Milton Marques de Oliveira
21/05/2016 - CULTO DE VIGÍLIA
CEGUEIRA
CEGUEIRA
“E orou Eliseu, e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.” (2 Rs 6.17)
Extraído do segundo livro de Reis, este versículo está contextualizado no episódio de uma batalha entre a Síria e Israel (2 Rs 6.1-23). Tem-se que o rei da Síria se queixou a seus servos que seus planos de ataque estavam sendo repassados a Israel e posteriormente ele teve conhecimento que era o profeta Eliseu quem fazia saber ao rei de Israel sobre seus planos de ataque.
Diante desta descoberta, o rei sírio resolveu atacar a cidade de Dotã, justamente onde estava o profeta e prendê-lo, entretanto, um rapaz certamente um discípulo do profeta, assustou-se ao avistar o exército sírio que estava pronto para atacar. Nisso, o profeta orou a Deus pedindo que os olhos daquele rapaz fossem abertos e ele pudesse contemplar as maravilhas que só Deus pode proporcionar (2 Rs 6.17), uma vez que o rapaz enxergava somente o exército inimigo.
Veja que este rapaz não é nominado pelo autor do livro, mas como discípulo do profeta, ele estava mais que familiarizado com o agir de Deus na vida de Eliseu. Quando o exército sírio cercou a cidade, o rapaz não conseguia ver que o lugar onde se encontravam estava protegido pelo Senhor que mandou cavalos e carros de fogo para proteger o profeta Eliseu.
Saiba que assim com este rapaz, existem pessoas sem entendimento de espírito, cegas espiritualmente, conduzidas que foram a este estado por tradições familiares, por religiosidade e até mesmo fundamentadas em fortes crenças pessoais. Outros estão sem entendimento espiritual em razão de terem sido convencidos por outras pessoas, justamente não terem o conhecimento suficiente das Sagradas Escrituras para contraditar ensinos equivocados (Os 4.6). Reflita nisso!
Reconheça que as pessoas cegas fisicamente levam uma vida com muitas restrições. Uma simples caminhada por calçadas irregulares se torna um perigo, e realizar tarefas mais complexas como fazer compras ou mesmo andar de ônibus é um verdadeiro suplício. Embora deficientes, elas podem levam uma vida com menos desconforto em virtude da criação e do emprego de diversas tecnologias que amenizam seu sofrimento.
Mas e quanto aos cegos de espírito? Para estes a única tecnologia existente é Jesus! Creia nisso!
Somente Cristo pode abrir os olhos de quem está cego espiritualmente e não consegue enxergar as maravilhas que só ELE pode fazer. Veja que depois de abertos os olhos, aquele rapaz não somente viu que o profeta Eliseu estava fora de perigo, como teve a oportunidade de contemplar o agir de Deus.
Percebe-se nos dias atuais que muitos crentes em Jesus estão cegos de espírito. Congregando em templos, ouvindo a Palavra e participando de todas as atividades no culto a Deus, eles não desejam, não deixam transparecer e nem querem que seus olhos sejam abertos. Ainda preferem viver a vida tal como ela se apresenta, ou seja, desejam viver sem a luz de Cristo, priorizando as vontades pessoais e correndo sérios riscos de não vivenciarem as promessas de Deus em suas vidas.
Lembre-se da cura do cego Bartimeu (Mc 10.46-52). Muitos tentaram impedir que seus olhos fossem abertos, mas ele não se deu por vencido e conseguiu sair daquela inércia que o prendia a uma vida miserável. Esta mesma inércia ainda hoje opera nas mentes dos cegos de espírito, impedindo-os de conhecerem plenamente a liberdade que somente Jesus pode proporcionar (Gl 5.1). O cego Bartimeu venceu uma multidão que tentou impedi-lo. E você, o que vencerá? Medite nisso!
