Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Quarta, 17 Fevereiro 2016 12:21

PROVAÇÕES

PROVAÇÕES

 

“Amados, não se surpreendam com o fogo que surge entre vocês para os provar, como se algo estranho lhes estivesse acontecendo." (1 Pe 4.12)

 

O discípulo Pedro foi o autor desta carta, escrita aos cristãos que moravam na região que hoje é a atual Turquia, na Ásia. Estas pessoas, novas convertidas na fé cristã, enfrentavam todo tipo de perseguição, tanto do Império Romano, como daqueles que professavam sua fé em seitas, algumas até mesmo procedentes do judaísmo e outras estabelecidas em diversos deuses e amplamente difundidas em rituais religiosos. Nesta carta, o apóstolo Pedro exortava seus destinatários a perseverarem na fé, lembrando-os que eram um povo separado e quaisquer impurezas em suas vidas, impediriam a plena comunhão com Deus.

O versículo acima demonstra de maneira clara que todos, sem exceção, estão sujeitos a enfrentarem dias maus. Para grande parte das pessoas, o surgimento de enfermidades ou de acontecimentos ruins como morte de familiares, desempregos ou crises familiares, são sinais nítidos do abandono de Deus. Veja que quando estes acontecimentos ruins surgem como consequências de condutas erradas das pessoas, estas até chegam a compreender que contribuíram de alguma forma com o resultado. É o caso, por exemplo, de um motorista que trafega em alta velocidade e sofre um acidente.

Noutra maneira, quando eventos ruins surgem do nada e as pessoas não entendem como tudo aquilo desmoronou em sua vida, as murmurações contra Deus atingem seu ponto máximo. Evidentemente, não há dúvidas que falam assim por absoluta falta de conhecimento das Sagradas Escrituras, pois Deus é sempre perfeito, soberano em suas ações e jamais mudou (Hb 13.8).

Malaquias, o último profeta do AT, mesmo ante tanta rebeldia dos judeus contra o Senhor, destacava o amor, a justiça e a paciência de Deus pelo povo de Israel: "Porque eu, o SENHOR, não mudo; por isso, vós, ó filhos de Jacó, não sois consumidos". (Ml 3.6)

Perceba que o simples fato de ser cristão não é nenhuma garantia contra os sofrimentos por morte, câncer e desemprego, por exemplo. Mesmos sendo cristãs, as pessoas sofrem AVC, ataques cardíacos e estão sujeitas a todo tipo de acidente. Mesma sendo cristãs, não estão isentas de calamidades ou de outros eventos naturais.

Se a surpresa destes acontecimentos é para todos, todavia, para o cristão que efetivamente vive confiante nas promessas de Jesus, este está melhor preparado para enfrentar estes desajustes na vida. As palavras do apóstolo Pedro no versículo em destaque nos ensina que não devemos nos surpreender com estes eventos, e muito menos se eles acontecem com pessoas próximas ou com nós mesmos.

Embora o dia mau aconteça, o cristão deve ter em mente as palavras de Jesus nos advertindo sobre as aflições que acontecerão. Compreenda ainda que Jesus também ensinou para manter firme o bom ânimo, manter firme a confiança nas promessas de que ELE está ao lado de seus filhos (Jo 16.33). O apóstolo Paulo ao escrever aos irmãos da igreja em Corinto, os ensinava que Deus não permitiria tentações além de suas forças e juntamente com a tentação, ELE providenciaria o livramento (1 Co 10.13).

Ademais, saiba que Deus tem planos bons e de paz para seus filhos (Jr 29.11). Creia nisso! Quando acontecimentos ruins nos atingem, naquele momento não sabemos os motivos, todavia reconheça que Deus sabe todas as coisas, hoje não entendemos, mas amanhã compreenderemos o seu agir. Descanse, ELE está no controle, amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 15 Fevereiro 2016 18:07

14/02/2016 - Culto de Santa Ceia

Terça, 09 Fevereiro 2016 12:41

DEUS SABE

DEUS SABE

“...o homem vê o exterior, porém o Senhor, o coração” (1 Sm 16.7b) 

 

Este versículo se encontra no contexto da escolha de Davi como rei de Israel, e esta escolha não teria como critério a aparência física. Esta é uma das mais claras demonstrações que o homem enxerga o exterior, porém o Senhor vê o coração. Veja que muitos frequentam uma igreja, são atuantes na obra, possuem ministérios, são cantores (o conceito de Levita é outra coisa), mas como identificar uma pessoa tida pelos seus amigos e colegas como “espiritual”? Quais seriam esses indicadores? Seria o número de vezes que faz orações? Seria a fidelidade no dízimo ou a frequência aos cultos? Seria o corte de cabelo ou seriam as roupas que usa ou as que deixa de usar?

