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Conte-nos as maravilhas que Deus tem feito em sua vida e seu testemunho poderá ser publicado em nosso site e também relatado nos cultos do Ministério Ouvindo o Clamor das Nações.

 

 

Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 04 Novembro 2015 19:26

SIGA O MESTRE

SIGA O MESTRE

“Saindo, viu Jesus um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe: Segue-me! Ele se levantou e o seguiu.”  (Mt 9.9)

 

Este versículo mostra a conversão de um homem, que certamente era muito odiado pelos seus compatriotas. Mateus, embora judeu, era conhecido por ser publicano, ou seja, trabalhava na arrecadação de impostos para o Império Romano e essa atividade para os demais judeus era algo desprezível.

Não é necessário escrever muito sobre o que pensavam os judeus sobre o caráter de Mateus, também conhecido pelo nome de Levi (Mc 2.14). Por ser publicano e ter que lidar com números e com os registros da arrecadação dos impostos, tem-se que Mateus era um homem letrado, diferente dos demais discípulos, pessoas simples e de pouca cultura intelectual.

A bíblia relata que a conversão de Mateus foi instantânea e imediata (Mt 9.9). Num primeiro momento, era um homem rico, tinha um bom emprego e certamente uma casa confortável para os padrões da época e se relacionava com pessoas influentes daquela sociedade (Mt 9.10). Morava em Cafarnaum, cidade essa onde Jesus tinha sua base ministerial, portanto, era bem provável que Mateus já tinha ouvido falar de Cristo e da realização das curas e milagres, portanto, Mateus, antes de sua conversão, já tinha conhecimento prévio de quem era Jesus Cristo. Num segundo momento, tornou-se discípulo de Jesus!!

Perceba que milagre e curas de enfermidades das pessoas e operação dos sinais e maravilhas por si só, não são capazes de tornar as pessoas crentes em Cristo Jesus. Se assim fosse todos os habitantes de Cafarnaum teriam se tornadas cristãs, mas o que efetivamente faz a pessoa se tornar cristã é o arrependimento dos pecados. É a transformação operada pelo poder do Espírito Santo!

Perceba que hoje em dia Jesus tem curado pessoas doentes, expulsado demônios, feito tantas outras coisas e nem por tudo isso, elas aceitam Jesus e seguem sua doutrina. Atente que mesmo recebendo bênçãos, vivendo transformações, conhecendo o antes e comparando com o depois, as pessoas não se convencem de quão necessário é Cristo em suas vidas. Sinal que não houve o verdadeiro arrependimento.

Entretanto, com Mateus isso foi diferente. Perceba que pela voz do povo, ele fazia parte de uma classe de pessoas não aceitas pela sociedade da época. Os publicanos eram uma classe que fraudavam o censo para arrecadar mais e com isso se enriqueciam, além de subjugar seus compatriotas, tornando-os cada vez mais endividados e pobres.

Mas ele conheceu Jesus e Jesus o transformou de maneira radical!

Perceba que se antes oprimia os pobres, agora não mais. Se antes roubava, agora não mais. Se era cobiçoso, o espírito da ganância foi embora. Se antes era um orgulhoso publicano, agora um humilde discípulo do Mestre. Se antes dava ordens, agora era um servo. Quanta mudança e quanta transformação, e só Jesus faz isso!

Conforme o Evangelho Segundo Lucas, simultâneo à conversão de Mateus, este providenciou um banquete, como que uma homenagem ao Mestre, e neste banquete se fizeram presentes os escribas e os fariseus. Ao questionamento destes, sobre a presença de Jesus que comia com pecadores, a reposta do Mestre é enfática, ao dizer que não veio para os justos, mas os pecadores (Lc 5.31) e Mateus era um pecador!

Veja que este banquete foi a despedida de Mateus, principalmente do mundo em que vivia. Foi a despedida de tudo aquilo que o prendia a uma vida que o levaria à perdição eterna e, contrariamente a tudo isso, foi também o início de uma vida exclusiva que o levaria a testemunhar as ações do Mestre e a escrever o Evangelho onde apresentou Jesus como Rei e filho de Davi.

Faça como Mateus que escutou a voz de Jesus e se tornou uma nova criatura (2 Co 5.17), amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Quinta, 29 Outubro 2015 15:00

FÉ GENUINA

FÉ GENUÍNA

 “Mas disse isso apenas para o provar, pois Ele bem sabia o que ia fazer.(Jo 6.6)

O contexto deste versículo diz sobre o milagre operado por Jesus na multiplicação de cinco pães e dois peixes para alimentar uma multidão de quase cinco mil pessoas. Este milagre está registrado nos quatro evangelhos, praticamente sem nenhuma diferença nos registros, exceto na riqueza dos detalhes.

Muitos veem este milagre de Jesus sob a ótica da misericórdia e da piedade, afinal de contas, as pessoas estavam no deserto e lá, com certeza não havia ambientes públicos que pudessem satisfazer a fome de tantas pessoas. Todavia, neste texto, desejo abordar o milagre de Jesus pelo ângulo de um julgamento de corações, um tema recorrente e bem presente para os dias atuais. Perceba a atualidade dos cristãos de hoje em procurarem Cristo motivados unicamente por objetivos imediatos e não pelo que ELE representa em termos de transformação e vida, salvação e vida eterna. E nisso entra o julgamento de corações!