O apóstolo Paulo foi enviado "para lhes abrir os olhos e convertê-los das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus” (At 26.18), ou seja, desde aquela época Deus deseja abrir os olhos das pessoas e atrai-las para si. Não seja resistente ao agir de Deus, permita ao Espírito Santo abrir seus olhos, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
14/05/2016 - Culto Infantil com as crianças da Vila dos Pescadores
GPS
GPS
“Há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele conduz à morte”. (Pv 14.12)
Salomão, filho de Davi foi o autor do livro de Provérbios e nele estão registrados diversos ditados curtos, que ora contrastando ou comparando, mostram verdades importantes, inclusive para os dias de hoje. O livro de Provérbios abrange uma grande variedade de situações, abordando a família, a generosidade, as finanças, as relações comerciais, a honestidade e outras situações. Embora escrito há milhares de anos o livro de Provérbios nunca deixa de ser atual, enfim, é um livro de onde se pode retirar diversas lições.
Tempos atrás foi veiculado em toda a mídia brasileira, o episódio de um casal que saiu de carro à noite para comer uma pizza e usando um aparelho de GPS, acabaram entrando numa favela. Confundidos por marginais daquela localidade o casal foi baleado e a mulher faleceu. Estavam num “caminho” que pensavam estar correto. Um final triste e lamentável por um erro de percurso, cujo resultado foi a perca de uma vida.
Compreenda que todos os dias, as pessoas saem de suas casas e vão ao trabalho, vão ao supermercado, vão à escola e retornam aos seus lares, todavia, para estes destinos podem haver várias opções de ruas e avenidas conforme as escolhas. Veja que a todo instante as pessoas são levadas a tomarem decisões. A todo o momento as pessoas são colocadas diante de propostas, de conselhos, de opções e principalmente de atalhos. Perceba que para cada opção, existe a necessidade de uma decisão sobre qual o caminho a seguir e qual opção escolher. O desejo de todos é que este caminho escolhido os conduza ao lugar certo. No caso que ilustra este texto, verificou-se mais tarde que o casal confiou numa ferramenta que os levou a uma rua com o mesmo nome da rua pretendida. Parecia certo, mas infelizmente não era.
“Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (Jo 14.6), foi a resposta de Jesus a Tomé, que dizia não saber o caminho para onde o Mestre afirmava ir. Era uma resposta simples para uma pergunta relativamente simples, todavia de grande alcance. Jesus falava do caminho que conduz ao céu e assim, bastava segui-lo, sem desviar e sem enveredar por caminhos alternativos ou por atalhos.
Perceba que na atualidade existe uma grande preocupação das pessoas em saber qual o caminho a seguir quando se trata de vida eterna. Tiago, irmão de Jesus, ao falar sobre a vida física, a compara como uma neblina que da mesma maneira que aparece, vai embora (Tg 4.14), ou seja, Tiago ensinava sobre a brevidade da existência humana e da urgência em tomar uma decisão que vai valer para a eternidade.
Compreenda hoje, a importância de trilhar por caminhos certos que também conduzam a lugares certos. Ao decidirem o que fazer e como fazer, as pessoas assumem responsabilidade futuras que muitas das vezes não mais poderão ser corrigidas. Algumas estradas da vida não possuem retorno e são mesmo ruas sem saída. Jesus ensinou que o destino na eternidade de cada pessoa é resolvido nesta vida, ou seja, o caminho a seguir para a vida eterna deve ser tomado em vida (Lc 16.29), sob pena de não ser reconhecido pelo Mestre (Mt 7.21).
“Bom e reto é o Senhor. Ele ensina o caminho aos pecadores” (Sl 25.8). Saiba que muitos tomam decisões de trilhar por caminhos largos e espaçosos que parecem certos, principalmente quando se percebe que nele estão caminhando as multidões, todavia, o caminho para vida eterna está somente em Jesus. Tenha Jesus como seu GPS e seu guia. ELE é o caminho e não um caminho, amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre.
Milton Marques de Oliveira - Pr
07/05/2016 - Culto de Adoração e Celebração da Santa Ceia
PREPARE-SE
PREPARE-SE
“O Senhor não retarda a sua promessa..” (2 Pe 3.9)
Este versículo foi extraído da carta escrita pelo discípulo Pedro. Ela foi escrita aos judeus novos convertidos ao cristianismo (1 Pe 1.1), que se dispersaram devido a perseguição tanto pelo Império Romano como pelos seus compatriotas judeus, insatisfeitos com o crescimento dos seguidores de Cristo. Essa carta tinha como foco manter os irmãos ainda novos na fé cristã, firmes e perseverantes, mesmo quando enfrentassem os sofrimentos por serem cristãos. Nesta carta Pedro também registra uma advertência quanto as heresias na doutrina cristã, notadamente por pessoas que estavam dentro da igreja (2 Pe 2.1).
