Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 12 Fevereiro 2019 23:42

12/02/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 11 Fevereiro 2019 13:57

CARTAS

CARTAS

“Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens” (2 Co 3.2).

Essa foi a palavra de Paulo aos membros da comunidade cristã da então cidade de Corinto, quando aqueles questionaram se o ministério de Paulo era autorizado e por quem (2 Co 3.1-5). Paulo foi o autor dessa epístola e de outras 12, totalizando treze registros, cujos conteúdos se tornaram no maior material doutrinário do cristianismo. No século I, a população nativa da cidade de Corinto sofria os impactos culturais de muitas pessoas que entravam e saíam pelo seu porto marítimo. A vida social se revelava um caos, principalmente pela intensa atividade das prostitutas cultuais no templo da deusa Afrodite. Era justamente neste ambiente que estava instalada uma comunidade cristã.

Até pouco tempo atrás, as pessoas se comunicavam por meio de cartas, usando os serviços dos correios. As longas distâncias e as saudades eram minimizadas quando uma carta chegava às mãos do destinatário. Com o tempo essa modalidade de comunicação se esvaziou e hoje, com tantas outras formas de comunicação, a carta manuscrita se tornou uma raridade. Ninguém mais se comunica assim.

Interessante que os integrantes da igreja em Corinto foram chamados por Paulo como cartas, ou seja, na visão de Paulo, eles eram mensagens vivas, enviadas ao mundo de então cujo conteúdo dava bom testemunho do evangelho de Jesus Cristo. No meio daquela sociedade, estavam homens que tinham conhecido Cristo por meio de Paulo, mas mesmo assim, estes o acusavam de não ter uma carta de recomendação de Jerusalém. Resumindo, eles acreditaram no evangelho pregado por Paulo, mas ao mesmo tempo tinham lá suas desconfianças se Paulo era mesmo quem afirmava ser.

Perceba que na sociedade, as pessoas convivem com inúmeras outras pessoas. Ora na família, ora no trabalho, nas ruas, dentro de ônibus ou nas faculdades, ninguém está só. É neste ponto que querendo ou não, os crentes em Jesus deixam na vida de outras pessoas uma mensagem daquilo que ele é, seja por meio de atitudes, posturas e reações comportamentais. Reflita isso!

Veja que as cartas entre as pessoas podem conter boas ou más notícias. O certo é que o destinatário terá como verdade a carta que ele vê e isso implica de maneira muito clara que ao crente, cabe dar bom testemunho ao mundo daquilo que crê e principalmente vive, sob pena de ser uma carta que não traduz uma verdade. Entenda que justamente aqui está o grande desafio nos dias de hoje, quando muitas pessoas até se dizem cartas de Cristo, mas não carregam nenhum conteúdo, suas posturas e atitudes demonstram que são cartas em branco, sem nada em seu interior. Pense nisso!

Interessante que Paulo, certamente preocupado com as possíveis interações dos cristãos com membros da sociedade de Corinto, deixava claro que eles eram uma carta vista e lida por todos os homens, amigos e conhecidos (2 Co 3.2). Noutras palavras, eles eram a mensagem que todos conheceriam por meio das posturas e das atitudes junto àquela sociedade. Como cartas de Cristo, elas tinham a capacidade de transformarem o ambiente por onde passassem.

Traga isso para o tempo presente e veja a mesma coisa. Todos os crentes atuais são cartas ambulantes em todos os ambientes e cenários, que ao serem observados pela sociedade em suas atitudes, comportamentos e maneira de falar frente às tantas situações cotidianas, apenas revelarão a coerência ou não das suas ações com o discurso cristão. Não esqueçam que em todos os momentos as pessoas fazem a leitura de outras pessoas, portanto, seja uma carta com excelente conteúdo cristão, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Quinta, 07 Fevereiro 2019 09:51

05/02/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 04 Fevereiro 2019 10:31

PRIORIDADES

PRIORIDADES

“Contudo, o rei replicou a Araúna: Não! Eu faço questão de comprar tua eira por preço justo, pois não quero oferecer a Yahweh meu Deus holocaustos que não me custem nada” (2 Sm 24.24)

 

Outrora, o livro de Samuel constituía um só volume, mas quando da tradução das Sagradas Escrituras do hebraico para o grego, os rabinos dividiram o grande livro que se tornaram como nos dias atuais, primeiro e segundo livro de Samuel. Segundo os estudiosos, parte do livro é de autoria do próprio profeta Samuel e depois de sua morte, os profetas Natã e Gade escreveram o restante (1 Sm 25.1). O segundo volume de Samuel traz informações sobre as quedas dos reinos de Judá e Israel e as ações do profeta Eliseu.    