Antes da realização do milagre em si, veja que duas sugestões foram apresentadas pelos discípulos ao Mestre. A primeira era que a multidão fosse dispensada e ela mesma comprasse comida na cidade (Mt 14.15), e a segunda era que eles, os discípulos fossem a cidade e comprassem pão (Mc 6.37). Ambas eram viáveis, todavia, Jesus já sabia o que fazer (Jo 6.6).

Após alimentá-los, Jesus retirou-se para um monte e os discípulos foram para o outro lado do mar da Galiléia. Aquela multidão, percebendo que Jesus e os discípulos haviam ido para outra banda, para lá também se dirigiram, ocasião que o Mestre não perdeu a oportunidade e disse que eles o procuravam simplesmente para saciar a fome física e imediata de pão. Não o procuraram pelos sinais e maravilhas que ELE fazia, não o procuraram pela oportunidade de uma transformação de vida e promessa de vida eterna (Jo 6.26). Ao contrário disso, a multidão o procurava para saciar a fome física.

E hoje, a mesmíssima coisa ainda acontece. As pessoas procuram Cristo não por uma transformação de vida, não pela salvação da alma, não pela promessa de vida eterna, mas procuram Cristo por razões estritamente exteriores, não verdadeira e imediata. Não restam dúvidas que muitas pessoas ainda seguem Jesus por interesses mesquinhos e nada honestos, e por que não dizer, por interesses comerciais e chances reais de obterem promoções e retornos financeiros.

A estes equivocados, a estes errantes de coração e acima de tudo errantes de alma e espírito, Jesus também ensinou que no fim dos dias dirá que nunca os conheceu e que estes devem apartar-se de sua presença (Mt 7.22-23). O apóstolo Paulo na carta aos Romanos ensina que cada um dará contas de suas ações a Deus (Rm 14.12), ou seja, as pessoas serão julgadas por tudo aquilo que fizeram e, entenda que nada escapa aos olhos de Deus (Hb 4.13).

Embora o milagre de Jesus na multiplicação dos pães tenha realmente uma boa dose de piedade, é certo que aqueles que o procuravam, estavam mais a fim de saciar o estômago do que efetivamente aprender lições sobre seu evangelho. Assim, suas palavras foram certeiras para aquela multidão e acertadas também para os cristãos atuais, que hoje apenas frequentam a igreja, sem professarem um cristianismo puro e verdadeiro, sem uma fé genuína e sincera em Jesus Cristo.

Entenda que milagres, visões e curas são eventos implícitos na vida do crente, mas a verdadeira fé não busca apenas isso. A fé verdadeira busca um caminhar firme e constante na prática dos ensinamentos de Cristo e não uma vida como meros ouvintes de sua Palavra (Tg 1.22). Veja o que disse Jesus: “E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não praticais o que Eu vos ensino?” (Lc 6.46). Compreenda: a fé do cristão deve ser genuína e em Cristo, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Terça, 20 Outubro 2015 20:41

ESPERANÇA

ESPERANÇA

“Põe a tua esperança em Deus!” (Sl 42.11b)

 

A cada final de mês as redes sociais ficam repletas de mensagens esperançosas de um mês que começa ser melhor do que aquele que termina. É comum ao homem acreditar que o amanhã será melhor que ontem.  Algumas dessas mensagens são enriquecidas com figuras de flores, com ilustrações de paisagens rurais e outras fazem a inserção de crianças brincando. Entretanto, elas são meras expectativas, e  retratam a visão equivocada de pessoas desconhecedoras da verdadeira esperança anunciada pelas Sagradas Escrituras.

Mesmo que essas mensagens alcancem um público razoável, perceba que elas não conseguem trazer nenhum resultado prático. O número de crianças abandonadas continua subindo, a separações conjugais são noticiadas sempre no crescente e os assassinatos nem nos surpreendem mais. Embora distintos uns dos outros, os roubos e a corrupção das autoridades são noticiados diariamente e até parecem ser repetidas, tal a quantidade que os jornais os apresentam.

Mas e a esperança de dias melhores? A resposta é uma só! Jesus é a única fonte de esperança! (Rm 15.13)

Enquanto temos vida, temos esperança de dias melhores e essa esperança está fundamentada em seus ensinos e principalmente em suas promessas. Se a cada instante somos bombardeados com notícias que nos deixam desesperançosos, por outro lado, somos confortados pela sua Palavra que nos motiva a ter esperança (2 Co 4.8-9).

Algumas pessoas dizem que existem momentos em que acreditam terem sido abandonadas pelo Criador, tal a quantidade de aflições e angústias que enfrentam. Veja até mesmo o rei Davi, que era segundo o coração de Deus (1 Sm 16.7), passou por maus momentos, a ponto de manifestar que Deus o teria abandonado e estava distante (Sl 42.9), e isso justamente nos momentos em que passava por tribulação (Sl 10.1).