Infelizmente, a definição de espiritualidade muita das vezes reflete somente a perspectiva humana, o exterior da pessoa, sempre visto e analisado pelo outro, mas nunca o coração, justamente por onde fluem todas as palavras que saem da boca (Pv 4.3). Evidente que não se trata aqui do coração, órgão do corpo humano, mas de onde brotam os sentimentos e as emoções humanas. Alguns medem a espiritualidade pelos atos religiosos, pelas obras praticadas ou pelo conhecimento das escrituras que alguém possui. Tem-se diversos exemplos de pessoas tidas como altamente sábias nas sagradas escrituras que vez por outra é apanhada falando heresias. Outros, mais tarde chegam mesmo a se afastar da fé. Todavia, tudo isso não são parâmetros suficientes para conhecer o coração de ninguém.

Nas redes sociais com muita frequência temos “curtidas e comentários” com as frases “homem e mulher de Deus”. Tem-se questionáveis os critérios utilizados para proferir estes comentários, se é que eles existiram mesmo para essa afirmação. Se não existiram, foram escritos para agradar, a título de gentileza.

Compreenda que o parâmetro utilizado por Deus é diferente. Deus não analisa as roupas, a religiosidade e nem os rituais. Deus emprega métodos mais profundos e mais precisos, auscultando o coração mais contrito e quebrantado (Sl 51.17).  Veja que Deus é profundo conhecedor do nosso coração! E parte dos equívocos humanos encontra-se na palavra “religião”, que traz a ideia de “religar-se” a um deus. Esse religar é uma tarefa impossível para o homem através do seu próprio esforço e dada sua natureza má. Por meio do pecado original, já nasceu pecador e afastado de Deus (Rm 3.23).

Nosso Senhor é o único Deus verdadeiro e capaz de estender os braços o suficiente para atrair o homem para si por meio do sacrifício vicário de Jesus na cruz do Calvário. Perceba que embora o homem tenha o livre arbítrio, quem atua na conversão é o Espírito Santo, mostrando o quanto somos falhos e necessitamos de perdão e libertação (Jo 16.7-8). Somente o Espírito Santo é capaz de transformar um coração duro e desobediente, em um coração sincero e quebrantado. Somente ELE pode mudar e transformar o homem! A conversão a Jesus Cristo é o começo, mas ainda é preciso algo mais.

É preciso a prática da vigilância para não se conformar com o relativismo e os conceitos modernos deste mundo e ter um novo entendimento pelo poder do Espírito Santo (Rm 12.2). Importante amar a verdade (Jo 14.6), zelando para que as “meias verdades” não causem influências negativas. Entenda que os sentimentos e as emoções do cristão não podem ser corrompidos por conceitos subjetivos do mundo em si.

De nada adiantam os rótulos de “homem e mulher de Deus” se não houver em contrapartida uma vida cristã verdadeira. Dentre as advertências aos fariseus e aos escribas, Jesus os chamou de sepulcros caiados, ou seja, diante de seus semelhantes o exterior estava limpo e sumamente belo, mas interiormente não era a mesma coisa, havia sujeira e imundícies (Mt 23.27-28).

Compreenda que a maturidade cristã é um processo contínuo de eterna vigilância no sentido de cuidado, de zelo, proteção e resguardo da doutrina cristã. Implica necessariamente num comportamento diferenciado, numa postura tal que reflita aos outros, um coração puro e transformado por Cristo.

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Sábado, 06 Fevereiro 2016 12:52

MODA PRAIA

 Olá queridas! Dá para ir à praia mantendo a elegância e sem mostrar demais o corpo? A resposta é: sim!

Há dias que quero escrever sobre esse assunto, como nos vestirmos na praia, mas hoje resolvi parar e dedicar um tempo e tratar disso. Fiz algumas pesquisas e encontrei modelos lindos!

Aí vai a dica amadas, sobre saídas de praia. Não é fácil encontrar algo que nos deixe confortáveis. Colocamos os vestidinhos, mas ao sentarmos nas cadeiras de praias ficamos desconfortáveis e isso nos incomoda.

Depois de tantos anos, encontrei uma peça que me deixou elegante e, diga-se de passagem, à vontade... as famosas calças pantalonas.

São excelentes e o mercado da moda praia investiu e lançou calças lindas, tanto dá para usar na praia como em look depojado para outros momentos ( para quem usa calças)! Então não perca tempo....aproveite os seus dias de descanso e divirta-se bastante. яндекс

Espero tê-las ajudado.