O contexto do versículo acima, fala sobre a segunda vinda de Jesus e tem sido comum nos dias atuais, uma grande incredulidade sobre a volta de Jesus. Mesmo para pessoas cristãs, embora creem nas palavras do Mestre e nos diversos testemunhos que a Bíblia apresenta, muitos ainda não estão preparados para este momento. E não estando preparados, cresce a incredulidade. Já para os incrédulos em Jesus não há o que falar em termos de preparação, por motivos óbvios.
Veja a vontade de Deus sob três aspectos distintos. A primeira é a sua vontade soberana, ou seja, ela é imposta e querendo nós ou não, essa vontade divina será concretizada. Essa vontade soberana será integralmente realizada. É o agir de Deus quando ELE ordena tudo e nada acontece que esteja fora de seu controle. No livro de Jó há um exemplo claro dessa vontade divina: "Sei que podes fazer todas as coisas; nenhum dos teus planos pode ser frustrado" (Jó 42.2).
Outro aspecto da vontade de Deus é a sua vontade moral, ou seja, a lei moral de Deus. A vontade moral de Deus se materializa nos homens quando estes fazem essa vontade. Jesus disse que “qualquer pessoa que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3.35). Essa vontade em fazer as coisas de Deus está restrita ao campo da moral, mas somente do que é certo e nunca daquilo que é errado. Essa vontade de Deus, feita pelos homens independe da posição social, da raça ou das condições financeiras. Fazer a vontade de Deus é iniciar uma relação eterna com Cristo, bastando ter disposição e acima de tudo fé (1 Jo 2.17). Entenda que essa vontade humana anda de mãos dadas com a obediência aos mandamentos divinos e produz no homem o aperfeiçoamento e a maturidade cristã (1 Jo 2.3).
O terceiro aspecto da vontade de Deus está nos desejos que brotam em seu coração de amor, de misericórdia e de bondade. Essa vontade divina está evidenciada no amor e acima de tudo pela graça que ELE deseja que todos se salvem (1 Tm 2.4). Deus tem em seu coração a paciência, na expectativa que o homem reconheça seu pecado, o confesse e arrependa-se (2 Pe 3.9). Centenas de anos atrás, o profeta Isaías já alertava para que o homem abandonasse os maus caminhos, suas maquinações malignas e voltasse para Deus, declarando ainda o profeta que Deus o perdoaria (Is 55.7), ou seja, Jesus não vira as costas para as pessoas, mas volta-se para elas.
Compreenda que neste contexto das vontades de Deus, temos que a segunda volta de Jesus é a vontade soberana de Deus! Nada vai impedir que ela aconteça. Creia nisso! Embora haja um esforço de Satanás para colocar nas mentes dos homens que esta vinda de Jesus não ocorrerá, saiba que ela acontecerá cabalmente.
Por outro lado, saiba que o mesmo Jesus que afirmou que voltaria, também advertiu sobre as diversas tentativas de Satanás para desviar os crentes desta vontade soberana de Deus (Jo 8.44). O discípulo Pedro, alertou sobre os ataques de Satanás, que tem colocado nas mentes humanas que a promessa da vinda de Jesus não ocorrerá (2 Pe 3.3-4). O apóstolo Paulo na carta a Timóteo identificou outra estratégia de Satanás, inclusive usando falsos líderes, perfeitamente identificáveis no meio cristão e adverte que deles, devemos nos afastar, pois são “...amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a seus pais, ingratos, ímpios...sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, ...traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus...tendo aparência de piedade, mas negando-lhe o poder. Afasta-te também desses. ...” (2 Tm 3.2-5).
