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Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Terça, 12 Novembro 2019 23:37

12/11/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 11 Novembro 2019 11:23

FRUSTRAÇÃO

FRUSTRAÇÃO

“Ele observou junto à beira do lago dois barcos, deixados ali pelos pescadores, que havendo desembarcado, cuidavam de lavar suas redes.”  (Lc 5.2)

Lucas é conhecido pelas palavras de Paulo como o médico amado (Cl 4.14). Esteve nas viagens missionárias com o apóstolo Paulo e sua narrativa, quase um diário, está registrada no livro de Atos. Lucas escreveu seu evangelho a partir de informações colhidas entre os apóstolos de Jesus e das outras testemunhas. Dentre os quatro evangelhos, sua narrativa é a mais extensa e nele, Jesus é apresentado como o Deus de toda compaixão, quer seja pelos doentes, pelos abatidos ou pelos maltratados. Um detalhe interessante no evangelho de Lucas é que ele é o único que traz informações sobre a infância de Jesus.

Consta que Jesus estava nas proximidades do Lago de Genesaré, também conhecido por Mar da Galileia ou Mar de Tiberíades e, entrando no barco de Simão Pedro, passou a ensinar as muitas pessoas que se acotovelavam para ouvi-lo. Pedro que desconhecia Jesus até então, recebeu orientações para voltar a lançar as redes ao mar após uma noite frustrada de pescaria. Ordem dada, ordem cumprida (Lc 5.1-11).

Atente que todos os dias o homem executa alguma atividade. Certamente que dessas atividades algumas terão bons resultados e outras não atingirão o alvo pretendido. Aliás, saiba que do insucesso ninguém está isento e mais ou menos dias, muita gente passará por momentos frustrantes em sua vida justamente por não alcançar o resultado pretendido. Guarde isso!

Perceba que naquela época, Jesus ainda não havia escolhido os seus discípulos e nesse contexto, Pedro não o conhecia a ponto de saber quem era efetivamente Cristo (Mt 16.16). A narrativa de Lucas informa que uma multidão comprimia Jesus e ele pediu a Pedro que afastasse seu barco da praia e fez daquele barco uma tribuna de onde pregava e ensinava. Havia uma massa humana e como toda aglomeração de pessoas, ela pode caminhar para a desordem, mas veja que a ordem foi restabelecida por Jesus em dois atos: primeiro ele se afastou das pessoas e passou a ensiná-los. Aprenda: somente o conhecimento traz mudanças e organização.

Naquele momento os amigos da pescaria estavam lavando as redes, ou seja, tirando as algas e o lodo da frustrante pescaria. Limpar as redes era a sinalização de que a pescaria estava encerrada e pode-se aqui conjeturar que para homens cuja experiência profissional se baseava unicamente na pesca, a noite foi mesmo frustrante. Pode-se ainda imaginar que passaram a noite acordados, num movimento mecânico de lançar as redes e recolher as mesmas redes sem peixes. Se eles almejavam ganhar algum dinheiro vendendo o pescado, certamente que todos estavam decepcionados com o resultado de tanto esforço ter sido em vão.

Entenda bem que hoje as pessoas passam por situações semelhantes, não em termos de pescaria, muito embora existam pescadores que passam grandes períodos na atividade e nada conseguem pescar, mas em inúmeros outros eventos onde não conseguem atingir bons resultados, apesar de terem empreendido esforços, tanto físico quanto mental. Isso acontece diariamente. Todos os dias tem alguém se decepcionando, todos os dias tem alguém chorando por algo que não conquistou. Atente que todos os dias  o sentimento da frustração atinge como seta a mente de centenas de milhares de pessoas. Pense!

O incrível é que Jesus em nenhum momento disse aos pescadores que eles deveriam se conformar, ou que o vento não estava propício ou que a lua tinha exercido influência. Também não disse palavras motivadoras e muito menos que eles tinham potencial ou que a próxima pescaria daria certo. Jesus também não os ensinou uma nova metodologia de pesca ou quis ensinar um conjunto de competências e habilidades pessoais que iriam potenciar seus conhecimentos em pesca. Jesus não fez nada disso. Jesus liberou uma palavra do céu, uma palavra que naquele dia mudaria a vida daqueles homens. Reflita nisso!