Um grande beijo e a Paz do Senhor!

Pra. Vera Lùcia

 

 

Quarta, 03 Fevereiro 2016 20:54

VIVER EM PAZ

VIVER EM PAZ

“e ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser brando para com todos, apto para ensinar, paciente;” (2 Tm 2.24)

O apóstolo Paulo escreveu duas cartas a Timóteo, um de seus colaboradores mais próximo, e segundo os estudiosos, ambas as cartas foram escritas quando já se aproximava o martírio desse grande doutrinador do cristianismo (2 Tm 4.6). Consta que a primeira carta foi escrita nos idos de 64 d.C., e a segunda por volta de 67 d.C., e são conhecidas por cartas pastorais pelo conteúdo instrutivo que o apóstolo dedicou a Timóteo.

Praticamente todo o capítulo dois dessa segunda carta é uma aula sobre como deve o cristão se comportar para ser aprovado por Cristo. Escrita no século I de nossa era, essa epístola foi ao encontro de pessoas que enfrentavam grandes dilemas para sustentar a fé cristã. A igreja ainda estava em formação, haviam muitas perseguições tanto do império romano como dos judeus que tinham o cristianismo como inimigo. Este era o cenário daquela época.

Veja que a sociedade atual passa por momentos conturbados, a descrença cresce a olhos vistos, a prática de atos violentos nem é mais surpresa para ninguém, a perda de autoridade de maneira geral é gritante e nesse ambiente, conflitos de toda ordem reinam soberanamente. Todos conhecem alguma história onde alguém discutiu, desentendeu, brigou e num ato mais extremado, tirou a vida do próximo. Até mesmo nos ambientes familiares onde a paz deveria reinar, ela tem perdido espaço para as brigas.

Paulo ensina que o cristão deve fazer todo o possível para viver em paz com os demais, inclusive com os irmãos da igreja (Rm 12.18). Essa possibilidade de uma relação pessoal de paz decorre em conhecer, compreender e aprender que as pessoas são diferentes uma das outras e veja bem, sempre partindo de nós para os outros. Perceba que o apóstolo Paulo não se dirige ao outro da relação, mas a nós, que somos o destinatário de seu escrito. Ou seja, atente que a paz entre as pessoas não depende do outro, mas de nós.

A bíblia em si é cheia de ensinamentos mostrando que o cristão deve levar sua vida pautada em um comportamento tal que o torne referência para os demais (Ti 3.2). Perceba que os dias atuais são maus e a todo instante o diabo aparece com ofertas sutis, visando desviar o cristão dos caminhos retos (Ef 4.27). E uma das estratégias do inimigo é atrapalhar as relações pessoais, tanto as de âmbito familiar como os demais relacionamentos que mantemos com os vizinhos, com os colegas de trabalho e amigos.

Nos evangelhos há o registro de um momento de ira do Mestre no templo em Jerusalém. Observe que essa ira de Jesus foi decorrente da exploração daquele espaço por judeus inescrupulosos como ponto de exploração das pessoas (Jo 2.13-15), ou seja, o zelo pelo santuário do templo havia sido abandonado. Veja que esse momento de ira do Mestre era a perfeita e justa indignação de Deus e não pode ser comparada com a raiva do homem, notadamente essa raiva que a gente lê nas páginas policiais, sustentada pela vontade da carne.

Entenda que não devemos entristecer o Espírito Santo com comportamentos inapropriados (Ef 4.30). O coração do cristão deve ser um local de amor e de sentimentos bons, sem sinais de contendas, de maneira que o Espírito Santo encontre prazer em nele, fazer morada (1 Co 6.19).

Compreenda que Deus transforma e ensina seus filhos a terem uma vida de longanimidade, ou seja, uma vida que mesmo transitando nos limites da tolerância humana, seja repleta de paciência e amor ao próximo. Entenda que devemos imitar a Deus, que não falha e está sempre pronto a perdoar seus filhos (Ef 5.1). Saiba que Deus coloca as pessoas em nossa vida, tanto para uma oportunidade de crescimento espiritual como, evidentemente, para fazermos um bom teste de convivência cristã, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

 

Quarta, 27 Janeiro 2016 00:01

KAIRÓS

Kairós

“Quando o povo de Israel percebeu que Moisés tardava muito a voltar do alto do monte, juntou-se ao redor de Arão e exigiu-lhe: “Vamos, faze-nos deuses que vão à nossa frente, porque a esse Moisés, a esse homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu! ” (Êx 32.1)

O livro de êxodo trata da saída do povo de Israel das terras do Egito. Naquela nação, o povo israelita permaneceu por longos 430 anos e vivia pacificamente, inclusive se multiplicava e crescia, até que uma nova dinastia tomou o poder. Assumindo o poder, o novo faraó baixou três decretos que visavam acabar com os filhos de Israel e foi neste cenário, lutando pela vida, que nasceu Moisés.