Entenda aqui, você crendo ou não, Jesus virá por meio da vontade soberana de Deus Pai. Essa é uma verdade que não vai mudar! O melhor a fazer é você se preparar. E lembre-se, somente Deus Pai sabe o dia e a hora (Mt 24.36), amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
CORAÇÃO DE PEDRA
CORAÇÃO DE PEDRA
“...porquanto seus corações se mantinham endurecidos. ” (Mc 6.52)
Marcos, escritor deste evangelho não foi discípulo de Jesus. Seu Evangelho recebeu influências de Pedro, de quem foi discípulo e inclusive chegou a acompanhar Pedro e Paulo em suas viagens missionárias. Marcos apresenta Cristo como servo e poderoso Filho de Deus (Mc 10.45) além de destacar os principais fatos do ministério de Jesus Cristo.
O versículo acima faz parte de um contexto maior, abarcando o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes quando Jesus alimentou mais de cinco mil pessoas e depois se retirou com seus discípulos. Após o milagre Jesus saiu para um monte e os discípulos entraram num barco com destino a outra banda do mar da Galiléia. Em dado momento, debaixo de um vento forte e mar revolto, Jesus aparece aos discípulos caminhando sobre as águas do mar. Eles ficaram maravilhados e simultaneamente assombrados (Mc 6.49), todavia, esta momentânea perturbação dos discípulos estava vinculada a dureza de seus corações.
Reconheça que os discípulos estavam no dia a dia com o Mestre. Diariamente eles presenciavam curas, libertações de pessoas possessas, testemunharam cegos que passaram a enxergar e viram pessoas mortas ressuscitarem. Sabiam do poder de Jesus! No dia anterior a este evento, os discípulos testemunharam como Jesus alimentou uma multidão multiplicando dois pães e cinco peixes. Os próprios discípulos comeram destes pães e dos peixes (Mc 6.42), portanto, porque ficaram assombrados e tiveram seus corações endurecidos?
Saiba que ainda hoje é comum as pessoas receberem bênçãos, milagres e testemunharem sinais, maravilhas e transformações na vida de muitos e mesmo assim, ainda mantêm seus corações duros como pedra, não acreditando naquilo que Jesus tem realizado. Perceba que os discípulos somente endureceram seus corações porque momentos antes enfrentaram uma tempestade que os abalou sobremaneira (Mc 4.37).
Compreenda que nas lutas e nas tormentas, é momento de firmar a fé e não vacilar. É momento de direcionar a fé para Cristo e não deixar que o coração se transforme numa pedra. “...No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo..” (Jo 16.33), ou seja, entenda que lutas e problemas de toda ordem nunca nos abandonarão, mas é justamente nas lutas e nas tempestades que o cristão deve buscar forças para fortalecer a sua fé.
Tenha a certeza que os problemas e aborrecimentos do dia a dia, não podem eliminar de nossa mente, tudo o que Jesus fez, tem feito e fará a seus filhos (Hb 13.8). Creia nisso! Os discípulos vacilaram por uns momentos, mas reconheceram rapidamente que era Jesus que caminhava sobre as águas e se maravilharam.
Assim deve ser a vida do cristão nos dias atuais. Lutas, tempestades, aflições e dias maus não só virão nos afligir como foram preditos por Jesus, mas não deixe que estas adversidades endureçam seu coração a ponto de desconhecer o Mestre, assim como por uns instantes fizeram os discípulos.
Compreenda que somos falhos, imperfeitos e estamos mesmo sujeitos a momentos de dúvidas e incertezas, principalmente quando enfrentamos alguma turbulência, todavia, abra os olhos da fé e não permita que estes momentos diminuam sua capacidade de compreender as coisas espirituais (Mt 13.15-17), amém?
Jesus Cristo Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
COMPROMISSO
COMPROMISSO
“O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; porém, se o deixardes, vos deixará. ” (2 Cr 15.2)
Os dois livros de Crônicas, mostram a história do povo de Israel e abrange um grande período temporal, e segundo estudiosos ambos os livros teriam sido escritos por Esdras. Seus registros abordam mais o reino de Judá e quase nada se diz sobre o reino do Norte (Israel). Enfim, estes dois livros de Crônicas e mais os dois livros de Reis, fazem os registros de diversos eventos bons e maus na história do povo de Israel, mostrando como o povo de Deus tinha altos e baixos na fé, ou seja, ora tinham compromisso e ora não tinham nenhum compromisso com Deus.