Entenda que ninguém está mesmo imune desta aparente ausência de Deus em nossas vidas. Todavia, compreenda ELE permite tudo isso para atentarmos para nossas limitações, para nossa pequenez e assim voltarmos nossos olhos a Jesus, criador dos céus e da terra (Sl 121.2).

“Põe a tua esperança em Deus! Porquanto ainda o louvarei por tua presença salvadora, ó meu Deus!” (Sl 42.11b). Neste salmo, atente para a palavra “ainda”, ela mostra que nem tudo está perdido, mas indica que existe uma oportunidade e esta encontra-se em Deus, ou seja, perante todas as dificuldades, todas as aflições e lutas, sempre há uma esperança, e essa esperança tem nome: Jesus!

Perceba que a esperança caminha de mãos dadas com a fé e esta mesma fé é o antídoto contra o desespero. Trata-se da mesma fé que encorajou tantos personagens bíblicos a lutarem contra as aflições de seu tempo, e ainda hoje nos anima a vencer os obstáculos e a seguir em frente.

Um ditado popular diz que esperança é a ultima que morre, mas não é bem assim. Por meio da fé em Jesus Cristo, nossa esperança se renova a cada dia e nos encoraja a prosseguir sem voltar atrás (Jo 16.33). Indiferente de início ou fim de mês, a mensagem de esperança é uma só: Jesus! (Sl 62.5)

Jesus Cristo, Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 14 Outubro 2015 19:02

ARREPENDEI-VOS

ARREPENDEI-VOS

“Todavia, ainda agora diz o Senhor: Convertei-vos a mim de todo o vosso coração.." Joel 2.12a

 

O profeta Joel atuou como mensageiro de Deus em Judá, entre os séculos 8 e 9AC, provavelmente nos idos de 835AC, período que antecedeu ao exílio do povo de Israel. Foi contemporâneo de Eliseu e de Obadias, e consta que era agricultor, entretanto,  tinha um estilo literário de poeta.  Conforme os estudiosos, naquela época houve mesmo uma seca que assolou a região, e grandes pragas de gafanhotos devastaram as lavouras, silos de cereais e até mesmo as roupas das pessoas. Se a seca trouxe prejuízos, os gafanhotos acabaram com a pouca esperança que restava e para agravar a situação, Judá era uma nação que dependia unicamente da agricultura e da criação de animais como fonte de renda. Isso, por si, já explica o assombro que a seca e os gafanhotos causaram, portanto, este era o cenário de seu livro.

Tem-se que após os ataques dos gafanhotos, o profeta chama a atenção dos moradores para conscientizá-los de novo a uma vida consagrada a Deus. Na mensagem de Joel, tanto os ataques dos gafanhotos como sua remoção, são vistas pelo profeta como obra de Deus (Jl 2.11;19), para logo em seguida chamar a atenção para um arrependimento genuíno, originado no coração e não um arrependimento superficial e exteriorizado por práticas ritualísticas (Jl 2.13).

Perceba que é Deus, o autor e tomador da decisão para julgar, mas acima de tudo, é ELE quem chama o pecador para si (Jo 16.7-8). É Deus quem oferta a transformação e é Deus quem pronuncia a vitória sobre o pecado. Hoje, pode-se ver que a história do povo de Israel, é repleta de altos e baixos momentos espirituais, todavia, como se tratava de uma nação eleita e vocacionada, Deus em nenhum momento  manifestou em retirar essa vocação, ou seja, a eleição de Israel era sem arrependimento da parte de Deus (Rm 11.29).

Não é nenhuma mentira afirmar que o mundo de hoje vive uma grande desorganização, desde o seio familiar que se encontra totalmente desestruturado, até grandes empresas envolvidas em fraudes, roubos e desvios. Isso sem citar os governos que são capas de jornais e revistas noticiando a roubalheira estatal. No campo espiritual, parece que as estratégias de Satanás caminham de vento em popa, isto é, o pecado caminha a passos largos e o verdadeiro culto e adoração a Deus vai perdendo espaço.

A mensagem do profeta aos seus compatriotas era clara: “rasgai o vosso coração e não as vossas vestes..” (Jl 2.13). Era uma nítida mensagem para uma mudança e transformação interna, do coração e não uma mudança exterior. Entenda que rasgar as vestes era um típico procedimento da cultura judaica que indicava grande pesar, tristeza ou angústia. Era, portanto, um sacrifício exterior, mais voltado a dar mostras publicitárias do que efetivamente mostrar um coração contrito e quebrantado.

Para o profeta este procedimento de rasgar as roupas era desnecessário e de nada valia aos olhos de Deus. Perceba que o rei Davi, por meio de salmos ensina profundamente que o verdadeiro quebrantamento é um coração contrito  “o sacrifício aceitável a Deus é o espírito quebrantado; ao coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus” (Sl 51.17).

Hoje o que se observa é a passividade das pessoas em se arrependerem verdadeiramente a Deus. De nada vale os rituais, frequência na igreja e a liturgia se o coração está longe de Deus. De nada vale a assiduidade à igreja e muito menos valerá os louvores, os aplausos e o frenesi se o coração estiver longe e afastado de Deus.