O versículo que sustenta este texto está contextualizado num ato de impaciência do povo israelita. Tem-se que o Senhor determinou a Moisés que subisse ao monte Sinai (Ex 24.1), ficando o povo sob a responsabilidade de Arão. Acontece que Moisés demorou a voltar e o povo, sem paciência e certamente descrente nos projetos de Deus, incorreu em pecado ao fazer e adorar a imagem de um bezerro de ouro (Ex 32.4-6).

Perceba que vive-se nos dias atuais, uma teologia do imediatismo, onde prevalece a vontade da criatura em detrimento da soberania do Criador. Veja que as pessoas nem bem chegam a entrar na igreja, mas já determinam que as bênçãos de Deus lhe sejam concedidas rapidamente. E se as bênçãos não chegam no tempo exigido, entendem que é momento de procurar outro recurso. Isso resume a vida de muitos cristãos da atualidade.

Veja que em decorrência dessa procura por bênçãos imediatas, muitos estão se fragilizando espiritualmente e expondo perigosamente suas vidas, a ponto de se corromperem e não terem condições de sozinhos, lutarem em prol de suas próprias vidas. Sem paciência, os filhos de Israel cometeram um erro grave ao modelarem um deus conforme as suas conveniências, ajustando-o as suas próprias vontades, contrariando todo o conhecimento que possuíam do Deus que os tirara do Egito.

Mesmo no meio cristão, predomina um estilo de vida que contempla as vontades da carne. É fácil perceber isso quando muitos crentes demonstram grande impaciência com Deus, desejosos para receberem logo a sua benção. Não suportam esperar o agir de Deus e adotam soluções que brotam de suas próprias vontades.

Compreenda que Deus não se esqueceu das promessas que fez a Abraão. Quando ele recebeu a promessa de ser pai, estava com 75 anos (Gn 12.4), Sara sua mulher estava com 65 e somente veio a engravidar 25 anos depois (Gn 21.5) aos 90 anos, quando Abraão já estava com 100 anos (Gn 21.5). Entenda que a promessa de Deus foi efetivamente cumprida na vida de Abraão 25 anos depois. Hoje as pessoas oram pela manhã e querem suas bênçãos à tarde!

Deus também não se esqueceu de Zacarias quando este orou a Deus (Lc 1.13), clamando para ser pai, lembrando que sua mulher Isabel era de idade avançada (Lc 1.18). Saiba que o rei Herodes já havia executado Tiago (At 12.2) e o próximo seria o discípulo Pedro, que inclusive já estava preso. Deus também não se esqueceu dele na prisão (At 12.7), libertando-o antes que fosse executado.

Embora tenha respondido que foi enviado às ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt 15.24), Jesus não se esqueceu da mulher estrangeira (cananeia), que clamava pela libertação de sua filha endemoninhada (Mt 15.23).

Atente que nos exemplos acima, estes personagens não desistiram e nem tiveram ideias mirabolantes de criarem um deus para atenderem as suas particulares expectativas. Deus atendeu soberanamente a cada um no tempo certo. Para Abraão, a demora foi de anos, para Zacarias não se sabe o tempo que levou entre sua oração e o nascimento de João Batista, e acrescente a tudo isso que Isabel sua esposa era estéril (Lc 1.13). Para o discípulo Pedro, Deus atendeu na mesma noite e para a mulher cananeia, Deus atendeu no instante seguinte.

Compreenda uma coisa. A demora de Deus não significa que ELE te abandonou! Importante você entender o tempo de Deus, não mudar seus pensamentos e nem ficar impaciente. Aguarde com perseverança o agir de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

Terça, 19 Janeiro 2016 11:53

IDENTIDADE

IDENTIDADE

“...não posso andar com isto, pois não estou acostumado..”(1 Sm 17.39).

O primeiro e o segundo livro de Samuel constituíam um só livro, e acredita-se que pelo tamanho, eles foram divididos em duas partes. Seu autor  é desconhecido e o livro narra sobre a vida do profeta Samuel, sobre Saul e sobre os primeiros anos do reinado de Davi.