Estudando os livros que narram a história de Israel, percebe-se de pronto que a palavra compromisso, tão ausente na época do AT, tem forte aplicação para os cristãos dos dias atuais, notadamente quando se vê que os ataques de satanás apresentam sucessivas baixas no meio cristão, demonstrando a falta de sintonia com o nosso Criador.
Não se pode negar que Deus é mesmo um Deus que cumpre suas promessas, afinal de contas, se fosse um deus sem compromisso, a humanidade estaria destruída há muito tempo. Veja que somente Deus, por seu amor e pela sua fidelidade é que nos garante a vida terrena. Sem sua misericórdia, já estaríamos consumidos (Lm 3.22).
Percebe-se nos dias atuais uma grande desordem social e moral. Greves, protestos, manifestações de todo tipo e um governo que enfrenta além de uma grave crise econômica, uma crise de ordem moral. Num efeito cascata, essa desordem moral atinge as famílias que se veem no meio deste furacão em razão de fazerem parte da sociedade com um todo. Veja que isso se desenrola para uma busca desenfreada por soluções rápidas e imediatas e são a tônica de discursos vazios, sem compromisso com Deus. Essa desordem é a evidência mais forte da ausência do comprometimento do homem para com Deus.
Compreenda que a fé cristã exige engajamento e renúncia. Compromisso com a doutrina, com os ensinamentos de Jesus, com as ordenanças e renúncia aos desejos da carne, do pecado e acima de tudo, renúncia ao “eu” interior de cada cristão. Uma grande verdade se manifesta na hipocrisia das pessoas quando afirmam serem cristãs (Jo 15.14), mas totalmente divorciadas das práticas cristãs e afastadas do verdadeiro compromisso com Cristo.
Entenda que a cada amanhecer e a cada anoitecer, somos guardados pela misericórdia de Deus (Sl 3.5) e isso é mais que prova de seu compromisso para com o homem. Veja que a vida terrena é frágil e que o homem, conquanto gênero humano deve ter uma preocupação com a vida pós-morte, ou seja, onde passará a eternidade.
“O SENHOR está convosco, enquanto vós estais com ele...” (2 Cr 15.2). Não basta ter frequência e assiduidade aos cultos no templo ou ter uma vida religiosa se não houver um coração quebrantado e voltado à Deus (Sl 51.17). Perceba que o compromisso com Deus se resume em uma vida efetivamente cristã, consoante práticas comportamentais sustentadas na Palavra de Deus.
“Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando" (Jo 15.14). Compromisso com Deus implica em perseverança e obediência, mesmo enfrentando lutas e tempestades, mantendo a mesma força, a mesma coragem e a mesma diligência até o fim (Hb 6.11-12). Creia que um cristão pode ser tentado, pode esfriar espiritualmente e até mesmo pecar, mas jamais pode esquecer que a Deus cabe a obediência e o compromisso de a ELE e somente a ELE voltar o seu pensamento, amém?
Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
SEM REGRAS
Sem regras
“Então tornou a pôr-lhe as mãos sobre os olhos; e ele, olhando atentamente, ficou restabelecido, pois já via nitidamente todas as coisas. ” (Mc 8.25)
O evangelista Marcos não foi discípulo de Jesus e seu Evangelho, juntamente com os de Mateus e Lucas, faz parte dos evangelhos sinóticos por observarem a vida de Jesus sob o mesmo ponto de vista. Marcos foi discípulo de Pedro e segundo estudiosos, o seu livro foi o primeiro dos quatro evangelhos a ser escrito e assim um dos primeiros do NT. Marcos foi também quem preservou o testemunho de Pedro.
O versículo acima está dentro do contexto da cura de um cego na cidade de Betsaida (Mc 8.22-26) e se trata de um registro exclusivo de Marcos, não sendo encontrado nos demais evangelhos. A cura deste cego registra momentos únicos e aconteceu em duas etapas distintas, mas consecutivas, uma atrás da outra.