Uma ideia que sempre reinou na mente humana é obter algo de graça, ou seja, não dispender esforços e nem recursos para ter alguma coisa. Parece que possuir sem gastar é sinal de esperteza e glória entre as pessoas. Sempre se ouve falar de alguém que foi esperto o bastante para ganhar alguma coisa de maneira gratuita e, que por ser de graça não prestou o devido valor ao que ganhou.

Saiba que o rei Davi, atendendo aos desejos de sua vontade, determinou que fossem contados todos os homens de seu reino, como se dessa orgulhosa demonstração de seu poderio militar os seus inimigos ficariam temerosos (2 Sm 24.3-4). Mesmo contrariado na realização de seu desejo, a contagem dos homens foi realizada e os números lhe foram apresentados (2 Sm 24.8-9).

Muito provavelmente Davi queria encher-se de orgulho pela quantidade de homens que tinha a disposição para as guerras. Certamente que ele gostaria de demonstrar o seu poder de reação em casos de conflitos, todavia, ele esqueceu que quem dava as vitórias ao povo de Israel era Deus, inclusive nas ocasiões em que Israel estava em menor número de combatentes. Noutras palavras, era Deus quem sustentava. Pense!

Portanto, fazer o censo para gloriar-se em si mesmo foi péssima ideia, era como se dispusesse a dispensar as ações de Deus no meio do povo. A narrativa diz que após a contagem, Davi reconheceu o erro, se arrependeu e Deus usou o profeta Natã para apresentar a retribuição divina pela transgressão. O castigo veio na forma de peste no meio dos homens e ironicamente, Davi que tinha contado seus guerreiros, agora via o número ser diminuído consideravelmente (2 Sm 24.15). Distanciando-se do Criador e vivendo conforme suas paixões, o rei viu que era necessário se reaproximar de Deus.

Compreenda que muitas pessoas possuem uma visão errada sobre a palavra sacrifício, alegam que sacrifício produz sofrimento e traz dores, quando na verdade o sacrifício é justamente aquele que acaba com o sofrimento do coração, alivia a angústia da alma e é por meio do sacrifício que a paz reina, ou seja, por meio do sacrifício o homem se volta para Deus. Para Davi, momentaneamente distante de Deus em decorrência de sua transgressão, era mais que ocasião para realizar o sacrifício.

De igual forma, nos dias atuais, muito embora não existam mais os sacrifícios de animais, entenda que sacrifício é abrir mão de alguma coisa de valor para se aproximar do Pai. “Não ofereço holocausto sem custo” (2 Sm 24.24), foram essas as palavras de Davi, que neste episódio, poderia ganhar o terreno e os animais gratuitamente, sem nenhum custo, mas sabiamente não aceitou. Davi sabia que todo sacrifício tem seu preço, entendia que de graça seu sacrifício não teria valor perante Deus, sabia que havia um preço a pagar e assim ele agiu. Reflita isso!

Atente que nos dias atuais, muitas pessoas querem ter um relacionamento com Deus sem se sacrificarem, sem renunciarem ao pecado e sem observarem que aproximar-se de Deus, exige esforços, desde a caminhada para o templo ao tempo que se dedica em orações e outras práticas espirituais. Saiba que longe de Deus o homem conduz sua vida de maneira descompromissada, mas para achegar-se a Deus há um preço em termos de disponibilidade de tempo, de fé, de renúncia, de obediência e de submissão. Na economia de Deus tudo tem seu preço. A salvação é por meio da graça e da bondade de Deus, mas neste processo cabe ao homem a contrapartida renunciando suas vontades e desejos pessoais. Reflita isso em seu coração!

A narrativa da história diz que Davi comprou o terreno, edificou o altar e não se sacrificou ao Pai à custa de outros. Davi conhecia o valor de sacrificar individualmente e foi esse sacrifício que chamou a atenção de Deus, que por sua vez curou e sarou o povo da peste (2 Sm 24.25).

Veja que o homem é sempre desejoso em receber as bênçãos de Deus de maneira gratuita e sem esforço, quando na verdade é preciso fazer alguma coisa. Lembre-se que Deus não desprezou Davi e nem desconsidera sacrifícios oriundos de um coração quebrantado e contrito, portanto, é justamente por meio dos sacrifícios que o homem mostra quem é prioridade em sua vida. Creia nisso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Domingo, 03 Fevereiro 2019 23:55

03/02/2019 - CULTO DE ADORAÇÃO A DEUS

Sábado, 02 Fevereiro 2019 23:51

02/02/2019 - CELEBRAÇÃO DA CEIA DO SENHOR

Quarta, 30 Janeiro 2019 00:03

29/01/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 28 Janeiro 2019 13:28

GOVERNO

GOVERNO

“Contudo, recebereis poder quando o Espírito Santo descer sobre vós..” (At 1.8)

O livro de Atos dos Apóstolos bem que poderia se chamar livro de Pedro e Paulo, tal a quantidade de registros abordando estes dois personagens, ou Atos do Espírito Santo, pela forte presença do Espírito de Deus em muitas passagens observadas na narrativa (At 2.1-4; 8.17; 10.44-46 e 19.6). Lucas, autor deste livro é o mesmo que também escreveu o evangelho de mesmo nome e muito embora Atos aborde o começo da igreja, o livro pode ser visto como o prosseguimento do terceiro evangelho.