É perfeitamente visível nos dias atuais que as pessoas sigam nas redes sociais as celebridades, esportistas e outros famosos, imitando praticamente tudo aquilo que a dita celebridade faz. Se a celebridade usa um modelo de roupa, seus seguidores também querem usar, se a celebridade manifesta sua opinião sobre algum assunto, seus seguidores comungam o mesmo pensamento e nem se dão a pesquisar o assunto, tomando-o como verdade. É justamente essa influência que explica o motivo das propagandas comerciais terem sempre pessoas conhecidas e famosas expondo o produto ou a marca. É certeza de boas vendas e retorno financeiro garantido.

Tem-se que identidade é aquilo que permite uma pessoa ser reconhecida pelos demais. Por isso existem os nomes pessoais e junto a isso, há ainda as atitudes comportamentais que ajudam na identificação pessoal. Sem a identidade, não há como distinguir uma pessoa da outra, portanto, a identidade é fundamental para fazer essa diferenciação.

Veja que na história do povo de Israel, Davi se viu chamado para confrontar Golias, o gigante filisteu e Saul lhe passou sua armadura. Saul e Davi eram pessoas extremamente diferentes, começando pelo tamanho físico e terminando pela espiritualidade (1 Sm 16.7). A armadura não deu certo em Davi, daí ele manifestou que não poderia caminhar com aquela estrutura metálica, pois ela servia apenas a Saul (1 Sm 17.39).

Entenda que o mundo oferece milhões de ofertas, algumas tentadoras e outras nem tanto, mas todas essas ofertas mundanas retratam a identidade do mundo, ou seja, essas ofertas são próprias a quem é do mundo. O cristão convive neste sistema, mas não pertence a ele (1 Jo 2.15), e não pertencendo a ele, deve o cristão se abster de receber as influências carnais que o mundo oferta.

A armadura de Saul era própria para ser empregada por ele. Certamente foi confeccionada sob medida e o metal foi forjado para se adequar ao corpo de Saul, e isso evidencia que ela não poderia mesmo servir a Davi, cuja compleição física era diferente de Saul. Atente que os planos de Deus para seus filhos são únicos, singulares, exclusivos e bons (Jr 29.11). Aquilo que Deus prometeu a você, não será dado a outro!

Pode-se até mesmo imaginar que caso Davi tivesse usado a armadura de Saul, ele teria sido abatido pelo gigante filisteu, pois ela não somente o impediria de se locomover, mas não era própria a ele (1 Sm 17.39). Por outro lado, perceba que Davi era pastor e deveria lutar usando as mesmas armas que lhe deram as vitórias anteriores (1 Sm 17.34-35). Entenda que o cristão tem um comportamento que o identifica perante os demais e desta forma não precisa imitar, copiar e muito menos tomar nada emprestado de outrem.

Importante reconhecer que o cristão deve sim, se relacionar com as pessoas, ademais somos seres sociais que interagem uns com os outros, mas isso não implica que modelos de vida inadequados devam ser imitados e copiados pelo crente. Paulo em carta aos coríntios, ensinava que luz e trevas não combinam, advertindo aqueles irmãos que eles deveriam se abster de praticarem coisas que eram próprias de pessoas não fiéis a Cristo. Afirmava ainda o apóstolo Paulo que não existe nenhum consenso entre a justiça e a injustiça e que da mesma forma, não poderia haver harmonia entre o templo de Deus (1 Co 6.19) e as práticas mundanas dos moradores daquela cidade (2 Co 6.11-17). A aplicação este ensino se encaixa perfeitamente para os cristãos de hoje, tal a similaridade de comportamento da sociedade atual.

Compreenda ainda a necessidade de não radicalizar sua visão e se apartar das pessoas e viver uma vida de ermitão, mas entenda que se tem algo a imitar, imite Deus (Ef 5.1), se tem algo copiar e seguir, que seja Cristo (Jo 10.27). Afinal, Cristo é o autor da fé cristã (Hb 12.2) e nossa identidade é cristã, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira 

Quarta, 13 Janeiro 2016 12:12

LEGADO

LEGADO

“Acaso tu és maior do que nosso pai Jacó que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu e, bem assim, seus filhos e seu gado?” (Jo 4.12).

 

Este versículo está contextualizado no diálogo entre Jesus e uma mulher samaritana, cujo nome não é registrado, entretanto, mesmo se fosse identificada pelo nome, nada mudaria em ganhos espirituais o que esse encontro proporcionou. A conversa da mulher com Jesus, além de produzir mudanças comportamentais contrárias ao preconceito existente entre judeus e samaritanos, trouxe mudança de vida aos homens daquela localidade. Por meio daquela mulher eles conheceram Jesus e a salvação pela graça.

