Milton Marques de Oliveira - Comunidade Evangelística Ouvindo o Clamor das Nações
Milton Marques de Oliveira

Milton Marques de Oliveira

Segunda, 01 Agosto 2016 16:13

31/07/2016 - Culto de Adoração

Quarta, 27 Julho 2016 12:20

HARMONIA

HARMONIA

“Se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens”. (Rm 12.18)

O apóstolo Paulo foi o autor da carta aos Romanos, aliás, tem-se que o escriba foi Tércio (Rm 16.22), tendo Paulo certamente ditado todos os dizeres da epístola. Nesta carta, Paulo manifesta ser o enviado de Deus aos gentios (Rm 1.5), e embora nunca tenha estado em Roma antes de escrever esta epístola, deixa claro aos irmãos daquela comunidade cristã que a salvação de Deus é também para os gentios ((Rm 3.29). Ensina ainda que não há distinção por parte de Deus entre as nacionalidades, quer judeu ou grego no que diz respeito à fé. Ou seja, Paulo proclama que a salvação é de âmbito universal e não estava restrita somente aos judeus.

Não há registros de quem tenha sido o fundador da comunidade cristã em Roma quando Paulo escreveu esta carta, todavia, pode-se imaginar que no século I, quando os primeiros cristãos sofreram grande perseguição política do Império Romano e dos judaístas, certamente que pela dispersão alguns chegaram até a capital da Itália. Era, portanto, perfeitamente aceitável que devido as perseguições eles alimentassem mágoas e ressentimentos contra seus desafetos e é nisso que Paulo aborda aqueles irmãos para envidarem esforços em busca da paz.

Reconheça que todos os dias somos informados sobre fatos que acontecem nos bairros, nas cidades, noutros estados e inclusive no mundo. Notícias é que não faltam. Sobre tudo existem notícias, ora boas e ora más notícias e justamente sobre as más notícias, percebe-se a limitação humana, notadamente quando elas são de guerras, desavenças, brigas e mortes.

“Tende paz com todos os homens” é que ensina o apóstolo Paulo, no bloco de ideias sobre o relacionamento do cristão com outras pessoas (Rm 12.17-21). Compreenda que embora a pessoa seja cristã, embora participe das atividades de culto nos templos, louvando e adorando a Deus, ela não é perfeita. Essa limitação da perfeição atinge a todos, indistintamente. Do pastor ao mais novo convertido, todos são falhos, imperfeitos e essa limitação humana reside justamente no coração do homem.

Entenda que nenhum livro ou carta contida na Bíblia afirma que o homem é perfeito. Essa imperfeição que ele carrega dentro de si atinge o seu relacionamento com Deus, com outras pessoas e evidentemente com ele mesmo. Neste contexto, Paulo dá ênfase na frase “quanto depender de vós”, ou seja, Paulo não ensina que quem deve procurar pela paz é o outro, mas que quem deve procurar pela vida em harmonia somos nós. Pense nisso!

O entendimento do versículo nos leva a enxergar o nosso relacionamento, tanto com Deus como com as demais pessoas, sob a ótica da nossa imperfeição e não sob a deficiência do outro. Enxergar nossa deformidade como obstáculo ao exercício da paz já aumenta consideravelmente as chances de melhorias nas relações sociais com outras pessoas. Se naquelas épocas onde os cristãos eram perseguidos e até mortos, já eram ventilados pensamentos de retaliação, ou seja, de pagar o mal com o mal, Paulo os adverte que não era caso de assim pensar, pois o mal deveria ser vencido com o bem (Rm 12.19-21). Ademais entenda que se a retaliação fosse a solução dos conflitos, o que devia pensar o próprio Paulo que tanto sofreu em termos de açoites e prisões? (2 Co 11.23-25)

Compreenda que são as imperfeições pessoais os maiores impeditivos para o alcance da paz e da harmonia, e justamente por uma paz que as pessoas não conseguem entender (Fp 4.7). Orgulho, desejo de vingança, vaidade, ira, cobiça, egoísmo e falta de perdão são umas dentre as numerosas deformidades que habitam em corações amargurados.