Compreenda que um detalhe interessante deste episódio é que nem Pedro, nem João e muito menos Tiago permitiram que o fracasso e a frustração da noite os impedissem de crer no que Jesus falou. Eles acreditaram e avançaram na obediência, firmes naquilo que o Mestre havia pronunciado (Lc 5.5). Aprenda aqui: obediência e fé caminham juntas!

E é justamente disso que muita gente precisa. Não de palavras bonitas, nem frases de efeito que apenas potencializam e massageiam mentes frustradas e decepcionadas com resultados insatisfatórios. Viver a vontade de Deus e não se deixar levar pelo perverso sentimento da frustração ainda é uma realidade que está distante de muita gente. Pedro e os demais não só acreditaram como largaram literalmente os barcos abarrotados de peixes e passaram a seguir aquele que mudou a vida deles. Eles se tornaram discípulos de Jesus!

Compreenda, portanto, conforme as Sagradas Escrituras, que não será com pensamentos positivos ou motivações humanas que o homem mudará sua maneira de agir, mas as transformações ocorrerão somente por meio da palavra de Deus, o único que tem poder para transformar vidas e mudar histórias, e sempre consoante a Sua Vontade e não a dos homens. Saiba que é Deus quem atua no interior de cada um, evidenciando a mudança de dentro para fora. Resumindo: A glória será sempre de Deus (Is 42.8). Estamos combinados?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Segunda, 04 Novembro 2019 10:11

SURDO

SURDO

“No entanto, alguns arruaceiros saíram murmurando: Como poderá esse tal nos salvar? E o desprezaram e não lhe homenagearam com presente algum. Saul, contudo, se fez de surdo.” (1 Sm 10.27)

 

Ana era uma mulher estéril, todavia, ela orou ao Senhor e foi agraciada com um filho a quem deu o nome de Samuel. E como gratidão pela benção recebida, fez com que o menino fosse entregue para ser criado no templo, junto ao profeta Eli (1 Sm 1). E foi assim que Samuel se tornou sacerdote, profeta e juiz em Israel. Segundo os historiadores, são da autoria do próprio Samuel grande parte da narrativa do primeiro volume do livro de mesmo nome. Após sua morte, os registros ficaram por conta de Natã e Gade (1 Sm 25.1).

O primeiro volume de Samuel narra a vida do próprio Samuel, o governo de Saul e a unção dos primeiros anos do rei Davi, incluindo sua escolha por Deus após o ato de desobediência de Saul (1 Sm 16.1-13).

Uma situação muito comum na vida de muita gente é o chamado para realizar alguma coisa, desde as obras seculares como móveis, casas, consertos, restaurações, projetos variados, etc. E no meio cristão, tem-se o chamado para o serviço ou a obra de Deus. Perceba que no chamado e serviço para Deus o homem pode e tem a plena capacidade de projetar e criar, dada às inúmeras atividades que podem ser feitas em prol do reino.

A narrativa de Samuel diz que Saul foi escolhido por Deus para governar Israel e ele aceitou o chamado. Pode-se conjeturar que era uma grande responsabilidade, já que o povo Israelita estava em transição de governo, ou seja, eles haviam rejeitado os juízes (homens que Deus levantava para julgar a Israel) e desejavam ser governados por um rei, assim como as nações vizinhas. E muito embora Deus os tenha advertido sobre o preço desta opção, a troca foi efetivada e Saul foi ungido rei de Israel. Atente que Saul era um homem comum do povo quando o profeta Samuel, orientado por Deus o ungiu com óleo e ele foi conduzido ao trono para governar Israel. Era um chamado de Deus e o próprio Samuel narra as evidencias desta convocação divina (1 Sm 9.16; 9.22 e 10.9).

Na vida secular as pessoas influenciam e são influenciados e nesta visão de influenciar, muitos projetos ora são levantados e ora são enterrados. Comum que um grande empreendimento não saia do papel devido as críticas que o colocam como ruim e sem futuro, e de forma contrária, existem projetos que são considerados excelentes em decorrência de receberem os aplausos de muita gente. Resumindo, a manifestação alheia tanto pode derrubar como erguer. Pense!