O versículo acima está contextualizado nas palavras de Jesus, momentos antes de subir ao céu e o Mestre deixa claro que os discípulos iriam receber poder do Espírito Santo e a partir disso, seriam testemunhas daquilo que presenciaram. Neste sentido pode-se acreditar que eles escutaram e viram muitas coisas e grande parte delas nem foi registrada (Jo 21.25). Imagine isso!

No mundo político e empresarial é comum que vez por outra aconteçam as trocas de governo. Instituídas a cada período, é o momento dos gestores serem substituídos por outros. Mas entenda que por questões diversas, podem não haver as substituições e a gestão de governo praticamente permanece inalterada. Se boa ou ruim, não importa, simplesmente não houve a troca de gestor.

Compreenda que aqueles discípulos estiveram com Cristo por um período considerável. Participaram de muitos eventos onde presenciaram que a autoridade de Cristo era real, verdadeira e soberana. Lembre-se que numa ocasião os discípulos também receberam do próprio Jesus, autoridade para curar os doentes e expulsar os demônios. A narrativa de Lucas diz que depois de receberem a palavra de Jesus eles saíram pela região, usaram daquele poder e voltaram alegres pelo cumprimento da missão (Lc 9.1-10).

Atente que depois da crucificação, morte e ressureição de Jesus, os discípulos deixaram de ter o referencial que os movia e dali em diante eles deveriam seguir sozinhos. Resumidamente eles estavam vivenciando uma troca de gestão. Até então, todos eles tinham Jesus sempre ali perto, que os ensinava, operava milagres e mostrava em cada situação como se portar. Eles podiam ficar tranquilos que debaixo da autoridade e do governo de Jesus, o próprio Mestre se encarregava de resolver tudo, até mesmo quando eles se mostrassem inoperantes (Lc 9.37-40). Todavia, era chegado o momento da troca de governo.

No mundo secular as substituições acontecem por períodos e nem sempre as pessoas aceitam passivamente essas mudanças de governo e são comuns as insatisfações. Para aqueles discípulos eles não tinham a opção de ficarem fisicamente com Jesus. Era momento de trocar sim, receber as virtudes do Espírito Santo e ser a mensagem de Deus, falando como boas testemunhas, toda a verdade que conheciam e tinham presenciado.

Todos os discípulos entenderam a necessidade de receberem as virtudes citadas por Jesus, e essa troca de governo gerou intensas transformações espirituais em cada um deles. Antes eles agiam conforme suas vontades, mas agora seria diferente. Veja que outrora o discípulo João se mostrava egoísta e intolerante com alguns homens que expulsavam demônios das pessoas apenas usando o nome de Jesus, e João entendia que eles que não deveriam fazer isso, “pois eles não nos seguem” (Mc 8.38-39). Ainda sem receber as virtudes do Espírito Santo, João demonstrava ter uma visão pequena e restrita, não era visão de reino. Também sem as virtudes do Espírito Santo, Pedro se sentia autoconfiante, mas demonstrou comportamento de medo, quando mesmo advertido, traiu o Mestre, negando conhecer aquele que tanto o amou (Mc 14.66-72).

Perceba que depois de receberem as virtudes do Espírito Santo prometida por Cristo, João que era intolerante e egoísta, se transformou num homem cheio de amor, tanto que escreveu uma carta narrando o grande amor de Deus (1 Jo). Pedro que era medroso se transformou num homem corajoso e ousado na palavra. Incrível, mas nenhum deles foi visto nas mesmas práticas que faziam antes, ou seja, o que os transformou foram as virtudes do Espirito Santo no novo governo e não as vontades do governo carnal que os governava anteriormente. Reflita sobre quem governa sua vida!

“E ser-me-eis minhas testemunhas..” (At 1.8). Palavras de Jesus aos seus discípulos antes de subir para junto do Pai. Entenda que por vezes, as pessoas até recebem no novo governo as virtudes do Espírito de Deus, mas mesmo estando debaixo dessa autoridade, infelizmente, optam por testemunharem de si próprias. Noutras palavras, elas não entenderam que sob o governo do Espírito Santo, é ELE assume a direção e faz a transformação. Lembre-se disso!

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

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