O versículo acima cita um poço, cisterna ou fonte de água potável, onde pessoas e os animais bebiam. Atente que para uma região com pouca água, uma fonte d’agua tem grande valor. Embora a bíblia não relate que foi Jacó quem construiu a fonte (Gn 29.4), há registros que Jacó teria adquirido terras onde este poço estava inserido (Gn 33.18-20), assim, muito provavelmente, ele tenha feito ou mandado fazer manutenções rotineiras nessa fonte, daí esse local passou a ser conhecido como poço de Jacó.

Perceba que passados centenas de anos, este manancial continuou a servir àquele povo, e nisso a mulher samaritana faz questão de deixar claro, como se fosse uma recordação ao mérito de quem fez algo no passado e que naqueles dias, ainda tinha serventia. Ela reconhecia e dava valor a obra de Jacó.

Percebe-se nos dias atuais não existir uma preocupação das pessoas em realizar algo no presente e que este feito possa ter algum proveito no futuro. Vive-se como se as coisas devessem ser construídas e consumidas rapidamente, sem se dar conta que outras pessoas no futuro possam ter algum proveito daquilo que foi realizado no passado. No ambiente político, as obras governamentais possuem uma vida útil muito pequena, considerando o valor gasto e o alcance social da obra, isso quando essas mesmas obras não ficam pela metade, ou quando anunciadas, nem saem do papel.

No âmbito pessoal e familiar, raro os pais que pensam em deixar algum legado aos filhos. Caráter, honestidade e honradez tem passado longe de qualquer preocupação paterna como exemplo a serem repassados aos herdeiros. Basta vermos as notícias policiais que retratam esta triste realidade. Veja que casamentos longos e duradouros são cada vez mais raros, e patrimônios familiares são dilapidados, permeados por brigas e até mesmo assassinatos são relatados num ambiente onde deveria reinar a paz.

Entenda que o poço de Jacó serviu e foi uma benção a muitas famílias de várias gerações, proveu o que beber a muitos animais e certamente que ainda hoje sacia a sede de quem dele se aproximar.  Veja que o nome e a obra permanecerão ativos na mente das pessoas, uma honra que perpetuará e será passada a gerações futuras.

Compreenda que se a fonte de Jacó foi benção a tantos, enquanto hoje em dia quase tudo é descartável, surge a indagação do que estamos realizando para sermos lembrados no futuro. Uns fazem casas e criam empresas, outros plantam árvores e escrevem livros e há aqueles que nada realizam. Compreenda que no futuro, alguém vai mencionar seu nome e, qual será o seu legado? O que fez para ser lembrado?

O poço de Jacó foi uma ferramenta e palco de transformações na vida dos moradores da cidade de Samaria (Jo 4.29-30), eles conheceram Jesus e puderam conhecer sobre a salvação e a vida eterna. Veja ainda que junto a este poço Jesus revelou uma das grandes verdades  cristã, “aquele que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede. Deveras, a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que jorre para a vida eterna” (Jo 4.14).

Portanto, veja o alcance dessa fonte para o cristianismo e da mesma maneira, compreenda sua necessidade em realizar boas obras, tanto as físicas como as espirituais, de modo que elas sejam úteis ao reino de Deus, sejam recordadas com mérito e possam ser instrumentos para muitos encontrarem Jesus. Compreenda a necessidade de realizar hoje, algo para ser lembrado no futuro, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

 

 

Quarta, 06 Janeiro 2016 23:38

TENTAÇÃO

TENTAÇÃO

Gn 3:1-7

Este bloco de versículos extraído do livro de Gênesis mostra a dinâmica de Satanás para concretizar na vida das pessoas, a realização do pecado por meio da desobediência. Na fundamentação deste texto, aborda-se o pecado de Eva e Adão e percebe-se de pronto que toda tentação é nada mais e nada menos que um convite à desobediência a vontade de Deus. Tiago ensina que resista ao diabo e ele fugirás de vós (Tg 4.7)

Gn 3.1 “A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos, que Yahweh Deus havia feito. E aconteceu que ela questionou com a mulher: Então foi isto mesmo que Deus falou: Vós não podeis comer nenhum dos frutos das árvores do jardim”? Satanás foi o primeiro intérprete da Bíblia e cometeu aquilo que os teólogos denominam de eixegese, ou seja, ele colocou suas palavras no texto sagrado, dando uma interpretação bíblica a favor de seus interesses. Ele distorceu e mudou o que Deus havia dito a Eva. Distorcer a Palavra de Deus é uma característica marcante de quem engana, de quem comete fraude, seduzindo as pessoas para afastarem-se de Deus (2 Co 11.13)

Gn 3.2 “Ao que declarou a mulher à serpente: Nós podemos comer dos frutos das árvores do jardim”. O grande problema do cristão em si é aceitar conversar com Satanás.  Com o inimigo não se fala, e nem dialoga, a distância que separa o fiel do diabo tem que ser entendida, compreendida e processada na mente do cristão. Eva deu a Satanás a oportunidade que ele precisava e astutamente ele se aproximou. Atente para isso e não dê chances ao Diabo!