Saiba que são exatamente elas que atuam impedindo qualquer aproximação na busca pelo entendimento, em qualquer nível. Não esqueça que essas deficiências se posicionam no extremo oposto das características do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22).  “Tende paz com todos os homens”.  A paz não depende do outro, mas de nós, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 25 Julho 2016 15:57

24/07/2016 - Culto de Adoração

Quarta, 20 Julho 2016 12:02

CONVOCAÇÃO

CONVOCAÇÃO

5 Antes que eu te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre te santifiquei; às nações te dei por profeta.  6 então disse eu: Ah, Senhor Deus! Eis que não sei falar; porque sou um menino.  7 Mas o Senhor me respondeu: Não digas: Eu sou um menino; porque a todos a quem eu te enviar, irás; e tudo quanto te mandar dirás.  (Jr 1.5-7)

 

 

Jeremias, o autor deste livro que leva o seu próprio nome, é também conhecido como o profeta chorão. De tanto ver a desobediência e as práticas idólatras do povo judeu contra o Senhor Deus, o profeta se derramou em lágrimas, percebendo que mesmo denunciando o pecado e chamando seus compatriotas ao arrependimento, a destruição do templo, mortes e o cativeiro eram mesmo inevitáveis.  Era a justa retribuição de Deus diante da posição do povo.

Em decorrência da rebeldia da população e por Jeremias expor e condenar as práticas pecaminosos das pessoas, ele angustiou-se, certamente que irritou muita gente, foi odiado, perseguido e até mesmo conspiraram para matá-lo, todavia, Deus o protegeu e o sustentou (Jr 11.18-23).

Atualmente percebe-se um crescente de pessoas que se sentem incapazes para realizar qualquer coisa. Quase sempre são encontradas pessoas desanimadas, sem coragem e sem forças para empreender até mesmo pequenas atividades domésticas. Respondem que não conseguem sem ao menos dar o pontapé inicial e diante de tudo isso, se enxergam inferiores ás demais pessoas. A essa situação a psicologia dá o nome de síndrome de inferioridade.

Saiba que Jeremias, ao ser chamado por Deus também se manifestou incapaz, alegando ser jovem, ainda um menino e, portanto, incapaz de levar a Palavra de Deus àquele povo rebelde e que caminhava para longe dos caminhos do Senhor. Veja que Deus o chamou, ou seja, Deus não o convidou ou mesmo sugeriu que Jeremias fosse levar sua mensagem. Houve uma convocação e este chamado de Deus era impositivo, uma ordem. E Deus complementa a intimação afirmando que antes que Jeremias fosse formado no ventre de sua mãe, ELE já o conhecia, que não temesse, afinal era Deus, o criador do universo quem convocava (Jr 1.8). Reflita!

Lembre-se que Moisés, ao receber a missão para conduzir o povo do Egito à terra de Canaã, alegou que não tinha eloquência para falar com o faraó e nem é preciso dizer o final desta história (Gn 5.10). Da mesma maneira, precedendo o dilúvio, Noé recebeu a missão de construir a arca e nela colocar um exemplar de cada animal. Saiba que não há registros bíblicos de que Noé tivesse conhecimento de engenharia naval ou mesmo noções de aerodinâmica e cálculos complexos para a arca navegar (Gn 6.14-16). Deus o habilitou para missão! Da mesma forma, Gideão foi chamado por Deus para lutar pelo seu povo e de maneira quase idêntica a Jeremias, ele alegou ser de família pobre e que era o menor na casa de seu pai (Jz 6.11). Exceto Noé que nada disse e apenas obedeceu a ordem de Deus, Moisés e Gideão apresentaram argumentos demonstrando serem incapazes para a missão divina, todavia, aceitaram a convocação e o mesmo Deus que fez o chamado, não os abandonou. Saiba disso!