Compreenda que as pessoas saem das igrejas felizes, cumprimentam-se uns aos outros, abraçam e são abraçados sob a regência de alguém que no púlpito nada falou sobre pecado, sobre arrependimento e nem sequer tocou no tema de onde passarão  a eternidade. Tudo isso não produz nenhuma transformação e até mesmo contraria o que diz o apóstolo Paulo, pois as coisas velhas continuam ocupando o mesmo espaço no coração.

Entenda que festas e atividades são alegrias passageiras, momentâneas e com raras exceções, buscam apenas elevar o nome das denominações e do pregador. Isso não produz mudanças! O profeta Joel conclamava seus compatriotas a um arrependimento genuíno. Se hoje não temos profetas com o mesmo empenho, ao menos temos os registros históricos que mostram que ante toda aquela permissividade espiritual, Deus ainda teve misericórdia e restituiu o que foi perdido ( Jl 2.25).

Compreenda a necessidade de Deus ocupar um espaço em nosso viver. Hoje as tecnologias é que ocupam este espaço. Amamos as novas tecnologias, os smartfones, os tablets, os prédios das igrejas e cada vez mais as pessoas buscam mais prestígio e poder social. Mas existe uma esperança: a compaixão de Deus ainda permanece (Mt 9.36). Amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

 

Milton  Marques de Oliveira

Quarta, 07 Outubro 2015 17:56

MESMO FOCO

MESMO FOCO

“... Mateus, o publicano... Simão, o zelote.”. (Mt 10.3-4)

Nestes dois versículos estão registrados os nomes dos discípulos escolhidos por Jesus Cristo. Tanto nos evangelhos sinóticos (Mateus, Lucas e Marcos) como  em Atos dos Apóstolos (escrito por Lucas) temos o registro dos nomes daqueles que foram escolhidos para acompanharem e testemunharem o ministério de Jesus.

Tem-se que antes da escolha, alguns destes homens eram totalmente desconhecidos e depois da escolha de Jesus e pelo silêncio da história, também nada se soube da maioria dos discípulos. Todavia, importante destacar que foram homens espiritualmente qualificados e capazes para receber os ensinamentos de Cristo e, posteriormente serem testemunhas e propagarem o seu evangelho, estabelecendo o cristianismo (At 11.26).

Estes discípulos eram pessoas comuns daquela região e foram escolhidos diretamente por Cristo após um período de oração a Deus (Lc 6.12-13). Dentre os escolhidos, têm-se dois judeus cujos nomes e adjetivos chamam a atenção justamente por serem antagônicos entre si: Mateus, o publicano e Simão, o zelote. Embora com posições políticas extremamente opostas, perceba que com Cristo ambos tinham o mesmo foco, o mesmo objetivo e não há registros em todo o NT de quaisquer desentendimentos entre esses dois. E olhe que politicamente eles tinham muitos motivos para brigas e trocas de insultos!

Perceba que Mateus, o publicano, era judeu, mas exercia a atividade de arrecadador de impostos para o Império Romano, o mesmo império que subjugava seus compatriotas e era causa maior da insatisfação do povo judaico. Mateus trabalhava para o inimigo, ou seja, era um judeu que não tinha patriotismo e que havia se transformado em servo do Império Romano e por seu intermédio, tirava dinheiro do povo judaico.

Veja que de outro lado, tem-se o judeu Simão, cujo adjetivo “zelote” faz relacionar sua pessoa com o partido judaico que insurgiu justamente contra o Império Romano no início do século I, ocasião em que houve o censo para arrecadar e impor mais impostos aos judeus. Segundo os estudiosos, Simão chegou a integrar um grupo radical, - os zelotes - que pregavam a libertação de Israel do domínio romano. Portanto, Simão, o zelote, era um patriota fervoroso que se opunha contra os impostos e os tributos do Império Romano.

Perceba que as posições políticas desses dois discípulos e seus conceitos de pátria eram antagônicos! Pode-se até dizer que havia um abismo entre suas visões de mundo.

Havia uma diferença em termos de visão sobre patriotismo, sobre a soberania do povo de Israel e acima de tudo sobre o governo que os massacrava. Mas quis Jesus que pessoas de diferentes intelectos, de diferentes culturas e de diferentes profissões fossem seus discípulos para aprenderem, testemunharem e levarem a palavra de salvação a toda criatura (Mc 16.15).

Verifica-se nos dias atuais que a igreja física é composta de toda sorte de pessoas. Seus membros são pessoas de diferentes profissões, de diferentes conhecimentos intelectuais e com distintas visões de mundo. Ate aí, tudo normal, mas o que preocupa é que muitas das vezes, estes membros, embora diferentes entre si, não comungam o mesmo amor cristão e muito menos o mesmo foco e objetivo do evangelho de Cristo: salvar almas das garras de Satanás.

Tanto Mateus,  o publicano, como Simão, o zelote, aprenderam com Cristo que as diferenças deixam de existir quando o amor de Cristo reina entre os corações, quando o amor de Cristo fala mais alto que simples visões políticas e mundanas.