Gn 3.3 “Mas do fruto da árvore que está no centro do jardim, Deus disse: Dele não comereis, nele não tocareis, para que não morrais! ”. Continuou um diálogo que não deveria ter sido estabelecido. Satanás muda as palavras de Deus, ensejando que Eva tivesse uma compreensão errada daquilo que Deus havia afirmado. Eva repete a palavra de Deus, mas muda para “não tocareis na árvore”. Deus havia dito que “dela não comerás” (Gn 2.17). Compreender bem o que Deus fala é de suma importância para não ser enganado e o engano acontece quando o cristão não está revestido pela Palavra de Deus (Ef 6.11).

Gn 3.4 “A serpente então alegou à mulher: Com toda a certeza não morrereis! ”. Satanás sutilmente engana Eva mais uma vez. Ele questiona a soberania de Deus e até sugere que, desobedecendo a Deus, nada acontecerá a Eva. O cristão necessita saber que a obediência a Deus é primordial na comunhão que temos com ELE, comunhão de Pai para filhos (Jo 1.12). Somos servos e como tal, devemos sujeitar e obedecê-lo. Creia que é praticamente impossível agradar a Deus sem obediência (Tg 4.7)

Gn 3.5 “Ora, Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão, e vós, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal! ”. Veja que a beleza, o glamour e o reconhecimento de saber todas as coisas, assim como Deus, derruba toda a racionalidade que Eva poderia ter naquele momento. Eva se sentiu encantada para num piscar de olhos, ser conhecedora do bem e do mal, assim como o Criador. Pode-se conjecturar que provavelmente, nesta etapa do diálogo, Satanás deu risadas quando os olhos de Eva brilharam de contentamento pelo fruto proibido. O crente deve esforçar-se para ter o discernimento e a sabedoria que vem do alto (Tg 3.17), a sabedoria que vem de Jesus (1 Co 1.30), a sabedoria da Palavra de Deus que nos torna sábios para a salvação (1 Tm 3.15). Compreenda que qualquer outra sabedoria é secundária quando comparada com os conhecimentos espirituais.

Gn 3.6“Quando a mulher observou que a árvore realmente parecia agradável ao paladar, muito atraente aos olhos e, além de tudo, desejável para dela se obter sagacidade, tomou do seu fruto, comeu-o e o deu a seu marido, que estava em sua companhia, e ele igualmente comeu”. Não bastou a Eva ser enganada, mas ainda levou Adão junto (1 Tm 2.14). Caiu e ainda propagandeou o pecado. Novamente pode-se conjecturar que Satanás sorriu novamente, numa só tacada arrastou dois. O cristão deve atentar que o inimigo manobra para criar situações que lhe sejam favoráveis. Eva foi tentada pelo forte desejo de conhecer o bem e o mal. Perceba que ela caiu por meio de sua própria cobiça (Tg 1.14).

Gn 3.7 “Então os olhos dos dois se abriram, e perceberam que estavam nus; em seguida entrelaçaram folhas de figueira e fizeram cintas para cobrir-se”. Entenda que cometido o pecado, a primeira coisa que o casal deveria fazer era a confissão e o arrependimento, mas o pecado sempre leva a pessoa a uma autossuficiência enganosa e acima de tudo, temporária. A pessoa entende que pode resolver tudo sozinho e que Deus não vai resolver nada. Grande engano! O apóstolo João ensina que temos um advogado junto ao pai (1 João 2.1). Buscar a Deus é a única solução para o pecador. Deus estende sua mão para socorrer e dar nova vida a todo aquele que clamar (Sl 121.2).