“...Saul, contudo, se fez de surdo.” (1 Sm 10.27). Saul foi escolhido e Deus usou o profeta Samuel para fazer a unção e ao receber em seu coração o chamado, atente que Saul foi vítima de algumas pessoas que o consideraram despreparado e sem condições para conduzir à nação israelita. Mas de maneira surpreendente, Saul não deu ouvidos àquelas vozes contrárias. Ele se fez de surdo e não permitiu que as críticas o tirassem do propósito que Deus havia lhe dado e caminhou debaixo da palavra que liberada por Deus. Reflita sobre o seu chamado!

Perceba por meio desta narrativa a semelhança com muita gente que, tanto no mundo secular como no meio cristão, são chamados para realizar algo e devido às críticas, sucumbem antes mesmo de darem o primeiro passo. Quantos empreendedores antes mesmo de abrirem as portas de sua empresa dão ouvidos aos críticos de que o negócio não vai prosperar, pois o produto não é comercializável, o ponto não é bom e o empreendedor não possui qualificação de bom gestor?

No meio cristão, torna-se frequente os picos de inveja de tantas pessoas que não conseguem enxergar que Deus chama aqueles que ELE quer. Paulo deixou isso evidente quando mesmo sendo perseguidor e inimigo dos cristãos, foi chamado por Deus para anunciar a salvação pela graça. Era improvável que Paulo fosse convocado, mas não somente foi como deu mostras que era realmente Deus que o convocara. Basta ver o que ele realizou em termos de milagres e difusão do evangelho pelo mundo de então e de hoje (1 Co 1.27-28). Reflita nisso!

Saul era um anônimo, não teve unanimidade e ainda foi desprezado pelos seus compatriotas, mas lembre-se que ele foi escolhido por Deus para governar sobre Israel e mesmo diante das vozes contrárias que seria incapaz, ele manteve o foco e não deixou que os críticos lhe tirasse a visão. Aprenda aqui: dentro do propósito que Deus te confiou, se faça de surdo para quem não tem o mesmo chamado que você. Perfeito?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 28 Outubro 2019 10:03

ALVO

ALVO

“Todavia, nossos antepassados se recusaram a obedecer a Moisés; antes, o rejeitaram e, em seus corações, retrocederam ao Egito” (At 7.39)

 

Depois da morte e ressureição de Cristo os apóstolos se reuniram para cumprir a ordem deixada por ele e passaram a anunciar o evangelho inicialmente em Jerusalém, depois em toda a Judeia e posteriormente nas regiões mais distantes (At 1.8). Este começo da igreja foi registrado por Lucas no livro de Atos dos Apóstolos, noticia desde o derramamento do Espírito Santo, passando pelas consagrações dos primeiros diáconos, chegando ao estabelecimento das primeiras comunidades cristãs, mostrando as curas e milagres, bem como a conversão de Paulo até a sua prisão em Roma. Atos mostra bastante o que se chama de início da igreja em si.

Perceba que numa reunião, Pedro anunciou a necessidade de consagrar alguns diáconos e dentre estes, estava Estevão. Segundo a narrativa de Lucas, Estevão era homem cheio do Espirito Santo e ao confrontar os religiosos de sua época, ele narrou um resumo da história do povo israelita, falando sobre Abraão, passando pelo Êxodo até chegar à rejeição de Cristo pelos religiosos com quem ele dialogava (At 7. 4-56).

Veja que as pessoas lutam para melhorar de vida. Uns fazem faculdade e cursos técnicos visando conseguir um bom trabalho. Outros se capacitam em estudar outras línguas objetivando melhorias na vida fora de sua terra. Tem aqueles que abandonam a vida errante dos vícios para ajustar uma nova jornada, compromissados com a melhoria física e espiritual. Enfim, o homem sempre caminha para frente, cujo alvo é estar no amanhã, melhor que ontem. Pense!

Numa rápida menção da história, Estevão diz que os antepassados dos judeus, também chamados de hebreus, saíram da escravidão no Egito para viver uma vida de liberdade e saíram guiados por Moisés, debaixo de uma promessa de Deus. Todavia, ante as primeiras dificuldades, os hebreus quiseram em seus corações voltar ao regime de escravidão de onde haviam saído (At 7.39).

