem caminhar para brigas e desacertos. Ou seja, silenciar é ótima terapia, guarde isso!

Evidente que existem momentos de discutir e de se pronunciar, todavia, compreenda que manter-se calado quando a situação tende a sair do controle é sinal de maturidade e inteligência. Lembre-se que Jesus fez silêncio quando os fariseus lhe apresentaram a mulher adúltera, optando por manifestar-se no momento certo. Jesus não discutiu e não argumentou com eles sobre a lei mosaica e muito menos perguntou onde estava o homem adúltero, mas deu o seu veredicto no exato momento para quebrar as acusações contra aquela mulher (Jo 8.1-11).

Portanto, mais importante que falar ou discutir, aprenda que o silêncio pode ser a solução para muitas situações, notadamente num mundo barulhento e onde todos querem sobressair no grito. Fazer silêncio, se calar é terapêutico, pratique isso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 21 Outubro 2020 10:35

20/10/2020 - CULTO "FÉ E VIDA"

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