Ao se intitular inferior ás demais, a pessoa passa a caminhar à margem de tudo aquilo que Deus planejou para sua vida, rejeitando não só o agir de Deus em sua existência, mas dando oportunidade ao diabo de roubar seus sonhos e colocar dúvidas no poder transformador de Jesus. E isso tem se tornado frequente a ponto de as pessoas fazerem comparações entre si, causando desarmonias, inclusive no meio evangélico.

Compreenda que Deus não fez ninguém superior e nem inferior a ninguém! Mas Deus fez cada pessoa de maneira singular, diferente e aos olhos de Deus, pessoas altamente capacitadas para realizar tudo aquilo que ELE planejou para suas vidas (Jr 29.11).

Reconheça hoje a necessidade de sair desta imobilidade, de se libertar das amarras criadas em sua mente lhe dizendo que você é inferior e incapaz. Aprenda a confiar em Deus e assim como Moisés, Noé, Gideão e tantos outros personagens bíblicos, aceite a convocação de Deus, seja forte e não desanime, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 13 Julho 2016 10:50

CONFIANÇA

Confiança

“... senti que era necessário, antes de tudo, encorajar-vos a batalhar, dedicadamente, pela fé ...” (Jd 1.3)

O autor desta carta foi Judas irmão de Tiago e, obviamente, irmão de Jesus por parte da mãe. No começo do ministério de Jesus, Judas como todos os demais familiares de Jesus não lhe acreditaram, todavia, após a morte e ressurreição do Mestre, certamente que passaram a crer no Messias que veio para salvar e buscar a todos, inclusive seus familiares (Jo 7.55).

A carta de Judas está contextualizada no século I, onde as perseguições aos cristãos eram ferrenhas. De um lado o Império Romano que controlava grandes extensões de terra e impunha que os cristãos adorassem o imperador romano com um deus. De outro lado haviam os falsos cristãos que se introduziram nas igrejas e passavam a mesclar os ensinos sobre a doutrina cristã da salvação com as obras da lei mosaica e desta maneira, enganavam a muitos, fazendo com que se enfraquecessem na fé (Jd 1.4).

Embora deixe transparecer que escreveria sobre a salvação, Judas rapidamente mudou o teor da carta (Jd 1.3). Prevendo que falsos cristãos dentro daquela comunidade poderiam afastar os membros da crença em Cristo, ele conclama aos novos convertidos a pelejarem aplicadamente na fé cristã. Percebe-se que eram justamente estes enganadores o que mais lhe preocupava, levando-o, obviamente, a chamar e despertar os crentes para travar uma luta árdua pela fé (Jd 1.4).

Recentemente foi publicado na mídia um anúncio sobre a venda de uma igreja evangélica no sul do país. Quando as pessoas concluem que já viram de tudo nesta vida, surge mesmo algo surpreendente! O anunciante dava informações quanto a localização e o número de fiéis, além de citar os móveis que entrariam no “negócio”. Sem dúvidas, é o que se pode chamar de mercado da fé.

Perceba que dos problemas que afligiam a igreja do século I para os dias de hoje, somente mudou a geografia, principalmente quando se analisa a presença de pessoas que promovem o engano e a fraude. Existiam enganadores naquela época e existem enganadores nos dias atuais. Saiba disso!

A cada dia os crentes são despertados a lutarem pela fé, a permaneceram fiéis na doutrina cristã e acima de tudo a depositarem sua confiança somente em Deus e em suas promessas (Nm 23.19), mesmo quando fatos como o da venda de uma igreja atingem em cheio o coração de todos os crentes em Cristo.