Saiba que é comum nos dias de hoje que as pessoas, até mesmo os crentes em Cristo, desejarem que suas bênçãos e seus milagres sejam realizados por Jesus numa etapa só. Tipo “vapt, vupt”, sim Jesus não só opera e realiza curas e distribui bênçãos de uma só vez, como também opera por etapas. Diversas pessoas são contempladas pela graça do Senhor em etapas e momentos distintos. Foi assim com o cego da cidade de Betsaida, cujo nome não foi registrado pelo Evangelista Marcos.
Compreenda que ao lhe apresentarem o cego, Jesus o levou para fora da cidade. Essa saída para fora da cidade é significativa por ELE haver entregue Betsaida ao juízo. Jesus havia realizado muitos feitos, prodígios e milagres naquela cidade, mas de nada valeram. Ali predominava a incredulidade e não houve arrependimento (Mt 11.21). E Jesus usando sua saliva, a passou nos olhos do cego, que teve a restauração da cegueira de forma parcial. Ele passou a enxergar, mas disse estar vendo pessoas como árvores que se movimentavam (Mc 8.24). Num segundo momento, Jesus completa o milagre e o homem saiu enxergando todas as belezas que ELE criou.
Entenda que o agir de Deus não obedece a métodos, regras e nem está sujeito as vontades do homem. ELE age conforme lhe convém (Mt 6.10). Percebe-se nos dias atuais um certo desânimo nas pessoas quando não são atendidas de pronto por Cristo em suas orações e mais ainda quando atendidas por etapas, conforme foi a cura deste cego. Há coisas espirituais que são dadas a conhecer de maneira parcial, de forma incompleta e ninguém há que pode dizer que tem o perfeito e pleno conhecimento de todas as coisas espirituais.
Veja que no primeiro momento, o cego via as pessoas como árvores, sua vista estava ainda embaçada e faltava luz em seus olhos. Seus olhos viam, mas sua mente necessitava processar aquilo que os olhos enxergavam. De igual forma, nos dias de hoje, muitas pessoas e até mesmo crentes estão com visões idênticas ao do cego, ainda enxergam o evangelho de maneira embaçada, estão muito religiosos e nada espirituais. Ainda veem o representante da graça de Deus - Cristo - como o cego via, ou seja, não enxergam a luz que está em Jesus (Gl 5.1).
Seja nas aflições, nas adversidades, nas tristezas e em tudo aquilo que causa medo e desânimo, saiba que Jesus está sempre pronto para atender. Entenda que o agir de Deus não está restrito a nenhuma padronização, e que as vezes, a maneira de Deus trabalhar, passa muito longe do nosso entendimento. Lembre-se que Jesus curou de diversas maneiras, teve momento em que o Mestre libertou a distância (Mc 7.29-30), noutro momento, Jesus determinou que um cego entrasse no tanque e ele foi curado (Jo 9.7) e há ainda o registro da mulher que padecia de uma hemorragia e foi curada ao tocar em sua túnica (Mc 5.27).
Entenda de maneira definitiva que Jesus, ao derramar suas bênçãos sobre seus filhos, não se prende a uma única forma. Deus emprega diversas formas para não só beneficiar seu povo, mas também para guiá-lo por esta breve estadia terrena. A experiência da cura do cego de Betsaida é suficiente para entendermos que não devemos vivenciar a experiência dos outros em nossa vida, ou seja, Jesus opera conforme Sua vontade e nos trata individualmente, amém?
Jesus Cristo filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr
52 DIAS
52 DIAS
“Acabou-se, pois, o muro aos vinte e cinco dias do mês de elul; em cinquenta e dois dias." (Ne 6.15)
Saiba que durante o período que os judeus foram conduzidos cativos para a Babilônia, alguns foram levados a trabalharem dentro do palácio do rei e, tem-se que Neemias, autor deste livro, era o copeiro do rei persa de nome Artaxerxes (Ne 1.11). Depois da invasão e destruição de Jerusalém pelos babilônicos, uma pequena parte foi deixada para morar nas terras judaicas. Dentre os que ficaram, verifica-se que estes não tiveram condições de reconstruir o muro da cidade e esta notícia chegou aos ouvidos de Neemias na Babilônia (Ne 1.2-3), que pediu ao rei autorização para voltar a Jerusalém e reconstruir os muros da cidade (Ne 2.5-6).