Compreenda e reconheça que a tentação ainda não é o pecado, mas ela pode te conduzir ao pecado. Fuja das tentações, amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Terça, 29 Dezembro 2015 23:05

BALANÇO

Balanço

“Foste pesado na balança e achado em falta. ” (Dn 5.27)

 

Daniel, o autor deste livro que leva o seu nome, esteve entre os judeus conduzidos cativos para a Babilônia por ocasião da primeira deportação, ocorrida nos idos de 606 A.C.  Consta que Daniel fazia parte da linhagem real ou descendia dos príncipes de Israel (Dn 1.3), tinha boa aparência física e devido essas características, ele e mais três colegas foram escolhidos para servir no palácio do rei Nabucodonosor. O mesmo rei que determinou a invasão e destruição de Judá, e consequentemente a condução dos judeus como prisioneiros para a Babilônia.

Mesmo vivendo num ambiente corrupto dentro do palácio real, Daniel se manteve fiel a Deus, permaneceu firme em suas convicções e enfrentou sérias crises com risco à sua vida, todavia, Deus o guardou contra todas as investidas do diabo.

Belsazar era o nome do rei que governava a Pérsia, era filho de Nabucodonosor e organizou uma grande festa no palácio. Os convidados comeram e beberam nos vasos sagrados que Nabucodonosor tinha tomado do templo em Jerusalém (2 Reis 24:10-14; Dn 1.1-2), e no decorrer da festa, apareceram uns dedos de mão que escreveram na parede algumas palavras. Nervoso, o rei Belsazar determinou que seus astrólogos e adivinhadores traduzissem o escrito. Eles não conseguiram, mas Daniel fez a tradução correta e deu uma triste notícia ao rei: “Foste pesado na balança e achado em falta. ” (Dn 5.27).

Saiba que ao final de cada ano, praticamente todos estabelecimentos comerciais e industriais fazem um procedimento conhecido por balanço geral. É o momento de contar as mercadorias em estoques, conferir o valor do patrimônio, apurar os ganhos e analisar as perdas, tudo relativo ao ano que termina. Cruzando todos estes dados é possível saber se a empresa está indo bem ou mal e assim adotar as providências necessárias.

Entenda que Belsazar, então rei da Pérsia, levava uma vida cheia de iniquidades e mesmo sabendo o que Deus havia feito na vida de seu antecessor Nabucodonosor (Dn 4.25), em nenhum momento demonstrou qualquer mudança de comportamento no sentido de humilhar o seu coração e reconhecer a soberania de Deus (Dn 5.22). Por meio do profeta Daniel, o rei Belsazar foi comunicado que Deus teria passado sua vida em balanço e ele, o rei, foi achado em falta. Era hora de prestar contas a Deus e não houve jeito de rever tudo aquilo de errado que o rei cometera. Se para Nabucodonosor houve uma oportunidade (Dn 4.27), para Belsazar era o fim da linha (Dn 5.30).

Compreenda a necessidade de hoje, final do ano 2015, de também fazer um balanço espiritual de sua vida. Rever principalmente sua relação com Cristo, analisar sua intimidade com ELE, buscar na memória tudo o que realizou em termos de amor ao próximo e principalmente de amor a Deus. É o momento de analisar tudo aquilo que fez em termos de prática dos ensinamentos de Cristo e conferir da mesma forma, o que deixou de realizar, quando priorizou as vontades pessoais em detrimento das coisas espirituais.

Reconheça que o tempo nos dias atuais é um bem muito precioso, mas permita a você mesmo fazer uma pausa para analisar sua comunhão com seus familiares, seus vizinhos, seus colegas e amigos, seu cônjuge, enfim, com todas as pessoas que lhe são próximas e principalmente sua comunhão com Deus. Veja de maneira crítica como anda sua fé em Cristo (Hb 11.1), sua perseverança nas promessas de vida eterna (Ap 3.11) e sua prática das doutrinas cristãs.

Observe que o pensamento do salmista era para Deus sondar e analisar o seu coração, examinar e avaliar suas inquietações de maneira a encontrar sentimentos ruins que fossem arrancados, pois somente desta forma, o Senhor o guiaria pelo caminho da vida eterna (Sl 139.23-24). Compreenda que a humanidade, sem exceção, será julgada diante do Criador, quer seja grande, pequeno, rico ou pobre (Ap 20.12), e eventuais correções de rumo na condução da vida somente podem ser feitas aqui na terra, enquanto estamos vivos. Entenda bem que todos enfrentarão o julgamento pelo que fizeram ou deixaram de fazer em vida (Mt 16.27).

Reconheça a importância de hoje, final de 2015, de fazer o seu balanço espiritual e efetuar os ajustes necessários para que no grande dia, Jesus lhe diga que você foi um servo bom e fiel, e por isso lhe convidar a entrar no seu reino e ser participante de toda aquela alegria (Mt 25.21), amém?

Jesus Cristo filho de Deus os abençoe!

 

Milton Marques de Oliveira

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