“Porque se introduziram furtivamente certos homens...” (Jd 1.4). Pode-se conjecturar que Judas até sabia os nomes dos enganadores que semeavam ensinos heréticos e ludibriavam os irmãos, todavia, sabiamente os deixou no anonimato sem dar-lhes a oportunidade de, identificando-os, eles chamarem mais atenção para si (Jd 1.8, 10, 12, 16, 19).  Judas não citou nomes, mas esbanjou nas características para identificar cada um. São murmuradores, queixosos, andam conforme seus desejos carnais, de cuja boca falam com arrogância e são extremamente interesseiros (Jd 1.16). Ao final, Judas arremata afirmando que são rebeldes como os israelitas do Êxodo e imorais como os habitantes de Sodoma e Gomorra (Jd 1.5, 7). Reflita isso!       

Não se sabe se a igreja citada aqui foi mesmo vendida, mas imagine o que se passou na mente de seus membros, que de um momento para outro se viram como mercadorias, produtos à venda! Compreenda que o simples anuncio de vender uma igreja, mesmo que ela não tenha sido concretizada, já configura a presença de homens dentro das igrejas que atuam comercializando a fé, que enganam, que trapaceiam e que transformam a misericórdia de Deus em negócio. Pense nisso!

O outro lado desta situação é a falta de conhecimento das Sagradas Escrituras que levam muitos a depositarem sua confiança em qualquer doutrina humana (Os 4.6; Mt 15.9).  Mesmo no ministério terreno de Jesus, muitas pessoas não confessavam a fé em Cristo, e o motivo daquela época ainda perdura nos dias de hoje, ou seja: “porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus. ” (Jo 12.43). Cristo, predisse que apareceriam adversários para corromper os cristãos e que o diabo colocaria o joio entre as sementes, isto é, cristãos dissimulados entre os seus seguidores (Mt 13.24-30). Lembre-se disso!

Entenda que embora todas essas notícias negativas sobre o mundo evangélico sejam aproveitadas pelos incrédulos para menosprezar e diminuir o reino de Deus, o mesmo Judas que fez a advertência contra os falsários, também ensina que a solução para este enfrentamento é simplesmente se conservarem no amor de Deus, lembrando sempre sobre os recursos infinitos de Deus (Jd 1.21).

Saiba que Deus concedeu ao homem a possibilidade de tomar suas próprias decisões e reconheça ainda que sempre existirão enganadores, todavia, Jesus é o único que tem autoridade e poder para nos guardar de tropeçarmos nesta vida. Compreenda que confiança só em Jesus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Quarta, 06 Julho 2016 12:30

A VERDADE

A VERDADE

“Guia-me com a tua verdade e ensina-me, pois tu és Deus, meu Salvador, e a minha esperança está em ti o tempo todo”. (Sl 25.5)

Não se pode negar que nos últimos anos, o mundo sofreu muitas transformações. Certo que houve mudanças nas áreas da saúde, da educação, dos transportes e principalmente nas relações sociais. Muitas dessas transformações são de grande envergadura e chegam mesmo a assustar as pessoas, que perplexas, dizem não acreditar no que estão presenciando, tal a quantidade de alterações em muitos conceitos que outrora eram imutáveis.

Para muitos, até pouco tempo atrás antes dessas transformações na sociedade, havia um padrão de comportamento que atuava como verdade e que ficava no centro das coisas, e era esse padrão que prevalecia sobre as todas as demais. Não estava escrito, mas todos conheciam o que era certo, o que era errado e nem precisava ter título de doutor ou ser altamente intelectualizado para conhecer as diferenças.

Meses atrás foi publicado com estardalhaço em diversos noticiários, que hackers teriam invadido e divulgado nomes e contas de usuários de um site americano que promove encontros de pessoas casadas! Com os dados divulgados, soube-se depois de muitos casamentos que se desfizeram e de um policial que cometeu autoextermínio no Canadá.

Saiba que se outrora o adultério era condenado pela sociedade, inclusive criminalizado pela norma brasileira, hoje, modernamente, é estimulado e até incentivado pelas tecnologias que vieram junto com as transformações da sociedade. Houve uma mudança no padrão comportamental das pessoas e essa modernidade e todo conceito moral sobre a verdadeira essência da fidelidade, virou algo relativo onde cada um pronuncia a sua própria verdade.