Coloque no seu coração: é impossível prosseguir quando o coração teima em voltar. Passado é passado e tem que ficar quando muito apenas na memória, mas para muitas pessoas o simples caminhar de uma nova vida se transforma em pesadelo, quando o coração insiste em olhar para traz, justamente de onde não deveriam permanecer. Pense!

Na década dos anos 1970, surgiu na Suécia algo que ficou marcado para o mundo da psicologia. Um grupo de pessoas teria sido sequestrado e mesmo sofrendo represálias físicas e emocionais de seus algozes, algumas daquelas pessoas desenvolveram um amor pelos sequestradores e desse sentimento, surgiu a conhecida síndrome de Estocolmo (alusão a cidade sueca onde aconteceu os fatos). De forma comparativa, atente que os hebreus passaram por momentos ruins quando eram escravos no Egito. Os pais eram escravos, os filhos já nasciam escravos e os netos também. Nasciam e morriam escravos. Pode-se dizer que eles tiveram intenso sofrimento, tanto físico como espiritual, havia as agressões, os abusos e eles passaram por muita humilhação, ou seja, os hebreus não tinham voz e eram constantemente constrangidos. A morte, a perda do marido, da esposa e dos filhos era uma constante que corroía o coração. Enfim, como escravos os hebreus eram tratados a ferro e fogo. Numa linguagem bem atual: na condição de escravos, eles saíam do espeto e  caíam na brasa.

Veja que este desejo de voltar à escravidão foi registrado por Moisés e bem lembrado por Estevão aos religiosos e príncipes judaicos, todavia, como explicar que eles não tinham coragem para prosseguir, mas tinham ânimo de sobra para voltarem a vida do passado (Nm 13)?

Entenda que passados centenas de anos deste episódio, ainda hoje acontece a mesma coisa. Existe muita gente que foi liberta dos vícios da bebida, das drogas, da prostituição e da vida errada e hoje desfrutam de uma vida tranquila e distante daquela onde eram escravos, mas incrivelmente, mesmo vivenciando a grande diferença e vantagem da vida atual sobre a anterior, ainda teimam e insistem em seus corações a retrocederem à vida anterior.  Isso é uma realidade atual. Creia nisso!

Saiba que pior que o cativeiro externo, é o cativeiro interno, ou seja, aquele que domina a mente e o coração das pessoas. Era exatamente isso que dominava os corações dos hebreus e é exatamente isso que acontece com muitas pessoas que hoje estão experimentando algo novo, muito melhor em diversos aspectos de sua vida, mas ainda estão presos a vida do passado. Lembre-se que a Bíblia relata um típico exemplo de retrocesso. A mulher de Ló ao ser resgatada da destruição de Sodoma, voltou seus olhos para trás e acabou morrendo (Gn 19.26). Aprenda: Ela deixou viver dentro dela o que Deus quis matar, noutras palavras, o corpo dela até quis fugir, mas o coração teimava em voltar.

Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus” (Lc 9.62). Noutras palavras, quem olha para o retrovisor da vida, desejando voltar ao passado, certamente será atraído a viver a vida de antigamente. Aprenda hoje a se libertar de tudo aquilo que te impede de prosseguir e passe a caminhar num novo tempo de liberdade em sua vida. Compreendes isto?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 21 Outubro 2019 12:12

ESFORÇOS

ESFORÇOS

“Nós, porém, oramos ao nosso Deus e pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (Ne 4.9)

 

O livro de Neemias faz parte dos livros históricos do Antigo Testamento. Segundo os estudiosos e historiadores é bem provável que o autor do livro seja mesmo o próprio Neemias. Sabe-se que na Bíblia hebraica, Esdras e Neemias formavam um único livro e foram separados em unidades distintas na tradução das Sagradas Escrituras do hebraico para o grego, a conhecida versão chamada Septuaginta e dessa divisão seguiram-se nas traduções posteriores para outras línguas.

O contexto do versículo acima está na reconstrução das muralhas de Jerusalém. Enquanto servia no palácio persa, Neemias recebeu informações da péssima situação dos muros de Jerusalém e sentiu no coração de fazer sua restauração. Atente que já tinha havido alguma atividade de reconstrução das muralhas, todavia o projeto não fora adiante (Ed 4.12). Em decorrência de sua proximidade perante o rei, Neemias conseguiu sua liberação das atividades no palácio e voltou a Judá para executar o seu propósito (Ne 2.1-8).