Observam-se hoje em dia cristãos mais preocupados com vida do irmão ao lado, do que efetivamente arregaçar as mangas, pregar e levar a Palavra de Deus a corações que gritam por socorro e por uma palavra de esperança. Mateus e Simão, embora em posições políticas opostas, estiveram em comunhão no mesmo objetivo que os demais discípulos. É na comunhão que encontra morada a verdadeira visão do Reino que Cristo implantou. Uma igreja e um povo que vivam num mesmo foco, num mesmo objetivo e que almejam o mesmo resultado!

Paulo, na carta aos Romanos ao escrever sobre o serviço cristão usou como ilustração o corpo humano e seus membros, afirmando que somos todos membros de um só corpo, embora cada membro tenha funções distintas. Compreenda: somos um só corpo em Cristo Jesus (Rm 12.4-5), amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 30 Setembro 2015 13:17

TUDO BEM?

TUDO BEM?

“corre-lhe ao encontro e pergunta-lhe: Vais bem? Vai bem teu marido? Vai bem teu filho? Ela respondeu: Vai bem!   2 Rs 4.26

 

O versículo acima está dentro do contexto do milagre operado pelo Senhor, tendo como instrumento o profeta Eliseu. Tem-se que a mulher sunamita, cujo nome não é registrado na Bíblia, então casada com um homem velho, não tinha filhos (2 Rs 4.14), todavia, sempre que o profeta a encontrava, esta lhe servia pão e chegou inclusive a construir um cômodo para que o profeta descansasse. Era, portanto, uma mulher de bom coração.

Por meio da profecia de Eliseu, Deus a abençoou com um filho, entretanto, este veio a morrer e a mulher procurou pelo profeta. Mesmo com seu filho morto, ao ser indagada como estava se passando, respondeu que tudo vai bem! (2 Rs 4.26)

È um hábito entre as pessoas quando se cumprimentam a célebre pergunta se tudo está bem! Alguns respondem que vai tudo bem e outros aproveitam para fazerem reclamações sobre os mais variados problemas. Reclamam dos familiares, do emprego, dos colegas de trabalho, da igreja e do até do vizinho, reclamam das enfermidades e recentemente nem o governo tem escapado das reclamações.

A mulher sunamita tinha motivos mais que suficientes para dizer que tudo ia mal. Embora não tivesse filhos, também não o pediu a Deus e depois de conceber a criança e certamente amá-la com todas as suas forças, esta tinha morrido e somente isso já era causa de dizer que nada ia bem. Tem-se que ela colocou o corpo do garoto no cômodo, sobre a cama onde dormia o profeta e, mesmo com a indiferença de seu marido, foi ao encontro do profeta Eliseu. O segundo livro de Reis registra mais adiante que o profeta fez uma oração a Deus e seu filho ressuscitou, sendo-lhe entregue pelo profeta (2 Rs 4.36-37).

Compreenda que diariamente muitos problemas afligem as pessoas, todavia, esta mulher fornece uma preciosa lição de fé e esperança. Demonstrou tranquilidade e esperança na certeza de que somente Deus poderia transformar seu pesadelo em sonho. Ela deu uma forte demonstração de fé no agir de Deus e que o profeta Eliseu seria o meio para essa realização (2 Rs 2.9).

Enquanto muitos ainda persistem em duvidar do agir de Deus, é bom lembrar que um dos atributos de Deus é sua onisciência, ou seja, Deus conhece o passado, o presente, o futuro e até os pensamentos do homem. Ele conhece todos nossos problemas e como Criador de todas as coisas, nada lhe escapa, tudo se encontra debaixo de Sua soberania.

Por sua própria natureza, o ser humano gosta de reclamar, de murmurar e de demonstrar o quanto suas lutas estão lhe tomando tempo e energia, e nesta vertente, gosta de proclamar seus infortúnios a todos que estão em sua volta. É certo que a mulher sunamita tinha um problema e tanto, mas nem mesmo a Geazi, pessoa próxima do profeta ela disse qualquer coisa. Contrário a tudo isso, ela procurou diretamente por Eliseu, ou seja, ela dispensou intermediários. Foi direto à fonte!

Quando os problemas aparecem, lembre-se da mulher sunamita. Não fique inerte e prostrado. Reaja, declare que tudo está bem, tome uma posição de enfrentamento e procure por quem possa realmente resolver seus problemas: Jesus Cristo! ( 1 Tm 2.5)

Embora as coisas não estejam bem, compreenda que Deus tem planos de paz para dar a seus filhos um futuro e uma esperança (Jr 29.11). Somente ELE é capaz de conhecer todas as necessidades e anseios de nossos corações, creia nisso! Nas lutas, procure por Jesus e tudo irá bem!

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 23 Setembro 2015 19:20

LUGAR CERTO

Lugar certo

 

“...quem sabe se não foi para um momento como este que você chegou à posição de rainha?" (Es 4.14)

 

Não se sabe quem foi o autor deste livro e mesmo fazendo parte das Sagradas Escrituras, curiosamente o nome de Deus em nenhum momento é mencionado, todavia, a providência divina em prol dos israelitas que viviam e que permaneceram na Pérsia é visível do começo ao fim do livro.