Entenda que muitos conceitos modernos enaltecem e valorizam sobremaneira os desejos e as necessidades pessoais, em detrimento da busca pelas características do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22). Neste contexto, perceba que nos dias atuais conceitos modernos trazem uma abordagem onde as regras e normas de comportamento tidas como imutáveis, são relegadas a um segundo plano. Neste ambiente que em muito se assemelha a uma areia movediça, encontra-se o cristão que trava uma luta diária entre a carne e o espírito, e o crente somente vence esta batalha, quando fortalecido e sustentado pela verdade contida na Palavra de Deus (Gl 5.17). Reflita isso!

Perceba que nos conceitos da modernidade, tudo é relativo e subjetivo. A verdade se transformou numa colcha de retalhos, formando evidentemente algo de difícil compreensão. Hoje as pessoas são encorajadas a formar sua verdade e criar suas próprias normas e regras, independente do que pensa o outro ou se sua atitude vai trazer embaraços a outrem, contradizendo os princípios bíblicos (Jo 17.17).

Quando a notícia do vazamento de contas do site de encontros foi divulgada, os usuários podem ter pensado em responsabilizar o dono da agência, em impedir a divulgação ou negarem o fato, todavia, Paulo escreveu aos Gálatas, ensinando-os que tudo aquilo que o homem semear, isso também colherá (Gl 6.22-23). Ou seja, o pecado tem o poder de matematicamente potencializar o próprio pecado! Pense nisso!

Lembre-se que as Sagradas Escrituras fornecem uma base moral de princípios sobre como se conduzir na vida. Em nenhum momento, deve o cristão ficar fora dos avanços que a modernidade trás, pelo contrário, a modernidade trouxe coisas formidáveis no campo da saúde, educação, das finanças e transporte, por exemplo. No campo de comunicações nem se fala como o mundo de hoje é infinitamente melhor que outrora.

Entretanto, reconheça que o grande gargalo da modernidade está no campo da moral. Raros os avanços registrados quando o conceito de moral é posto em prova, todavia, cabe ao crente se aproximar dos princípios e regras morais extraídas da Palavra de Deus (Ef 4.17-20). Permita ser conduzido pelo Espírito Santo, reconhecendo que o caráter de Deus e sua santidade, requerem a busca constante pela maturidade e santidade cristã.

O apóstolo Paulo em carta aos Romanos assim se manifestou: “E não vos amoldeis ao sistema deste mundo, mas sede transformados pela renovação das vossas mentes, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus ” (Rm 12.2). É certo que ocorrerão muitas outras transformações e que elas sejam mesmo boas, agradáveis, perfeitas à sociedade e quanto aos crentes em Jesus, que a cada dia busquemos nos tornar bons, agradáveis e perfeitos aos olhos de Deus, amém?

Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!

 

Milton Marques de Oliveira - Pr

Segunda, 04 Julho 2016 13:56

03/07/2016 - CULTO DE ADORAÇÃO

Quarta, 29 Junho 2016 12:24

SOCORRO

SOCORRO

 

“Naquele dia, quando já era tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado...” (Mc 4.35)

 

Marcos, escritor desse evangelho, não foi discípulo de Jesus, mas ele apresentou o Mestre aos gentios romanos como um servo que veio para servir, ou seja, um servo em efetiva ação. O versículo acima está dentro do contexto em que Jesus, após ensinar a multidão por meio de parábolas e sendo já tarde, despediu-se dela e entrou em um barco com seus discípulos para irem para o outro lado do mar (Mc 4.31). O destino era a província dos gadarenos (Mc 5.1).