Saiba que para o cristão, a fé é indispensável. Em toda a Bíblia a fé foi exercida por muitos personagens e ela se torna um item indispensável na caminhada cristã em todos os tempos. Por meio da fé o homem se torna mais fortalecido nos embates da vida, por meio da fé o homem se capacita para suportar as lutas do dia a dia, enfim, sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

A narrativa do livro de Neemias apresenta todas as dificuldades que ele encontrou para reconstruir os muros da cidade, desde os inimigos pessoais que não queriam ver as muralhas erguidas até mesmo incríveis compatriotas que não quiseram colaborar com a mão-de-obra (Ne 2.10; 3.5; 4.1-23). O interessante é que nada disso conseguiu parar Neemias em seu projeto de dar segurança física aos habitantes de Jerusalém. Noutras palavras, Neemias literalmente vivia o propósito de Deus. Pense!

Compreenda que muita gente faz seus pedidos a Deus e esses pedidos são feitos por meio das orações. Ora-se para ser aprovado numa entrevista de emprego, para livramento em viagens, para terminar a faculdade, para ter sabedoria e discernimento nas decisões que serão tomadas e clama-se até mesmo para permanecer no emprego diante das crises que rondam as empresas. Enfim, sem oração e sem o diálogo com Deus o crente não sobrevive.

“Nós, porém, oramos ao nosso Deus e pusemos guarda contra eles de dia e de noite” (Ne 4.9). Perceba que Neemias colocava obstáculos aos adversários que teimavam em atrapalhar a reconstrução das muralhas e ameaçavam derrubar o que já havia sido construído e foi justamente nesta situação que ele registrou sua oração. Neemias colocou sua fé em Deus (oramos ao nosso Deus) e agiu simultaneamente (pusemos guarda contra eles de dia e de noite). Noutras palavras, Neemias tinha fé que Deus iria agir em prol do seu povo e não ficou parado, ele instalou sentinelas para vigiar possíveis ataques. E deu certo! A confiança em Deus proporcionou que nenhum inimigo viesse atentar contra a edificação.

Compreenda que Neemias orou e não ficou de braços cruzados ou foi dormir ou dispensou os guardas. De forma contrária, ele entregou a Deus sua petição e adotou providências para o caso dos inimigos vierem derrubar o muro. É neste ponto que muita gente não consegue compreender por que seus pedidos a Deus não dão resultados, se eles até oraram! Para a vaga de emprego, é necessário levar seus dados, colocar o currículo e Deus abrirá as portas. Para terminar o curso na faculdade é preciso orar e estudar para os exames e para não ser demitido do trabalho é necessário orar e trabalhar com dedicação.

Quando Jesus apareceu aos seus discípulos no Mar de Tiberíades ele os convidou a comer. Jesus providenciou um peixe e ao chamá-los, deixou claro que eles deveriam trazer os peixes que foram pescados (Jo 21.9-10). Entenda: Para aquela refeição não bastava que Jesus apresentasse um peixe e pão de maneira milagrosa, era necessário o esforço deles na pescaria para participarem da refeição. Ou seja, era a junção do sobrenatural de Cristo com o esforço deles na pescaria. Reflita isso nas suas orações!

Portanto, coloque no seu coração que Deus, pode sim, te abençoar e creia que ELE deseja isso. Todavia, esforça-te. Clame a Deus e faça sua parte. Saia do seu comodismo, da sua inércia, dê a sua contrapartida que Deus cuidará de tudo. Você entende isso?

 Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

Terça, 15 Outubro 2019 22:43

15/10/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

Segunda, 14 Outubro 2019 20:38

DESPREZO

DESPREZO

“Aquele que teve misericórdia dele”.(Lc 10.37)

 

Lucas escreveu o terceiro evangelho e também o livro de Atos dos Apóstolos. Em sua narrativa Lucas emprega palavras que não eram comuns aos judeus, ele usa a palavra “advogado” e não escriba, usa “mestre” e não rabino. Isso sugere que seu evangelho não foi dirigido ao povo de Israel, mas aos gregos e de maneira particular foi endereçado a um homem identificado por Teófilo, certamente um conhecido de Lucas que procurava saber mais sobre Cristo (Lc 1.3).