Inicialmente é importante saber que os judeus foram levados cativos em três momentos distintos para a Babilônia, e destes, alguns resolveram retornar à terra natal logo após o decreto do rei Ciro (Es 6.3), enquanto outros optaram por fixar moradia nas cidades persas, dada as facilidades com que se adaptaram no comércio e em outras atividades.

O versículo em destaque é o registro da fala de Mardoqueu a Ester, quando essa já havia sido coroada rainha da Pérsia, por ocasião em que Hamã, ministro do rei Assuero, criou uma situação para matar todos os judeus que habitavam no reino persa. Mardoqueu antevendo a grande dificuldade que todos os judeus moradores da Pérsia iriam enfrentar, enxergou na pessoa da rainha Ester, um  meio de salvar seus compatriotas da morte. Noutras palavras, Ester era a pessoa certa e estava no lugar certo!

Frequentemente as pessoas reclamam por estarem em determinado lugar, alegando que não pediram para estarem ali ou que isso não era a melhor opção. Talvez desejassem estar noutro ambiente, em outro serviço, fazendo outra faculdade ou até morando em outra cidade. Realmente a complexidade humana tornam as coisas mais difíceis de serem entendidas. Compreender e processar a soberania de Deus nunca foi fácil.

Onde quer que você se encontre, saiba que foi Deus quem permitiu sua presença neste lugar. ELE te instalou neste ambiente, neste emprego ou nesta casa porque tem algo para você realizar. Evidentemente não sabemos o motivo, mas Deus sabe todas as coisas e ao tempo certo, você compreenderá que os projetos de Deus para sua vida são diferentes de seus projetos, entenda isso!

A história da coroação de Ester é muito bonita e nem mesmo ela, em seus melhores sonhos poderia acreditar que sendo judia, seria coroada rainha da Pérsia, justamente o país que subjugou a nação judaica e massacrou seus antepassados. Compreenda que as pessoas não precisam saber o motivo de estarem em determinado lugar, mas Deus sabe e seus planos não podem ser frustrados! (Jó 42.2)

Neste momento, creia que onde quer que você se encontre Deus está lhe concedendo uma oportunidade de falar às outras pessoas do Seu amor, de Sua misericórdia e você pode usar de seu conhecimento para mudar e transformar positivamente a vida das pessoas. Pense nisso!

Por meio de orações e jejuns, com sabedoria e sob a direção de Deus a rainha Ester salvou milhares de judeus da morte, mostrando ao rei Assuero a conspiração que seu ministro Hamã havia idealizado para matar todos os seus compatriotas. Antes mesmo do problema que os judeus enfrentariam, veja que Deus já havia posicionado Ester no lugar certo (Es 2.17), e isso tem nome: providência divina!

A rainha Ester salvou seus compatriotas e onde estiver, você pode salvar outras tantas pessoas das garras de Satanás e do inferno, basta somente proclamar o nome de quem cura, liberta, transforma e leva para morar no céu: Jesus Cristo! Amém?

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Quinta, 17 Setembro 2015 17:51

FÉ, PROMESSA E TRANSFORMAÇÃO

Fé, promessa e tranformação

“O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó...” At 3.13

 

O versículo acima foi extraído  do segundo sermão do apóstolo Pedro, instantes depois de ser usado por Deus para curar um homem coxo que estava sentado à entrada do templo. A bíblia registra que após esse milagre, diversas pessoas se aproximaram dos discípulos (At 3.11).

Não há nenhuma dúvida que Deus tem curado enfermidades e restaurado a saúde de muitas pessoas, tem libertado milhares de pessoas do mundo das drogas e dos vícios e neste contexto, a vida dessas pessoas tem sido transformadas para melhor. Se antes era doente, agora não mais, se antes vivia preso às drogas e aos vícios, agora é um homem livre.

E foi isso que aconteceu com o homem paralítico que Jesus curou (At 3.1-10). Jesus transformou sua vida e para incredulidade de muitos, ele saiu pulando e correndo pelo templo, louvando a Deus. Foi justamente neste ponto que o apóstolo Pedro não perdeu a oportunidade para falar de Jesus, da salvação por meio da graça e acima de tudo para exaltar e glorificar o poder de Cristo (At 3.12).

Quando se ouve a expressão “O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó”, é momento de voltar a mente para épocas passadas e ver o que Deus realizou na vida destes três personagens. Todo esse agir de Deus foi registrado para que as pessoas pudessem ter acesso e saber que o mesmo Deus que agiu no passado, também atua em nossos dias (Hb 13.8).

O Deus de Abraão é Deus de promessas (Gn 12.1-3). Deus lhe prometeu coisas grandiosas, mas perceba que fora da terra em que habitava. Para realização daquilo que Deus prometera, Abraão devia abandonar seus parentes e se estabelecer numa região que desconhecia. Deus prometeu a Abraão que iria abençoá-lo, que faria dele uma grande nação e em Abraão, seriam benditas todas as nações da terra. Hoje, estudando a Bíblia, nós podemos ver que Deus cumpriu suas promessas, mas Abraão só via todas essas promessas pela fé. Hoje, nós temos por meio do registro das Sagradas Escrituras que tudo aquilo que foi prometido por Deus, se realizou plenamente.