Saiba que dentre os discípulos, Pedro, seu irmão André, João e seu irmão Tiago, eram pescadores (Mt 4.18-21) e isso implica que além de conhecerem o local para onde iam velejar, eram capacitados e experientes o bastante para navegarem até o outro lado do mar. Pode-se imaginar que para os discípulos seria uma viagem tranquila, conheciam aquelas águas como ninguém e rapidamente chegariam a outra margem.

Lembre-se que enquanto Jesus dormia no barco, um grande temporal se formou e a embarcação somente não naufragou pela imediata intervenção do Mestre, que acordado pelos gritos desesperados dos discípulos, acalmou a tempestade e a viagem transcorreu sem problemas.

Passemos para o outro lado”, foi o que disse Jesus. A angústia dos discípulos somente aconteceu pela falta de entendimento do que disse Jesus momentos antes de entrar no barco. Noutras palavras, ELE disse “nós vamos embarcar, atravessar o mar e chegaremos ao outro lado”. Jesus não disse que eles iriam navegar até a metade do trecho e quando a tempestade se formasse, eles retornariam. Jesus que iriam passar para o outro lado!

Compreenda que mesmo para pessoas crentes e perseverantes na fé cristã, a falta de compreensão daquilo que Deus fala, tem gerado angustias, aflições e muitas preocupações justamente pela falta de entendimento. Muitas das vezes, as pessoas não conseguem processar corretamente o que foi falado, e nas lidas diárias isso acontece com frequência. Grande parte dos momentos angustiosos vividos pelos cristãos de hoje, são ocasionados pelas incompreensões e por não processarem corretamente a Palavra de Deus. Deus fala uma coisa, a pessoa entende outra e num segundo instala-se o caos, para logo a seguir emendar uma série de murmurações. Reflita nisso!

As dificuldades que os discípulos enfrentavam era de ordem física, todavia muitas pessoas, conhecidas pela experiência, sábias e capacitadas, num momento qualquer podem enfrentar outros tipos de problemas, como desordens psicológicas, crises financeiras e familiares. Muitos navegam na vida baseados em sua autossuficiência, sustentados em suas próprias forças e quando as adversidades se formam, o medo e desespero tomam conta. Assim como os discípulos, é neste momento em que devem abrir sua boca e gritar pelo socorro de Jesus. Não importa o tipo e nem a intensidade da tempestade que você está enfrentando, clame por Jesus. Creia nisso!

Reconheça que naquela época não haviam estudos e nem tecnologia sobre previsão do tempo e, exceto Cristo, a tempestade pegou a todos de surpresa. Somente foram salvos de um naufrágio pela imediata intervenção de Jesus. Entenda que a vida em si é um risco a todo instante, enfermidades, angústias, aflições, calamidades, mortes e problemas familiares são “tempestades” que podem surpreender a qualquer um. Pode até serem anunciadas, mas são imprevisíveis quanto a dia e hora!

Embora os discípulos tenham gritado e clamado a Jesus por socorro, importante saber que com Jesus não há necessidade de desespero. Os problemas se tornam diminutos e ELE não só acalma a tempestade como nada escapa de seu controle. Com Cristo em sua vida, as coisas são diferentes e ELE jamais te deixará só (Jo 6.37). Creia nisso!

Lembre-se da mulher sunamita, que mesmo com o filho morto, quando indagada como estava sua família, respondeu ao profeta Eliseu que “vai tudo bem” (2 Rs 4.26). Ela confiava em Deus e Deus trouxe seu filho de volta! Nos dias maus, nas aflições e nas tempestades espirituais que se abatem sobre sua vida, é mais que oportunidade para aperfeiçoar a fé em Cristo, o único que tem pleno domínio sobre tudo, inclusive sobre as forças da natureza.

“O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra ” (Sl 121.2). Quando as lutas, as turbulências e toda sorte de tempestades se aproximar, grite por Jesus e ELE te socorrerá, amém?

Jesus Cristo, filho de Deus os abençoe, sempre!

 

                                             Milton Marques de Oliveira - Pr

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