O contexto da passagem acima está dentro da parábola sobre o bom samaritano, na resposta de Jesus aos fariseus sobre quem é o próximo. Essa parábola foi registrada somente por Lucas e não traz os nomes dos personagens, mas evidencia o amor que sai do campo das intenções e entra na prática (Lc 10.30-37).

Embora as pessoas vivam em sociedade, entenda que a definição de quem é o próximo ainda traz muitas dificuldades nos relacionamentos. A cada dia o contexto social impõe regras e normas que levam as pessoas a competirem entre si, olhando para os demais como concorrente em diversos setores da vida em comum. É como se cada homem olhasse para o seu semelhante e enxergasse ali um inimigo em potencial. Pense!

Na parábola do bom samaritano, Jesus aborda o caso de um homem que foi assaltado, acabou ferido e foi atirado à beira do caminho. Por ali passaram um sacerdote e um levita que não se preocuparam em prestar socorro, todavia, na narrativa de Jesus, naquela estrada passou um estrangeiro que sem demora deu a devida atenção ao moribundo. Nas palavras de Jesus, o samaritano prestou ajuda a um judeu (coisa absurda naqueles tempos) e desta forma deixou exemplificado aos fariseus quem agiu certo para com o próximo.

“Aquele que teve misericórdia dele”.(Lc 10.37). Essa foi a resposta dos interlocutores a Jesus sobre quem fez a coisa certa. Perceba que em sua resposta o religioso judeu revelou a sua intolerância e desprezo pelo homem samaritano ao omitir a nacionalidade do benfeitor, ou seja, o verdadeiro próximo da vítima que agonizava. Simplesmente disseram “aquele”, numa clara e nítida demonstração preconceituosa que ainda teimava em ocupar seus corações.

Atente que nas palavras do religioso judeu, ele impessoalizou o ajudador, ou seja, ele esvaziou a identidade e o ato de quem ajudou o homem caído, que embora não seja citado sua nacionalidade provavelmente era judeu. Entenda aqui, a mesma situação que trafega nas sociedades em todos os níveis. Para muita gente é mais fácil desprezar as pessoas que citar seus nomes, é mais fácil inferiorizar o outro que alçar seu nome naquilo que ele faz de relevante. Reflita seriamente sobre isso!

Atente que o religioso judeu teve de reconhecer que tanto o sacerdote como o levita (que na parábola eram seus compatriotas) eram conhecedores da lei e deveriam ser exemplos no cumprimento dela, mas simplesmente a ignoraram. Não transformaram em ação o que sabiam, eram nas palavras de Tiago, meros ouvintes (Tg 1.22). Perceba que toda a verdade que eles conheciam não tinha nenhuma relevância, o conhecimento adquirido até ocupava a mente, mas não preenchia o coração, por isso, assim como muitos religiosos atuais, eles não tinham autoridade espiritual e moral para ensinar aquilo que não cumpriam. Era e continua sendo a hipocrisia em seu estado mais puro. Reflita!

Dentre muitos sentimentos ruins que permeiam o coração do homem, compreenda que o desprezo continua sendo aquele que mais fere e machuca as pessoas. Silencioso, frio e altamente direcionado, o desprezo atinge muita gente, destruindo relacionamentos, desestruturando famílias e até mesmo sendo a causa de depressão em milhares de pessoas. E por vezes, ele pode gerar a vingança, como retaliação.

Saiba que o rei Davi, antes de ser ungido pelo profeta Samuel, foi desprezado pelo pai (1 Sm 16.5-13), pelos irmãos (1 Sm 17.26-29) e mais tarde  até por sua esposa  Mical (2 Sm 6.16). E com o próprio Jesus não foi diferente, quando enfrentou o desprezo de seus compatriotas. “Não é este o carpinteiro, filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E não vivem aqui entre nós suas irmãs? E escandalizavam-se nele" (Mc 6.3). O incrível foi que nem Davi e muito menos Jesus se deixaram levar pelo sentimento de vingança. Noutras palavras, guarde no seu coração que o seu valor não é baseado no que as pessoas falam ou pensam sobre você, mas no que Deus sabe a seu respeito. Estamos combinados?  

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 09 Outubro 2019 00:07

08/10/2019 - CULTO "FÉ E VIDA"

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