O Deus de Isaque é Deus de milagres (Gn 21.5). Quando Isaque  nasceu, Abraão estava com cem anos e Sara, sua mulher, além de estéril estava com 90 anos. Hoje,  mesmo com tantas tecnologias no campo da inseminação, não se vê caso de um homem com cem anos gerar filhos e muito menos, mulheres com noventa anos e histórico de esterilidade, serem mães. Portanto, o Deus de Isaque, filho de Abraão, é Deus que opera milagres, tanto pelo seu nascimento, como pela idade de seus pais.

O Deus de Jacó é Deus de transformação (Gn 27.18-19;35-36). Pelos registros bíblicos, pode-se afirmar que Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão foi um homem enganador. Propôs e comprou a primogenitura de seu irmão Esaú (Gn 25.31-34), e em conluio com sua mãe Rebeca, enganou seu pai. Deus transforma o homem, se antes era dado às práticas mundanas,  Deus muda seu pensar e seu agir e o coloca nos caminhos retos, se antes era escravo de Satanás, Deus liberta e dá vida em abundância. O apóstolo Paulo, quando escreveu a igreja em Éfeso, ensinava que por meio de Cristo, somos renovados em nossa maneira de pensar, ou seja, houve uma transformação em Jacó (Ef 4.22-24). Deus transformou Jacó e lhe deu um novo nome: Israel. E o resto da história, todos conhecem, com Israel se tornando uma grande nação.

Quando Pedro discursou aos homens que viram o milagre na vida daquele paralítico e mencionou o “O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó..”, ele estava falando que o mesmo Deus das promessas a Abraão, do milagre do nascimento de Isaque e a transformação na vida de Jacó, é o mesmo Deus de hoje (Hb 13.8), creia nisso!

Portanto, quando ouvir a frase do versículo que sustenta este texto, receba em seu coração que tudo isso é mais que motivos para não esquecer as promessas que Deus tem feito às suas vidas, não esquecer as bênçãos que já recebeu e creia que Deus pode fazer muito mais. Basta somente crer, amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

Milton Marques de Oliveira

Terça, 08 Setembro 2015 22:22

ESCOLHAS

ESCOLHAS

“Todavia, vós não quereis vir a mim para terdes a vida.” Jo 5.40

O Evangelho Segundo João foi escrito pelo discípulo João, que era irmão de Tiago, ambos filhos de Zebedeu e juntamente com o discípulo Pedro, pertenceram ao grupo que mais desfrutou da intimidade de Jesus. Estiveram presentes em ocasiões como a transfiguração e durante o sofrimento no Getsêmani. João foi o encarregado por Jesus de cuidar de sua mãe (Jo 19.26).

Contextualmente o versículo acima faz parte do que se denomina testemunho das escrituras sobre Jesus (Jo 5.39-47), ou seja, trata-se do registro que Jesus veio em nome de Deus Pai, chamando as gerações desde o princípio (Is 41.4). As escrituras ainda testificam que Jesus Cristo é criador, pois“todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez.” (Jo 1.3).

Perceba que tocante a nação judaica, infelizmente, esta não o recebeu, aliás, verifica-se que ao nascer, Jesus foi rejeitado na estalagem onde José foi procurar por abrigo (Lc 2.7). Atente que centenas de anos antes, o profeta Isaías já havia predito que Jesus seria desprezado (Is 53.3). Essas duas passagens, registradas centenas de anos distantes uma da outra evidencia que as escrituras se confirmam, para ficar somente neste exemplo.

A vida após a morte é tema central de praticamente todos os grupos religiosos, debates acalorados permeiam o assunto e cada um destes grupos apresentam suas principais crenças na salvação da alma. Aqui desejo abordar a palavra escolha, ou o livre arbítrio do ser humano para a salvação de sua alma.

Diariamente as pessoas fazem escolhas, o que comer, o que vestir, onde e como ir, quando ir, o que fazer e também escolhas que trazem maiores impactos, como a compra da casa própria, a compra de um veiculo, a data do casamento e outras. A todo o momento as pessoas fazem escolhas e tomam decisões.

Neste contexto, cabe ao homem enquanto gênero humano escolher entre o bem e o mal, entre a vida e a morte, entre as trevas e a luz e obviamente, entre buscar a Deus e não buscar a Deus, todavia, importante lembrar que as escolhas no presente refletem o resultado no futuro, ou seja, aquilo que se planta, é o que será colhido (Gl 6.7). Alguns fazem escolhas equivocadas e chegam a dizer que nada podem fazer, pois “Deus os fez assim mesmo”, ledo engano!

O apóstolo Paulo em sua carta aos integrantes da igreja em Corinto deixa claro sobre a responsabilidade do homem por sua vida (2 Co 5.10). É a escolha!