Certamente que você já ouviu alguém dizer que tem um projeto a realizar. Uns fazem projeto de construir uma casa, projetam o sonho de concluir uma faculdade, outros de casar e ter filhos, enfim, ninguém está isento de sonhar com a realização e acima de tudo, com a concretização de seu projeto. Todavia, não basta sonhar, projetar e não tornar realidade aquilo que projetou. É necessário esforço para que o projeto saia do papel.
Reconheça que nem sempre é fácil executar os projetos. Muitos projetos levam anos para terminar ou nem terminam. Jesus ensinou que as atividades que demandam tempo e recursos, devem ser precedidas por um planejamento daquilo que se propõe em realizar, para evitar o constrangimento de executar somente a metade da obra, ou nem isso (Lc 14.28).
Neemias era um copeiro (Ne 1.11), e posso imaginar que um copeiro, nada entenda sobre reconstrução de muros, entretanto, veja que Neemias, antes mesmo de tomar sua decisão e antes mesmo de dar o pontapé inicial no projeto de reconstrução dos muros, ele “jejuou e orou perante o Deus dos céus” (Ne 1.4), clamando e pedindo graça (Ne 1.11).
Nas execuções de projetos, as grandes dificuldades que as pessoas enfrentam passam necessariamente por suas decisões e escolhas, feitas unilateralmente, ou seja, são escolhas onde primeiro se buscou as vantagens e os interesses pessoais. Mais à frente, quando se percebe que aquilo que foi projetado deu errado, a pessoa se lembra de Deus, mas somente para culpá-lo do fracasso e dos problemas que surgiram.
“Ó Senhor, que estejam atentos os teus ouvidos à oração do teu servo... e faze prosperar hoje o teu servo, e dá-lhe graça perante este homem. ” (Ne 1.11). Assim fez Neemias antes de decidir, primeiro ele orou e clamou ao Senhor, pedindo sabedoria, ou seja, suplicando misericórdia e bondade, e somente depois disso é que as portas para o seu projeto se abriram e todos os obstáculos e problemas foram dando lugar ao desejo do seu coração. Ao orar, Neemias chamou Deus para estar com ele naquele projeto!
O livro de Neemias registra que para reconstruir os muros ele teve muitos aborrecimentos. Uns não se agradaram, fizeram zombarias, outros podem ter ficado com ciúmes (Ne 2.10; 19) e outros tentaram fazê-lo pecar (Ne 6.10-13), todavia, Neemias se mostrou forte, resignado e focado na missão. Afinal, ele orou antes a Deus!
Veja que assim como Neemias, muitas vezes nossos projetos e nossos sonhos são atacados por todo lado. Quantas vezes dizem que não var dar certo, que é inútil tentar e o melhor é desistir? Saiba que nem sempre nossos sonhos agradam aos outros. Lembre-se da cura do cego Bartimeu. Muitos tentaram impedi-lo de gritar, mas ele foi não deu créditos à voz da multidão, ele foi persistente e Jesus restaurou sua visão (Lc 18.39). A reconstrução dos muros também enfrentou oposição e Neemias somente teve sucesso, porque estava revestido pelo poder de Deus (Ef 6.11), tinha orado, pedido graça e Deus estava com ele naquele projeto. Deus jamais abandona seus filhos (Dt 31.8), creia nisso!
“Acabou-se, pois, o muro...em cinquenta e dois dias." (Ne 6.15). Mesmos com tantas adversidades, Neemias em nenhum momento se abalou ou mesmo perdeu sua confiança em Deus. Lembre-se disso!
Qualquer que seja o seu projeto, pequeno ou grande, compreenda a necessidade de primeiramente buscar a Deus em oração, pedindo direção, sabedoria e graça. Lembre-se do salmista “Em ti confiam os que conhecem o teu nome; porque tu, Senhor, não abandonas aqueles que te buscam. ” (Sl 9.10). Na execução de nossos projetos, haverá problemas sim, e muitos até tentarão atrapalhar, mas saiba que Deus não te deixará e nem te abandonará, amém?
Jesus Filho de Deus os abençoe, sempre!
Milton Marques de Oliveira - Pr