Não há registros nas Sagradas Escrituras que Deus tenha revogado o livre arbítrio do homem. Deus não pode ser responsabilizado pelas más escolhas do homem e, principalmente quando o assunto é a salvação, as pessoas não obedecem e nem creem no evangelho, simplesmente porque não querem (Jo 3.19-20) e jamais porque “Deus me fez assim mesmo”. Ninguém é ou foi predestinado para não ser salvo!

Creia que Jesus provou a morte por toda a humanidade (Hb 2.9) e Deus deseja que todos sejam salvos (Mt 11.28-29; 1 Tm 2.4), entretanto, a escolha é do homem. No AT pode-se ver que a nação judaica em diversos momentos escolheu o pecado e recebeu por sua decisão a morte nas mãos do povo persa. Os que sobreviveram, penaram por longos setenta anos como cativos numa terra estranha.

Faça a escolha certa, escolha a vida, escolha a Jesus Cristo que não quer que ninguém se perca (2 Pe 3.9) e ama a todos de maneira incondicional (At 10.34). Entenda que o inferno não foi feito para pessoas, ele foi criado para o diabo e seus anjos ( Mt 25.41).  Escolha Cristo, pense nisso!

Jesus Cristo, filho de Deus te abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Terça, 01 Setembro 2015 21:43

NÃO DURMA

NÃO DURMA

 “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar; 1 Pe 5.8”

Esta carta foi escrita pelo apóstolo Pedro, um dos doze discípulos de Jesus. Segundo os estudiosos esta carta faz parte das epístolas gerais, ou seja, trata-se de uma epístola cujos destinatários abrangem um círculo maior de pessoas. Esta epístola de Pedro teve como destino os judeus dispersos na região da hoje atual Turquia (At 8.1; 8.4; 11.19 e 1 Pe 1.1).

Sua carta trás exortação, firmeza na fé e acima de tudo objetiva que o crente persevere nos momentos de sofrimento, pois ensina que as provações são mais preciosas que o ouro e chega a fazer uma analogia do padecimento dos cristãos com o sofrimento de Jesus Cristo. (1 Pe  4.12-13)

Recentemente, um noticiário televisivo fez uma matéria onde um cidadão reclamava ter sido esquecido no interior de um ônibus quando retornava de seu trabalho. Alegava ter adormecido e que perdeu o ponto onde deveria desembarcar, somente acordando quando o coletivo adentrava na garage da empresa para ser recolhido. Típico caso do cotidiano. Nesse episódio, o cidadão não foi vigilante e recebeu a retribuição em decorrência do sono que o dominou. Provavelmente tomou outro ônibus, ou seja, teve uma segunda oportunidade.

Para os crentes em Jesus Cristo, firmes na promessa de vida eterna, o versículo que destacamos, a conta de um vacilo na fé pode sair mais caro, ou seja, não estar vigilante pode implicar em cair nas ciladas de Satanás e até mesmo perder a salvação. Para o apóstolo Paulo, o cristão ao encontrar-se com Cristo, passa a ter uma vida totalmente transformada e para vencer as armadilhas do diabo, o apóstolo Paulo ensinou empregando simbolicamente as vestes que um soldado romano de sua época usava nas batalhas. (Ef 6.10-18)

Estar atento e vigilante significa que o crente está usando a armadura de Deus para vencer a luta contra nosso maior inimigo e nessa batalha não podemos deixar ausentes a verdade, a prática da justiça, a fé e acima de tudo a Palavra de Deus.

O caso que ilustra este texto foi uma luta do cansaço corporal com o corpo físico, entretanto, a luta do crente é uma luta espiritual contra as forças do mal (Ef 6.12). Vence-se o diabo falando a verdade, pois além dele ser o pai da mentira (Jo 8.44) aquele que ama e comete a mentira não entrará no reino celestial. (Ap 22.15)

Tem-se que a sobriedade faz o crente praticar a justiça de Deus e não a falha e corrupta justiça dos homens. A justiça de Deus é incorruptível e amplamente contrária aos desejos do diabo que tenta enganar os corações ofertando todos os desejos e impureza da carne.

Por meio da fé, qualquer ataque de Satanás para colocar dúvidas na mente do cristão se torna ineficaz, ante a couraça que o reveste nessa guerra espiritual. Perceba que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Rm 10.17), que encontra guarida no coração, não como ensino de homens, mas como a inspirada e firme Palavra de Deus.

Na carta de Paulo aos Romanos percebe-se que somos também herdeiros, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo ( Rm 8.17). Estar vigilante é uma ação que conduz o crente a candidatar-se na herança que nos foi prometida, não em terras ou outros bens materiais, mas a uma vida gloriosa e plena no céu.

É nisso que o apóstolo Pedro aborda, exortando os novos cristãos a serem vigilantes, pois conforme Tiago, nada se sabe sobre o dia de amanhã e a vida é como um vapor que aparece por um pouco, e logo se desvanece (Tg 4.14). O rapaz que ilustra este texto teve outra oportunidade e voltou para sua casa, mas em termos de salvação, não há uma segunda oportunidade, portanto, estejamos vigilantes, amém?  

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe.

 

Milton Marques de Oliveira

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